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domingo, 2 de abril de 2023

Lançado há 50 anos, 'tijolão' da Motorola foi o primeiro celular do mundo; inventor critica vício aos aparelhos

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Engenheiro americano Martin Cooper, de 94 anos, fez a primeira chamada móvel em 1973, com um pesado bloco com fios e circuitos.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 02 de abril de 2023 às 13h10m

Post. N. - 4.590

Inventor do celular critica vício aos aparelhosInventor do celular critica vício aos aparelhos

"O problema com os celulares é que as pessoas não param de olhar para eles". Essa é opinião de Martin Cooper, de 94 anos, o homem que inventou esses aparelhos, há 50 anos, em 3 de abril de 1973.

O engenheiro americano que ganhou o apelido de "Pai do Celular", diz que o aparelho tem um potencial virtualmente ilimitado e que, um dia, pode ajudar na batalha contra algumas doenças. Mas, neste momento, podemos estar um pouco obcecados por eles.

"Quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o telefone, eu me sinto péssimo. Eles não estão pensando", disse Cooper à AFP. "Mas depois que várias pessoas forem atropeladas, vão entender", brincou.

Cooper tem um Apple Watch e o iPhone mais recente, no qual ele pula, intuitivamente, de seu e-mail para suas fotos, para o YouTube e para o controle de seu aparelho auditivo.

Ele troca o aparelho a cada nova versão, a qual submete a uma análise minuciosa. Reconhece, no entanto, que, com milhões de aplicativos disponíveis, pode ser demais.

"Nunca vou aprender a usar um telefone celular da mesma forma que meus netos e bisnetos, afirma.

Martin Cooper, apelidado de 'Pai do Celular' — Foto: Valerie Macon/ AFP
Martin Cooper, apelidado de 'Pai do Celular' — Foto: Valerie Macon/ AFP

Mobilidade real

O iPhone de Cooper, que ele usa essencialmente para ligações, é uma versão bem distante do pesado bloco com fios e circuitos usado para fazer a primeira chamada móvel, em 3 de abril de 1973.

Na época, ele trabalhava para a Motorola, liderando uma equipe de designers e engenheiros em uma corrida para produzir a primeira tecnologia verdadeiramente móvel e evitar ficar de fora de um mercado emergente.

A empresa havia investido milhões de dólares no projeto, com a esperança de derrotar a Bell System, um gigante que dominou as telecomunicações nos Estados Unidos desde sua criação em 1877.

Os engenheiros da Bell lançaram a ideia de um sistema de telefonia celular logo após a Segunda Guerra Mundial e, no final da década de 1960, conseguiram colocar telefones em veículos, em parte por causa da enorme bateria necessária para funcionar.

Para Cooper, isso não era mobilidade real. No final de 1972, ele decidiu que queria um dispositivo que as pessoas pudessem usar em qualquer lugar.

Com os recursos da Motorola, reuniu especialistas em semicondutores, transistores, filtros e antenas, que trabalharam sem parar por três meses.

No final de março, a equipe revelou o modelo DynaTAC (acrônimo para Cobertura Dinâmica e Adaptativa de Área Total).

"Esse telefone pesava mais de um quilo e tinha bateria para 25 minutos de conversação", lembra. "Mas este último não foi um problema. O telefone era tão pesado que você não conseguia segurá-lo por mais de 25 minutos", completa.

Essa primeira ligação não precisava ser longa. Bastava ser bem-sucedida. E que melhor destinatário do que o rival?

"Eu estava na Sexta Avenida [em Nova York] e me ocorreu ligar para meu concorrente na Bell System, o doutor Joel Engel".

"E eu disse: 'Joel, aqui é Martin Cooper. Estou ligando de um celular de mão. Mas um celular de mão de verdade, pessoal, portátil, de mão. Houve um silêncio do outro lado da linha. Acho que ele estava rangendo os dentes", contou.

Motorola DynaTAC, primeiro celular do mundo — Foto: VALERIE MACON/AFP
Motorola DynaTAC, primeiro celular do mundo — Foto: VALERIE MACON/AFP

Avaliados em US$ 5 mil (em torno de R$ 131 mil), os primeiros telefones celulares definitivamente não eram baratos, mas trouxeram benefícios para seus primeiros usuários, que, segundo Cooper, incluíam pessoas no ramo imobiliário.

