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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Consumidores preferem receber presentes a dinheiro no Natal

"Pesquisa realizada pela MasterCard aponta que 49% dos latinos preferem presentear seus entes queridos com exatamente o que cada um quer, ao invés de dinheiro." 

*.-||-.* Por Bianca Ribeiro | 23/12/2015


Consumidores de diversos países latino-americanos dizem preferir presentes a receber dinheiro de seus entes queridos. Em pesquisa realizada pela MasterCard foi constatado que um presente de Natal perfeito é dar exatamente o que a pessoa quer (49%), seguido de presentear com algo surpreendente (43%) e personalizado (3%).

Por outro lado, a aparência e o preço não são valorizados nas compras de Natal, estando respectivamente com 13% e 3% de acordo com os entrevistados. Outro ponto relevante da pesquisa é que as pessoas costumam deixar as compras para última hora, cerca de um terço dos latino-americanos fazem suas compras na semana que antecede o Natal.

Mais da metade dos respondentes prefere receber presentes de Natal comprados por seus entes queridos. Para os consumidores, os “presentões” que demonstram consideração são: Roupas (78%), Perfume (76%), joias (75%) e Aparelho eletrônico (74%). Já os…

Mova Mais premia usuários que se exercitarem em janeiro

"Programa oferecerá 500 pontos para quem completar suas rotinas de treinos. Iniciativa visa estimular a prática de atividades físicas após as festas de fim de ano."

*=.-.=* Por Bianca Ribeiro | 23/12/2015

O Mova Mais incentiva os usuários a se exercitarem no começo do ano após a época de festas, quando a maioria das pessoas acaba saindo da dieta e deixando a atividade física de lado. 

Os usuários que completarem suas rotinas de treinos e formarem os chamados “combos” entre os dias quatro e oito de janeiro acumularão 500 pontos na plataforma, que poderão ser transferidos para o programa de fidelidade Multiplus.

Acompanhadas da aquisição de pontos, também serão distribuídos certificados que registram a conquista e a persistência do usuário. Além disso, os atletas que mantiverem seus “combos” de regularidade nos exercícios durante o mês de janeiro, terão sua pontuação dobrada. 

A iniciativa está alinhada a uma das 10 tendências de consumo apontadas pela Trendwatching para 2015.
Mova Mais, fidelidade, réveillon

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Nikon dá câmeras digitais na promoção Eu Sou o Natal

"Concurso cultural no Facebook elegerá as melhores imagens que representem de forma criativa o original espírito natalino. Interessados devem se cadastrar na FanPage da marca."


*.:||:.* Por Bianca Ribeiro | 22/12/2015


A Nikon dará câmeras digitais para consumidores por meio do concurso cultural no Facebook “Eu Sou o Natal”, que elegerá as melhores imagens que representem de forma criativa e original o espírito natalino. 

Os interessados devem preencher o cadastro na FanPage da Nikon do Brasil com todas as informações solicitadas no regulamento, até o dia 26 de dezembro.

A foto deve conter as seguintes características técnicas: base mínima de 1080 pixels de largura e não exceder o tamanho de um MB. É necessário informar a marca e o modelo da câmera fotográfica e da lente. 

A análise das imagens será feita por uma Comissão Julgadora e seguirá alguns critérios: criatividade, originalidade, ineditismo e adequação com a temática.

A inscrição só poderá ser feita via Desktop ou Notebook e os participantes podem compartilhar a imagem em sua rede social. O…

Ferrero Rocher desenvolve embalagens exclusivas pro Natal

"Caixas com 15 e 24 unidades receberam desenhos temáticos, disponíveis em oito opções, nas cores marrom e vermelha. Marca também está promovendo degustação nos finais de semana."


#-.$.-# Por Bianca Ribeiro | 22/12/2015


A Ferrero Rocher desenvolveu embalagens exclusivas para o Natal. A iniciativa tem como objetivo oferecer o toque especial não somente na decoração, como também nos momentos de celebração dos brasileiros. Para isso, a marca está promovendo degustação nos pontos de venda em diversos locais de São Paulo.

As caixas com 15 e 24 unidades receberam embalagens com desenhos temáticos, disponíveis em oito opções, nas cores marrom e vermelha. As novidades podem ser encontradas em supermercados, lojas e mercearias das regiões Sul e Sudeste e em Brasília. 

Durante todos os finais de semana do mês de dezembro, as lojas de São Paulo estão promovendo degustação do bombom no megamercado gastronômico Eataly. 
Ferrero Rocher, Natal, embalagem

Shoppings aumentam investimentos no Natal para contornar a crise

"Sorteios e decorações interativas são principais apostas para atrair o consumidor. Somente a Multiplan distribui 252 carros entre clientes que gastarem ao menos R$ 500,00."


*=.-.=* Por Renata Leite | 22/12/2015


Apesar de a crise, em geral, levar empresas a cortarem verbas e reduzirem gastos - assim como acontece com os consumidores -, os shoppings optaram por não economizar neste Natal. 

Os empreendimentos estão investindo consideravelmente mais em decoração e promoção este ano do que fizeram em 2014. Para atrair os brasileiros que buscam presentes para a data, a estratégia adotada pelos centros comerciais é semelhante. A aposta está na decoração natalina interativa e no sorteio de carros.

