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segunda-feira, 28 de julho de 2025

'Virei uma laranja': o que dizem pessoas que receberam milhões sem saber em maior ataque hacker da história do PIX

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Maior ataque hacker da história do sistema financeiro brasileiro colocou cidadãos comuns no centro de esquema bilionário.
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Por Redação g1

Postado em 28 de Julho de 2.025 às 11h50m

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Surpresa desagradável: pessoas descobrem que tiveram os dados usados pelos autores do maior roubo da história do sistema financeiro do Brasil
Surpresa desagradável: pessoas descobrem que tiveram os dados usados pelos autores do maior roubo da história do sistema financeiro do Brasil

O maior ataque hacker da história do sistema financeiro brasileiro colocou cidadãos comuns no centro de um esquema bilionário. Sem saber, eles viraram "laranjas", donos de contas bancárias para onde foram parar milhões de reais desviados ilegalmente.

Um dos alvos foi Vanessa Ritacco, que descobriu que uma conta em seu nome havia recebido cinco depósitos de R$ 5 milhões cada. Nunca abri conta, desconheço tudo, disse, em entrevista ao Fantástico.

"Agora aparece meu nome num esquema enorme, gigantesco que eu ganhei R$ 20 milhões, R$ 25 milhões... É um crime usar meu nome. E a pessoa tem que pagar, afirmou.

Após a descoberta, ela registrou queixa na polícia e acionou o Banco Central, mas não conseguiu localizar a Soff Soluções e Pagamentos, uma das principais fintechs ligadas ao golpe.

A quadrilha conseguiu invadir o sistema do Banco Central no fim de junho, após subornar João Nazareno Roque, programador da empresa CEM, autorizada a operar no sistema de pagamentos.

Por R$ 15 mil, João inseriu códigos maliciosos em um domingo à tarde, permitindo que os hackers acessassem contas que os bancos mantêm no BC. O dinheiro foi então pulverizado em centenas de contas, muitas ligadas a fintechs de fachada.

Mais de R$ 270 milhões passaram pela Soff, divididos em 69 contas. A empresa dizia ter sede na Avenida Paulista, mas funcionários do prédio negaram qualquer operação no local. O Banco Central suspendeu as atividades da fintech, que acumula 74 reclamações na Justiça de São Paulo desde maio.

Vanessa Ritacco ,descobriu que uma conta em seu nome havia recebido cinco depósitos de R$ 5 milhões cada — Foto: TV Globo/Reprodução
Vanessa Ritacco ,descobriu que uma conta em seu nome havia recebido cinco depósitos de R$ 5 milhões cada — Foto: TV Globo/Reprodução

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domingo, 27 de julho de 2025

O ChatGPT está nos deixando burros?

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A forma como usamos as ferramentas de IA pode desencorajar a curiosidade intelectual e criar uma dependência que limita o desenvolvimento cognitivo a longo prazo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 27 de Julho de 2.025 às 09h35m

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Chat GPT — Foto: Getty Images via BBC
Chat GPT — Foto: Getty Images via BBC

Em 2008, a revista americana The Atlantic causou polêmica com uma matéria de capa provocativa que questionava: o Google está nos deixando burros?

No artigo de 4.000 palavras, que depois acabou virando um livro, o autor Nicholas Carr sugeria que a resposta era sim, argumentando que tecnologias com mecanismos de pesquisa estavam piorando a capacidade dos americanos de pensar com profundidade e reter conhecimento.

No centro da preocupação de Carr estava a ideia de que as pessoas já não precisavam mais memorizar ou aprender fatos quando elas podiam simplesmente pesquisar isso online. Apesar de haver alguma verdade nisso, as ferramentas de busca ainda demandam pensamento crítico para interpretar e contextualizar os resultados.

Chegamos aos dias de hoje, e com uma mudança tecnológica ainda mais profunda. Com o surgimento de ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, os usuários da internet não podem apenas terceirizar a memória, mas o próprio pensamento.

Ferramentas de IA generativa não só resgatam informações, elas podem criar, analisar e resumir conteúdos. Isso representa uma mudança crucial: a IA generativa é a primeira tecnologia com potencial de substituir o pensamento e a criatividade do ser humano.

