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sábado, 9 de julho de 2022

A descoberta que pode ajudar a entender força que permite existência dos átomos

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Cientistas descobriram novas configurações 'exóticas' de quarks, as menores partículas conhecidas e que compõem outros elementos subatômicos que formam o núcleo dos átomos.
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TOPO
Por Pallab Ghosh, BBC

Postado em 09 de julho de 2022 às14h00m

Post. N. - 4.388

As partículas 'exóticas' são produzidas durante colisões subatômicas/BBC — Foto: EQUINOX GRAPHICS/SCIENCE PHOTO LIBRARY
As partículas 'exóticas' são produzidas durante colisões subatômicas/BBC — Foto: EQUINOX GRAPHICS/SCIENCE PHOTO LIBRARY

Cientistas descobriram novas configurações "exóticas" de quarks, as menores partículas conhecidas pela humanidade.

Os quarks são as partículas subatômicas que compõem outras partículas subatômicas, conhecidas como hádrons.

Os prótons e nêutrons, que compõem o núcleo dos átomos, são tipos de hádrons. Cada um dos prótons e nêutrons são compostos por três quarks.

Partículas descobertas nos últimos continham configurações "exóticas" dos quarks: em vez de três, elas são formadas por quatro ou cinco quarks (tetraquarks e pentaquarks).

Agora, os cientistas fizeram três novas descobertas: um pentaquark e dois tetraquarks nunca vistos antes.

A existência dessas partículas com configuração "diferente" foi verificada pelos cientistas do Grande Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas do mundo, que fica na Suíça. Com as três novas descobertas, o número de partículas com configurações exóticas de quarks sobe para 21.

Composição da matéria — Foto: BBC
Composição da matéria — Foto: BBC

As novas estruturas são formadas por colisão de partículas subatômicas e existem por um instante tão curto que é até difícil de imaginar - duram um milésimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo.

Apesar da existência extremamente breve, essas partículas viajam a uma velocidade próxima à velocidade da luz, deixando "trilhas" de alguns milímetros que são analisadas pelos pesquisadores.

Os cientistas estão empolgados com as características das três novas partículas. O novo pentaquark libera partículas que nenhum dos outros produz ao se decompor. E os dois novos tetraquarks têm a mesma massa, o que sugere que eles podem ser o primeiro par de estruturas exóticas descoberto.

A descoberta foi feita no maior acelerador de partículas do mundo — Foto: CERN/BBC
A descoberta foi feita no maior acelerador de partículas do mundo — Foto: CERN/BBC

A força forte

Mas o mais importante, segundo os pesquisadores, é que as últimas descobertas significam que agora há uma quantidade dessas partículas suficientes para criar uma categorização e organização - como a dos elementos na tabela periódica.

Isso é essencial para a criação de uma teoria e a descoberta do conjunto de regras válidas para essa matéria exótica.

Físicos estão discutindo essa questão na terça-feira (5/7) em um encontro no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, instituição que abriga o Grande Colisor de Hádrons.

Entender as diferenças entre a menores partículas conhecidas pode parecer uma questão pouco prioritária. Mas a interação dos quarks acontece através da chamada "força forte", que mantém as partículas dos átomos unidas - ou seja, que mantém toda a matéria do Universo.

Os tetraquarks são partículas formadas por quatro quarks em vez de três — Foto: CERN/BBC
Os tetraquarks são partículas formadas por quatro quarks em vez de três — Foto: CERN/BBC

"A força forte é extremamente difícil de calcular", diz o professor Chris Parks, da Universidade de Manchester, no Reino Unido. "E nós não temos previsões exatas de como os tetraquarks e pentaquarks são constituídos. Mas esperamos conseguir desenvolver teorias para entendê-los melhor."

O Grande Colisor de Hádrons recentemente passou por um grande aprimoramento, e os pesquisadores envolvidos acreditam que isso vai possibilitar provar a existência de mais partículas exóticas, que hoje só existem na teoria.

Os cientistas tem a hipótese de que algumas partículas têm até seis quarks.

O que são quarks?

A ideia de que a matéria do mundo é formada por pequenas partículas indivisíveis - os átomos - surgiu na Grécia no século 5 a.C,, proposta pelo filósofo grego Demócrito.

No final do século 19 e início do século 20, experimentos científicos mostraram que os átomos eram compostos de partículas menores: elétrons, nêutrons e prótons.

E, na década de 1960, ficou claro que os próprios nêutrons e prótons eram feitos de partículas ainda menores, chamadas quarks.

A ciência que estuda esse universo subatômico é chamada física quântica, e foi seu desenvolvimento que permitiu o surgimento de tecnologias como a energia nuclear e de ameaças como a bomba atômica.

Na década de 1960, também se descobriu que a interação dos quarks entre si está ligada a uma das forças fundamentais da natureza, a chamada força forte.