Os shoppings devem ser o principal destino dos consumidores neste fim de ano. Segundo pesquisa do SPC Brasil, 50,4% dos entrevistados planejam realizar compras nesses centros comerciais. Isso deve refletir no resultado das vendas das lojas localizadas nesses centros comerciais. Enquanto o comércio como um todo espera cerca…

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Burger King inclui Alvin e os Esquilos no combo King Jr.

"Serão seis brinquedos com o tema do longa-metragem que estarão disponíveis a partir desta segunda-feira. Objetos emitem som permitido a interação das crianças."

*.=.:.=.* Por Bianca Ribeiro | 21/12/2015


O Burger King presenteará seus consumidores com personagens de Alvin e os Esquilos para comemorar o lançamento do novo filme da franquia “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” que será lançado no dia 24 de dezembro. 

Os brinquedos do combo King Jr. com tema do longa estarão disponíveis nos restaurantes da marca a partir desta segunda-feira, 21 de dezembro.

Ao todo, serão seis miniaturas dos personagens incluindo diferentes instrumentos musicais como tambor, guitarra, gaita, pandeiro e saxofone, além de um microfone. Os objetos emitem som, permitindo que as crianças interajam. 
Burger King, Alvin e os Esquilos, filme

Bento Store desenvolve horta comunitária

"Visitantes que passarem em frente à loja da Rua da Consolação, em São Paulo, encontrarão dois tonéis com temperos e folhas. Ação está alinhado ao projeto Aorta Comunitária." 

*=.:.=* Por Bianca Ribeiro | 21/12/2015


A Bento Store está desenvolvendo uma horta comunitária em frente à loja na Rua da Consolação, em São Paulo. Os visitantes que passarem pelo local encontrarão dois tonéis com temperos e folhas de alface e rúcula e poderão retirar o que quiserem. 

A horta é cultivada pelos funcionários da loja e apoia o projeto Aorta Comunitária, que busca incentivar o senso de comunidade por meio da colheita de produtos orgânicos.

A Aorta Comunitária, com suas hortas móveis, é um projeto iniciado há pouco tempo por Gabriela Andreatta e Marcela Pagano, que já possui frutos e movimentam o ponto de venda com pessoas que se interessam, simpatizam e buscam uma vida mais saudável. 
Bento Store, horta, comunidade

Abrindo mão de conquistas, brasileiros terminam 2015 frustrados

"Crise fez com que consumidores voltassem a pechinchar, reduzissem consumo de supérfluos que já faziam parte da cesta de compras e, principalmente, temessem o futuro."

*-:-:-* Por Roberta Moraes | 21/12/2015


Renato Meireles, Presidente do Instituto Data Popular
Pesquisa de preço, busca por promoções, redução de categorias, downgrade de marca e muita irritação. Assim pode ser resumido o ano do brasileiro, que teve que se equilibrar na corda bamba para conseguir ficar com as contas em dia. 

Mesmo com a crise se configurando logo no início de 2015, as dificuldades encontradas ao longo dos meses foram deteriorando gradualmente a renda e fez com que o cenário piorasse no futuro. Alta da inflação, do desemprego, das contas de energia e água foram apenas alguns fatores que contribuíram para que o consumidor colocasse o pé no freio e reconfigurasse seus hábitos.

Para tentar contornar a crise e não perder o estilo de vida já alcançado, o brasileiro teve que fazer concessões. E não foi apenas a classe C que que mudou, as classes A e B também tiveram que abrir mão de alguns luxos e simplificar a rotina. 

As mulheres mais abastadas, por exemplo, reduziram a frequência no salão de beleza e passaram a repetir roupas em eventos sociais para que sobrasse mais dinheiro para os filhos. O medo do desemprego e as incertezas do futuro fizeram com que mulheres de todos os níveis sociais tivessem o mesmo comportamento de compra. 

Isso é o que mostra a pesquisa O Consumo Feminino em Tempos de Crise, realizado pela Ferraz Pesquisa de Mercado.
Essas dificuldades encontradas para manter o orçamento doméstico em dia estão deixando o brasileiro mais crítico, mais exigente e, principalmente, cada vez mais mal-humorado.

“Esse grande sentimento de perda faz com que 56% dos brasileiros achem que esta seja a pior crise que o país já viveu, e sabemos que não é. 

Por não conseguir mais comprar as mesmas marcas que estava acostumado ou a mesma quantidade, o consumidor sai extremamente frustrado do ponto de venda e não mais feliz como era antigamente”, comenta Renato Meireles, Presidente do Instituto Data Popular, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Crise de perspectiva
Um levantamento do Data Popular mostra que 98% dos brasileiros concordam que o país está em crise e 88% afirmam que a vida pessoal já está sendo impactada por ela. A desesperança é tão grande que 89% dos
entrevistados não conseguiram apontar o nome de alguém que pudesse ajudar o país a sair deste momento conturbado. 

Os 11% restantes que arriscaram disseram que só o Papa Francisco poderia fazer com que a economia se restabelecesse. “Isso mostra que a pior crise é de perspectiva, pois o consumidor não vê luz no fim do túnel”, pondera Meirelles.

