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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Social Marketing é a bola da vez


"O que é e como deve ser aplicado este conceito na prática"


[*|*Por Bruno Mello
Social Marketing - Silvio MeiraEstamos na década do Social Marketing, sentenciou Silvio Meira (foto), pesquisador, professor titular do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco e um dos consultores especializados em estratégias de inovação mais respeitados do Brasil, durante a terceira edição do Fórum Inovação, Tecnologia e Marketing, realizado na última semana em São Paulo pela Arizona.

A era do Social Marketing envolve um mercado conduzido por pessoas e não mais pelas marcas. Pessoas estas que desejam relacionamento e conversa com outras pessoas, não com empresas. Um público que virou canal de informação e se organizou em comunidades virtuais. Por isso, para as organizações, a era da Mobilidade, com o mundo nas mãos do consumidor, dará lugar à era da Programabilidade, uma vez que os meios digitais são passiveis de gerar negócio por meio da construção de plataformas interativas e de sistemas empresariais que dão excelência à operação.

Os consumidores, organizados em comunidades sobre temas variados, mas de interesse em comum, e até sobre marcas, desejam interatividade com as empresas desde que elas se humanizem e estejam dispostas a resolver os seus problemas. "O Social Marketing é um Marketing mais matemático, desenvolvido a partir da avalanche de dados que existem no mundo de hoje", apontou Suresh Vittal, Vice-presidente da Forrester, empresa mundial de pesquisas e tendências com foco em Marketing.
Social Marketing A partir de agora, deve-se criar um departamento de Marketing mais voltado para a tecnologia da informação para integrar os processos de Marketing a fim de melhorá-los e mensurá-los. De acordo com Romek Jansen, sócio da consultoria MRMLogiq, que auxilia empresas a otimizar operações de Marketing, até 40% das iniciativas não servem a estratégia da companhia. Como resultado, em muitos países, o ciclo de vida de um produto não supera os seis meses.

Mudanças de paradigma
Segundo as premissas do Social Marketing, o Marketing eficiente não é mais aquele que “empurra” o produto e a comunicação. O Marketing de hoje é o que “puxa” as pessoas ao produto e que dialoga com eles. “O consumidor não toma uma decisão de compra de forma linear”, afirma Suresh Vittal. Por isso, é preciso criar uma imagem consistente da marca e os sistemas devem estar integrados. A realidade, no entanto, é que muitos projetos de CRM, ERP e Bi nas empresas simplesmente não conversam entre si.

Isso significa ainda mais complexidade e não simplifica a gestão. É preciso redesenhar os processos. “Com isso economizaremos verba de Marketing. Se gastamos menos com a operação, podemos gastar mais com mídia”, diz Romek Jansen. É possível ainda estar presente nos múltiplos pontos de contato existentes com o consumidor hoje em dia com o objetivo de engajá-lo, outra premissa importante do Social Marketing.


Michael MoonA história da marca deve engajar o consumidor. As empresas devem conversar com as pessoas que desejam comprar seus produtos. “Elas devem pensar em como podem ajudar o consumidor”, explica Michael Moon (foto), CEO da Gistics, especialista em inovação nas mídias sociais. “É preciso engajar as pessoas antes de elas virarem consumidoras”. O modelo para gerar engajamento, de acordo com Barry Stamos, Líder Global de Estratégias em Mídias Emergentes e um dos Diretores da Acxiom, consultoria global de soluções em Marketing, é simples: conhecer o seu consumidor e personalizar a conversa com ele.

Mesmo o Social Marketing estando intimamente ligado aos dados e a sistemas de informações, dificilmente os problemas operacionais serão resolvidos no ambiente digital. “O problema é que a verba de Social está com o Marketing, que coloca e delega esta tarefa às agências”, constata Silvio Meira, em entrevista ao Mundo do Marketing. “A marca tem que ser verdadeira e fazer uma gestão social dentro da empresa toda. E isso começa com os funcionários. Só teremos clientes satisfeitos se tivermos colaboradores satisfeitos”, ressalta.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lojas montadas em containers faturam R$ 12 milhões por ano




"Criada no Brasil, rede de franquias Container Ecology Store reúne sustentabilidade, mobilidade e design moderno"


*||* Por Fernanda Salem

Transformar lixo em pontos de venda de sucesso, com base na sustentabilidade, apresentando ainda design moderno e mobilidade. Esta é a proposta da empresa Container Ecology Store, que, seguindo tendências mundiais, utiliza containers abandonados e transforma-os em lojas de roupas multimarcas. O negócio criado há dois anos já tem 40 franquias em todo país, além de contratos assinados para mais de 100 lojas só no ano que vem. A loja reúne produtos de 500 marcas, entre elas Coca-Cola Clothing, Triton, Abercrombie & Fitch, Pólo Ralph Lauren, Lacoste, Hollister e Aéropostale.

A ideia surgiu de uma necessidade. “Eu queria abrir uma rede de lojas no sul do país, mas os alugueis de terreno e em shoppings eram muito caros. Então pensei em adaptar um projeto que vi em Cingapura, de lojas em caixas de metal”, diz André Krai (foto), fundador da rede de franquias Container Ecology Store, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Cada container custa cerca de R$ 10 mil, mas o valor mais alto vai para a reforma, que não sai por menos de R$ 20 mil. O maior investimento, portanto, é na estruturação, no suporte e na decoração. “Custa caro transformar lixo em algo útil”, conta Krai.

Mas dá resultado. O faturamento anual da empresa foi de R$ 12 milhões este ano e as perspectivas são de triplicar este valor com a ampliação da rede planejada para os próximos anos. Cada franquia paga à Container royalties de cerca de R$ 1,5 mil por mês. “O maior obstáculo para o empreendimento é encontrar terrenos livres em bons locais, principalmente na zona sul do Rio de Janeiro e em São Paulo”, diz Krai.