"Acontece que quem trabalha com imóveis, mostra casas, ou recebe novos clientes, pelo telefone (...) Agora, eles podiam fazer as duas coisas ao mesmo tempo, o que dobrou sua produtividade", explicou.

"O telefone celular se tornou uma extensão da pessoa, pode fazer tantas coisas", disse Cooper.

Desafios

"E estamos apenas no começo. Estamos apenas começando a entender o que ele pode fazer. No futuro, esperamos que o telefone celular revolucione a educação. Ele revolucionará a área médica", antecipa. "Sei que parece exagero, mas em uma, ou duas, gerações vamos vencer doenças", completou.

Assim como seu relógio monitora sua frequência cardíaca enquanto nada, e seu telefone controla seus aparelhos auditivos, os celulares um dia estarão conectados a uma série de sensores corporais que detectarão doenças antes que elas se desenvolvam.

Entre aquele tijolo cinco décadas atrás e os aparelhos atuais, a distância é gigantesca. Cooper sempre soube, no entanto, que o dispositivo que ele e sua equipe criaram mudaria o mundo.

"Sabíamos que um dia todos teriam celulares. Estamos quase lá. Há mais assinaturas de celular no mundo do que pessoas. Então, parte do nosso sonho se tornou realidade", afirmou.

Com frequência, novas tecnologias trazem desafios. "Quando surgiu a televisão, as pessoas ficavam hipnotizadas. Mas, de alguma maneira, (...) conseguimos entender que há uma qualidade associada a assistir televisão", observou.

Segundo ele, estamos na fase de olhar nossos telefones sem pensar, mas isso não vai durar.

"Cada geração é mais inteligente do que a anterior. Eles aprenderão a usar o celular com mais eficiência. Mais cedo, ou mais tarde, os humanos vão descobrir isso", completou.

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sábado, 1 de abril de 2023

Brasileiros recebem prêmio da Nasa por projeto de IA

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Grupo desenvolveu sistema baseado em inteligência artificial para identificar vazamentos de óleo nos oceanos. De acordo com um dos criadores, intenção é buscar apoio governamental para implantar a plataforma.
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TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 01 de abril de 2023 às 18h20m

Post. N. - 4.589

Brasileiros recebem prêmio da Nasa por projeto de IA — Foto: Divulgação/DW
Brasileiros recebem prêmio da Nasa por projeto de IA — Foto: Divulgação/DW

Na mitologia grega, Poseidon é o Deus que protege as águas. E foi este o nome escolhido por um grupo de brasileiros para um sistema que pretende utilizar imagens de satélite, inteligência artificial e algoritmos para detectar a existência de manchas causadas por vazamentos de óleo nos oceanos.

A ideia foi uma das vencedoras do Nasa Space Apps Challenge, uma competição internacional que busca ideias inovadoras, a partir de dados produzidos pela agência espacial americana, para resolver desafios tanto espaciais quanto terrestres. A premiação ocorreu em meados de março na sede da Nasa em Washington, capital dos Estados Unidos.

O grupo brasileiro foi formado com o objetivo de participar do concurso. Dois deles já se conheciam de uma competição anterior, realizada pela IBM. Os demais foram recrutados para o projeto. Recém-formados em áreas ligadas a tecnologia e informática, todos já atuavam na iniciativa privada.

Pelo regulamento da competição da Nasa, todo o projeto foi desenvolvido em 48 horas, na data estipulada para o certame, em 2019. Funcionou assim: eles souberam do desafio e, a partir de então, tiveram o prazo estabelecido para apresentarem uma solução.

De acordo com as informações do projeto inscrito no site da Nasa, uma API — sigla em inglês para interface de programação de aplicação — poderia cruzar informações captadas por satélites e, com uso de algoritmos e inteligência artificial, localizar com agilidade os pontos com vazamento de óleo em alto mar.