É essa força forte que mantém a unidade dos núcleos dos átomos, que por sua vez compõe toda a matéria do Universo.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62054807

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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Entenda como é o processo para que um celular com 5G possa ser utilizado no Brasil

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Apenas aparelhos homologados pela Anatel podem oferecer a tecnologia, que começou a funcionar em Brasília nesta quarta-feira (6). Veja quais são as etapas até a homologação.
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Por Helio Carvalho, g1 Campinas e Região

Postado em 07 de julho de 2022 às 09h50m

Post. N. - 4.387

Ícone do 5G em um iPhone — Foto: James Yarema/Unsplash
Ícone do 5G em um iPhone — Foto: James Yarema/Unsplash

A chegada do 5G nesta quarta-feira (6) em Brasília acelera a busca de fabricantes por aumentar a quantidade de celulares aptos a receber a internet móvel de quinta geração no país. Até agora, por aqui, cerca de 60 modelos oferecem a tecnologia, já que apenas aqueles que são homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) podem disponibilizá-la.

Mas como funciona o processo até que a homologação dos aparelhos seja concluída? Para entender as etapas, o g1 conversou com Alessandro Pimenta, coordenador técnico do Complexo Laboratorial de Conectividade, de Campinas (SP).

Inaugurado em outubro de 2021 pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), para desenvolvimento de novas tecnologias, o complexo deve se tornar referência em 5G no Brasil. Veja abaixo detalhes do trabalho realizado no local.

Inicialmente, Pimenta reforça que todos os fabricantes que possuem um produto de telecomunicação, desde o 2G até o 5G, devem ter esse produto homologado pela Anatel.

Para isso, a agência de telecomunicações organiza certificadores, que são responsáveis por definir planos de ensaios baseados no tipo de produto que pretende ser homologado. Esses planos, por sua vez, são executados dentro de laboratórios como o CPQD.

Em suma, o processo é o seguinte:

  1. Fabricante quer homologar o produto, então ele procura uma certificadora;
  2. A certificadora cria um plano de ensaio ou um plano de teste;
  3. O fabricante faz a cotação com um laboratório para executar esses ensaios;
  4. Os ensaios são realizados pelo laboratório escolhido, e um relatório é entregue à certificadora;
  5. A certificadora irá analisar o relatório e dizer se o produto passou ou falhou nos testes;
  6. Em caso de aprovação, os dados são enviados à Anatel, que promove a homologação.

Segundo o coordenador, atualmente, todo o processo gira em torno de 60 dias para ser concluído.  

Ensaios: como são feitos e para quê

Alessandro Pimenta explica que a etapa dos ensaios serve como uma espécie de validação do produto desenvolvido para oferecer o 5G, a partir do seguimento de todas as regras.

"A gente garante que o produto que vai entrar no Brasil está respeitando tanto as normas internacionais quanto o espectro radioelétrico que a Anatel leiloou para ser utilizado dentro do Brasil."

Sala do Complexo Laboratorial de Conectividade, onde são realizados testes com o 5G em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV
Sala do Complexo Laboratorial de Conectividade, onde são realizados testes com o 5G em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV

Referência na realização dos ensaios, o Complexo Laboratorial de Conectividade foi preparado com recursos modernos de tecnologia, para dar mais segurança e confidencialidade às informações.

Além disso, o local integra quatro laboratórios, permitindo maior agilidade em processos, serviços e a ampliação de testes realizados no local.

"Todos os nossos relatórios saem com o selo do Inmetro, e ele é utilizado para a homologação tanto do Brasil, da Anatel, quanto para a homologação Latam. Se o fabricante de celular está fazendo a homologação do celular dele, se ele quiser fazer o teste de SAR em uma banda que não é do Brasil, mas da Argentina [por exemplo], ele pode fazer esse teste com a gente. Como nosso relatório tem selo Inmetro, é reconhecido internacionalmente."

Tipos de testes

Para que haja a confirmação de que um determinado celular está compatível com a tecnologia 5G, Alessandro afirma que as certificadoras costumam solicitar quatro tipos de testes:

  • Ensaio de proteção elétrica: ensaios para garantir o funcionamento correto do equipamento em condições de choques, tensão normal e alta tensão, evitando, por exemplo, um aquecimento excessivo;
  • Ensaio de compatibilidade eletromagnética: avaliar as ondas emitidas pelo equipamento em questão e o quão imune ele é, com o propósito de analisar o grau de susceptibilidade a perturbações eletromagnéticas procedentes do meio ambiente.
  • Medição de Taxa de Absorção Específica (SAR, na sigla em ingês Specific Absorption Rate): ensaios para verificar a taxa de absorção da energia de radiofrequência pelo corpo humano;
  • Ensaios funcionais de radiofrequência: esses ensaios são voltados ao espectro radioelétrico e verificam o cumprimento de requerimentos de normas internacionais.
Aparelhos com 5G são submetidos a testes — Foto: Reprodução/EPTV
Aparelhos com 5G são submetidos a testes — Foto: Reprodução/EPTV

Mercado aquecido

De acordo com Alessandro Pimenta, o mercado da internet móvel de quinta geração começou a ficar aquecido no país no segundo semestre de 2021, antes mesmo do leilão realizado pela Anatel em novembro. Passado o leilão, os processos de homologação aumentaram ainda mais, afirma ele.