Chave na Mão
O modelo de negócios da Container Ecology Store, chamado Sistema Franquia Chave na Mão, provém diversos serviços para o franqueado. “A empresa busca o terreno que será o ponto comercial, instala a loja em uma semana com tudo pronto para o cliente e faz a gestão do negócio dele. O franqueado está comprando um pacote”, explica Krai.

Outra facilidade é a lista de 500 marcas, nacionais e internacionais, que já vêm como opção com a loja, disponíveis para o franqueado vender, como a Coca-Cola Clothing, a Fórum e a Abercrombie & Fitch. Todas voltadas para a moda jovem, que se relacionam com o target da empresa.

“O modelo exige um operador moderno devido ao tipo de loja, que é diferente. Podemos treinar qualquer um para o perfil, mas o franqueado precisa ter, acima de tudo, garra e tino para inovação”, diz Krai, explicando que para adquirir uma loja da Container o valor mínimo a ser investido é de R$ 100 mil.

Conquistando clientes
Uma das franquias de maior sucesso, segundo Krai, é a da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O empreendimento tem dois containers e vende sete marcas: Abercrombie & Fitch, Hollister, Adidas Originals, Calvin Klein, Lança Perfume, Coca-Cola Clothing e Labellamafia, algumas delas conquistadas pelos próprios franqueados.

“O maior benefício que tirei com essa franquia é um aluguel muito mais barato do que em shoppings, então dá para vender os produtos a um preço mais acessível, além de poder remover o container para outro ponto, se achar necessário”, diz Luiz Otavio de Azevedo, dono da loja na Barra da Tijuca (foto), em entrevista ao Mundo do Marketing.

 A unidade foi inaugurada em setembro de 2010 e o faturamento mensal é de cerca de R$ 45 mil. “O valor ainda não pagou o investimento inicial. Estamos fazendo clientes neste primeiro ano. Acredito que a partir do ano que vem já ultrapassaremos o investimento inicial”, diz. “A previsão para 2012 é faturar de R$ 60 mil a R$ 70 mil por mês com a loja”.               

Solução ambiental
Um dos grandes trunfos do negócio é seu apelo ambiental e ecológico, tendência mundial que a rede aproveita na divulgação da empresa desde o nome até o texto no site, dizendo ser a única franquia totalmente sustentável do mundo e chamando os clientes a participar do movimento para salvar o planeta. 

Efetivamente, a utilização de materiais reciclados como containers com mais de 20 anos de uso já é uma ação que contribui para o meio ambiente. Além disso, as lojas contam com itens como araras feitas de corrimão de ônibus e decks de casca de arroz na decoração. A rede também não usa nenhum produto que polua o meio ambiente e 50% do ponto de venda é reciclado.

 Modelos internacionais
A inovação já existe internacionalmente, com algumas lojas feitas em containers de navios. Nos Estados Unidos, a incubadora de design 3rd Ward criou em agosto deste ano uma loja utilizando o objeto, que foi chamado de Shopbox (foto). 

Os produtos, como mochilas e objetos de decoração, ficam expostos no container e os consumidores podem escolher o produto desejado, sem a ajuda de um vendedor, e se cadastrar utilizando um iPad disponível no local. O cliente então envia uma mensagem de texto e a mercadoria é entregue em seu endereço.

No Canadá, a Nescafé fez recentemente uma ação de loja pop-up em um container para divulgar a linha Dolce Gusto. A instalação fez uma turnê pelos locais mais movimentados de Toronto e Montreal como uma cafeteria itinerante.

 Lojas viajam pelo mundo
A agência de design LOT-EK tem um histórico em trabalhar com projetos criados a partir de container abandonados, de instalações de arte a lojas. Há dois anos, a empresa criou um ponto de venda para a Uniqlo em Nova York, nos Estados Unidos, pequeno e eficiente. 

Seu case de maior sucesso, no entanto, foi para a Puma, chamado de Puma City. O espaço de 24 containers criado em 2008 tem escritórios, área para a imprensa, um bar, local para eventos e ainda uma grande varanda aberta no teto. A loja é móvel, passando por algumas cidades dos Estados Unidos, e já foi até a Espanha e África do Sul, vendendo os produtos da marca durante a Copa do Mundo de 2010.

Ricardo Eletro lança portal de compras coletivas


Gipope - Marketing


"Ação promocional de pré-lançamento realiza disputa entre consumidores por ofertas exclusivas com 90% de desconto"



*|* Por Letícia Alasse

A Máquina de Vendas realiza uma ação de pré-lançamento do Clube do Ricardo. A novidade é um portal de compras coletivas que disponibilizará diariamente para os membros cadastrados produtos do portfólio da Ricardo Eletro com até 90% de descontos. O programa aceitará pagamentos em até 12 vezes sem juros e processará todos os pedidos sem a necessidade de cupons.

Até o dia 15 dezembro, 10 consumidores disputarão a chance de obter ofertas exclusivas pagando apenas 10% do valor do produto. Para concorrer, os interessados devem se cadastrar no site da ação e convidar o maior número de amigos a fazer o mesmo. O participante que ficar em primeiro lugar leva a oferta principal, um carro Gol 1.0, quatro portas, modelo 2011/2012, total flex, cujo valor real de mercado é R$ 31.900,00, por R$ 3.190,00.

Com a iniciativa, a empresa busca expandir as vendas online e espera inaugurar o clube daqui a duas semanas. A previsão de faturamento do grupo Máquina de Vendas, que também detém as marcas Insinuante, City Lar e EletroShopping, até o fim de 2011 é de R$ 7,2 bilhões.