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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Heineken lança Kaiser Radler, cerveja combinada com suco de limão


"Bebida é composta por 40% cerveja, 60% suco e tem 2% de teor alcoolico. Além do Brasil, a companhia pretende levar o lançamento para integrar o seu portfólio em outros 44 países."

 

 

 

*#.||.#* Por Bruno Garcia || 10/10/2013



A Heineken traz para o Brasil a Kaiser Radler, cerveja combinada com suco de limão que é sucesso na Europa. A composição é feita de 40% cerveja, 60% suco e apenas 2% de teor alcoolico. Além do Brasil, a companhia pretende levar o lançamento para integrar o seu portfólio em outros 44 países até o final de 2014. 

A faixa de preço é posicionada entre a Kaiser tradicional e a Heineken e o produto já pode ser encontrado em pontos de venda de todo o país. Com o lançamento, a Heineken espera aumentar a sua participação no mercado, que hoje é de 8%. 

De acordo com a companhia, a Radler é responsável por 10% das vendas nos países onde está consolidada.
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terça-feira, 8 de outubro de 2013

60 anos de Pepsi no Brasil. Marca não desiste da busca pela liderança


"Ao brincar com segunda posição, empresa reduz rejeição dos consumidores. Complementa a estratégia investimentos de mais de R$26 milhões em novas fábricas."

 

 

 

*.#-#.* Por Luisa Medeiros | 08/10/2013



A Pepsi completa 60 anos de atuação no Brasil e continua apostando no “Pode Ser?”. A irreverência e o tom bem humorado são fatores fundamentais na conquista mais recente da empresa que foi a quebra da frustração do consumidor pela falta da Coca-Cola no ponto de venda. 
 
A empresa passou a tratar sua segunda posição no mercado nacional no segmento de colas de maneira leve, focada no público jovem e com a proposta de experimentação. Como continuidade dos esforços pelo primeiro lugar do pódio, a companhia amplia os esforços de produção e distribuição da bebida. 
 
Desde 2011, a empresa investiu R$2 bilhões em reformas, ampliações e instalações de novas fábricas e planeja investimentos de mais de R$26 milhões em duas novas unidades no próximo ano, sendo uma em Águas Claras, no Rio Grande do Sul e outra em Ponta Grossa, no Paraná.

A companhia que chegou ao país pelas mãos do advogado português Heitor Pires, conta atualmente com 43 fábricas que envasam e distribuem a bebida, cada uma produzindo 110 milhões de litros de refrigerante por ano. 
 
O empresário largou o direito para difundir a marca a partir da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com um investimento de R$ 13 milhões fornecido pela comunidade portuguesa. Com o lema “Nenhum ponto sem Pepsi”, passou a oferecer pessoalmente o produto porta a porta nos estabelecimentos e logo alargou as entregas para os estados vizinhos de Paraná e Santa Catarina.

Seis décadas depois a empresa quer que a Pepsi seja vista como uma novidade, propondo ao público uma escolha diferente da habitual. Este conceito está presente nas comemorações de aniversário que contam com a primeira visita à fábrica da marca, revitalização de áreas públicas, apoio a projetos sociais, shows de música e lançamento de latas comemorativas com estilo retro que remontam as embalagens desde a década de 1950. 
 
“Buscamos ações que traduzam o “Pode ser?”“, que proporcionem momentos diferentes ao consumidor. Falar de felicidade pode ser muito bom. Mas uma marca que brinca consigo mesma, é no mínimo ousada e inteligente e isso pode ser bastante atrativo”, comenta Nora Mirazon, Diretora de Marketing da PepsiCo.

O conceito do “Pode ser?”
Com base em cenas do cotidiano do consumidor diante da oferta de Pepsi a marca mudou em 2010 sua abordagem para o Brasil, que até então focava em celebridades com participações de nomes como Madonna, Michael Jackson, Britney Spears, Beyoncé, Mariah Carey e Shakira. A companhia tira os famosos de cena e passa a brincar com a resistência de alguns consumidores ao produto. 
 
