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Comissão antitruste acusa a Meta de comprar o Instagram e o WhatsApp para acabar com a concorrência.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Lily Jamali
Postado em 14 de Abril de 2.025 às 09h30m
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-- — Foto: Reuters via BBC
Um julgamento histórico contra a gigante de mídia social Meta terá início nesta segunda-feira (14/04) nos Estados Unidos.
A FTC analisou e aprovou essas aquisições quando foram feitas na época, mas se comprometeu a monitorar os resultados posteriormente. Se a comissão vencer o caso, isso poderá forçar o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, a vender o Instagram e o WhatsApp.
Allensworth diz que as próprias palavras de Zuckerberg, incluídas em seus e-mails, podem oferecer as provas mais convincentes contra a Meta no julgamento.
"Ele disse que é melhor comprar do que competir. É difícil ser mais literal do que isso", diz Allensworth.
A Meta, por outro lado, provavelmente argumentará que essa intenção manifestada por Zuckerberg não é relevante em um caso antitruste.
Espera-se que Zuckerberg e a ex-diretora de operações da empresa, Sheryl Sandberg, testemunhem no julgamento, que pode durar várias semanas.
Política
O caso FTC contra Meta foi aberto durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, e agora corre o risco de se tornar politizado em seu segundo mandato.
Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Zuckerberg fez lobby pessoalmente com Trump para que a FTC abandonasse o caso.
"Mais de dez anos depois que a FTC revisou e liberou nossas aquisições, a ação da comissão neste caso envia a mensagem de que nenhum acordo é verdadeiramente final", disse um porta-voz da Meta à BBC.
As relações entre Zuckerberg e Trump estavam distantes, em parte porque Trump foi banido das plataformas de mídia social da Meta após o tumulto no Capitólio dos EUA em janeiro de 2021.
Desde então, o relacionamento entre ambos melhorou um pouco.
A Meta contribuiu com US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Trump e, em janeiro, anunciou que o chefe do Ultimate Fighting Championship Fighter (UFC), Dana White, um aliado próximo de Trump, se juntaria ao seu conselho de diretores.
A empresa também anunciou em janeiro que estava eliminando verificadores de fatos independentes — medida que agradou Trump.
Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos
'Recado claro'
A decisão de Trump de demitir dois comissários da FTC em março também pesa sobre o caso.
Os democratas Rebecca Kelly Slaughter e Alvaro Bedoya eram minoria na comissão de cinco vagas, onde há três republicanos.
Slaughter e Bedoya — que estão processando o governo Trump para serem reintegrados — dizem que a decisão de expulsá-los teve a intenção de intimidá-los.
"O presidente enviou um sinal muito claro não apenas para nós, mas também para o presidente [da FTC, Andrew] Ferguson e a comissária [Melissa] Holyoak de que, se eles fizessem algo que ele não goste, ele poderá demiti-los também", disse Slaughter à BBC.
"Então, se eles não quiserem fazer um favor aos aliados políticos [de Trump], eles também estarão ameaçados de serem cortados", disse Slaughter.
Slaughter e Bedoya expressaram preocupação com relatos recentes sobre os esforços de lobby de Zuckerberg.
"Minha esperança é que não haja interferência política", disse Bedoya à BBC.
-- — Foto: Reuters via BBC
A FTC não respondeu a um pedido de comentário da BBC.
Ferguson, que foi nomeado presidente da FTC por Trump, disse recentemente ao site The Verge que "obedeceria a ordens legais" quando perguntado sobre o que faria se o presidente o instruísse a desistir de um processo como o movido contra a Meta.
Ferguson acrescentou que ficaria muito surpreso se algo assim acontecesse.
A FTC é considerada um importante órgão de fiscalização antitruste. Nos últimos anos, devolveu centenas de milhões de dólares a vítimas de fraude, além de aprovar leis que proíbem taxas indevidas e formas de enganar as pessoas a assinarem serviços.
A FTC está entre as muitas agências reguladoras independentes que o governo parece interessado em controlar.
Ferguson também foi citado recentemente reafirmando sua crença de que órgãos reguladores independentes "não são bons para a democracia".
O caso FTC contra Meta começa no momento em que outro grande caso antitruste — EUA contra Google — entra na fase de recursos.
O Departamento de Justiça venceu a primeira fase do caso no verão passado, quando o juiz Amit Mehta concluiu que o Google detém o monopólio das pesquisas online, com uma participação de mercado de cerca de 90%.
No mês passado, o Departamento de Justiça reiterou uma exigência feita durante o governo do ex-presidente Joe Biden para que um tribunal quebrasse o monopólio de buscas do Google.
O caso da FTC contra a Meta será mais difícil de provar, diz Laura Phillips-Sawyer, professora associada de direito empresarial na Universidade da Geórgia.
"Acho que eles têm uma batalha muito difícil pela frente", disse Phillips-Sawyer sobre a FTC.
Isso ocorre porque, em comparação com a pesquisa online, há mais concorrência no espaço de serviços de rede pessoal em que a Meta opera, disse Phillips-Sawyer.