"No ano passado, a gente estava fazendo, em média, dois celulares por mês. Neste ano, a gente está fazendo, em média, de quatro a cinco celulares por mês. Aumentou por volta do quarto trimestre de 2021. Quando começaram os lançamentos de 5G para o Natal, dobrou a parte de celular." 
Quando chegará em todo o país?

Brasília é a primeira capital do país a receber a quinta geração e o primeiro local em larga escala. A Anatel diz que São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa receberão a tecnologia em uma segunda etapa, mas ainda não há uma data definida.

O prazo para todas as capitais brasileiras receberem o 5G é 29 de setembro de 2022. Inicialmente, ele era até 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel estender o prazo. A previsão é de que o 5G chegará a todas as cidades no Brasil até dezembro de 2029.

Cidades com mais de 30 mil habitantes

  • 29 de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 100 mil habitantes
  • 31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 50 mil habitantes
  • 31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 30 mil habitantes
  • 31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 10 mil habitantes
  • 31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma Estação Rádio Base (ERB) a cada 15 mil habitantes

Cidades com até 30 mil habitantes

  • 31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Meta cria inteligência artificial capaz de traduzir 200 idiomas no Facebook, no Instagram e na Wikipédia

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Modelo desenvolvido pela companhia agrupa idiomas parecidos para melhorar traduções na internet. Ele também será usado para facilitar interações em idiomas diferentes no metaverso e melhorar detecção de conteúdo prejudicial nas redes sociais.
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Por Victor Hugo Silva, g1

Postado em 06 de julho de 2022 às 11h00m

Post. N. - 4.386

Fachada da Meta na Califórnia, nos Estados Unidos — Foto: Justin Sullivan / Getty Images North America / Getty Images via AFP
Fachada da Meta na Califórnia, nos Estados Unidos — Foto: Justin Sullivan / Getty Images North America / Getty Images via AFP

A Meta, controladora do Facebook e do Instagram, anunciou nesta quarta-feira (6) a criação de um novo modelo de inteligência artificial que pode traduzir textos com mais precisão em mais de 200 idiomas.

O No Language Left Behind (NLLB-200, ou "Nenhum idioma deixado para trás", em tradução livre) será usado para melhorar traduções no feed do Facebook e do Instagram. Ele também servirá para facilitar a interação entre usuários falantes de diferentes idiomas no chamado metaverso.

A expectativa é de que ferramenta de tradução também ajude a detectar mais facilmente conteúdo prejudicial em diversos idiomas nas plataformas da Meta.

O modelo de inteligência artificial já está sendo usado por editores da Wikipédia para traduzir artigos para mais de 20 idiomas que, até então, tinham pouco conteúdo na plataforma.

Segundo a Meta, centenas de idiomas não são atendidos atualmente por ferramentas de tradução de alta qualidade.

"Hoje, menos de 25 idiomas africanos são compatíveis com as ferramentas de tradução mais usadas, sendo que muitas delas são de baixa qualidade. Já o NLLB-200 é compatível com 55 idiomas africanos com resultados de alta qualidade", disse a empresa.

Entre as línguas suportadas pelo NLLB-200, estão Ayacucho Quechua, Aymara Central, Guarani, Crioulo Haitiano, Papiamento, falados por mais de 20 milhões de pessoas em 10 países da América Latina, de acordo com a companhia.

Como funciona?

Os sistemas de tradução automática são treinados a partir de conjuntos de dados que permitem fazer uma correspondência entre frases em diferentes idiomas.

Quando não há conjuntos com grande volume de frases paralelas entre dois idiomas, pesquisadores podem coletar conteúdo por meio da mineração de dados na internet. Mas essa alternativa nem sempre oferece traduções de qualidade, já que os sites podem ter erros ortográficos.

Para conseguir um conjunto de dados com mais qualidade, a Meta aprimorou o LASER, seu kit de processamento de linguagem. Em resumo, a empresa usou um processo de treinamento multilíngue que agrupa idiomas parecidos.

Com isso, um idioma que tem mais recursos de tradução pode ajudar a identificar frases em idiomas semelhantes que têm poucos recursos de tradução.

Segundo a Meta, esse método faz com que idiomas parecidos possam compartilhar dados entre si durante o treinamento.

"Além disso, o modelo único multilíngue permite que os pesquisadores façam repetições, expansões e testes com muito mais facilidade, em comparação com centenas ou até milhares de modelos bilíngues diferentes", afirmou a empresa.

O NLLB-200 está disponível em código aberto para pesquisadores. A companhia também liberou o conjunto de dados FLORES-200, que permite avaliar o desempenho de traduções em cerca de 40 mil direções de idiomas diferentes.

"O FLORES-200 pode ser usado para avaliar sistemas de tradução em uma ampla variedade de aplicações. Isso inclui panfletos de saúde, filmes, livros e conteúdo online em países ou regiões onde vários idiomas de poucos recursos são falados", disse a Meta.

A empresa afirma que, até pouco tempo atrás, a tradução automática de alta qualidade estava disponível para poucos idiomas. "Com o NLLB-200, estamos nos aproximando do dia em que os sistemas permitirão que as pessoas se comuniquem com quem quiserem", declarou.

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