As marcas também não foram lembradas. Apesar do esforço de algumas em tentar mostrar apoio ao brasileiro, 72% dos respondentes não se recordaram de uma empresa que estivesse ao lado deles neste momento de crise. “Não pode ser só desconto e preço, pois isso gera uma frustração. 

É como se estivessem dizendo que o consumidor agora está pobre. E, na verdade, ele está sendo inteligente por buscar o melhor preço”, comenta o presidente do Data Popular.
Recentemente, o Grupo Pão de Açúcar iniciou uma grande campanha de apoio ao brasileiro que mostra toda a empatia da organização diante da recessão. 

Muito além de oferecer algum tipo de benefício financeiro na hora da compra, como abatimento e parcelamento, a ideia é engajar a população em uma onda de otimismo. O movimento #Vamojunto reúne varejistas físicos e online, que buscam promover uma ação positiva, convidando os brasileiros a se unirem em defesa do que foi conquistado nos últimos anos. 

Eduardo França, Coordenador do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPMConsumidor vislumbra novas possibilidades
Esse encorajamento que estimula o consumo chega em momento oportuno e tende a impulsionar o mercado, mas não esconde uma nova tendência que começa a surgir. 

Na tentativa de não abdicar dos hábitos já alcançados, a crise força o consumidor a testar novas alternativas e acaba se transformando em uma oportunidade para que marcas locais ascendam. Optar por empresas mais próximas e pelo consumo compartilhado foram questões que se destacaram em outros países que também estão passando por recessão econômica. 

“Surge um indício de uma conscientização maior sobre o consumo de produtos que são produzidos mais perto, pois contribui para promover a cadeia como um todo. Ajuda a gerar emprego e a movimentar o comércio local, por exemplo”, pontua Eduardo França, Coordenador do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.
  
Além de estar mais preocupado com a origem dos produtos, o brasileiro começa a se atentar para o consumo colaborativo, como mostra o estudo produzido pelo Mundo do Marketing que traz os desafios e as oportunidades da economia compartilhada

Ao entender que não é preciso mais ter, ele percebeu que pode fazer o dinheiro render muito mais. A economia compartilhada, inclusive, desafia as marcas a repensarem ofertas. “Desde o fim de 2014, começamos a perceber um movimento maior de conscientização e de pessoas que rejeitam o desperdício e que não são adeptas ao consumo exacerbado. 

Os brasileiros estão percebendo que não é preciso ter um carro para usar apenas aos fins de semana e que nos dias úteis fica parado na garagem, ele pode ser alugado por algumas horas para quem tiver interesse e que não possua automóvel. A ascensão dos brechós, por exemplo, mostra que o usado está se tornando viável por aqui”, acrescenta França.

Apesar de tanto mau humor por conta de todas as dificuldades financeiras encontradas nos últimos meses, a crise começa a redesenhar os hábitos de consumo do brasileiro, o que pode ser uma boa notícia. 

Os problemas fazem com que as práticas sejam repensadas e exigem maior criatividade. Essa reflexão está ajudando a construir um novo pensamento e a formar cidadãos mais conscientes, como mostra o Índice de Consumo Consciente do brasileiro.

domingo, 20 de dezembro de 2015

O Boticário cria capa de celular com estojo de maquiagem acoplado

"Make B. Palette está disponível para Iphone 5 e 5S traz sombras nas cores champagne, prata, marrom e preta, além de um duo blush labial na cor Soft Malva. Item custa R$ 99,00." 

*.-.-.* Por Bianca Ribeiro | 17/12/2015


O Boticário apresentou um estojo de maquiagem em formato de capa de celular. O Make B. Palette traz cores bastante procuradas pelas consumidoras com sombras champagne, prata, marrom e preta, além de um duo blush labial na cor Soft Malva, item que pode ser usado na boca e nas maçãs do rosto.

A novidade está disponível em edição limitada no valor de R$ 99,00, só é compatível com Iphone 5 e 5S e já está a venda nas lojas, e-commerce e com revendedoras da marca. 
Boticário, Iphone, palette

Produtos de beleza alavancam investimento em mídia no país

"Categoria de tratamento para o rosto obteve crescimento de 70%, em relação a 2014, enquanto a de tratamento corporal cresceu 41%. Levantamento da Kantar Ibope Media."

*=.-.=* Por Bianca Ribeiro | 17/12/2015

Produtos de beleza alavancam o mercado publicitário no país entre janeiro a setembro. De acordo com levantamento da Kantar Ibope Media, a categoria de tratamento para o rosto obteve um crescimento de 70% nos investimentos em mídia em relação ao mesmo período de 2014, enquanto a de tratamento corporal cresceu 41% no período. 

Ambas representam 21% dos investimentos realizados no setor de higiene pessoal e beleza.

Outra categoria que se destacou positivamente foi a de colônias e perfumes, com 20% de crescimento e a de maquiagem com aumento de 12%, totalizando R$ 1,3 bilhão. Já a categoria com maior volume de investimento no setor, a de higiene e beleza capilar, apresentou uma queda de 12% em sua verba.

O segmento de desodorantes, segundo em volume de investimento no setor, também apresentou uma pequena retração em seus números, 4% do período. Higiene bucal, sabonetes e espumas de banho e shampoo e condicionador também apresentaram resultados inferiores aos de 2014. As 10 maiores categorias representaram 89% do investimento total do setor no período.

