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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Chinesa Huawei anuncia queda de 29% em receita esse ano

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Resultado da receita anual da empresa de telecomunicações foi afetada, em parte, pelas sanções americanas que atingiram as vendas de seus smartphones.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 31 de dezembro de 2021 às 13h15m

Post. N. - 4.235

Loja da Huawei em Pequim  — Foto: Ng Han Guan/AP
Loja da Huawei em Pequim — Foto: Ng Han Guan/AP

A gigante chinesa de telecomunicações Huawei informou nesta sexta-feira (31) que sua receita anual caiu em um terço este ano, afetada, em parte, pelas sanções americanas que atingiram as vendas de seus smartphones.

A Huawei foi apanhada na rivalidade comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China, o que levou o ex-governo Donald Trump a aprovar medidas contra a empresa por supostas ameaças de cibersegurança e espionagem.

Este ano, a receita da empresa caiu 29% com relação ao ano anterior, para 634 bilhões de yuans (US$ 99,5 bilhões), informou seu presidente Guo Ping em mensagem de Ano Novo.

"Em 2021, apesar das dificuldades e tribulações, trabalhamos muito para criar valor tangível para nossos clientes e nossas comunidades locais", disse Guo.

"Melhoramos a qualidade e eficiência de nossas operações e esperamos fechar o ano com uma receita total de 634 bilhões de yuans", acrescentou, destacando que "o desempenho global está em linha com as previsões".

A queda na receita também se explica pela venda de sua marca Honor no final do ano passado.

A empresa não tem ações negociadas na Bolsa e a mensagem de final de ano não ofereceu mais detalhes financeiros.

As dificuldades da Huawei no setor de telefonia a empurraram para novas linhas de negócios, como TI para empresas, dispositivos tecnológicos para a saúde e vestuário, tecnologia de veículos inteligentes ou programação.

Os Estados Unidos vetaram a Huawei de comprar componentes cruciais para seus produtos, como microchips, e forçaram-na a criar seu próprio sistema operacional, impedindo-a de usar o sistema Android do Google.

Este mês, a empresa lançou seu novo telefone dobrável e garantiu que 220 milhões de dispositivos Huawei já possuem seu sistema HarmonyOS.

A Huawei é a maior fornecedora mundial de componentes para redes de telecomunicações e estava entre os três maiores produtoras de smartphones junto com Samsung e Apple.

No entanto, essa posição caiu devido às pressões dos Estados Unidos. Em outubro, o grupo garantiu que seu volume de vendas entre janeiro e setembro caiu 32%.

Trump estende prazo para Huawei negociar com empresas antes de ser totalmente cortada
Trump estende prazo para Huawei negociar com empresas antes de ser totalmente cortada

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Alexa: Amazon faz atualização após assistente sugerir desafio perigoso a garota de 10 anos

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'Insira o carregador do celular até a metade em uma tomada na parede e depois toque com uma moeda na parte exposta dos pinos' foi a recomendação dada pelo aparelho.
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TOPO
Por BBC

Postado em 29 de dezembro de 2021 às 08h30m

Post. N. - 4.234

Alexa, assistente virtual da Amazon, fez recomendação que colocou em risco criança de 10 anos — Foto: Getty Images via BBC
Alexa, assistente virtual da Amazon, fez recomendação que colocou em risco criança de 10 anos — Foto: Getty Images via BBC

A Amazon fez uma atualização em sua assistente virtual Alexa depois que o aparelho "desafiou" uma garota de 10 anos nos Estados Unidos a encostar uma moeda nos pinos de um carregador de celular que estava em uma tomada.

A sugestão foi feita pela Alexa após a garota solicitar "um desafio".

"Insira o carregador do celular até a metade em uma tomada na parede e depois toque com uma moeda na parte exposta dos pinos", recomendou a assistente.

A Amazon disse que consertou o erro assim que a empresa soube do problema.

A mãe da garota, Kristin Livdahl, descreveu o incidente no Twitter: "Estávamos fazendo alguns desafios de exercícios físicos como ficar deitada ou rolar segurando um sapato com os pés passados por um professor no YouTube um pouco antes. Ela queria mais um (desafio)".

Foi quando o alto-falante Echo sugeriu participar de um desafio "encontrado na internet".

A brincadeira perigosa, conhecida como "o desafio da moeda", começou a circular no TikTok e outras redes sociais há cerca de um ano. 
Risco de perder dedos

Metais conduzem eletricidade e o contato com pinos ligados à rede elétrica pode provocar choques, incêndios e outros prejuízos.