Isso levanta uma questão importante: o ChatGPT está nos deixando burros?

Como professor de sistemas de informação que trabalha com IA por mais de duas décadas, eu acompanhei essa transformação de perto. E, à medida que cada vez mais pessoas delegam tarefas cognitivas à inteligência artificial, eu acredito que vale a pena refletir o que estamos ganhando e o que corremos risco de perder.

IA e o efeito Dunning-Kruger

A IA generativa está mudando a forma como as pessoas acessam e processam informação.

Para muitos, ela está substituindo a necessidade de analisar fontes, comparar pontos de vista e lidar com ambiguidades. Mas, a IA oferece respostas claras e refinadas em questão de segundos.

Embora os resultados possam ser ou não precisos, eles são inegavelmente eficientes. Isso já vem provocando grandes mudanças no nosso modo de trabalhar e pensar.

Mas a conveniência pode ter um custo.

Quando as pessoas se apoiam na IA para realizar tarefas e pensar por elas, podem acabar enfraquecendo sua capacidade de pensar criticamente, resolver problemas complexos e se envolver profundamente com a informação.

Google e Chat GPT não são médicos; conheça os riscos de se informar somente com eles
Google e Chat GPT não são médicos; conheça os riscos de se informar somente com eles

Embora as pesquisas até o momento sejam limitadas, o consumo passivo de conteúdos de IA generativa pode desencorajar a curiosidade intelectual, reduzir a capacidade de atenção e criar uma dependência que limita o desenvolvimento cognitivo a longo prazo.

Para melhor entender os riscos, consideremos o efeito Dunning-Kruger.

Esse é um fenômeno em que as pessoas menos informadas e menos competentes tendem a ser mais confiantes em suas habilidades, porque elas não sabem o que não sabem.

Em contraste, pessoas mais competentes tendem a ser menos confiantes, geralmente porque elas conseguem reconhecer as complexidades que ainda não dominaram.

Esse conceito pode ser aplicado ao uso da inteligência artificial. Alguns usuários podem se apoiar fortemente em ferramentas como o ChatGPT para substituir seu esforço cognitivo, enquanto outros o usam para potencializar suas capacidades.

No primeiro caso, eles podem acreditar erroneamente que compreendem um assunto por apenas conseguirem repetir o conteúdo gerado por IA. Dessa forma, a inteligência artificial pode artificialmente inflar a percepção de inteligência, ao mesmo tempo que reduz o esforço cognitivo.

Isso cria uma divisão em como as pessoas usam a IA. Alguns permanecem presos no "topo do monte dos burros" usando essas ferramentas para substituir a criatividade e o pensamento crítico. Outras as usam para aumentar suas habilidades cognitivas existentes.

Em outras palavras, o que importa não é se uma pessoa usa IA generativa, mas como ela usa.

Quando usado de forma acrítica, o ChatGPT pode levar à acomodação intelectual. Os usuários podem aceitar suas respostas sem questionar premissas, buscar pontos de vista alternativos ou realizar análises mais profundas.

Mas, quando o ChatGPT é usado como uma ajuda complementar, isso pode torná-lo um recurso poderoso para estimular a curiosidade, gerar ideias, esclarecer temas complexos e provocar diálogos intelectuais.

A diferença entre o ChatGPT nos tornar burros ou aumentar nossas capacidades está em como o utilizamos. A IA generativa deve ser usada para potencializar a inteligência humana, não substitui-la. Isso significa usar o ChatGPT como apoio a uma pesquisa, não um atalho. Significa usar as respostas das ferramentas de IA como o ponto de partida de um pensamento, não o fim.

A adoção em massa de ferramentas de inteligência artificial generativa, liderada pela ascensão explosiva do ChatGPT — que alcançou 100 milhões de usuários dois meses após seu lançamento — tem, na minha opinião, deixado usuários da internet diante de uma encruzilhada.

