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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Representantes de big techs reclamam de STF, Anatel, Congresso e PIX para órgão dos EUA que investiga Brasil

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Representantes de gigantes como Meta e Google afirmam ter preocupações que as redes sociais têm no Brasil sobre conteúdo publicado por terceiros.
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Por Redação g1

Postado em 21 de Agosto de 2.025 às 05h00m

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Brasil responde à acusação dos EUA e nega práticas desleais de comércio
Brasil responde à acusação dos EUA e nega práticas desleais de comércio

Associações de gigantes americanas de tecnologia afirmam ter preocupações com o aumento da responsabilidade que as redes sociais têm no Brasil sobre o conteúdo publicado por terceiros.

Elas também reclamam de medidas tomadas por órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Banco Central.

As representantes das empresas dizem que, apesar de ser um mercado importante, o Brasil criou ou propôs uma série de medidas que minam as operações de serviços digitais no mercado brasileiro.

As declarações foram enviadas ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), que investiga o Brasil a pedido de Donald Trump sob alegação de "práticas comerciais desleais" contra os EUA.

As empresas foram representadas pelas seguintes entidades: Associação da Indústria de Computadores e Comunicações (CCIA), Associação de Tecnologia do Consumidor (CTA) e Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação (ITI).

Entre os membros das associações, estão empresas americanas como Meta, Google, Microsoft, Amazon, Apple, Nvidia e OpenAI.

O X, de Elon Musk, enviou seu posicionamento próprio, sem associações. No documento, a rede social afirma que decisões da Justiça brasileira ignoram um acordo jurídico entre o Brasil e os Estados Unidos e colocam em risco a liberdade de expressão.

O governo brasileiro enviou sua resposta ao USTR na segunda-feira (18), afirmando que não adota políticas discriminatórias, injustificáveis ou restritivas ao comércio com os EUA e que não há base jurídica ou factual para a imposição de sanções.

Veja abaixo o que as associações de big techs afirmaram em seus posicionamentos.

STF

Elas citam o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do artigo 19 do Marco Civil da Internet. O trecho diz que redes sociais são responsáveis pela postagem de um usuário se descumprirem ordem judicial que obrigue a derrubada do conteúdo.

O STF decidiu que o artigo 19 do Marco Civil da Internet é parcialmente inconstitucional e listou mais sete casos em que as plataformas devem derrubar posts criminosos por conta própria, isto é, sem precisar esperar uma ordem judicial.

Em seu comentário, a CCIA afirma que as plataformas vão "enfrentar fortes incentivos para se envolverem na remoção preventiva ou generalizada de conteúdo para mitigar o risco legal".

A CTA, por sua vez, diz que o Brasil exigiu a remoção de conteúdo não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, e alegou que isso "viola os direitos da Primeira Emenda de empresas e cidadãos americanos".

Anatel

A CCIA critica a decisão da Anatel de ampliar a responsabilidade de marketplaces sobre o que é vendido por terceiros.

Para a associação, as disposições inibem "a participação no mercado online do Brasil, aumentando os custos de compliance para plataformas internacionais e criando barreiras de entrada para empresas estrangeiras".

O ITI diz que tornar empresas responsáveis por bens e serviços que não produzem ou controlam "cria encargos desproporcionais de compliance, especialmente para empresas americanas que operam no mercado brasileiro".

Congresso

As associações da indústria de tecnologia expressam preocupações com o projeto de lei sobre inteligência artificial que tramita no Congresso.

Elas argumentam que a legislação, se aprovada em sua forma atual, criaria barreiras significativas para desenvolvedores de IA dos EUA e empresas que buscam exportar produtos e serviços relacionados à IA para o Brasil

Elas citam o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), do governo, e afirmam que ele enfatiza a criação de soluções "por brasileiros e para brasileiros". A priorização pode "limitar o acesso a ofertas estrangeiras mais avanças ou econômicas", diz a ITI.

Banco Central

As representantes das big techs reconhecem o "sucesso notável" do PIX, mas alegam que há um "duplo papel" do Banco Central, que atua como regulador e competidor no setor de pagamentos.

O ITI afirma que o PIX é uma rede de pagamentos administrada pelo Banco Central, que serve como um concorrente no mercado. "Na prática, os EPS [serviços de pagamentos eletrônicos] americanos estão sujeitos a uma grave desigualdade de condições, pois precisam competir com seu próprio regulador".

As associações apontam o que consideram "distorções anticompetitivas", afirmando que o Banco Central tem acesso a informações confidenciais que lhe permitem moldar dinâmicas de mercado em benefício próprio.

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