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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Adidas lança Pegada Sustentável e amplia portfólio de ações ambientais


"Programa pretende impactar os consumidores com o conceito de responsabilidade ambiental. Clientes poderão levar calçados descartados nas lojas da marca e transformá-los em energia."



*//* Por Letícia Alasse || 25/01/2012


Adidas,Pegada sustentávelA Adidas lança o programa Pegada Sustentável com o objetivo de engajar o consumidor em suas atividades ambientais e dar um DESTINO correto aos produtos no fim do seu ciclo de vida. O projeto reforça o posicionamento da companhia ligado a questões sustentáveis e visa minimizar os IMPACTOS causados no meio ambiente pelo descarte inadequado dos calçados esportivos.

A iniciativa nasceu a partir de uma necessidade da empresa de falar diretamente com o público sobre conscientização e disseminação dos princípios da marca. Com o projeto, a Adidas busca atingir os três pilares da sustentabilidade, pelo aspecto econômico, social e ambiental.

“Nossa ação, economicamente, auxilia na construção da imagem da Adidas diante do público. Socialmente, mobilizamos os consumidores conversando com eles sobre uma atitude cada vez mais necessária na sociedade em que vivemos e a iniciativa impacta principalmente o meio ambiente. Os calçados descartados, ao invés de irem parar nos lixões ou nas ruas, serão levados para fábricas com intuito de gerar energia”, diz Fabiano Lima, Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Adidas Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Ativação dos consumidores
O Pegada Sustentável surgiu como um meio de aumentar o RELACIONAMENTO da marca com os consumidores e também incentivá-los a praticar atividades de cunho sustentável. O programa lançado ontem, dia 24, já está presente em sete lojas e 11 outlets da Adidas na grande São Paulo e capital. Em março, o projeto chega às demais 84 lojas da marca em todo o Brasil.

Para promover a iniciativa, os pontos de venda receberão decoração especial, com elementos visuais da ação, como cadarços verdes, com o propósito de incentivar os consumidores a reciclarem, além de comunicados nas REDES SOCIAIS da empresa. A Adidas também investiu no treinamento de 400 colaboradores para conversarem com os visitantes nas lojas e explicarem as etapas da ação.

“Temos um trânsito muito grande de consumidores em nossas unidades ao longo do ano e queremos levar para estas milhares de pessoas conteúdo de sustentabilidade. Conseguindo este objetivo seremos também uma empresa responsável por uma mobilização nacional de pessoas”, declara Lima.

Para garantir o descarte adequado do calçado, o usuário poderá entregar o produto sem condições de uso, de qualquer marca, nas lojas Adidas. O cliente assinará um termo de doação do material para a reciclagem e, em troca, receberá um brinde. Em São Paulo, nos três primeiros meses, a “recompensa” será um ingresso para visitar o Museu do Futebol, no Pacaembu. Cada cidade, entretanto, terá uma opção para os consumidores.Os produtos entregues nos pontos de venda serão encaminhados para a empresa de logística reversa e gestão ambiental RCRambiental. A parceira da Adidas será responsável por descaracterizar as peças e transportá-las até o destino final, onde os calçados serão transformados em combustível para alimentar fornos de cimento. O mecanismo possibilita o reaproveitamento integral dos produtos como fonte de energia.


Posicionamento sustentável
O lançamento do novo programa reforça a plataforma de atividades realizada pela Adidas em busca de uma produção menos danosa ao ambiente. O Better Cotton, por exemplo, é uma iniciativa da marca de utilizar nas roupas um algodão produzido com menos água e pesticidas no plantio. A companhia planeja até 2015 usar o material ecológico em 40% de sua produção e, três anos depois, o objetivo é que o algodão seja utilizado em 100% dos produtos.

O material faz parte de uma plataforma de design e produção sustentável da empresa chamado Lugar Melhor (Better Place), em referência a um mundo melhor. O conceito faz relação com as práticas de utilizar menos matérias e substâncias nocivas na fabricação das peças, que compreendem poliéster reciclado de garrafa Pet, tecidos sintéticos livres de solventes, tecel, couro com tingimento certificado e um polímero biodegradável à base de milho, além do algodão orgânico.

A companhia também possui programas sociais ligados a ONGs para incentivar as práticas esportivas como um meio de educação de crianças e adolescentes. “A Adidas tem várias iniciativas que compõem uma cadeia de valor mais sustentável para a marca. Principalmente no design dos nossos produtos, em que utilizamos menos materiais e mais leves, e nos processos de fabricação, em que são usadas substâncias menos nocivas à natureza. Percebemos, no entanto, que estava faltando alguma ação que contagiasse o consumidor e assim surgiu o Pegada Sustentável”, conclui Lima.

Serviços será o setor mais promissor de Marketing em 2012

 

"Levantamento realizado pela Michael Page com dois mil executivos no LinkedIn aponta as frentes de trabalho mais propícias a gerar oportunidades este ano."