Toda a comunicação migrou para o tema “Pode Ser?” difundida por meio de uma série de vídeos e estendida para a linguagem digital e impressa da empresa. A mudança resultou em buzz positivo na internet e após o lançamento do primeiro vídeo, a Pepsi ficou entre os trending topics do Twitter, gerando mais de 10 milhões de comentários na internet.

A estratégia surgiu após uma pesquisa em bares e restaurantes de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo. Uma equipe de produtores com câmeras escondidas iam aos estabelecimentos como clientes e pediam uma Coca-Cola para acompanhar a refeição. Ao serem informados pelo atendente que só tinha Pepsi, surgia a pergunta: “Só tem Pepsi, pode ser?”. 
 
A partir destes insights surgiu o reposicionamento, passando a adotar um olhar realista sobre a percepção da marca. “Não falamos que éramos os melhores, sugerimos testar coisas novas, mostramos que somos diferentes e que o diferente pode ser uma oportunidade”, conta Nora Mirazon.

Os personagens dos filmes refletem as sensações dos consumidores com relação à bebida: no início a atitude é reflexiva, mas na sequência os imprevistos são encarados com humor. 
 
“O pode ser virou piada e essa descontração aproximou o consumidor do produto. Agora quando o garçom pergunta o “pode ser”, o cliente abre um sorriso e se torna mais apto a aceitar. A frutração se transformou em bom humor”, diz a Diretora.

Refrigerante Gaúcho
Os esforços da marca de aproximação do consumidor ganham particularidades junto ao público gaúcho com foco na memória afetiva e no regionalismo. Este público sente orgulho de ter sido a porta de entrada da marca no país, valorização que já rendeu até a publicação de um livro o “Pepsi-Tchê, a grande vitória da Pepsi na guerra das colas”. 
 
A publicação é um reflexo da percepção dos consumidores do estado que apresenta as maiores taxas de consumo da bebida no Brasil. Um exemplo dessa relação é o garçom Sérgio Pereira, de 70 anos, que se lembra do refrigerante como seu presente de aniversário preferido durante a infância. 
 
“Meu pai era leiteiro. Ele retornava para a casa em dias de festa levando dentro dos tonéis de leite garrafas de vidro de Pepsi. Na época morávamos no interior e aquele era o melhor presente”, conta o garçom, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A aproximação específica deste público ainda é reflexo da primeira estratégia de comunicação adotada pela marca no Brasil. O empresário Heitor Pires pintava as fachadas de restaurantes e bares da cidade com as cores e logos da marca. Em seguida, caminhões personalizados passaram a fazer as entregas, familiarizando ainda mais o público com a identidade visual. 
 
O mito da brasilidade se fortaleceu ainda mais após a criação do jingle que dizia: o melhor refri, meu guri, é feito aqui, pelo gaúcho. Esta valorização do regionalismo foi o impulso para o sucesso da estratégia, pois todas as ações eram planejadas para parecer que o refrigerante tinha nascido no Rio Grande do Sul. 
 
“Temos depoimentos de pessoas que se maravilharam quando iam ao exterior e viam a Pepsi. Elas realmente achavam que tinha sido exportado e se sentiam orgulhosas disso”, destaca Ana keinner, Gerentede Marketing da Pepsi, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Dando continuidade à tradição, a companhia desenvolve iniciativas específicas na região como a primeira casa com naming rights, a Pepsi On Stage, e a instalação de quadras esportivas e projetos de paisagismo em pontos turísticos como as margens do Rio Guaíba, ambos na capital gaúcha. 
 
“Quando o gaúcho vê a Pepsi cuidando do seu local de lazer ou trazendo atrações musicais para a cidade, ele reconhece o logo e se aproxima ainda mais da empresa”, analisa Felipe Gargiulo, Gerente de Produtos Pepsi, em entrevista ao Portal.
 Ações sociais nas comemorações
As comemorações dos 60 anos da marca contam ainda com ações sociais e ambientais. Como o apoio a ONG Operação Sorriso que providencia cirurgias corretivas para crianças com lábio leporino. 