"Você pode perder dedos, mãos, braços", disse Michael Clusker, responsável por um posto do Corpo de Bombeiros na cidade inglesa de Carlile ao jornal "The Press", de Yorkshire, em 2020.

"O resultado é que alguém pode ficar seriamente ferido."

Bombeiros nos Estados Unidos também já alertaram para o perigo do "desafio".

Em um tuíte, a mãe da garota contou que no momento do sugestão ela gritou "Não, Alexa, não!".

Mas ela disse que sua filha era "esperta demais para fazer algo assim".

Em comunicado enviado à BBC, a Amazon disse que fez uma atualização na Alexa para evitar que a assistente virtual fizesse essa recomendação no futuro.

"A confiança do cliente é o centro de tudo que nós fazemos e a Alexa é pensada para passar informações precisas, relevantes e úteis aos nossos consumidores", diz o comunicado.

"Assim que soubemos desse erro, nós tomamos uma rápida ação para consertá-lo."

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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Como identificar se seus dispositivos eletrônicos estão te espionando

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O software usado para espionar alguém por meio do telefone é uma ameaça crescente e comum em casos de violência doméstica.
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TOPO
Por BBC

Postado em 28 de dezembro de 2021 às 07h00m

Post. N. - 4.233

O Google já removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros — Foto: Getty Images
O Google já removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros — Foto: Getty Images

Maria diz que cresceu em uma família católica e "amorosa" na costa leste dos Estados Unidos, que fazia grandes jantares de domingo. Os pais dela tinham um bom casamento e ela queria esse tipo de respeito e proximidade em seu próprio relacionamento.

Quando ela conheceu o marido com vinte e poucos anos, foi amor à primeira vista.

Mas o romance azedou rapidamente, transformando-se em uma história de 25 anos de abuso e controle.

Primeiro, foi o xingamento. Então, o controle total de suas finanças, seus movimentos e, eventualmente, sobre seus três filhos.

O marido se opôs à ideia de ela ter um emprego onde pudesse interagir com outras pessoas e a proibiu de usar o computador.

"Ele me chamava de gorda todos os dias e me expulsava de casa quando estava com raiva", lembra ela.

Eventualmente, o abuso financeiro aumentou. Primeiro, ele tomava o salário que ela recebia pelo trabalho como faxineira, depois, solicitou cartões de crédito em nome de Maria usando os documentos pessoais dela.

Seis anos atrás, Maria finalmente desabou quando o ouviu dizer que a queria morta. Com a ajuda da igreja que ela frequentava e da família, ela formulou lentamente um plano de fuga.

Depois de ter a sua casa hipotecada, ela finalmente foi morar com a irmã. Ela ganhou um laptop pela primeira vez e finalmente teve a liberdade de abrir uma conta no Facebook. E começou a namorar.

Mas logo o ex-marido passou a responder as mensagens para o homem com quem ela estava saindo. E também começou a aparecer onde quer que ela estivesse.

De repente, ela o localizaria dirigindo atrás dela em uma rodovia. Certa vez, ela estava com tanto medo de que ele a estivesse perseguindo e pudesse puxar uma arma, que chamou a polícia.

Embora ela não tenha prestado queixa, a perseguição acabou diminuindo e ela se afastou ainda mais. Mas ela descobriu que tinha sido vítima do chamado stalkerware.

Stalkerware é um software disponível comercialmente que é usado para espionar outra pessoa por meio de seu dispositivo - geralmente um telefone - sem seu consentimento.

Ele pode permitir que o usuário veja as mensagens de outra pessoa, localização, fotos, arquivos e até mesmo vasculhar conversas nas proximidades do telefone.

Para ajudar a resolver o problema, Eva Galperin formou a Coalition Against Stalkerware em 2019.

Ela decidiu formar o grupo depois de olhar os relatos de várias supostas vítimas de estupro, que estavam com medo de que suas vidas continuassem sendo arruinadas pelos agressores por meio da tecnologia. Quando alguém tem acesso ao seu telefone, o potencial de exploração é enorme, explica ela. Por exemplo, uma vítima pode ser chantageada com ameaças de compartilhar fotos íntimas.

Galperin diz que nos casos de violência doméstica que ela encontra, "algum nível de abuso habilitado por tecnologia está quase universalmente presente", e que isso geralmente inclui stalkerware.

"Geralmente está relacionado aos casos mais violentos - porque é uma ferramenta poderosa de controle coercitivo", acrescenta ela.

Uma pesquisa indica que a proliferação de stalkerware é um problema crescente: um estudo do Norton Labs descobriu que o número de dispositivos indicando que eles tinham stalkerware instalado aumentou 63% entre setembro de 2020 e maio de 2021.