*//* Por Letícia Alasse || 24/01/2012


O setor de Serviços será o mais promissor para os PROFISSIONAIS de MARKETING em 2012. É o que diz um levantamento realizado pela Michael Page com dois mil profissionais de nível executivo em uma enquete no LinkedIn. Segundo o estudo, metade dos PARTICIPANTES acredita que o setor será o maior empregador de profissionais da área este ano.


Em segundo lugar aparece o Comércio (15%), seguido por Indústria e Agronegócios, ambos com 10%. Há ainda 15% que acreditam que todos os setores contratarão mais pessoas ligadas ao Marketing. O setor de Serviços já representa uma parte importante do PIB Nacional e abrange diversas frentes, como Inteligência de mercado, CRM, Comunicação e Eventos. A Michael Page acredita que a amplitude do mercado possibilita o surgimento de maiores OPORTUNIDADES.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Raio X do franchising no Brasil


"Em entrevista ao Mundo do Marketing, Ricardo Camargo, Diretor Executivo da ABF, fala sobre resultados e tendências do setor."


*||* Por Sylvia de Sá || 16/06/2011



Raio X do franchising no BrasilCom um faturamento de R$ 77 bilhões em 2010, as franquias brasileiras têm motivos para comemorar. Os números representam uma expansão de 20,4%, se comparado a 2009, e a expectativa é que o setor continue CRESCENDO a dois dígitos nos próximos cinco anos. Hoje, as 1.865 redes de franchising operam 87 mil pontos de venda no país. Para 2011, a previsão é de aumento contínuo, com mais nove mil lojas e um CRESCIMENTO de 8% no número de redes, além de um faturamento 15% maior.
Entre os setores com melhor DESENPENHO estão alimentação, acessórios pessoais e calçados, vestuário e beleza. Áreas de prestação de serviço, no entanto, como atendimento, reparos domésticos, acompanhamento de idosos, jardinagem, consertos de computador e representações comerciais também apresentam oportunidades para aqueles que desejam investir. Na medida em que o poder de consumo do brasileiro aumenta, novos MERCADOS podem ser explorados por quem quer empreender.
Em entrevista ao Mundo do Marketing, Ricardo Camargo, Diretor Executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), traça um raio X do setor. Quem são os novos franqueados, como aproveitar as oportunidades do e-commerce e quais são as tendências para os próximos anos são alguns dos assuntos abordados. A seguir, a conversa na íntegra.


Mundo do Marketing: De uma forma geral, como está o setor de franquias no Brasil?
Ricardo Camargo: No Brasil, o sistema de franchising faturou R$ 77 bilhões em 2010, um avanço de 20,4% em cima do ano anterior, fechou com 1.865 redes, um aumento de quase 13% e chegou a 87 mil pontos de venda, crescendo 8%. Acumulamos no ano passado um total de empregos diretos de 777 mil. Para 2011, projetamos 62 mil novos empregos, de oito a nove mil novos pontos de venda, 8% em crescimento de redes e 15% no faturamento. O Brasil é o quarto país do mundo em termos de marcas e o sexto em termos de unidades.



Mundo do Marketing: Que mercados apresentam boas oportunidades para a expansão das redes?
Ricardo Camargo: Todos os mercados têm suas oportunidades. Os grandes centros já têm muitas franquias, shoppings. Vemos um crescimento acentuado em periferias das cidades. Há muitos supermercados, hipermercados e galeriais comerciais que também estão disponibilizando pontos e propiciam um crescimento dentro destas grandes metrópoles. Mas a grande oportunidade está no Nordeste, que teve um aumento de renda e deve ter crescido em torno de 23%.

O franchising também se interioriza e vai em direção à região Norte, principalmente no estado do Pará, em cidades como Parauapebas, Marabá e a capital Belém. Manaus continua em uma fase de crescimento forte na região Norte e há ainda estados como Mato Grosso do Sul, Matogrosso, Palmas e Goiás, que em função dos bons resultados agropecuários estão começando a ver crescer fortemente as suas cidades.


Mundo do Marketing: Que setores crescem mais e são oportunidades para franquias?
Ricardo Camargo: São inúmeros. Prestação de serviço teve um crescimento acentuado, através das microfranquias, que são franquias com investimento total de até R$ 50 mil. Há um aumento na área de atendimento, como reparos domésticos, acompanhamento de idosos, jardinagem, consertos de computador e representações comerciais. Este é um segmento que cresce bastante. Mas os que mais cresceram no ano passado foram alimentação (40%), seguido por acessórios pessoais e calçados (37,9%), vestuário (37%), beleza e saúde (20%), turismo e informática (ambos em 17%).



Mundo do Marketing: As oportunidades acompanham também as taxas de crescimento? Onde cresce mais é onde há mais oportunidades?
Ricardo Camargo: Depende um pouco dos resultados macroeconômicos. Áreas como alimentação e vestuário cresceram principalmente em função do aumento de renda no ano passado. Mas existem outros mercados que crescem em função do poder econômico. Turismo tem crescido interna e externamente. Apenas em 2010, as empresas aéreas tiveram um crescimento no faturamento na ordem de 20%, um número bastante significativo. O Brasil é hoje um dos 10 países que mais exporta turistas, embora internamente não aproveite tanto.

