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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Apple lança iPhone 6E, modelo mais 'barato' da linha; veja preços e detalhes

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Com o lançamento do iPhone 6E, a Apple descontinuou os modelos SE e 14. O novo dispositivo apresenta um design mais próximo dos modelos mais recentes.
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Por Darlan Helder, Marcelo Tuvuca, g1

Postado em 19 de Fevereiro de 2.025 às 13h25m

#.* Post. - Nº.\  5.067 *.#

Apple lança Iphone 16e — Foto: Apple
Apple lança Iphone 16e — Foto: Apple

A Apple apresentou nesta quarta-feira (19) o iPhone 6E, um modelo mais simples em comparação aos outros da linha, com a promessa de um "preço acessível".

A pré-venda do modelo no Brasil começa no dia 28 de fevereiro com preços a partir de R$ 5.799 (veja todos os preços). A Apple está lançando três versões diferentes, com opções de armazenamento de 128, 256 e 512 GB.

Com o lançamento do iPhone 6E, além de descontinuar o modelo SE, a Apple também retirou de linha o iPhone 14, lançado em 2022.

O iPhone 6E apresentado hoje possui um novo design em comparação ao SE, aproximando-se mais dos modelos mais recentes. Ele tem tela Super Retina XDR de 6,1 polegadas — mesmo tamanho dos iPhones 16.

Apple lança iPhone 16e — Foto: Apple
Apple lança iPhone 16e — Foto: Apple

Ele conta com um notch (entalhe) na parte frontal, que abriga o sensor do Face ID, permitindo o desbloqueio facial. Já o iPhone SE ainda utilizava o Touch ID, com o botão na frente, para o desbloqueio por impressão digital.

Na câmera traseira, o aparelho mantém apenas uma lente, agora com 48 megapixels — um avanço em relação aos 12 MP do SE.

O iPhone SE foi lançado pela primeira vez em 2016 e teve sua última atualização em 2022, quando ganhou conectividade 5G, um conjunto de câmeras melhorado e desempenho quase duas vezes mais rápido que o iPhone 8, de 2017, segundo a própria empresa.

Preços do iPhone 6E no Brasil

Em comparação com o SE de 2022, o iPhone 6E chega ao Brasil com um preço 20% mais alto na versão inicial de 128 GB, e 13% mais caro na versão de 256 GB.

Quando lançado, o SE começava com 64 GB — opção que não está disponível no modelo anunciado hoje. Além disso, a Apple não havia lançado uma versão básica com 512 GB.

  • iPhone 6E (128 GB): R$ 5.799
  • iPhone 6E (256 GB): R$ 6.599
  • iPhone 6E (512 GB): R$ 8.099

iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

CNJ aprova regras gerais para uso da inteligência artificial na Justiça

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Resolução deixa claro que ferramenta deve ser utilizada de forma auxiliar e complementar. Na prática, a IA não pode ser um instrumento autônomo de tomada de decisões. Texto é aplicável a todas as instâncias da Justiça no país.
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Por Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília

Postado em 18 de Fevereiro de 2.025 às 18h20m

#.* Post. - Nº.\  5.066 *.#

Inteligência artificial: tecnologia demanda geração colossal de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Inteligência artificial: tecnologia demanda geração colossal de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O Conselho Nacional de Justiça aprovou, nesta terça-feira (18), a proposta que estabelece como será o uso da inteligência artificial na Justiça brasileira.

O texto traz as normas gerais para que as instâncias da Justiça adotem modelos de inteligência artificial – e será aplicado em todo o Poder Judiciário.

O conjunto de orientações prevê, por exemplo, que a tecnologia tem que ser compatível com os direitos previstos na Constituição.

DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial?

Também fixa mecanismos de monitoramento e fiscalização, assim como a necessidade de garantir a segurança jurídica e o respeito aos direitos de privacidade na Lei Geral de Proteção de Dados.

A resolução também deixa claro que o uso da ferramenta deve ser de forma auxiliar e complementar.

Na prática, a IA não pode ser um instrumento autônomo de tomada de decisões – a última palavra é do juiz, que será integralmente responsável pelo que determinar.

A proposta é resultado de um Grupo de Trabalho que funcionou no âmbito do Conselho, liderado pelo conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho.

O grupo teve discussões sobre o tema ao longo de um ano. Realizou, em setembro de 2024, uma audiência pública para debater a questão.