Os funcionários das fábricas cooperam com trabalho voluntário e doações em dinheiro, para cada real doado a empresa dobra a quantia. A iniciativa ganhou versão digital na fanpage da marca aonde os internautas podem fazer doações clicando nas fotos das crianças beneficiadas pelo projeto. 

“Temos dois pilares que regem nossa operação: sustentabilidade humana por meio de uma vida equilibrada e sustentabilidade ambiental com preservação de recursos naturais”, diz Nora Marizon.

Alinhada a este pensamento, a marca se compromete a reduzir o gasto de água em todo seu processo produtivo, gastando em média 1,5 de água para cada litro de produto. Outra iniciativa é a associação a cooperativas de reciclagem. 


“ Todas as nossas fábricas têm projetos de fornecimento de equipamentos e fardos de pet para associações que trabalham com este material”, conta André Stolf ,Diretor de operações da regional Sul da Ambev, em entrevista ao Mundo do Marketing.

* A repórter viajou a Porto Alegre à convite da empresa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Wikibrands: construção de marca deve ser um processo mais colaborativo


"Autor do livro Wikibrands, Mike Dover diz que maioria das empresas ainda não tira proveito do real potencial das redes sociais para engajar seu público."

 

 

*#.||.#* Por Bruno Garcia || 07/10/2013

 

 

wikibrands,mike dover,branding,redes sociais,colaborativoA construção de uma marca pode ser um processo colaborativo. Para isso, as empresas devem usar as redes sociais para criar ações participativas com seus públicos. Se plataformas como Facebook, Twitter e Instagram já fazem parte do cotidiano de muitas organizações, na prática ainda há pouco espaço para o diálogo verdadeiro e, na maior parte do tempo, as marcas utilizam seus perfis apenas para uma comunicação unidirecional, publicando conteúdo, promoções e informando sobre lançamentos ou novas campanhas.
 
Para que um consumidor se torne um fã, a marca precisa estar mais próxima e ativa no seu dia a dia. Se antes bastava ao público conhecer uma empresa, hoje as pessoas querem participar mais ativamente da sua construção, interagir com ela e compartilhá-la. Neste sentido, as companhias devem se tornar mais wiki, uma alusão ao Wikipedia, famosa enciclopédia online colaborativa. Estratégias que contem com a participação e o engajamento dos internautas podem ser utilizadas para aprimorar produtos e serviços, buscar novas ideias, determinar diretrizes de mudanças e compreender melhor o que os clientes estão buscando.

Mas para isso, as empresas precisam mudar a sua forma de agir nas plataformas sociais. “Muita coisa é falada sobre o diálogo contínuo nas redes sociais, mas não se trata apenas de discutir ideias. As pessoas estão evoluindo nos seus hábitos de uso destas plataformas. As empresas precisam estar atentas a estes hábitos”, explica Mike Dover, autor do livro Wikibrands juntamente com Sean Moffitt, em entrevista ao Mundo do Marketing. Leia abaixo:

Mundo do Marketing: Quando ouvimos o termo Wiki, isso sempre remete ao Wikipedia e todo o trabalho colaborativo que foi responsável pela criação desta enciclopédia online. Como as marcas podem utilizar a filosofia do trabalho baseada no colaborativismo?
Mike Dover:
Quando se fala em marcas nos dias de hoje, temos que pensar em como os consumidores estão evoluindo, e como eles estão se relacionando com as companhias. Deixou de ser uma questão unicamente do Marketing, e sim de todos os setores de uma organização, como relações públicas, financeiro, pesquisa e desenvolvimento. Enfim, todas as áreas precisam estar alinhadas neste sentido, alinhadas com esta filosofia. O Marketing pode dar o primeiro foco, mas a empresa como um todo precisa trabalhar de maneira conjunta para envolver o seu cliente. Tudo isso tem um impacto grande em como a marca é percebida pelo público.

