Bloqueio é apenas temporário e apenas para sites que continuavam disseminando imagens de ataque terrorista que aconteceu na semana passada e deixou 50 mortos.
Por Thiago Lavado, G1
Postado em 21 de março de 2019 às 14h00m

Postado em 21 de março de 2019 às 14h00m
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/5/u/PzzcaqSJmrs06WdjIwFA/2019-03-16t023353z-1926645127-rc11afacefa0-rtrmadp-3-newzealand-shootout.jpg)
Empresas que fornecem serviço de internet na Austrália e na Nova Zelândia bloquearam acesso a endereços da web que estavam compartilhando imagens do massacre em Christchurch, que deixou 50 mortos na semana passada.
O terrorista autor do atentado transmitiu as imagens do ataque ao vivo no Facebook. Enquanto as redes sociais, como YouTube e Facebook, estavam lutando para conter a disseminação do conteúdo, sites de vídeo, como LiveLeak, e fóruns, como 4chan e 8chan, continuavam a permitir os vídeos — segundo usuários da internet na Austrália postaram em redes sociais, estes estavam entre os endereços bloqueados.
Na Austrália, a operadora Telstra confirmou o bloqueio nas redes sociais. Já na Nova Zelândia, o diretor da provedora Spark, Simon Moutter, afirmou que seu time trabalhou em procurar o conteúdo online, bloquear os sites e enviar uma notificação solicitando a remoção do conteúdo.
De acordo com a provedora Vodafone Austrália, a ideia é dificultar o acesso às imagens, como forma de respeito às famílias e vítimas do ataque terrorista. "Tomamos esta ação porque acreditamos ser a coisa certa a fazer, uma forma de respeitar as vítimas desta atrocidade e seus entes queridos", disse a empresa em um posicionamento enviado ao G1.
A empresa enfatizou que o bloqueio é temporário e irá acontecer enquanto esses sites não tomarem uma ação efetiva para retirar as imagens do ar. A Vodafone Austrália não informou a lista de sites que estão sob o bloqueio.
Outra empresa de telecomunicações da Austrália, a Optus, também tomou medidas quanto a sites que disponibilizavam os vídeos.
"Devido à natureza horrível do ataque e das fortes preocupações da comunidade sobre a proliferação de material inapropriado online, a Optus optou por colocar um bloqueio temporário em um número limitado de sites", disse a empresa em comunicado.
A Optus afirmou que está monitorando a situação e reconhece que alguns sites estão tomando medidas para lidar com a disseminação desse conteúdo.