O voto do relator, favorável ao texto, foi apresentado em sessão no último dia 11.

"Talvez o aspecto mais relevante seja uma preocupação muito clara de garantir ao cidadão que ninguém vai ser julgado por robô. A resolução deixa claro o tempo todo a necessidade de supervisão humana", explicou o conselheiro na ocasião.

Bandeira de Mello deu exemplos de possíveis usos da inteligência artificial no trabalho da Justiça:

  • ajuda ao magistrado na formulação de perguntas em audiências de instrução e julgamento de processos;
  • auxílio para detectar possíveis contradições em depoimentos em tempo real;
  • classificação de processos sobre um mesmo tema;
  • organização de argumentos das diferentes partes do processo;
  • alerta para o juiz de que a decisão pode contrariar precedentes já firmados pela Justiça;

"A ideia é não paralisar os tribunais e não deixar de ter uma ferramenta que pode ser essencial para combater um dos maiores problemas de que o Judiciário é acusado, que é a morosidade", explicou o relator.
A resolução segue as seguintes orientações:

  • as instâncias do Judiciário devem adotar modelos de inteligência artificial que sejam compatíveis com a proteção de direitos fundamentais previstos na Constituição;
  • a solução tecnológica escolhida deve prever mecanismos que permitam monitoramento e fiscalização do trabalho realizado;
  • deve ser garantida a segurança jurídica;
  • o uso de dados de processos devem respeitar as regras de privacidade da Lei Geral de Proteção de Dados;
  • os tribunais devem implantar medidas para prevenir que a tecnologia viabilize o surgimento de tendências discriminatórias.

Os modelos de IA adotados pelo Poder Judiciário não podem:

  • impedir a revisão humana dos dados usados e os resultados propostos;
  • fazer juízos de valor de traços da personalidade, características ou comportamentos de pessoas naturais. A ideia é proibir o uso destas informações para tentar avaliar ou prever que um cidadão vai cometer ou será reincidente em crimes. Mais ainda, evitar que isso seja usado para fundamentar decisões judiciais;
  • classificar ou ranquear pessoas naturais, com base no seu comportamento ou situação social ou ainda em atributos da sua personalidade, para a avaliação da validade de seus direitos, méritos judiciais ou testemunhos;

O texto cria também um Comitê Nacional de Inteligência Artificial do Judiciário, que terá 13 integrantes e vai funcionar no âmbito do próprio CNJ.

O Comitê poderá, entre outras atribuições, impedir ou limitar o uso de soluções de IA, considerando os critérios de segurança e risco das aplicações.

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Coreia do Sul suspende downloads do DeepSeek; veja países que tomaram medidas contra a IA

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Restrição não se aplica ao site do chatbot ou aos usuários sul-coreanos que já haviam baixado a inteligência artificial chinesa. Autoridade de proteção de dados do país diz que está revisando o processo da plataforma na gestão dos dados de usuários.
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Por Redação g1

Postado em 17 de Fevereiro de 2.025 às 14h40m

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O DeepSeek surpreendeu o mundo — o que sabemos sobre ele? — Foto: Getty Images
O DeepSeek surpreendeu o mundo — o que sabemos sobre ele? — Foto: Getty Images

A Coreia do Sul anunciou nesta segunda-feira (17) que suspendeu os novos downloads do chatbot chinês DeepSeek no país enquanto revisa o processo da plataforma na gestão dos dados de usuários. A restrição se limita aos novos downloads, não se aplicando ao site da plataforma ou aos usuários que já haviam baixado a inteligência artificial chinesa.

A medida da Coreia do Sul se une às de outros países que limitaram o acesso à plataforma chinesa, que ganhou fama no fim de janeiro. Itália, Taiwan e Austrália estão nessa lista (veja abaixo).

O serviço do aplicativo será retomado na Coreia do Sul assim que as melhorias forem feitas de acordo com a lei de privacidade local, disse a autoridade de proteção de dados sul-coreana, segundo a agência Reuters. A startup, por sua vez, reconheceu ter negligenciado alguns pontos da lei de proteção de dados do país, de acordo com o órgão, e nomeou representantes legais na semana passada.

Questionada sobre a decisão do governo da Coreia do Sul, a China afirmou que suas empresas respeitam as leis e normas locais e pediu que as questões tecnológicas "não sejam politizadas".