Grande parte da verba do setor (75%) foi destinada para a TV aberta. O formato que apresentou maior crescimento foi o merchandising, muito utilizado pelos anunciantes. 

Entre janeiro e setembro de 2015, o setor destinou R$ 744 milhões de investimentos em merchandising, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior.

Dentre os tipos mais usados pelos anunciantes, o destaque foi a ação comercial, formato mais tradicional de merchandising em TV, com mais de 1.400 ações realizadas pela indústria da beleza no período monitorado.

Mais da metade dos investimentos do setor em merchandising foi destinada para programas de auditório, que concentram 51% do total da verba dos anunciantes, seguidos pelos gêneros reality show, feminino, game show e show.
Pesquisa, beleza, publicidade

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Retrospectiva: Varejo amarga o pior desempenho em 15 anos

"Estimativa da Confederação Nacional do Comércio é de que o setor termine 2015 com retração de 4,1% nas vendas. No estado de São Paulo o recuo será de 7%, segundo o FecomércioSP.

*=.-.=* Por Roberta Moraes | 18/12/2015


Vitor França, Assessor Econômico da FecomercioSP
O ano de 2015 ficará marcado como o pior nos últimos 15 anos para o varejo brasileiro. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que estima que o setor deve fechar o ano com queda de 4,1% nas vendas. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento acumulou perda de 3,6% nos 10 primeiros meses. O desempenho ruim, apesar de ter impactado o mercado, não foi uma surpresa, visto que o cenário de instabilidade econômica no fim de 2014 já mostrava que o ano seguinte seria muito desafiador.

A polarização política, o aumento das incertezas, a perspectiva dos ajustes fiscais e a Copa do Mundo foram alguns fatores que já anunciavam que a economia brasileira passaria por grandes dificuldades. 

Adicionados a eles, o aumento da inflação, o reajuste nas contas de energia e alta do dólar, que, entre outras coisas, impactou diretamente no preço de muitos itens da cesta de consumo, contribuíram ainda mais para que o cenário piorasse e para que o ano ficasse marcado pela crise econômica.

O panorama difícil fez com que as empresas ajustassem suas despesas, resultando no aumento do desemprego, o que também impactou o varejo diretamente. 

“Quando olhamos para todas as variáveis que determinam o consumo, como juros, crédito, inflação, emprego e confiança do consumidor, o quadro ficou bastante negativo e levou a essas seguidas quedas nas vendas no varejo, que no Estado de São Paulo deve fechar com queda do faturamento real de 7% em comparação ao ano passado, que fechou com 3% negativos”, comenta Vitor França, Assessor Econômico da FecomercioSP, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Cenário desanimador
Os dois anos seguidos de queda em São Paulo, mercado que entre 2004 e 2013 crescia cerca de dois dígitos ao ano, apenas ilustram o cenário nacional. As projeções para o futuro não são das melhores. Para 2016, a Federação de Comércio de São Paulo prevê queda de 5%, o que representará um recuo de 15% em três anos seguidos. 


O estudo Pulso Brasil, realizado pela Ipsos, mostra que a economia brasileira deverá melhorar realmente apenas após 2018, mesmo que o impeachment aconteça. Até que um novo governante assuma o poder e conquiste a confiança do mercado, muita coisa pode acontecer. Este cenário político gera incertezas às empresas e consumidores.

A falta de políticas econômicas que possibilitem restabelecer a confiança dos agentes piora ainda mais as perspectivas. A paralisação do Congresso Nacional por conta da crise política impediu que medidas efetivas para a retomada do crescimento fossem criadas. “Os ajustes não podem ser limitados ao aumento de imposto, que é o que estamos vendo.

Precisamos de um avanço mais estrutural, que mexa com questões centrais do Brasil, como previdência, tributos, burocracia. Essas questões não entraram na pauta e essa falta de projetos alimentou a desconfiança do mercado, deixando todo mundo pessimista. Permanecendo neste estado, veremos o círculo vicioso, com aumento do desemprego e queda nas vendas”, pondera França.  
    
Essa retração provocou o fechamento de alguns estabelecimentos neste ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, até outubro, houve queda de 9,1% no número de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício no Brasil, desempenho inédito nos últimos 10 anos. 

Em termos absolutos, o varejo perdeu 64,5 mil unidades comerciais na média dos últimos 12 meses. O segmento de hiper e supermercados, responsável por 32,6% das lojas em operação liderou a queda, com a extinção de 15,5 mil pontos de vendas. Em seguida, vieram os segmentos de vestuário (-9,7 mil) e de materiais de construção (-9,5 mil).

Até mesmo grandes varejistas fecharam algumas unidades. A Via Varejo, companhia de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar, comunicou o fechamento de 28 lojas do Ponto Frio e três da Casas Bahia. 

A C&A também baixou as portas de duas grandes lojas: uma no shopping Anália Franco, na zona leste de São Paulo, e outra no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. A rede de bolsas, acessórios e sapatos Shoestok também encerrou a operação de duas de suas quatro unidades. Além disso, as vendas pela loja virtual foram descontinuadas, mesmo o e-commerce tendo registrado crescimento neste ano.

