Total de visualizações de página

611767

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Por que Zuckerberg pode ser obrigado a vender Instagram e WhatsApp

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Comissão antitruste acusa a Meta de comprar o Instagram e o WhatsApp para acabar com a concorrência.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Lily Jamali

Postado em 14 de Abril de 2.025 às 09h30m

#.* Post. - Nº.\  5.101 *.#

-- — Foto: Reuters via BBC
-- — Foto: Reuters via BBC

Um julgamento histórico contra a gigante de mídia social Meta terá início nesta segunda-feira (14/04) nos Estados Unidos.

A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) — que é o órgão de defesa da concorrência e do consumidor dos EUA — alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014 para eliminar a concorrência, efetivamente obtendo um monopólio.

A FTC analisou e aprovou essas aquisições quando foram feitas na época, mas se comprometeu a monitorar os resultados posteriormente. Se a comissão vencer o caso, isso poderá forçar o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, a vender o Instagram e o WhatsApp.

A Meta disse anteriormente que tinha certeza de que venceria o caso na Justiça americana. Especialistas disseram à BBC que a Meta deverá argumentar que os usuários do Instagram tiveram uma experiência melhor desde que a plataforma foi adquirida.

"O argumento [da FTC] é que a aquisição do Instagram foi uma forma de neutralizar essa crescente ameaça competitiva ao Facebook", diz Rebecca Haw Allensworth, professora de antitruste na Faculdade de Direito de Vanderbilt.

Allensworth diz que as próprias palavras de Zuckerberg, incluídas em seus e-mails, podem oferecer as provas mais convincentes contra a Meta no julgamento.

"Ele disse que é melhor comprar do que competir. É difícil ser mais literal do que isso", diz Allensworth.

A Meta, por outro lado, provavelmente argumentará que essa intenção manifestada por Zuckerberg não é relevante em um caso antitruste.

"Eles vão dizer que a verdadeira questão é: os consumidores estão em melhor situação com essa fusão?", disse ela. "Eles vão apresentar muitas evidências de que o Instagram se tornou o que é hoje porque se beneficiou ao ser de propriedade do Facebook."

Espera-se que Zuckerberg e a ex-diretora de operações da empresa, Sheryl Sandberg, testemunhem no julgamento, que pode durar várias semanas.

Política

O caso FTC contra Meta foi aberto durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, e agora corre o risco de se tornar politizado em seu segundo mandato.

Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Zuckerberg fez lobby pessoalmente com Trump para que a FTC abandonasse o caso.

Quando questionada pela BBC para confirmar a reportagem, a Meta evitou a questão e disse apenas que "os processos da FTC contra a Meta desafiam a realidade".

"Mais de dez anos depois que a FTC revisou e liberou nossas aquisições, a ação da comissão neste caso envia a mensagem de que nenhum acordo é verdadeiramente final", disse um porta-voz da Meta à BBC.

As relações entre Zuckerberg e Trump estavam distantes, em parte porque Trump foi banido das plataformas de mídia social da Meta após o tumulto no Capitólio dos EUA em janeiro de 2021.

Desde então, o relacionamento entre ambos melhorou um pouco.

A Meta contribuiu com US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Trump e, em janeiro, anunciou que o chefe do Ultimate Fighting Championship Fighter (UFC), Dana White, um aliado próximo de Trump, se juntaria ao seu conselho de diretores.

A empresa também anunciou em janeiro que estava eliminando verificadores de fatos independentes — medida que agradou Trump.

Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos

'Recado claro'

A decisão de Trump de demitir dois comissários da FTC em março também pesa sobre o caso.

Os democratas Rebecca Kelly Slaughter e Alvaro Bedoya eram minoria na comissão de cinco vagas, onde há três republicanos.

Slaughter e Bedoya — que estão processando o governo Trump para serem reintegrados — dizem que a decisão de expulsá-los teve a intenção de intimidá-los.

"O presidente enviou um sinal muito claro não apenas para nós, mas também para o presidente [da FTC, Andrew] Ferguson e a comissária [Melissa] Holyoak de que, se eles fizessem algo que ele não goste, ele poderá demiti-los também", disse Slaughter à BBC.

"Então, se eles não quiserem fazer um favor aos aliados políticos [de Trump], eles também estarão ameaçados de serem cortados", disse Slaughter.

Slaughter e Bedoya expressaram preocupação com relatos recentes sobre os esforços de lobby de Zuckerberg.

"Minha esperança é que não haja interferência política", disse Bedoya à BBC.

-- — Foto: Reuters via BBC
-- — Foto: Reuters via BBC

A FTC não respondeu a um pedido de comentário da BBC.

