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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Editora de Curitiba cancela prêmio literário após inscrições de obras feitas por Inteligência Artificial

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Segundo editora, de 900 obras inscritas no concurso, aproximadamente 40 apresentaram sinais óbvios do uso de Inteligência Artificial, como comentários feitos pela própria ferramenta. Outros textos apresentaram indícios. IA é encarada como desafio no mercado editorial.
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Por Mariah Colombo, g1 PR — Curitiba

Postado em 09 de Julho de 2.025 às 17h00m

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Editora de Curitiba cancela prêmio literário após inscrições de obras feitas por Inteligência Artificial — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Editora de Curitiba cancela prêmio literário após inscrições de obras feitas por Inteligência Artificial — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Editora Kotter, de Curitiba, anunciou o cancelamento do "Prêmio Kotter 2025" após o recebimento de inscrições de obras geradas por Inteligência Artificial (IA).

O anúncio foi feito na sexta-feira (4), por meio das redes sociais da editora, e gerou polêmica nos comentários, especialmente de participantes do concurso.

"Pelo nosso compromisso com a idoneidade literária, diante da identificação de inúmeras obras recebidas terem sido geradas por IA e na impossibilidade de identificar com a certeza necessária esse uso, vimo-nos forçados a cancelar o concurso deste ano. Estamos estudando como realizar o concurso, ano que vem, em tempos de IA. Contamos com a compreensão de todos e somos gratos pelas centenas de obras recebidas", diz o anúncio.

O Prêmio Kotter foi realizado pela primeira vez em 2024 e tem como objetivo reconhecer livros autorais inéditos que se destaquem nas áreas de literatura, filosofia e política.

Conforme Salvio Kotter, criador da editora, foram cerca de 900 obras inscritas no concurso deste ano.

Dessas, aproximadamente 40 apresentaram sinais óbvios do uso de Inteligência Artificial, como comentários feitos pela própria ferramenta. Cerca de 60 outros textos apresentam indícios do uso da IA.

Segundo Kotter, a avaliação representa um desafio. Em alguns casos, por exemplo, o material pode estar bem formatado, apenas por ter sido revisado pela IA.

Porém, outras evidências indicam o uso da ferramenta.

"São muitos os indícios, que, quando se somam, aumentam a certeza. O mais óbvio é o texto impecável do ponto de vista formal, ortografia, gramática e sintaxe em texto de baixo valor literário. Se bem que o autor pode ter revisado à exaustão. Mas aí entram outras questões, cada vez mais abstratas, como o uso de palavras incomuns no português, mas bastante comuns no inglês – a IA escreve em português, mas 'pensa' em inglês".

"Outro ponto é a regularidade das passagens, o texto não cresce nem cai, se mantém em um brilho plástico... E assim seguem-se outros indícios, cada vez mais abstratos. Quando um texto apresenta vários deles, fica muito difícil acreditar que tenha sido produto humano", detalha.

De acordo com Kotter, a editora avalia a forma de resolver o impasse. A intenção inicial é evoluir nos critérios de avaliação e deixar a questão clara em um novo edital.

"O analista fica entre a cruz e a espada. Fica com medo de desclassificar obras que poderiam ser bem avaliadas, e teme premiar um texto feito por IA, como já aconteceu no Japão", afirma, relembrando o caso em que uma autora japonesa admitiu ter usado o ChatGPT para escrever um dos livros que acabou vencendo o Prêmio Akutagawa – um dos mais prestigiados prêmios de literatura do país.

Inteligência Artificial representa desafio no mercado editorial

ChatGPT — Foto: AP Photo/Matt Rourke
ChatGPT — Foto: AP Photo/Matt Rourke

Conforme Kotter, com o aumento do uso da Inteligência Artificial, a editora tem recebido um número maior de textos gerados eletronicamente, o que é enxergado como um novo desafio.

Recentemente, o selo publicou, de forma consciente, um livro de poemas em que parte deles foi gerado por IA. O material alerta o leitor e o desafia a diferenciar os poemas escritos pela IA dos escritos pelo escritor.

"Não dá para negar que a gente sente uma espécie de pesar. Claro está que as grandes obras mesmo jamais poderão ser geradas por IA, porque a IA segue padrões, e as grandes obras desafiam padrões, inovam", defende.