Adriana Colloca, Superintendente da AbrasceShoppings devem registrar baixo crescimento
Apesar de sempre terem um desempenho melhor em relação às lojas de rua, os shoppings centers também foram impactados pela desaceleração da economia.


Em fevereiro, o movimento caiu 3,2%, segundo o IFlux, indicador específico do mercado de shopping desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo, que avalia o grau de aquecimento ou movimentação do setor. 

Até setembro, o segmento havia registrado crescimento de 2,5%, o mesmo período no ano passado chegou a 7%, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce), que analisou apenas os shoppings maduros, aqueles já consolidados. 

“Os empreendimentos mais novos, em geral, registram taxa de crescimento maior em relação àqueles já consolidados no mercado”, explicou Adriana Colloca, Superintendente da Abrasce, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Para tentar melhorar as vendas e atrair os consumidores, os malls abusaram da criatividade. 

O entretenimento foi o caminho para fazer com que o público voltasse a circular pelos corredores, mesmo com pouco dinheiro para gastar. Algumas redes optaram por realizar eventos de lazer nas praças de alimentação e, principalmente, muitas promoções. “Neste ano vimos muitos shoppings criando liquidações temáticas, como ofertas de artigos para casa, semana do calçado, de moda, entre outros”, analisa Adriana.

O saldo positivo do varejo em outubro, que segundo o IBGE registrou alta de 0,6%, em comparação a setembro, trouxe um sopro de esperança. O desempenho da Black Friday, que também foi positivo neste ano, e as compras de Natal reforçam a onda de otimismo no quarto trimestre e faz com que a Abrasce projete o fechamento deste ano com até 7% positivos, muito diferente em relação ao varejo com um todo.

Simone Terra, Especialista em Varejo e professora do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM RioConsumidor está mais comedido
Apesar do Natal ainda ser considerado a esperança para o varejo, afinal, a data sempre liderou o ranking de vendas, é preciso ficar atento ao novo comportamento do consumidor, principalmente da classe C. Mais afetado pela crise, este público teve que reavaliar os gastos e priorizar as compras. 


Neste ano, apesar de faltar apenas uma semana para a noite marcada pela troca de presentes, ainda não se percebe uma grande movimentação nos grandes centros varejistas, assim como nos supermercados.

Com medo do que vem pela frente e com menos dinheiro no bolso, o brasileiro sabe que terá que usar da criatividade para montar a ceia de Natal e que nem todos as pessoas queridas serão presenteadas, ficando o amigo oculto como melhor opção para este momento. Depois de uma década de crescimento e alcançando novas categorias, a classe média está se desdobrando para não perder algumas conquistas. 

Para fazer o dinheiro render, ela passou a priorizar os itens da cesta básica e reduziu os supérfluos.
O mais importante para o varejista é entender os impactos provocados por esse momento, o que faz com que o shopper retraia o consumo. 

“A palavra crise gera um impacto psicológico e mesmo as pessoas não tenham perdido o emprego elas passam, imediatamente, a frear o consumo, fazer concessões, economizar, a comprar coisas mais baratas e fazer escolhas mais racionais” explica Simone Terra, Especialista em Varejo e professora do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM Rio, em entrevista ao Mundo do Marketing.

5 ferramentas e conceitos consolidados no Marketing em 2015

"Em ano de crise, investimentos em compartilhamento, conteúdo e programática garantiram resultados mais assertivos e a custos mais baixos para companhias brasileiras." 


*-.=.-* Por Renata Leite | 17/12/2015


O ano de 2015 termina deixando a sua marca no relacionamento entre consumidores e empresas, que lançaram mão de ferramentas e se atualizaram em relação aos novos comportamentos das pessoas. 

Entre as práticas que se consolidaram nos 12 meses e propiciaram essa melhoria estão a adesão, enfim, à mídia programática e à automação e a produção de branded content em formatos diferenciados - em especial o vídeo.

O período de crise também vem obrigando as companhias a repensarem suas estratégias, de modo a obter resultados de forma otimizada e a menores custos. Essa característica está presente nos cinco conceitos e ferramentas que foram muito explorados pelo Marketing ao longo de 2015, segundo especialistas em tendências do setor. Conheça a seguir.

1- Economia compartilhada
Nos últimos anos, diversas startups originadas a partir do conceito da economia compartilhada ganharam o mundo rapidamente, balançando mercados até então consolidados - como o Airbnb e o Uber. 


O ano de 2015, no entanto, ficou marcado por um movimento diferente: o das empresas tradicionais que se renderam ao novo comportamento do consumidor, que cada vez mais passa a privilegiar o uso em relação à posse.

Um estudo do Mundo do Marketing Inteligência destrinchou a economia compartilhada, que também foi tema das reportagens “Economia compartilhada desafia marcas a repensarem ofertas” e “Prova de fogo para Uber, Airbnb e a economia compartilhada”

“Assistimos a uma expansão muito forte em 2015, especialmente na América Latina, vindo ao encontro de uma mudança de comportamento dos consumidores no que diz respeito à confiança em estranhos. 

As redes sociais contribuem para esse crescimento da confiança”, analisa Rebeca Moraes, Pesquisadora de Tendências da Trendwatching, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Entre as empresas tradicionais que decidiram experimentar a lógica do compartilhamento está a Gafisa que este ano apresentou um condomínio diferente. A construtora e incorporadora incluiu no empreendimento carros, bicicletas e até apartamento compartilhados pelos moradores. 