Ferguson, que foi nomeado presidente da FTC por Trump, disse recentemente ao site The Verge que "obedeceria a ordens legais" quando perguntado sobre o que faria se o presidente o instruísse a desistir de um processo como o movido contra a Meta.

Ferguson acrescentou que ficaria muito surpreso se algo assim acontecesse.

A FTC é considerada um importante órgão de fiscalização antitruste. Nos últimos anos, devolveu centenas de milhões de dólares a vítimas de fraude, além de aprovar leis que proíbem taxas indevidas e formas de enganar as pessoas a assinarem serviços.

A FTC está entre as muitas agências reguladoras independentes que o governo parece interessado em controlar.

Ferguson também foi citado recentemente reafirmando sua crença de que órgãos reguladores independentes "não são bons para a democracia".

O caso FTC contra Meta começa no momento em que outro grande caso antitruste — EUA contra Google — entra na fase de recursos.

O Departamento de Justiça venceu a primeira fase do caso no verão passado, quando o juiz Amit Mehta concluiu que o Google detém o monopólio das pesquisas online, com uma participação de mercado de cerca de 90%.

No mês passado, o Departamento de Justiça reiterou uma exigência feita durante o governo do ex-presidente Joe Biden para que um tribunal quebrasse o monopólio de buscas do Google.

O caso da FTC contra a Meta será mais difícil de provar, diz Laura Phillips-Sawyer, professora associada de direito empresarial na Universidade da Geórgia.

"Acho que eles têm uma batalha muito difícil pela frente", disse Phillips-Sawyer sobre a FTC.

"Eles têm um longo caminho a percorrer antes de qualquer consideração sobre a venda do Instagram ou do WhatsApp."

Isso ocorre porque, em comparação com a pesquisa online, há mais concorrência no espaço de serviços de rede pessoal em que a Meta opera, disse Phillips-Sawyer.

A Meta disse em um comunicado que as evidências no julgamento "mostrarão o que qualquer jovem de 17 anos no mundo sabe: Instagram, Facebook e WhatsApp competem com TikTok, YouTube, X, iMessage e muitos outros de propriedade chinesa".

--++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Trump quer iPhone feito nos EUA, mas aparelho custaria 3 vezes mais, diz analista

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Custos trabalhistas e dificuldades de transferir a complexa cadeia de produção do aparelho da China para os Estados Unidos encareceriam a operação, segundo especialistas.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1

Postado em 11 de Abril de 2.025 às 18h15m

#.* Post. - Nº.\  5.100 *.#




Para escapar de ‘tarifaço’, Apple encheu seis aviões com Iphones feitos na Índia

Transferir a produção de iPhones da China para os Estados Unidos é improvável no curto prazo e faria o aparelho custar três vezes mais, apontam analistas.

O alerta surge em meio à guerra comercial entre EUA e China. Nesta quinta-feira (10), Trump impôs uma tarifa de 145% sobre os produtos importados da China, principal centro de fabricação do iPhone.

Em resposta, os chineses aumentaram as tarifas sobre produtos dos EUA para 125%.

O principal objetivo de Trump é estimular a indústria nacional dos EUA, uma de suas promessas de governo. Nesse contexto, o presidente espera que os iPhones sejam fabricados no país.

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, citou o plano da Apple de investir US$ 500 bilhões nos EUA até 2028 como sinal de que isso pode acontecer.

Especialistas mostram, no entanto, que essa transição não é tão simples assim, citando custos trabalhistas e as dificuldades de transferir sua complexa cadeia de produção para o país.

Saiba mais detalhes abaixo.

iPhone fabricado nos EUA seria até 3x mais caro

Para o analista da empresa de investimentos Wedbush Securities Dan Ives, um iPhone produzido nos EUA custaria mais que o triplo em relação ao fabricado na China.

Um iPhone fabricado no país asiático vendido por US$ 1.000 custaria mais de US$ 3.000 se fosse montado nos EUA, disse o analista à Associated Press. Os valores correspondem a cerca de R$ 6.000 e R$ 18.000, respectivamente, em 11 de abril.

"Os preços mudariam tão drasticamente que é difícil compreender", disse Ives. "Fabricar iPhones nos EUA é inviável", resumiu.

Já os especialistas do Bank of America dizem que fabricar o aparelho da Apple nos EUA aumentaria em o custo do aparelho em 90% , segundo relatório aos clientes informado pela Bloomberg na quarta-feira (9).

Analistas falam que preço do iPhone poderia até triplicar se produto fosse produzido nos EUA, como Trump quer fazer. — Foto: Apple e Reuters
Analistas falam que preço do iPhone poderia até triplicar se produto fosse produzido nos EUA, como Trump quer fazer. — Foto: Apple e Reuters

Por que o iPhone ficaria mais caro?