Um caminho leva ao declínio intelectual: um mundo onde nós deixamos a IA pensar por nós. O outro caminho oferece uma oportunidade: expandir a capacidade do nosso cérebro ao trabalhar em parceria com a IA, aproveitando seu poder para ampliar o nosso próprio.

Com frequência, ouvimos que a inteligência artificial "não vai roubar o nosso emprego", mas alguém usando IA vai.

No entanto, parece claro que as pessoas que usam a IA para substituir suas próprias habilidades cognitivas ficarão presas no topo do "monte dos burros". Essas serão as mais fáceis de serem substituídas.

Aqueles que adotam uma abordagem de aumento cognitivo no uso da IA vão alcançar o caminho da compreensão, trabalhando em conjunto com a inteligência artificial para gerar resultados que nenhum dos dois conseguiria produzir sozinho. É nesse ponto que, inevitavelmente, estará o futuro do trabalho.

Este artigo começou com a pergunta: O ChatGPT está nos deixando burros? Mas eu gostaria de terminá-lo com uma pergunta diferente: Como usaremos o ChatGPT para nos tornar mais inteligentes?

As respostas para ambas as perguntas não dependem da ferramenta, mas de quem a utiliza.

*Aaron French é professor assistente de Sistema da Informação na Universidade estadual de Kennesaw, nos EUA.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

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sábado, 26 de julho de 2025

Golpistas conseguem usar suas fotos nas redes para burlar o reconhecimento facial?

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Fotos tiradas para redes sociais ou acesso a prédios podem ser usadas em fraudes, mas não é tão fácil assim; especialistas alertam para cuidados com dados pessoais.
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Por Darlan Helder, g1

Postado em 26 de Julho de 2.025 às 06h00m

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Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros?
Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros?

Para entrar no prédio, na academia, no consultório médico... o reconhecimento facial já faz parte da sua rotina. E a coleta dessas imagens em vários lugares diferentes preocupa especialistas, que alertam para o risco sobre vazamentos, se elas não forem armazenadas com os devidos cuidados.

Mas será que fotos como as que são tiradas para entrar em condomínios e até as selfies nas redes sociais podem ser usadas para burlar sistemas de reconhecimento facial e pedir empréstimos em bancos, por exemplo?

Especialistas ouvidos pelo g1 dizem que sim e a fraude pode ser mais fácil quando o sistema de verificação do aplicativo, por exemplo, não é do tipo "prova de vida" ("liveness detection", inglês), em que a pessoa precisa mexer o rosto para o reconhecimento (entenda mais abaixo).

No entanto, apenas o "liveness" não é suficiente como mecanismo de proteção. Ele precisa ser combinado a outras formas de identificação para garantir que quem está acessando o serviço é, de fato, o titular.

No caso do golpe envolvendo o gov.br, por exemplo, a TV Globo apurou que os suspeitos exploravam justamente essa tecnologia, usando fotos, vídeos e até máscaras para enganar o sistema e serem reconhecidos como rostos vivos.

Os especialistas explicam que fotos comuns geralmente não são suficientes para um golpe. Mas, combinadas com dados como nome, CPF, e-mail, número de telefone, endereço e informações familiares, representam mais risco.

Inclusive, o golpe mais comum envolvendo fotos extraídas das redes sociais é o do "número novo no WhatsApp", uma fraude muito conhecida por afetar vários brasileiros, lembra Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil.

É aquele em que a vítima recebe uma mensagem de alguém que se passa por um conhecido, mas aparece com um número desconhecido. O golpe geralmente começa com algo como "Anota meu número novo" e termina com um pedido de dinheiro.

'Prova de vida' é uma das soluções contra golpes

Sistema de liveness detection. — Foto: Divulgação/Microsoft
Sistema de liveness detection. — Foto: Divulgação/Microsoft

Para evitar fraudes envolvendo reconhecimento facial, muitos apps e serviços adotaram o "liveness detection".

Ele está presente principalmente em apps de bancos e pede para o usuário aproximar o rosto, piscar ou virar a cabeça diante da câmera, para confirmar que se trata de uma pessoa real.

O objetivo é garantir que o sistema esteja interagindo com uma pessoa fisicamente presente e viva no momento da autenticação.