O conceito Home & Share nasceu com base em estudos feitos pela Grey, com foco no comportamento do consumidor e em benchmark de outras categorias que já operam com o conceito de compartilhamento de seus bens e serviços.
2- Mídia programática e automação
O Marketing digital ganhou força e investimentos ao longo de 2015, cenário que deve se manter no ano que vem. Segundo dados compilados pelo Infobase e pela Iinterativa, essa mídia deve crescer 12,7% em 2016 e movimentar US$ 76,6 bilhões em publicidade online em 2016. Tudo isso vem propiciando avanços na adoção de ferramentas ao trabalho.


“Era uma promessa já há algum tempo e, agora, as grandes agências estão todas trabalhando cada vez mais com mídia programática e automação”, diz Martha Gabriel, escritora, consultora e palestrante nas áreas Marketing digital, inovação e educação.

Empresas globais de compra e venda programada de inventários já atuam no país, por meio de leilões em tempo real. Dessa forma, a presença nos espaços publicitários na internet passa a ser regida por uma inteligência artificial que garante uma segmentação aprimorada do perfil dos usuários impactados pela mídia, impulsionando os resultados.

3- Live streaming
Um levantamento interno do Facebook mostra que o volume de postagens em vídeo na rede social cresceu 75% ao longo de 2014, no mundo. A metade dos usuários brasileiros que acessam a plataforma diariamente assistem a pelo menos um desses conteúdos por dia, percentual que representa 31 milhões de pessoas. 


Este ano, as marcas optaram por combinar ao formato a transmissão ao vivo, por meio de ferramentas como o Periscope, APP comprado pelo Twitter e disponibilizado desde março.

Nos primeiros 10 dias, mais de um milhão de pessoas baixaram o aplicativo em seus celulares no mundo e um número ainda maior assistiu às imagens, que são transmitidas em tempo real na rede social. 

No dia dois de agosto, o Periscope alcançou 10 milhões de contas abertas e mais de 40 anos de vídeos, em tempo de exibição, vistos por dia no canal. Há ainda o YouTubeLive, o Google Hangout e o mais recente Facebook Mentions Live, todos unindo três pilares: social, mobile e vídeo.

As companhias usam a plataforma para transmitir coletivas de imprensa, bastidores de eventos e outros conteúdos que estabelecem um diálogo com os mais variados stakeholders. O contexto é decisivo na escolha de qual ferramenta usar, como mostrou a reportagem “Periscope e outras ferramentas de streaming: como escolher e usar”, do Mundo do Marketing.
4- Foco no conteúdo
O ano de 2015 fica marcado também como aquele em que o conteúdo se consolidou como estratégico nas companhias. Mesmo as pequenas empresas estão buscando esse recurso para conquistar novos clientes e se manterem vivas na mente dos já existentes. 


O conteúdo aparece em diferentes formatos: vídeos, landing pages, e-books, storytelling e storydoing - este último abordado na reportagem Storydoing: marcas apostam no uso de pessoas comuns em ações. “Este foi o ano da consagração do Marketing de conteúdo, do branded content”, garante Martha.

5- Adesão ao WhatsApp
Uma pesquisa da eCGlobal Solutions em parceria com a eCMetrics mostrou que os brasileiros estão abertos a receberem conteúdo relevante das marcas pelo WhatsApp. Entre os entrevistados, 64% gostariam de receber ofertas e promoções, 45% adorariam receber conteúdo exclusivo e 28% gostariam de receber vídeos divertidos da marca. 


As companhias aproveitaram o potencial da ferramenta ao longo deste ano, como havia adiantado o Mundo do Marketing em matéria que apresentou as 12 tendências para o Marketing digital em 2015.

Canal de vendas, relacionamento, consultoria, promoção, divulgação. São inúmeras as possibilidades criadas pelas companhias que esperam garantir engajamento e fidelidade entre seus clientes, como mostrou a reportagem “Muito além do SAC. WhatsApp ganha múltiplas funções nas organizações”. 

“No campo virtual, o atendimento e o relacionamento deram um passo além do ponto de vista da conversação. As ferramentas de Marketing online passaram a promover relações mais próximas das marcas com seus consumidores”, afirma Rebeca.

A PDG, por exemplo, utilizou a plataforma para promover a campanha “Na Ponta do Lápis”. Pelo menos seis mil clientes receberam no smartphone uma mensagem em vídeo com o ator Matheus Solano convidando-os a participar da promoção realizada pela incorporadora em março deste ano. Outra marca que também recorreu à ferramenta foi a Ninho, da Nestlé, que encaminhou vídeos personalizados para as mães, por conta do dia delas.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Brasileiros devem gastar em média R$ 58,00 com cada presente de Natal

"Em pesquisa realizada pelo Groupon em países da América Latina, os entrevistados afirmaram que comprarão cerca de oito presentes, gastando no total de R$ 462,00."


