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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Delta Air Lines perdeu US$ 500 milhões com apagão cibernético e diz que vai processar Microsoft e CrowdStrike

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Companhia aérea americana disse que pagou 'dezenas de milhões de dólares' em indenizações para clientes afetados com a pane do dia 19 de julho. Cerca de 40 mil servidores da empresa foram impactados.
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Por g1

Postado em 02 de agosto de 2024 às 08h25m

#.* Post. - Nº.\  4.926 *.#

Avião da Delta Air Lines decola do aeroporto de Sydney — Foto: Reuters
Avião da Delta Air Lines decola do aeroporto de Sydney — Foto: Reuters

A empresa aérea norte-americana Delta Air Lines revelou nesta quarta-feira (31) que teve um prejuízo de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,83 bilhões) com o apagão cibernético global do dia 19 de julho.

A companhia confirmou que vai processar a CrowdStrike, responsável pelo problema, e também a Microsoft, dona do Windows, sistema operacional afetado pela pane, segundo informações da agência France Presse.

"Não temos outra opção", afirmou o diretor da Delta Air Lines, Ed Bastian, quando foi questionado pela CNBC sobre possíveis ações judiciais decorrentes desses prejuízos.

Bastian destacou que o apagão global resultou em um custo total de "meio bilhão de dólares em um período de cinco dias", entre "a perda de receita, mas também pelas dezenas de milhões de dólares por dia em indenizações e em hotéis" para os passageiros que não puderam embarcar em seus voos.

"Estamos tratando de garantir que sejamos compensados de qualquer forma que eles decidam pelo que nos custou", disse, referindo-se às empresas americanas Microsoft e CrowdStrike.

Na entrevista, Bastian disse que, até agora, a CrowdStrike não procurou a Delta com uma oferta de ajuda. De acordo com a CNBC, uma porta-voz da CrowdStrike disse que a empresa "não tem conhecimento de um processo e não tem mais comentários".

Por sua vez, a Microsoft ainda não comentou.

Estima-se que cerca de 40 mil servidores da Delta tenham precisado restabelecer sua operação manualmente após a interrupção.

Pane global

Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?

A pane cibernética do dia 19 de julho atingiu quase 9 milhões de aparelhos da Microsoft. A falha em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike tirou computadores do ar e causou atraso de voos, prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo.

Uma ferramenta chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hacker, teve um problema na atualização (update) de software. A Microsoft é uma das clientes da CrowdStrike.

O Falcon inspeciona quase tudo que acontece no computador em que está instalado, mas, nesta atualização, passou a agir de forma destrutiva sobre Windows, explicou ao g1 Thiago Ayub, diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks.

Perdas de seguradoras com apagão

Na semana passada, especialistas ouvidos pelo jornal Financial Times disseram que o setor de seguros deve ter de lidar com até US$ 1 bilhão em sinistro devido ao apagão.

"As seguradoras estão se preparando para centenas, se não milhares, de notificações de sinistros de empresas impactadas pela CrowdStrike", disse Ryan Griffin, sócio especializado em segurança cibernética na corretora de seguros McGill and Partners, em entrevista à Reuters.

"Os danos econômicos podem chegar a dezenas de bilhões de dólares", completou Nir Perry, CEO da CyberWrite, uma plataforma de risco de seguro cibernético.

Ainda segundo o Financial Times, alguns executivos de seguradoras, no entanto, dizem que ainda é cedo para estimar o impacto nos seguros. Assim pensa Kelly Butler, chefe da Marsh no Reino Unido, a maior corretora de seguros do mundo.

Ainda assim, Kelly Butler confirmou ao jornal que aproximadamente 100 de seus clientes acionaram o seguro pedindo suporte para as perdas motivadas pela CrowdStrike.

Plataforma de controle de voos mostra impacto de apagão cibernético no setor aéreo dos EUA




Plataforma de controle de voos mostra impacto de apagão cibernético no setor aéreo dos EUA

'Tela azul': entenda o que provocou o apagão global em computadores


'Tela azul': entenda o que provocou o apagão global em computadores

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Intel vai demitir 15 mil funcionários como parte de plano de cortar custos em quase R$ 60 bilhões

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Maior parte das demissões será concluída ainda em 2024. Presidente-executivo disse que empresa não estava seguindo 'caminho sustentável' e que empresa está fazendo algumas das mudanças mais importantes de sua história.
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Por g1

Postado em 02 de agosto de 2024 às 06h25m

#.* Post. - Nº.\  4.925 *.#

Intel — Foto: AP Photo/Richard Drew
Intel — Foto: AP Photo/Richard Drew

A fabricante americana de chips Intel informou nesta quinta-feira (1º) que vai demitir cerca de 15 mil funcionários e suspender o pagamento de dividendos no quarto trimestre de 2024 em um plano de reduzir custos.

As demissões representam 15% da força de trabalho da empresa e serão feitas até o final de 2024, de acordo com o presidente-executivo da Intel, Pat Gelsinger. O objetivo é cortar despesas em US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões), em 2025.

Após o anúncio, as ações da Intel atingiram 20% de queda nas negociações em horário estendido, fazendo a empresa perder US$ 24 bilhões (R$ 138 bilhões) em valor de mercado, de acordo com a Reuters.