O relatório sugeriu que o aumento significativo pode ter sido causado pelo isolamento social, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa.

  • "Os pertences pessoais estão mais acessíveis, provavelmente criando mais oportunidades para os abusadores instalarem aplicativos de stalker nos dispositivos de seus parceiros", constatou o relatório.

 Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1
Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1

Nos últimos dois anos, Galperin conseguiu convencer um punhado de empresas de antivírus a identificar esse tipo de software como malicioso. Isso ocorreu após uma relutância inicial em marcar o stalkerware como um programa indesejado - ou malware - por causa de sua possível legitimidade de uso.

Em outubro, o Google removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros. Esses aplicativos costumam ser comercializados para pais que desejam monitorar os movimentos e as mensagens de seus filhos - mas, em vez disso, foram reaproveitados por abusadores para espionar seus cônjuges.

Um desses aplicativos, o SpyFone, foi banido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos em setembro de 2021 por coletar e compartilhar dados sobre os movimentos e atividades das pessoas por meio de um hack oculto no dispositivo.

Apesar desses movimentos positivos, alguns aplicativos de stalkerware e conselhos sobre como usá-los ainda são facilmente acessíveis na internet.

De acordo com Galperin, o próximo problema que a FTC está investigando são as empresas que vendem e compram dados de localização de telefones de usuários sem o conhecimento deles. Ela chama essa tecnologia de "uma ferramenta extremamente poderosa" para investigadores particulares, que a usam para rastrear a localização das vítimas.

Com o stalkerware deliberadamente projetado para ser difícil de detectar, mesmo aqueles que são mais experientes em tecnologia ainda podem ser vítimas dele.

Uma dessas pessoas era Charlotte (nome fictício), de uma analista sênior de segurança cibernética.

Logo depois de ficar noiva, ela lentamente percebeu que coisas estranhas começaram a acontecer com seu telefone. A bateria descarregava rapidamente e ele reiniciava repentinamente - ambos sinais reveladores de um stalkerware potencialmente instalado no dispositivo dela.

Até que o parceiro dela deixou claro que ele sempre sabia onde ela estava, e foi quando ela finalmente conectou os pontos.

Para obter alguns conselhos sobre o que fazer, ela foi a um encontro de hackers. A reunião aconteceu em um local onde o noivo dela havia trabalhado e ela conhecia alguns dos rostos.

Ela ficou chocada ao descobrir que existe uma cultura de aceitação de que parceiros possam rastrear um ao outro.

O ambiente de "irmandade" entre homens da área de tecnologia que ela encontrou a estimulou a entrar na segurança cibernética, para reforçar a "representação a partir de diferentes perspectivas".

Uma rápida pesquisa na Internet revela muitos serviços alegando que podem invadir o smartphone de alguém com apenas um número de telefone, geralmente por algumas centenas de dólares a serem pagos em criptomoeda.

No entanto, embora o software com esses recursos possa ser acessado por órgãos de investigação, os especialistas em segurança cibernética acreditam que esses sites são provavelmente golpes. Em vez disso, o uso do stalkerware depende, em grande parte, de uma "engenharia social", com a qual Charlotte diz que as pessoas podem aprender a ter cuidado e evitar.

O alvo pode receber uma mensagem de texto, que parece verídica, convidando-o a clicar em um link. Ou um aplicativo falso, disfarçado de legítimo, pode ser compartilhado com ele.

Charlotte diz "não tenha medo" caso você tente excluir um aplicativo suspeito e ele exibir uma série de avisos.

"Às vezes, eles usam táticas assustadoras para fazer com que os usuários não removam o software. Eles usam muitas técnicas de engenharia social."

Se tudo falhar, Charlotte recomenda fazer uma redefinição de fábrica do telefone, alterando todas as senhas de suas contas de redes sociais e usando autenticação de duas etapas o tempo todo.

Então, qual seria a melhor forma de enfrentar o problema?

A maioria dos países já possui algum tipo de estatuto de escuta telefônica e leis anti-stalking em vigor.

Por exemplo, em 2020, a França apresentou um novo projeto de lei sobre violência doméstica que, entre outros pontos, reforçou as sanções à vigilância secreta: o rastreamento geográfico de alguém sem o seu consentimento agora é punível com um ano de prisão e multa de € 45 mil (R$ 290 mil). Se isso for feito pelo parceiro, as multas serão potencialmente ainda maiores.

Caminhos a seguir

Mas, para Eva Galperin, esse não é um problema que possamos esperar que uma nova legislação resolva inteiramente.

Ela acha que tanto o Google quanto a Apple poderiam, por exemplo, agir tornando impossível a compra de qualquer um desses aplicativos em suas lojas.