#.-$-.# Por Bianca Ribeiro | 16/12/2015


Em média, os brasileiros devem gastar R$ 462,00 em presentes de Natal neste ano. O dado é do Groupon, que em levantamento feito com sua base de usuários na América Latina constatou que no Brasil os consumidores pretendem dar cerca de oito presentes neste fim de ano e cada um com valor de R$ 58,00.

Já os latino-americanos em geral devem gastar total de R$ 815,00, quase o dobro previsto pelos brasileiros que passam por sério período de retração da economia. 

O estudo mostra ainda que para 60% dos consultados o presente mais desejado é uma viagem, um final de semana em um hotel, seguidos de roupas com 45% dos entrevistados e uma experiência diferenciada com amigos e ou familiares (41%).

Quando perguntados sobre quais presentes mais marcantes, 75% diz que ficam mais impactados quando recebem exatamente aquilo que queriam, mas por outro lado, 85% dos entrevistados afirmam que não compartilham nenhuma lista com o que gostariam de ganhar. Os presentes considerados como os mais memoráveis são aqueles dados pelo parceiro(a), com 85% dos votos.

Apesar de valorizar a troca de presentes, no Brasil, assim como em outros países pesquisados, um Natal perfeito é composto por atividades familiares, para 75% dos entrevistados, e também por uma grande ceia, afirmaram 72% dos participantes do estudo.

Recente pesquisa da ecGlobal Solutions também mostra a média de gasto do brasileiro com as lembranças de Natal deve ficar em torno de R$ 400,00 para 94% dos brasileiros
Pesquisa, comportamento, Natal

Fitch Ratings tira selo de bom pagador do Brasil

"Agência de classificação de risco rebaixou a nota do país de BBB- para BB+. O patamar ainda continua com perspectiva negativa, o que deixa a porta aberta para futuros cortes."


*.-=-.* Por Bianca Ribeiro | 16/12/2015


A Fitch Ratings rebaixou, pela segunda vez em dois meses, a nota do Brasil. Com a medida, o país perde o selo de bom pagador de mais uma agência de classificação de risco. Em setembro, a Standard & Poor’s já havia revisado para baixo a posição do país. 

Nesta quarta-feira, 16 de dezembro, a agência comunicou que passou de BBB- para BB+. Além disso, a nota continua com perspectiva negativa, o que deixa a porta aberta para futuros cortes. 

Em nota, a agência afirmou que “o rebaixamento do Brasil reflete o crescente peso da dívida pública do país, os crescentes desafios para consolidação fiscal e a deterioração do cenário de crescimento econômico”. 

A decisão já era esperada pelo mercado e pode representar a saída de recursos do país. Parte dos fundos de investimento internacionais exige o selo de bom pagador de pelo menos duas das três grandes agências para direcionar seus recursos. 

O Brasil agora é grau de investimento apenas pela Moody's, mas a nota está um degrau acima do nível especulativo e foi colocada em revisão há uma semana.
Brasil, economia, selo, Fitch Ratings

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Gerentes de Inteligência de Mercado e de Digital: em alta em 2016

"Levantamento da Michael Page mostra que empresas estão focadas em performance e buscam profissionais com bastante experiência e que agreguem valor e eficiência ao negócio."


*-.%.-* Por Roberta Moraes | 16/12/2015


Os cargos de gerência de Inteligência de Mercado e de Marketing Digital estarão em alta em 2016. Isto é o que mostra estudo da consultoria Michael Page, que reforça ainda que após dois anos seguidos com o cenário macroeconômico de incertezas, as companhias estão reavaliando o escopo de suas posições e reorganizando o planejamento estratégico para retomar o caminho do crescimento. 

Para se alinharem a este novo momento, os executivos devem estar prontos para absorverem novas funções e capazes de agregar valor e experiência ao negócio.

Devido ao crescimento ínfimo de PIB 2014/2015 e estímulos cada vez maiores por novos hábitos de consumo, as empresas têm demandado cada vez mais por profissionais sêniores e com um papel mais próximo à finanças criando e valorizando a área de Business Intelligence, avaliando não só as mudanças dos hábitos dos consumidores mas sim os impactos financeiros que estas informações obtidas na hora certa podem gerar nas empresas. 

Áreas como Inteligência de Mercado e Customer Insight são áreas que devem crescer em 2016. Segundo a Michael Page o salário de gerentes de Inteligência de Mercado variam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.

Esse profissional tem perfil bastante analítico e com raciocínio lógico diferenciado deve estar sempre atualizado em relação a tendências, inovações e práticas do mercado.

Entre as atribuições desta gerência estão atividades relacionadas à inteligência de mercado, envolvendo análise de dados sobre concorrência, consumidores, tendências e cenários, com o objetivo de definir políticas e processos e subsidiar informações as áreas de Marketing, Comunicação e Comercial na busca por oportunidades de crescimento e inovação.

Por conta da força do digital que cresce a cada dia, quem tiver profundos conhecimentos no ambiente virtual terá destaque. Por conhecer os processos e ferramentas para esse tipo de público, os cargos gerentes de Marketing Digital estarão em alta no próximo ano. 

Esses profissionais realizam gestão da estratégia digital, atuam com prospecção de leads e vendas, fazem análise de mercados e tendências além do suporte consultivo gerencial, identificando as novas oportunidades de produtos, serviços, informações e soluções através do digital.