"Este é um dia incrivelmente difícil para a Intel, pois estamos fazendo algumas das mudanças mais importantes na história da nossa empresa", disse Gelsinger. Segundo ele, a empresa precisa adequar a estrutura para seu novo modelo operacional.

Gelsinger declarou, em entrevista, que o objetivo é ter menos gente nos escritórios e mais pessoas em campo, dando suporte aos clientes.

Em comunicado, o executivo afirmou que a empresa não estava seguindo um "caminho sustentável". E citou que, entre 2020 e 2023, o faturamento anual caiu US$ 24 bilhões (R$ 138 bilhões), mas a força de trabalho cresceu em 10%.

"Nossas receitas não cresceram como esperado e ainda precisamos nos beneficiar totalmente de tendências poderosas como a inteligência artificial. Nossos custos são muito altos, nossas margens são muito baixas".

No segundo trimestre de 2024, a Intel teve prejuízo de US$ 1,6 bilhão (R$ 9,2 bilhões) e registrou uma queda de 1% em seu faturamento, segundo dados divulgados pela companhia nesta quinta. E, para o terceiro trimestre, a empresa projeta receita abaixo do que era esperado por analistas.

Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?

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terça-feira, 30 de julho de 2024

Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial em cerimônia em Brasília

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Prévia do projeto foi entregue nesta terça, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
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Por Beatriz Borges, g1 — Brasília

Postado em 30 de julho de 2024 às 12h45m

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Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial — Foto: Beatriz Borges/g1
Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial — Foto: Beatriz Borges/g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira (30) uma prévia do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA).

A entrega foi feita durante a cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que aconteceu no espaço Brasil 21, em Brasília.

Com três dias de debate, o evento tem como objetivo definir ações do governo no setor de ciência e tecnologia e construir uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para ser implementada até 2030.

Inteligência artificial: regulamentação a passos lentos

O PBIA foi encomendado por Lula em março deste ano e aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) nesta segunda-feira (29).

"Sempre disse que uma democracia não é um pacto de silêncio, é uma sociedade brigando e exigindo coisas que ela ainda não tem", disse Lula na ocasião.

O presidente destacou o momento como importante para a história do Brasil. "O que vocês fizeram hoje de me entregar um documento sobre uma inteligência artificial pensada pelos cientistas brasileiros é um marco para este país", afirmou.

Segundo Lula, na semana que vem, ele vai apresentar o plano numa reunião ministerial. "Eu vou ter uma reunião com ministros para apresentar a proposta e, a partir daí, vamos tomar decisão para saber como vamos fazer essa coisa acontecer", prosseguiu Lula.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o plano tem entre seus objetivos promover o desenvolvimento tecnológico nacional e promover a liderança global do Brasil na área de Inteligência Artificial.

O plano foi organizado com base em cinco eixos:

  • Infraestrutura e Desenvolvimento de IA;
  • Difusão, Formação e Capacitação;
  • IA para Melhoria dos Serviços Públicos;
  • IA para Inovação Empresarial;
  • Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA.

O plano de ação prevê um investimento de R$ 23,03 bilhões em ações no setor somando todas as medidas previstas (ações de impacto imediato e os cinco eixos de atuação) entre os anos de 2024 e 2028.

O plano traz várias fontes de financiamento, entre elas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e investimentos da iniciativa privada.

Durante o discurso, Lula falou sobre como surgiu a ideia de criação do mecanismo. Ele disse que já estava cansado de tanto ouvir tanto sobre inteligência artificial e se questionou: "se essa coisa é tão boa, porque ela é artificial? E pode ser manipulada pela inteligência humana?"

Nesse mesmo contexto, Lula voltou a criticar as "big techs", como são conhecidas Apple, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Amazon.

"No fundo no fundo, é a inteligência humana que pode aperfeiçoá-la, porque [a IA] nada mais é que a capacidade de fazer a coletânea de todos os dados e a gente tem as 'big techs' que fazem isso sem pedir licença, sem pagar imposto e ainda cobram dinheiro e ficam ricas por conta de divulgar coisas que não deveriam ser divulgadas", disse o presidente.

"E eu fiquei pensando: será que nós, um país com 200 milhões de habitantes, um país que já completou 524 anos, (...) que tem uma base intelectual respeitada no mundo, que tem um povo tão generoso, que vive na diversidade tão extraordinária, esse país não pode criar seu próprio mecanismo ao invés de esperar vir de outros países. Porque não podemos ter a nossa?", completou.

Diversas autoridades compareceram ao evento, entre elas, a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República), a ministra Nísia Trindade (Saúde), o ministro Camilo Santana (Educação) e o ministro Marcos Antônio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República).

Defesa da regularização

No início do mês, Lula disse que cientistas brasileiros precisavam "criar vergonha" e desenvolver uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) brasileira.

Na ocasião, o presidente afirmou ainda que se reuniu com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e pediu apresentação do Plano Brasileiro para Inteligência Artificial.

O conselho reúne cientistas de todo país e está vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pasta chefiada pela ministra Luciana Santos.

A declaração foi feita durante a Cerimônia de premiação das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro.

No começo do ano, o presidente Lula chegou a afirmar que o Brasil não precisava de Inteligência Artificial, mas seria necessário regularizar o uso da ferramenta.

Congresso

No Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentou um projeto para regular a inteligência artificial no país.

O texto está sob análise da comissão temporária sobre inteligência artificial. A relatoria é do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

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