Crucialmente, ela acrescenta, o foco deve ser em um melhor treinamento para que a polícia trate o problema de maneira mais rigorosa.

Um dos maiores problemas que ela diz ver, é que as vítimas procuram a aplicação da lei na intenção de que ela seja cumprida. Porém, as autoridades fazem vista grossa e "dizem que esse não é um problema" prioritário.

A proliferação do cyber-stalking também trouxe um novo tipo de serviço de apoio às vítimas de violência doméstica.

A Clinic To End Tech Abuse - Ceta - é uma dessas instalações, associada à Cornell University nos Estados Unidos. A Ceta trabalha diretamente com sobreviventes de abusos, ao mesmo tempo em que coleta pesquisas sobre o crescente uso indevido de tecnologia.

Rosanna Bellini, do Ceta, diz que normalmente eles não recomendam a remoção imediata do stalkerware do telefone da vítima - sem fazer um planejamento de segurança primeiro com um responsável pelo caso.

A experiência anterior revelou esta abordagem: se o acesso do agressor ao telefone da vítima for cortado repentinamente, isso pode levar a uma escalada de violência.

Para Maria, que está livre do casamento abusivo há seis anos, as coisas não estão perfeitas, mas melhorando.

"Tenho um bom relacionamento com alguém que realmente se preocupa comigo e me apoia, ajudando a construir minha história", diz ela.

Ainda há momentos em que ela fica ansiosa ao lidar com o telefone. Ela foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (PTSD). Mas ela quer que outras vítimas saibam que a perseguição cibernética é enorme e que não estão sozinhas.

"Não tenha medo. Há ajuda lá fora. Fiz grandes avanços e, se posso fazer isso na minha idade, - aos 56 - qualquer um pode fazer."

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Anatel encontra falhas de segurança em aparelhos que adaptam TVs para streaming

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Agência afirma que dispositivos abrem espaço para que agentes externos roubem dados de usuários conectados. Condutas são tipificadas no Código Penal e podem levar a condenação.
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Por g1 — Brasília

Postado em 23 de dezembro de 2021 às 17h20m

Post. N. - 4.232

Aparelhos 'TV Box' podem roubar dados sigilosos de usuários
Aparelhos 'TV Box' podem roubar dados sigilosos de usuários

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta quarta-feira (22) que dispositivos usados para adaptar TVs para conteúdos streaming têm vulnerabilidades que comprometem a segurança e proteção dos dados do usuário.

As informações constam dos resultados de estudos realizados por técnicos da Anatel e da Agência Nacional de Cinema (Ancine) para avaliar se os dispositivos não autorizados podem comprometer dados do usuário.

O alerta da Anatel refere-se a aparelhos de "TV Box não homologados". Estes equipamentos são utilizados para habilitar televisões para o download e instalação de aplicativos de streaming de conteúdo. Em alguns casos, os dispositivos também permitem o acesso a canais de TV paga sem assinatura.

A Anatel passou a investigar o funcionamento desses aparelhos em junho deste ano. Os esforços foram concentrados na criação do Grupo de Trabalho TV Box, que é coordenado pela Superintendência de Fiscalização da agência.

Em nota divulgada na última quarta, a agência afirma que apreendeu, nos últimos dois anos, mais de 1,1 milhão de dispositivos TV Box não autorizados.

No estudo divulgado nesta quarta, a Agência Nacional de Telecomunicações avaliou o funcionamento de modelos que estão disponíveis em centros de comércio popular e em lojas online.

Os testes tiveram suporte de peritos forenses. Segundo a agência, nas etapas de verificação, foi utilizada infraestrutura residencial nas mesmas condições que o usuário possui.

A Anatel informou que novas etapas ainda serão realizadas para incluir outros modelos de TV Box.

Resultados

Durante o monitoramento, os técnicos descobriram que, quando inicializado, o equipamento é conectado a uma botnet – uma rede de dispositivos conectados à internet e utilizados por hackers. A conexão é possível graças a um malware – software malicioso – embarcado nos aparelhos.

Com essas brechas, de acordo com o relatório, agentes externos estariam habilitados a capturar dados e informações dos usuários. Os técnicos concluíram ainda que os aparelhos abrem a possibilidade de usuários externos operarem remotamente os aplicativos instalados.

Os estudos realizados constataram que os dispositivos TV Boxes não homologados, além de violar conteúdo protegido por direitos autorais, também contém vulnerabilidades que comprometem a segurança e proteção dos dados do usuário, ressalta o documento assinado por Jamilson Ramos Evangelista, Hermano Barros Tercius e Eduardo Hiroshi Murakami.