"Esperamos que os países envolvidos evitem adotar medidas que ultrapassem o conceito de segurança e que politizem questões comerciais e tecnológicas", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, citado pela France Presse.

A versão mais atual do DeepSeek foi lançada pela startup chinesa de mesmo nome em 20 de janeiro. A fama súbita fez big techs perderem US$ 1 trilhão na bolsa de Nova York no último dia 27.

Órgão italiano bloqueia acesso ao DeepSeek no país

Além da Coreia do Sul, outros países já aplicaram algum tipo de restrição ao DeepSeek.

A Itália ordenou o bloqueio do chatbot no dia 30 de janeiro, por meio de sua autoridade de proteção de dados, alegando falta de informações sobre a utilização de dados pessoais dos usuários. O órgão também disse ter iniciado uma investigação mais profunda sobre o chatbot.

Ao mesmo tempo, órgãos de proteção de dados de outros países europeus, como Irlanda e França, solicitaram ao DeepSeek informações sobre a coleta de dados dos usuários.

Taiwan, que é considerado por Pequim como território chinês, proibiu o uso do DeepSeek por suas agências governamentais em 3 de fevereiro "para garantir a segurança das informações do país", segundo o gabinete do premiê Cho Jung-tai. O governo também alertou para eventual censura de informações no DeepSeek e o risco de envio de dados para a China, que é vista como uma ameaça para o país.

A Austrália, por sua vez, ordenou a remoção dos programas da empresa chinesa de todos os dispositivos do governo, no último dia 4, devido a preocupações de que a inteligência artificial representava riscos de segurança. Segundo o ministro de Assuntos Internos australiano, Tony Burke, a proibição visava "proteger a segurança e o interesse nacional".

Outros países estudam medidas. Segundo o The Wall Street Journal, congressistas norte-americanos planejam apresentar uma lei que baniria o chatbot de dispositivos administrados pelo governo dos Estados Unidos.

DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial?

Deepseek

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Anatel vai investigar envio de alarme falso de terremoto para dispositivos Android

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Agência reguladora irá abrir um processo administrativo para apurar alarme falso de suposto terremoto na região de Ubatuba (SP). A notificação foi enviada a dispositivos com sistema operacional Android.
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Por Lígia Vieira, TV Globo — Brasília

Postado em 14 de Fevereiro de 2.025 às às 15h15m

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Sistema de alerta de terremotos do Google utiliza celulares como sensores — Foto: Reprodução
Sistema de alerta de terremotos do Google utiliza celulares como sensores — Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que instaurou um processo administrativo, nesta sexta-feira (14), para investigar o envio equivocado de alertas de terremoto para diversas regiões dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Nesta madrugada, moradores da região receberam um alerta falso sobre um suposto terremoto no mar, a 55 km de Ubatuba, no litoral de São Paulo. A notificação foi enviada a dispositivos com sistema operacional Android.

A Defesa Civil de São Paulo informou que não emitiu nenhum alerta de terremoto nesta sexta. Também não houve registro de ocorrências pelas equipes das defesas civis municipais.

"Considerando o caso noticiado e o impacto causado na população, a Anatel instaurou um processo administrativo para avaliar a situação em detalhes, a fim de compreender os mecanismos de geração e de disseminação de tais alertas via redes de telecomunicações", anunciou a agência reguladora.

Google se desculpa por alerta equivocado de terremoto enviado para celulares

Após consulta de diversos atores envolvidos, o órgão esclareceu que as notificações não foram emitidas pelas prestadoras de telecomunicações ou pelo Sistema Nacional de Defesa Civil por meio da Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP).

Portanto, não se confundem com mensagens encaminhadas pelo Defesa Civil Alerta. Tais alarmes foram enviados diretamente pelo Google para dispositivos com sistema Android.

"Verificada qualquer irregularidade, a Agência adotará as providências adequadas junto à empresa responsável, de modo a impedir novos episódios do evento observado, preservando a eficácia e a credibilidade do Defesa Civil Alerta perante a sociedade", informou a Anatel.
Google desativou sistema

Mais cedo, o Google informou que desativou o sistema de alerta de terremotos do Android no Brasil após a comunicação do alarme falso.

Além de desativar o sistema, o Google se desculpou com os usuários e disse estar investigando o ocorrido. "Pedimos desculpas aos nossos usuários pelo inconveniente e seguimos comprometidos em aprimorar nossas ferramentas", disse a empresa.