Mundo do Marketing: E como as empresas podem trabalhar para que suas marcas tenham uma presença mais amigável nas redes sociais e canais digitais?
Mike Dover:
O fato é que as empresas estão nas redes sociais, mas ainda não aprenderam a escutar o que o público está dizendo. É até pior se a marca inicia um projeto de presença no digital, inicia uma conversa, mas depois não escuta o que as pessoas estão falando. Ou ainda, quando parece que a marca não está levando em consideração o que é dito sobre ela. Era melhor, neste caso, não ter iniciado este canal de diálogo, porque estar nas redes sociais requer um trabalho desenvolvido especificamente para este tipo de plataforma.

Mundo do Marketing: Quais plataformas as empresas mais utilizam?
Mike Dover:
Em um levantamento feito recentemente, perguntamos às organizações quais plataformas eram mais relevantes para a companhia como um todo. O Facebook aparece na primeira colocação, seguido do Twitter e depois pelo Linkedin. YouTube e WordPress ocupam a quarta e quinta posição. Cada um destes canais exige uma estratégia de ação diferenciada e as marcas precisam estar melhor preparadas para lidar com o público em cada um destes ambientes. Quando se fala nos desafios internos das empresas para construir a presença de suas marcas nas redes sociais, as questões apontadas como principais são a própria cultura da organização, ausência de suporte gerencial ou da direção da empresa e excesso de controle. Estes são os maiores obstáculos enfrentados hoje. Também identificamos alguns fatores comuns a marcas que são bem sucedidas nesta empreitada.

Mundo do Marketing: E quais são esses fatores?
Mike Dover:
Estas empresas precisam ter lideranças verdadeiramente orientadas para o consumidor. E para terem esta orientação, as principais características são o carisma, a diplomacia no relacionamento com os usuários e empatia com os consumidores. Geralmente, quando vamos olhar para as dificuldades que as marcas enfrentam, a questão é que elas não sabem usar a tecnologia. Muita coisa é falada sobre o diálogo contínuo nas redes sociais, mas não se trata apenas de discutir ideias. As pessoas estão evoluindo nos seus hábitos de uso destas plataformas. As empresas precisam estar atentas a estes hábitos. Outro ponto crucial para um bom trabalho neste ambiente é ter uma equipe qualificada para tal atuação, que tenha visão holística e habilidades com a tecnologia.

Mundo do Marketing: Aqui no Brasil, as empresas uitilizam as redes sociais majoritariamente para fazer promoções. Você acredita que as marcas já aproveitam todo o potencial das plataformas sociais para construir valor?
Mike Dover:
As melhores marcas que atuam nas redes sociais são aquelas que mantêm uma conversação com seus seguidores e fãs. Alguns dos melhores exemplos que temos não utilizam plataformas muito diferentes: elas estão no Facebook como todas as outras. A diferença está na maneira como conduzem este diálogo. Algumas empresas de software, por exemplo, mantém os seus canais orientados para a construção de marca e fazem isso muito bem. Além de criar uma identidade junto aos seus consumidores, estas companhias participam das discussões e se fazem presente no dia a dia das pessoas.


Há uma troca inclusive entre os clientes e as equipes de pesquisa e desenvolvimento, pois estes profissionais olham exaustivamente para aquilo que os consumidores estão comentando na web. Neste caso, há um trabalho em conjunto para oferecer o melhor produto final. Quando surge um comentário ou uma sugestão, tudo isso é analisado para que os próximos lançamentos incorporem aquilo que o seu público-alvo valoriza. Esta é uma postura muito mais ativa neste ambiente do que apenas fazer promoções ou divulgar conteúdo. Isso é participar efetivamente da conversa.

Mundo do Marketing: Como será o impacto das redes colaborativas nas marcas daqui por diante?
Mike Dover:
As empresas precisam rever a maneira como atuam nestes ambientes. Há poucos anos, redes como instagram, Pinterest e outras sequer existiam. Outras plataformas surgirão, mas é importante frisar que o objetivo de estar ali é pelo diálogo participativo. Agindo assim elas serão capazes de envolver as pessoas e construir marcas líderes.


Aproveite e leia também: Uso das redes sociais pelas 25 maiores empresas da América Latina. Conteúdo + Mundo do Marketing aberto para degustação. Acesse aqui.