Ele é importante para evitar que criminosos obtenham acesso ao sistema usando uma fotografia, vídeo, máscara ou outros meios para se passar por outra pessoa, segundo a Microsoft.

De acordo com a Amazon, a tecnologia de reconhecimento facial funciona a partir do mapeamento da geometria do rosto. Entre os pontos analisados estão:

  1. a distância entre os olhos;
  2. a profundidade das cavidades oculares;
  3. a distância da testa até o queixo;
  4. o espaço entre o nariz e a boca;
  5. o formato das maçãs do rosto;
  6. além do contorno dos lábios, orelhas e queixo.

Esses pontos do rosto são usados tanto para identificar e verificar a identidade da pessoa quanto para detectar tentativas de fraude, com o uso de fotos, vídeos ou máscaras — é nesse último que entra o recurso de liveness detection, explica Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da empresa de cibersegurança IAM Brasil.

A especialista diz que tecnologias modernas de reconhecimento facial — como o Face ID, da Apple, e os sistemas da Amazon e da Microsoft, analisam entre 68 e mais de 100 pontos do rosto. "O número exato vai depender da tecnologia usada por cada empresa", afirma a especialista.

Conheça as estratégias dos banidos e não caia no golpe da biometria facial — Foto: Fantástico/ Reprodução
Conheça as estratégias dos banidos e não caia no golpe da biometria facial — Foto: Fantástico/ Reprodução

"Apesar de o reconhecimento facial ser eficiente em muitos serviços, em ambientes sensíveis, como bancos, o ideal é sempre combiná-lo com outras ferramentas de autenticação", afirma Micaella Ribeiro.

Ainda mais porque a popularização de softwares de inteligência artificial que geram vídeos sintéticos se tornou uma grande ameaça aos sistemas de reconhecimento facial, reforça Rafael Zanatta.

"A tecnologia está avançando rápido e já permite criar vídeos a partir de uma única foto. O Google, por exemplo, lançou o Veo 3, que já faz isso. E os criminosos também vão se adaptando", afirma Rudolf Theoderich Buhler, professor de ciência da computação e IA do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

Segundo ele, se as empresas não investirem em tecnologias avançadas de autenticação, como prova de vida e multiplos sistemas de verificação, vídeos gerados com IA poderão ser usados para imitar pessoas e simular identidades, burlando sistemas de reconhecimento facial em fraudes.

E como se proteger?

Mulher fazendo uma selfie em seu celular. — Foto: Social.Cut/Unsplash
Mulher fazendo uma selfie em seu celular. — Foto: Social.Cut/Unsplash

Em junho, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em aposentados do INSS. Segundo a investigação, o grupo tirava selfies das vítimas e, com acesso a seus dados pessoais, abria contas bancárias e contratava empréstimos consignados em nome delas.

Nesses exemplos recentes, não há indícios de que as imagens tenham sido obtidas em redes sociais.

É claro que não existe uma dica perfeita para se proteger nas redes, e os especialistas reconhecem que pedir para as pessoas simplesmente não usarem as plataformas ou não postarem selfies seria extremo demais.

No entanto, eles compartilham algumas dicas que podem te ajudar a evitar que criminosos se aproveitem de suas fotos para aplicar golpes.

Segundo Patricia Peck, advogada em direito digital, a principal recomendação é monitorar seu CPF no site do Banco Central para verificar se há contas bancárias ou empréstimos abertos indevidamente em seu nome. O serviço, chamado Registrato, é gratuito (acesse aqui).

Outra forma simples de aumentar a segurança é ativar a autenticação de dois fatores em todos os serviços que oferecem essa camada de proteção. O recurso é importante para evitar que criminosos invadam suas contas, recomenda o professor Rudolf Theoderich Buhler.

Por fim, especialistas recomendam tornar os perfis nas redes sociais privados. Essa prática pode oferecer uma proteção adicional para suas imagens e limitar o acesso de desconhecidos ao conteúdo que você compartilha.


Reconhecimento facial: veja dilemas na implantação da tecnologia em condomínios
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Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas
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