Segundo o próprio Google, a funcionalidade do Android não visa substituir nenhum outro sistema de alerta oficial.

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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Elon Musk x Sam Altman: a origem da rivalidade entre o homem mais rico do mundo e o dono do ChatGPT

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Musk e Altman foram sócios da OpenAI, empresa por trás do aplicativo revolucionário de inteligência artificial, mas hoje são rivais.
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TOPO
Por BBC

Postado em 13 de Fevereiro de 2.025 às 18h00m

#.* Post. - Nº.\  5.063 *.#

Sam Altman e Elon Musk foram parceiros na criação da OpenAI em 2015. — Foto: Getty Images/BBC
Sam Altman e Elon Musk foram parceiros na criação da OpenAI em 2015. — Foto: Getty Images/BBC

"Eu realmente confio nele."

Em dezembro de 2015, Sam Altman, cofundador da empresa OpenAI, responsável pela criação do ChatGPT, referiu-se ao seu sócio na empresa e aos seus esforços para criar um novo caminho para a inteligência artificial (IA) com estas palavras.

O sócio em questão era Elon Musk, o homem mais rico do mundo com fortuna estimada em US$ 370 bilhões. Já a fortuna atual de Sam Altman é bem menor: cerca de US$ 1 bilhão, segundo a revista Forbes.

Musk e Altman fundaram a startup em 2015 como uma organização sem fins lucrativos, mas o relacionamento azedou desde que o chefe da Tesla e da X deixou a empresa em 2018.

"O OpenAI não está à venda", disse Altman.

Esta semana, descobriu-se que Altman rejeitou uma oferta feita por Musk e um grupo de investidores para comprar a OpenAI por cerca de US$ 100 bilhões.

E ele acrescentou uma opinião mais pessoal: "Não acho que Elon Musk seja uma pessoa feliz. Tudo o que ele faz, ele faz por insegurança. Sério, eu sinto pena dele."

Tudo isso acontece em um momento em que Musk se destaca no governo dos EUA de Donald Trump, que o nomeou para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês).

A agência é responsável por cortar a burocracia e os gastos do governo nos EUA, mas tem sido duramente criticada por desmantelar agências governamentais americanas como a USAID, que tem forte presença em programas de assistência social na América Latina e outras regiões.

A OpenAI se tornou uma das empresas mais valiosas do mundo nos últimos dois anos, graças em particular ao seu produto ChatGPT, que revolucionou o papel da inteligência artificial ​​no mundo.

A oferta de US$ 97,4 bilhões de Musk é muito menor do que os US$ 157 bilhões em que a empresa foi avaliada em sua última rodada de financiamento em outubro passado.

Em 2024, Musk processou a OpenAI por mudar significativamente "o propósito para o qual a empresa foi fundada".

Elon Musk e Sam Altman em 2015, quando estavam prestes a lançar o OpenAI — Foto: Getty Images/BBC
Elon Musk e Sam Altman em 2015, quando estavam prestes a lançar o OpenAI — Foto: Getty Images/BBC

E ele apontou Altman como o responsável por essa mudança.

"Altman afastou radicalmente a OpenAI de sua missão original", acusou Musk em março de 2024.

Mas o que aconteceu ao longo dos últimos dez anos para Musk e Altman virarem protagonistas de uma das batalhas mais importantes do mundo tecnológico?

A origem do OpenAI

Em dezembro de 2015, quando a OpenAI foi fundada, Elon Musk já era um dos maiores nomes da tecnologia: sua empresa de carros elétricos Tesla estava revolucionando a indústria automotiva em todo o mundo.

Sam Altman, por sua vez, teve uma carreira de sucesso graças ao desenvolvimento de aplicativos e ao investimento em startups.

Antes de ingressar na OpenAI, Altman participou de dois projetos de relativo sucesso: no aplicativo Loopt (uma espécie de rede social onde a localização era compartilhada via celular) e na Y Combinator (empresa dedicada a financiar startups em diferentes áreas).

Com uma visão do que a IA poderia realizar — graças aos novos avanços em "aprendizado profundo" — Altman convocou vários pesos pesados ​​da indústria (incluindo o próprio Musk, mas também o cofundador do PayPal, Peter Thiel) para criar uma empresa dedicada a desenvolver e promover "IA amigável para o benefício da humanidade".