Segundo o descritivo do projeto, a API "poderia ser consultada por governos e terceiros" e essa detecção serviria para que órgãos competentes sejam capazes de "atuar rapidamente em resposta, minimizando o desastre ambiental e o impacto socioeconômico".

Como funciona

Em entrevista à DW Brasil, o designer, programador e empreendedor Felipe Ribeiro Tanso, um dos membros da equipe vencedora, esclarece o funcionamento do mecanismo.

"Ela possui uma inteligência artificial que checa imagens capturadas via satélite e retorna a probabilidade de haver manchas de óleo em uma determinada região do oceano, alertando os órgãos responsáveis pela fiscalização e mitigação desses acidentes. Dessa forma, o nosso objetivo é diminuir os impactos socioeconômicos e ambientais que tais desastres podem vir afetar a vida de milhões de pessoas", explica.

Como a proposta foi concretizada em forma de API, o sistema pode ser absorvido por outros softwares ou aplicativos, tornando-se facilmente aplicável. "Isso permite com que outras ferramentas possam utiliza nossa solução como algo dentro de seus próprios sistemas", explica Tanso.

O tecnólogo e cientista de dados Ricardo Ramos, outro integrante da equipe, conta que o método desenvolvido por eles se baseia nas chamadas "redes neurais". Mas houve um aprimoramento. "Acrescentamos atalhos para saltar duas ou três camadas [no andamento] para tornar o processo mais rápido", comenta.

Dos cinco envolvidos no grupo desenvolvedor do projeto, apenas três compareceram à premiação. Segundo Tanso, a agenda incluiu dois dias completos na sede da Nasa, "com reconhecimento e a possibilidade de ter o contato mais próximo com cientistas brilhantes e responsáveis por diversas missões relacionadas à exploração espacial, como a missão Artemis, que tem como objetivo levar o homem de volta à Lua".

"Foi incrível", acrescenta ele. "Só o fato de estar em Washington e ser recebido na sede da Nasa foi uma conquista enorme e emocionante. Foi como um sonho de criança sendo realizado. Assuntos espaciais sempre me chamaram a atenção e chegar até lá teve um apelo muito sentimental para mim."

Pandemia e atraso

A equipe vencedora lamenta, contudo, que o sistema ainda não esteja em uso. E, nesse ponto, nem dá para atribuir a não adoção da plataforma pela novidade do desenvolvimento. Afinal, o prêmio da Nasa está reconhecendo um projeto de 2019 — originalmente, os brasileiros seriam condecorados em 2020, mas a pandemia de covid suspendeu o cronograma da época.

"Não conseguimos ainda implementar essa tecnologia em nenhum setor para funcionar de forma real", afirma Tanso. "O nosso objetivo sempre foi ter o apoio governamental para implementar isso como uma solução que pudesse, de alguma forma, ajudar o nosso país, e não apenas servir como um produto privado."

Ele destaca que "uma das coisas brilhantes" dessa iniciativa da agência espacial americana é "justamente a causa social de como podemos impactar e melhorar a vida do homem na Terra ou fora dela". "Então, do meu ponto de vista, empatia é uma das principais características para se construir soluções eficazes e que atendam a grande parte dos desafios", comenta.

"A maior dificuldade para isso na época foi de fato a pandemia, a atenção e o foco acabaram se perdendo, o que impactou não apenas a rotina da equipe como também das empresas e do governo", enumera. "Do ponto de vista técnico, existe também a dificuldade em lidar com grandes dados fornecidos pelas agências espaciais que acabam necessitando de recursos financeiros e tecnológicos mais avançados para lidar, tratar e filtrar essa grande quantidade de dados."

"[A Poseidon] não está sendo utilizada, infelizmente", afirma Ramos. "Nosso objetivo inicial era conseguir atuar junto o algum órgão governamental".

A viagem de premiação reanimou as expectativas do grupo. "Nosso próximo passo agora é fazer contato com a Nasa e tentar algum programa de estágio internamente", diz Tanso. "De repente podemos compreender mais sobre os dados que eles possuem, as ferramentas, e expandir a solução. Nosso objetivo sempre foi social. Nunca foi tornar o projeto algo que de fato fosse rentável ou pudesse mudar nossas vidas, mas sim queremos ajudar pessoas."