Na área de informática o Brasil é um dos grandes players mundiais, assim como em telefonia celular. Em celulares é o quarto país do mundo e em informático é o quinto. Esses setores, por uma razão de mercado, são os que mais têm crescido. Mas isso não impede que existam oportunidades em outros setores, como educação, por exemplo. Com os próximos eventos internacionais que o país sediará há uma procura forte, principalmente nas escolas de idioma como inglês, e nos setores profissionalizantes.


Mundo do Marketing: Quais são as maiores dificuldades que as redes enfrentam hoje para se expandir?
Ricardo Camargo: A primeira delas é o número de pontos. Tivemos uma valorização imobiliária excessiva no ano passado, na ordem de 25%, e isso tem inibido um pouco os negócios, porque compromete a taxa de retorno em função dos altos aluguéis, ou das altas luvas. Os pontos comerciais estão muito caros, o que impede de certa forma a abertura de novas lojas. Tanto é que só crescemos 8% no ano passado, quando deveríamos ter crescido no mínimo 10%. Esse é o principal fator hoje de estrangulamento.

Na área de crédito temos abundância, porque o mercado de franquias é muito mais seguro. Hoje vários bancos têm linhas de crédito especiais para franquias. Mas há problemas característicos da nossa economia. A carga tributária brasileira é a mais alta do mundo, além da condição dos aeroportos e das estradas. São operações muito deficientes, que oneram o custo do produto final.


Mundo do Marketing: O perfil do franqueado mudou nos últimos anos. Quem são esses novos empreendedores?
Ricardo Camargo: Tivemos a soma de pessoas mais jovens entrando no mercado, algumas oriundas de universidades. Nosso sistema educacional ainda é bastante deficiente, então há sobras em alguns setores, como Direito e Administração. Às vezes, as pessoas não encontram oportunidades de trabalho no mercado e acabam querendo montar seu próprio negócio. De maneira geral, os homens mais jovens têm entrado, mas as mulheres também têm aumentado o seu grau de participação. Acreditamos que 35% dos negócios aqui no Brasil estejam nas mãos de mulheres. A faixa etária também mudou. Normalmente ficava entre 40 e 55 anos e passou para 25 a 50 anos.



Mundo do Marketing: Vemos muitas redes novas que ainda não têm um grande trabalho de Marketing. O que deve ser feito para desenvolver uma boa marca de franquia?
Ricardo Camargo: O segredo do negócio de franquias é justamente a marca. Temos hoje Wizard, O Boticário, Habib's, McDonald’s, Giraffas, Bob’s. Companhias que têm feito um Marketing muito mais ativo, até porque crescem cada vez mais.

As empresas menores, antes de iniciar uma alavancagem na área de Marketing, precisam estar com a operação bem definida para que haja uma coesão e, a partir daí, comecem a trabalhar o Marketing de forma mais ativa. Marcas menores naturalmente não têm tanto recurso para fazer frente, porque são poucas unidades, então precisam em primeiro lugar tentar crescer a sua base, para que quando utilizem a verba de Marketing em maior escala e consigam penetrar no mercado.


Mundo do Marketing: A internet é uma realidade no varejo, mas as redes acabam ficando de fora pela sua natureza de negócio. Elas realmente não podem vender online? Como aproveitar este mercado?
Ricardo Camargo: Muitas redes já têm optado por ter vendas online. Essa é uma realidade que não tem mais volta. De alguma forma, as empresas em algum momento terão que se plugar. Percebemos que deve haver uma concordância entre os pontos de venda. A loja física continua sendo o foco principal, mas o site tem que estar de acordo com a loja. Ter preços diferentes pode trazer problemas, por exemplo. É necessário um trabalho conjunto entre franqueador e franqueados para chegar a um acordo de como serão consideradas essas vendas para começar a crescer neste segmento.



Mundo do Marketing: Qual é a projeção do setor para os próximos anos? Quais são as principais tendências?
Ricardo Camargo: Devemos continuar crescendo a dois dígitos nos próximos cinco anos. Temos muito espaço para expandir. A Austrália, por exemplo, tem 22 milhões de habitantes, mil redes de franquias e 14% do PIB é gerado pelas franquias. Nos Estados Unidos, este número é de 20%. No Brasil, o nível de participação é de 2,1%, apesar de já sermos o quarto mercado do mundo em marcas e o sexto em unidades.

Isso nos dá uma dimensão de crescimento muito forte na área de franquias. Temos condições de atingir nos próximos três anos mais de 250 mil pontos de venda, então continuaremos a crescer numa linha bastante forte. O PIB do franchising tem sido mais ou menos 2,5 a três vezes o PIB normal do país. Dizem que o PIB do país, em média, crescerá 4,5%, 5% nos próximos anos. A tendência é o que franchising continue crescendo na faixa de 12%, 15%.