A iniciativa começou bem. Musk e Altman lideraram a OpenAI como codiretores. Em pouco tempo, eles conseguiram levantar quase US$ 1 bilhão em investimentos.

Elon Musk vem se destacando por sua proximidade com Donald Trump — Foto: Getty Images/BBC
Elon Musk vem se destacando por sua proximidade com Donald Trump — Foto: Getty Images/BBC

Mas três anos depois, começaram a surgir dificuldades. Em 2018, Musk deixou a OpenAI devido a conflitos internos.

Os parceiros da OpenAI perceberam que, para atingir seus objetivos, precisariam transformar a organização sem fins lucrativos em uma empresa de propósito misto, com um componente com fins lucrativos que pudesse gerar recursos financeiros.

Musk propôs que a OpenAI unisse forças com a Tesla, a fim de obter o fluxo de caixa para adquirir os equipamentos necessários para o desenvolvimento dos objetivos.

Quando esta oferta foi rejeitada devido ao potencial conflito de interesses, Musk decidiu renunciar ao seu cargo na OpenAI.

"Elon decidiu deixar a OpenAI, dizendo que nossa probabilidade de sucesso era zero e que ele planejava construir um concorrente de IA dentro da Tesla", disse a OpenAI em um comunicado publicado em seu site.

A briga estava começando.

Processos e tentativas de compra

Em novembro de 2022, o mundo viveu uma revolução: foi lançada a primeira versão gratuita e pública do ChatGPT, o principal produto da OpenAI.

Sua capacidade de resposta e interação tornaram visível o potencial do desenvolvimento da IA.

Em menos de dois meses, mais de 100 milhões de pessoas baixaram o aplicativo, tornando-o o software de consumo de crescimento mais rápido da história.

Sam Altman é o atual CEO da OpenAI — Foto: Getty Images/BBC
Sam Altman é o atual CEO da OpenAI — Foto: Getty Images/BBC

Em julho de 2023, Elon Musk finalmente anunciou o lançamento de seu próprio aplicativo de Inteligência Artificial, chamado x.AI.

Seu principal produto era chamado Grok, que nas próprias palavras de Musk era "um chatbot anti-woke" (uma palavra usada para se referir depreciativamente a movimentos progressistas).

Foi uma mensagem clara ao ChatGPT, que havia sido criticado por movimentos conservadores por dar respostas "politicamente corretas".

Mas a batalha estava longe de terminar.

Em março de 2024, Musk decidiu agir contra a OpenAI e diretamente contra o próprio Altman: ele o processou.

O principal motivo foi que o atual CEO da OpenAI havia "mudado os objetivos da empresa", que não era mais uma entidade sem fins lucrativos.

Musk afirmou que Altman havia vendido o projeto para a Microsoft — que investiu mais de US$ 14 bilhões na OpenAI — e, assim, a transformou em uma empresa dedicada a gerar lucros e não a servir o público.

"Ele não é uma pessoa em quem você pode confiar", disse Musk em uma entrevista à Fox News em novembro do ano passado.

'Treta do ChatGPT': entenda a troca relâmpago que Sam Altman fez da OpenAI pela Microsoft

Disputas políticas

O capítulo mais recente da briga aconteceu na segunda-feira (10/2), quando a x.AI fez uma oferta de quase US$ 100 bilhões pela OpenAI, que foi categoricamente rejeitada por Altman.

"É altamente improvável que Musk consiga manter a OpenAI, mas o que provavelmente está por trás de tudo isso é dificultar a vida de Altman", disse Andrew Ross, jornalista de tecnologia do jornal americano The New York Times.

Soma-se a isso o fato de que, em janeiro deste ano, o próprio Trump disse que Altman era "a pessoa que mais sabe sobre IA no mundo".

A declaração foi dada durante o lançamento do Stargate, um programa para criar centros físicos para o desenvolvimento de IA que conta com o apoio do presidente americano e que inclui a empresa de Altman.

Isso criou outra faísca na disputa com Musk. O dono da Tesla e da Space X disse que Altman era um "mentiroso" e que era "falso" que o Stargate tivesse os recursos necessários para seu desenvolvimento.

Altman respondeu imediatamente dizendo que "Musk não é uma boa pessoa".

"Muitas vezes, o que é ótimo para o país não é ótimo para sua empresa", acrescentou.

A disputa certamente está longe de terminar.

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