Para o Bank of America, só os custos com trabalhadores nos EUA aumentariam em 25% o gasto da produção do aparelho. Mas, segundo o banco, o problema vai além, já que os EUA teriam que continuar importando componentes usados para a fabricação do iPhone da China por um bom tempo.

Dan Ives, analista da Wedbush Securities, também afirmou que a transferência da cadeia produtiva do iPhone para os EUA levaria pelo menos três anos e custaria caro.

Vale destacar que a Apple começou a construir uma rede de fabricação na China na década de 1990 e migrá-la para os EUA não seria nada fácil.

Em um post no X, Ives disse que transferir 10% da cadeia de suprimentos asiática da Apple para os EUA levaria três anos e US$ 30 bilhões, em um processo com grandes interrupções.

"Dizer que podemos simplesmente fabricar isso nos EUA é subestimar incrivelmente a complexidade da cadeia de suprimentos da Ásia e a maneira como eletrônicos, chips, semicondutores, hardware, smartphones, etc, são feitos para os consumidores dos EUA nos últimos 30 anos", disse Ives em um relatório, segundo a CBS News. 
Investimento da Apple nos EUA tem outro foco

O plano da Apple mencionado pela secretária de imprensa da Casa Branca foi anunciado pela empresa em fevereiro. Ele inclui o investimento de US$ 500 bilhões e a contratação de 20 mil pessoas nos EUA até 2028, mas não prevê a fabricação de iPhones no país.

Em vez disso, a Apple prometeu financiar um data center em Houston, no Texas, para desenvolvimento de inteligência artificial — uma tecnologia que a empresa está expandindo, acompanhando a tendência do setor.

Apesar disso, a ideia é um desejo da equipe do atual presidente. Além de Leavitt, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, também falou sobre a possibilidade de fabricação do aparelho no país.

"O exército de milhões e milhões de seres humanos rosqueando pequenos parafusos para fabricar iPhones, esse tipo de coisa, vai chegar aos EUA", disse Lutnick à CBS News, em 6 de abril.


Duelo de inteligência artificial: Galaxy S25 x iPhone 16

---++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Hackers deixam Coreia do Norte bilionária com criptomoedas

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Após uma série de ciberataques, Pyongyang ostenta o terceiro maior estoque de bitcoin do mundo — uma vantagem para o país empobrecido que busca manter seu arsenal militar atualizado.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1
TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 10 de Abril de 2.025 às 06h00m

#.* Post. - Nº.\  5.099 *.#


Hackers deixam Coreia do Norte bilionária com criptomoedas

Hackers norte-coreanos vêm atuando nos últimos anos para roubar e acumular bilhões de dólares em criptomoedas, colocando o país no ranking de nações com as maiores reservas de tokens digitais.

No final de fevereiro, hackers pertencentes ao Lazarus Group – uma conhecida rede norte-coreana de roubo de criptomoedas – conseguiram se apropriar de 1,5 bilhão de dólares (R$ 8,8 bilhões) em tokens digitais da empresa de criptomoedas ByBit, sediada em Dubai.

Segundo a companhia, o grupo conseguiu invadir sua carteira digital de Ethereum, a segunda maior moeda eletrônica depois do Bitcoin.

A Binance News, uma nova plataforma operada pela empresa de câmbio de criptomoedas Binance, informou que a Coreia do Norte já acumula outros 13.562 bitcoins, o equivalente a 1,14 bilhão de dólares (R$ 6,7 bilhões).

O bitcoin é a criptomoeda mais antiga e mais popular do mundo, frequentemente comparada ao ouro devido à sua suposta resistência à inflação. Somente os EUA e o Reino Unido têm reservas maiores que os norte-coreanos, segundo o plataforma de criptomoedas Arkham Intelligence.

"Não vamos medir palavras – [a Coreia do Norte] conseguiu isso por meio de roubo", diz à DW Aditya Das, analista da empresa de pesquisa de criptomoedas Brave New Coin de Auckland, Nova Zelândia.

"Agências globais de segurança, como o FBI, alertaram publicamente que hackers patrocinados pelo Estado norte-coreano estão por trás de vários ataques a plataformas de criptomoedas".

Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum — Foto: Reuters
Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum — Foto: Reuters

Apesar desses avisos, as empresas de cripto seguem vulneráveis aos ataques cibernéticos, que se tornam cada vez mais sofisticados, disse o analista.

"A Coreia do Norte emprega uma ampla gama de técnicas de ataque cibernético, mas se tornou especialmente conhecida por sua habilidade em engenharia social", explica Das, referindo-se à técnica de manipulação usada para obter informações privadas por meio da exploração de erros humanos.