Ataques na internet

Além desses resultados, a Anatel destacou que os aparelhos TV Box podem, sob uma infraestrutura apropriada, integrar uma rede de dispositivos para realizar ataques de negação de serviço distribuída (DDoS).

O DDos usa vários dispositivos infectados por softwares maliciosos para tirar um site ou serviço do ar na internet.

De acordo com o relatório, o ataque teria, por exemplo, potencial para causar prejuízos a instituições públicas e privadas que utilizam as redes de telecomunicações.

As condutas observadas pelos técnicos, segundo a Anatel, podem ser tipificadas como crimes com base no Código Penal.

A pena para quem invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Os 'perigos' do 5G para a aviação, segundo alerta da Boeing e da Airbus

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As duas maiores fabricantes de aviões do mundo dizem que tecnologia pode ter impacto negativo na indústria da aviação.
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TOPO
Por BBC

Postado em 22 de dezembro de 2021 às 14h30m

Post. N. - 4.231

Ícone do 5G em um iPhone. — Foto: James Yarema/Unsplash
Ícone do 5G em um iPhone. — Foto: James Yarema/Unsplash 

Chefes das duas maiores fabricantes de aviões do mundo pediram ao governo dos Estados Unidos que adie o lançamento de novos serviços de telefonia 5G.

Em uma carta, altos executivos da Boeing e da Airbus alertaram que a tecnologia poderia ter "um enorme impacto negativo na indústria da aviação".

Preocupações foram levantadas anteriormente de que o uso da Banda C para a nova tecnologia móvel sem fio poderia interferir nos componentes eletrônicos da aeronave.

As gigantes das telecomunicações americanas AT&T e Verizon devem implantar os serviços 5G em 5 de janeiro.

"A interferência 5G pode afetar adversamente a capacidade da aeronave de operar com segurança", disseram os chefes da Boeing e da Airbus Americas, Dave Calhoun e Jeffrey Knittel, em uma carta conjunta ao secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg.

A carta citava uma pesquisa do grupo comercial Airlines for America, que concluiu que, se as regras 5G da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) estivessem em vigor em 2019, cerca de 345 mil voos de passageiros e 5,4 mil voos de carga teriam enfrentado atrasos, desvios ou cancelamentos.

A indústria da aviação e a FAA levantaram preocupações sobre a potencial interferência do 5G em equipamentos de aeronaves sensíveis, como altímetros (medidos de altitude).

Esse tipo de aparelho, considerado "o melhor amigo dos piloto", é essencial para medir a pressão atmosférica. Quanto mais alto está o avião, mais rarefeita é a atmosfera e, portanto, menor a pressão do ar. Uma leitura errada poderia, por exemplo, derrubar a aeronave.

"A Airbus e a Boeing têm trabalhado com outras partes interessadas da indústria da aviação nos Estados Unidos para entender a potencial interferência 5G com altímetros de rádio", disse a Airbus em um comunicado.

"Uma proposta de segurança da aviação para mitigar riscos potenciais foi submetida à consideração do Departamento de Transporte dos Estados Unidos."

Neste mês, a FAA emitiu diretrizes de aeronavegabilidade alertando que a interferência do 5G poderia resultar em desvios de voo, dizendo que forneceria mais informações antes da data de lançamento de 5 de janeiro.

Em novembro, a AT&T e a Verizon atrasaram o lançamento comercial do serviço sem fio de banda C em um mês até 5 de janeiro e adotaram medidas de precaução para limitar interferência.

Grupos da indústria de aviação disseram que as medidas não foram suficientes, com a Boeing e a Airbus alegando que fizeram uma contraproposta que limitaria as transmissões de celulares em aeroportos e outras áreas críticas.

Na semana passada, o presidente-executivo da United Airlines, Scott Kirby, disse que as diretrizes 5G da FAA impediriam o uso de medidores de altitude por rádio em cerca de 40 dos maiores aeroportos dos EUA.

O grupo da indústria sem fio dos EUA CTIA disse que o 5G é seguro e acusou a indústria da aviação de espalhar o medo e distorcer os fatos.

"Um atraso causará danos reais. Um atraso na implantação em um ano subtrairia US$ 50 bilhões (R$ 300 bilhões) em crescimento econômico, em um momento em que nosso país se recupera e se reconstrói da pandemia", disse a executiva-chefe da CTIA, Meredith Attwell Baker, em um blog no mês passado.

Assista: 5 mudanças do 5G na vida das pessoas

5 mudanças do 5G na vida das pessoas
5 mudanças do 5G na vida das pessoas

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