Kotter compara o uso da Inteligência Artificial na literatura com a proliferação das câmeras fotográficas no passado e o medo da substituição dos profissionais que trabalhavam como retratistas.

"Com o tempo a fotografia foi reconhecida como arte e ambas são hoje importantes. É provável que algo semelhante ocorra com os textos gerados por IAs. Ou não", conclui.

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Nvidia se torna primeira empresa do mundo a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado

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Valor corresponde a R$ 21,8 trilhões. As ações da fabricante de chips subiam nesta quarta-feira (9), se beneficiando do aumento contínuo da demanda por tecnologias de inteligência artificial.
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Por Redação g1

Postado em 09 de Julho de 2.025 às 13h15m

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Prédio da Nvidia em Taiwan — Foto: REUTERS/Ann Wang
Prédio da Nvidia em Taiwan — Foto: REUTERS/Ann Wang

A fabricante de chips Nvidia alcançou a marca de US$ 4 trilhões (R$ 21,8 trilhões) em valor de mercado nesta quarta-feira (9), tornando-se a primeira empresa de capital aberto do mundo a atingir esse patamar.

As ações da fabricante de chips subiam mais de 2% na manhã desta quarta. A valorização dos papéis acompanha o movimento de contínua demanda por tecnologias de inteligência artificial do mundo e consolidam a empresa como uma das ações mais favorecidas de Wall Street até o momento.

A Nvidia atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) pela primeira vez em junho de 2023 e o aumento continuou inabalável, com seu valor de mercado mais do que triplicando em cerca de um ano — mais rápido do que a Apple e a Microsoft, as únicas outras empresas norte-americanas com um valor de mercado de mais de US$ 3 trilhões (R$ 16,4 trilhões).

A Microsoft é a segunda maior empresa dos EUA, com uma capitalização de mercado de US$ 3,75 trilhões (R$ 20,5 trilhões)

A Nvidia ganhou cerca de 74% desde as mínimas atingidas em abril, quando os mercados globais foram abalados pela onda de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No entanto, o otimismo em relação aos parceiros comerciais que fecharam acordos com os EUA tem elevado as ações ultimamente, com o S&P 500 atingindo uma máxima histórica.

A Nvidia tem um peso de 7,3% no S&P 500, o maior do índice. Apple e Microsoft respondem por cerca de 7% e 6%, respectivamente.

O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo
O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo

O que a Nvidia faz?

A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify.

Antes de dominar os chips de inteligência artificial, a empresa era completamente dedicada às placas de vídeo, que servem para melhorar a qualidade dos gráficos em jogos e vídeos. Foi nesse segmento, originalmente, que ela ganhou prestígio mundial.

O diferencial da Nvidia no mercado é que a empresa trabalha e domina a produção de um tipo de processador chamado GPU (Graphics Processing Unit, ou Unidade de Processamento Gráfico), que é o processador mais utilizado para o treinamento de inteligência artificial.

O boom da IA generativa iniciado com o lançamento do ChatGPT, por sua vez, impulsionou empresas a desenvolverem suas próprias inteligências artificiais, o que resultou no crescimento acelerado da Nvidia.

Lucro bilionário

A Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões) no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, uma alta de 26% na comparação anual, informou a empresa na última semana.

O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,96 (R$ 5,5), acima dos US$ 0,89 previstos pelo consenso da FactSet, empresa americana de dados financeiros.

A Nvidia também apresentou receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões) no trimestre encerrado em abril, um aumento de 69% em um ano. Já a receita de centros de dados, principal atividade da companhia, ficou levemente abaixo das projeções dos analistas.

Os resultados vieram apesar do impacto das restrições americanas – posteriormente suspensas pelo governo de Donald Trump – à exportação de chips para a China. A medida causou à Nvidia um encargo excepcional de US$ 4,5 bilhões (R$ 26 bilhões), abaixo dos US$ 5,5 bilhões esperados.

A empresa também superou as expectativas para vendas em seu primeiro trimestre fiscal. Por outro lado, projetou receita inferior ao esperado para o segundo trimestre, ao prever um impacto de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições dos EUA sobre exportações de chips para a China.

* Com informações da agência de notícias Reuters.

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