Petroleiro Bouboulina

"No momento em que decidimos fazer um projeto voltado ao vazamento de óleo, estávamos com o intuito de sanar uma dor que o Brasil sentia naquela situação", ressalta Ramos.

O texto do projeto menciona que "todos os anos milhares de toneladas de óleo são despejadas nos oceanos". "No Brasil, nós recentemente fomos afetados por uma imensa e misteriosa mancha de óleo", prossegue o texto, dizendo que "o desastre estava afetando a biodiversidade do Atlântico Sul e prejudicando socioeconomicamente as regiões afetadas".

A referência era às manchas de óleo que misteriosamente apareceram no litoral brasileiro a partir de 30 de agosto de 2019, uma poluição que se espalhou por mais de 3 mil quilômetros da costa, do Maranhão ao norte do Rio de Janeiro. Mais tarde, investigações concluíram que o dano havia sido causado pelo petroleiro Bouboulina, de bandeira grega, embarcação carregada na Venezuela e com destino à África do Sul.

"A pandemia acabou dificultando os planos da viagem", comenta Tanso. "A princípio nossa viagem estava programada para 2020 com o objetivo de acompanhar o lançamento espacial do rover Perseverence, no cabo Canaveral, na Flórida. Com o fechamento dos aeroportos e a saúde em risco, a visita foi adiada até este ano de 2023, com a mudança do cronograma e local para Washington."

Ele conta que, na época, havia apoio de algumas empresas que patrocinariam a viagem, já que a Nasa "não se envolve em nenhuma responsabilidade financeira". "Isso, infelizmente, também acabou sendo prejudicado", relata.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Virgin Orbit, empresa de lançamentos espaciais, demitirá cerca de 85% da equipe

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Decisão sobre os cortes de funcionários foi o resultado da 'incapacidade da empresa de garantir um financiamento significativo'.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 31 de março de 2023 às 13h05m

Post. N. - 4.588

Prédio da Virgin Orbit em Long Beach, Califórnia — Foto: Mike Blake/ Reuters
Prédio da Virgin Orbit em Long Beach, Califórnia — Foto: Mike Blake/ Reuters

A Virgin Orbit, empresa de lançamentos espaciais do bilionário britânico Richard Branson, disse na quinta-feira (30) que está demitindo cerca de 85% do quadro de funcionários porque não foi capaz de levantar novos investimentos.

A medida vai impactar cerca de 675 funcionários e boa parte das demissões devem ocorrer até 3 de abril. A empresa espera arcar com encargos relacionados de cerca de US$ 15 milhões, informou em um documento regulatório.

A decisão foi o resultado da "incapacidade da empresa de garantir um financiamento significativo", disse o documento. As ações da empresa caíram 38% no after market.

Segundo o site "The Verge", a empresa, que tem como objetivo ofertar opções mais em conta de lançamento de satélites, vem encontrando dificuldades para obter financiamento e competir com SpaceX (de Elon Musk) e Blue Origin, da Amazon.

O anúncio de demissão em massa vem duas semanas após a Virgin Orbit dispensar quase todos os seus 750 funcionários em 15 de março, no que um porta-voz chamou de "pausa operacional", enquanto a empresa buscava financiamentos que lhe permitisse se concentrar na melhoria do projeto de foguetes.

Um pequeno grupo de funcionários voltou ao trabalho em 23 de março para se concentrar no trabalho de motores de foguetes, disse um e-mail para a equipe na época.

A empresa abriu o capital em 2021 por meio de uma SPAC, captando US$ 255 milhões a menos do que o esperado. Além da recente dificuldade em levantar recursos, o fracasso no lançamento de um foguete em janeiro aumentou a pressão sobre a empresa.

Desde novembro, o Virgin Group, de Branson, concedeu US$ 50 milhões em financiamento à empresa de lançamento de satélites em dívidas garantidas por seus equipamentos e outros ativos em caso de falência, de acordo com documentos regulatórios.


Assista:

VÍDEO: Veja os melhores momentos do voo de Richard Branson ao espaçoVÍDEO: Veja os melhores momentos do voo de Richard Branson ao espaço
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