"Muitas de suas operações envolvem a infiltração em dispositivos de funcionários e, em seguida, o uso desse acesso para violar sistemas internos [das empresas] ou montar armadilhas a partir do interior".

Segundo Das, os principais alvos dos hackers são startups de criptografia, bolsas de valores e plataformas de finanças descentralizadas (baseadas em blockchains, que funcionam sem intermediários), devido a seus "protocolos de segurança que são frequentemente menos desenvolvidos".

Recuperação de fundos 'extremamente rara'

Os hackers norte-coreanos de elite tendem a levar tempo para se infiltrar em uma organização global legítima, muitas vezes se passando por investidores de risco, recrutadores ou trabalhadores remotos de TI para criar confiança e violar as defesas das empresas.

"Um grupo, Sapphire Sleet, atrai as vítimas a baixar malwares disfarçados como aplicativos de vagas de emprego, ferramentas de reunião ou software de diagnóstico – essencialmente transformando as vítimas em seus próprios vetores de ataque", explica Das.

Depois que a criptografia é roubada, Das diz que a recuperação é "extremamente rara".

Os sistemas de criptomoeda são projetados para tornar as transações irreversíveis, e contra-atacar os agentes norte-coreanos "não é uma opção viável, porque esses são atores estatais com defesas cibernéticas de alto nível".

Criptomoedas 'salvam' regime de Kim Jong-un

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, durante uma cerimônia de despedida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, no aeroporto de Pyongyang, Coreia do Norte, em 19 de junho de 2024 — Foto: Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, durante uma cerimônia de despedida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, no aeroporto de Pyongyang, Coreia do Norte, em 19 de junho de 2024 — Foto: Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS

Park Jungwon, professor de direito da Universidade de Dankook, afirma que a Coreia do Norte no passado dependeu de transações arriscadas – como o contrabando de narcóticos e produtos falsificados ou o fornecimento de instrutores militares para nações africanas – para obter fundos ilícitos.

Agora, porém, a criptomoeda "tem sido uma grande oportunidade" para o líder norte-coreano Kim Jong-un.

"Dada a forma como o mundo estava reprimindo o contrabando de Pyongyang, as criptomoedas salvaram o regime", avalia Park. "Sem elas, eles teriam ficado completamente sem fundos. Eles sabem disso e investiram pesadamente no treinamento dos melhores hackers e os elevaram a um nível muito alto de habilidade."

"O dinheiro que eles estão roubando vai direto para o governo e se supõe que esteja sendo gasto em armas e maior tecnologia militar, bem como na família Kim", diz o professor.

Coreia do Norte imune à pressão internacional

Park diz não achar que a pressão externa forçaria a Coreia do Norte a parar com os ataques hackers.

"Para Kim, a sobrevivência de sua dinastia é a prioridade mais importante. Eles se acostumaram com essa fonte de receita, mesmo que seja ilegal, e não mudarão", afirma. "Não há motivo para que, de repente, eles comecem a respeitar as leis internacionais. Não há como exercer mais pressão."

Aditya Das concorda que há pouca margem de influência internacional na Coreia do Norte e cabe às empresas ampliarem sua segurança.

"Práticas recomendadas como contratos seguros, verificação interna constante e conscientização sobre engenharia social são essenciais se o setor quiser se manter à frente", ressalta.

Criptomoedas "têm sido uma grande oportunidade" para o líder norte-coreano Kim Jong-un, segundo especialista. — Foto: Reuters e Reuters
Criptomoedas "têm sido uma grande oportunidade" para o líder norte-coreano Kim Jong-un, segundo especialista. — Foto: Reuters e Reuters

Há um incentivo crescente para que o setor compartilhe mais informações, o que ajudaria as empresas a detectarem as táticas norte-coreanas e evitar ataques, mas Das adverte que as empresas de criptomedas permanecem "fragmentadas" porque não há um padrão de segurança universal.

Além disso, os hackers norte-coreanos aplicam táticas contra os usuários, de acordo com o analista.

"No caso da Bybit, os invasores exploraram o Safe, um sistema de carteira com várias assinaturas e senhas destinado a aumentar a segurança. Ironicamente, essa camada de segurança adicional tornou-se a própria janela que eles usaram", observa.

Das aponta ainda que, na prática, "algumas empresas ainda tratam a segurança como um problema secundário".

"Pela minha experiência, as equipes geralmente priorizam sistemas rápidos em detrimento de sistemas seguros e, até que isso mude, o ambiente continuará vulnerável", afirma.

Veja mais:

Robôs aspiradores são hackeados e insultam donos

Por que recebemos ligações mudas que desligam sozinhas – e como evitá-las

---++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----