Profissionais com conhecimento em usabilidade e experiência do usuário e compra de mídia online, conseguem garantir mais e melhores acessos ao site e assim, melhorar a taxa de conversão e vendas dos sites. Ter cursos técnicos e atuações com passagens sólidas nas empresas ajudam a tornar esse profissional um destaque nesse mercado. O salário, segundo a Michael Page, varia entre R$ 10 mil e R$ 14 mil.

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Guia

Retrospectiva: E-commerce supera a crise e cresce em 2015

"Mesmo diante do cenário de retração econômica, vendas no varejo eletrônico devem fechar o ano movimentando R$ 48,2 bilhões, ultrapassando 2014 em 22%, segundo projeções da ABComm." 

*=.-.=* Por Roberta Moraes | 16/12/2015

Maurício Salvador, presidente da ABComm
Sobrevivente do conturbado cenário econômico nacional, o e-commerce foi um dos poucos segmentos que conseguiu driblar a crise e fechará 2015 registrando crescimento. Segundo projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o aumento neste ano deverá ser de 22% em relação a 2014, que fechou com incremento de 24%

As facilidades na comparação de preço, a conveniência de comprar sem sair de casa e a percepção que o canal oferece preços mais competitivos são alguns fatores que ajudaram o varejo eletrônico a operar com um pouco mais de tranquilidade em relação ao físico neste ano.  Contando com as projeções de venda para o Natal, o e-commerce nacional deve encerrar 2015 tendo movimentado R$ 48,2 bilhões.

Mesmo diante de um período de crescimento e lucro, o ano foi de muita superação para setor. A logística, por exemplo, foi um dos principais problemas enfrentados, atrapalhando a qualidade do serviço. No Rio de Janeiro, inclusive, alguns centros de distribuição dos Correios ficaram fechados, impossibilitando a entrega dos pedidos. 

Para tentar contornar esta situação, algumas lojas virtuais passaram a optar pelo serviço de transportadoras privadas. Entre 2013 e 2015, o número de empresas que buscaram este tipo de serviço cresceu 6,5 pontos percentuais, segundo a pesquisa “Logística no E-commerce Brasileiro 2015”, realizada pela ABComm. 

Apesar de ter sofrido queda de 7,9 pontos percentuais na contratação para a entrega, os Correios continuam tendo papel fundamental no comércio eletrônico nacional, representando 73,1% das encomendas transportadas.

A alta do dólar, que chegou a ultrapassar a barreira dos quatro reais no terceiro trimestre, foi um dos grandes entraves para o segmento neste ano. Como muitos produtos são importados, principalmente os eletrônicos e equipamentos de informática – que estão entre as categorias mais vendidas -, houve um aumento no preço e, como consequência, a desaceleração do consumo. Mas também trouxe um ponto positivo. 

A elevação da moeda estrangeira contribuiu para que os e-commerces nacionais ganhassem mais apelo entre o público interno. “Nos últimos três anos houve um grande crescimento de brasileiros comprando em sites estrangeiros. 

Apenas no ano passado, foram registrados R$ 6,5 bilhões gastos nesses canais e a previsão para 2015 era de que esse número chegasse a R$ 8,5 bilhões, mas com a variação cambial os consumidores deram uma freada nessas aquisições fora do país, o que abriu mais possibilidade para o mercado doméstico”, pontua Maurício Salvador, Presidente da ABComm, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Algoritmos do Google
O ano também ficará marcado pela mudança de algoritmo do Google, que passou a privilegiar os sites mobile friendly por conta do aumento do acesso via dispositivos móveis. A alteração fez com que muitos sites precisassem modificar suas plataformas, criando sites responsivos que oferecessem uma melhor experiência ao usuário. 


Apesar dessa transformações que altera a relevância na pesquisa de busca, apenas 40% do tráfego é feito por meio de dispositivos móveis e somente metade das lojas virtuais oferecem site responsivo, segundo a ABComm. Com a crise, os investimentos nesta plataforma foram freados.

Por conta desta mudança, houve uma corrida das lojas virtuais se adaptando ao mobile. Ao melhorar a experiência do consumidor, crescem as chances de aumentar conversão, mas ainda falta muito para o internauta migrar definitivamente para esta plataforma. 

“Até o fim do ano, a nossa expectativa é que 20% das compras sejam feitas pelos smartphones, o que mostra que há um gap entre os que acessam a loja pelo celular e os que efetivamente compram pelo aparelho. Acreditamos que isso seja por conta da baixa oferta das lojas”, comenta Salvador. 

Enquanto boa parte dos canais ainda não se preparou para oferecer sites com melhor navegabilidade nos dispositivos móveis, outros estão apostando na criação de aplicativos que facilitam a compra e ainda oferecem um ambiente mais seguro para a compra. 

“Os APPs serão usados pelas grandes redes, que são multicanais e com funcionalidades que integrarão o físico com o digital para promover uma experiência melhor para o consumidor dentro da loja ou com oferta de conteúdo. Mas a maioria das lojas virtuais atualmente não está tão preocupada em ter o próprio aplicativo”, pontua o presidente da ABComm.

Black Friday ajudou a impulsionar setor
Com compras feitas pelo aplicativo ou pelo site, a edição da Black Friday neste ano ajudou a impulsionar as vendas no varejo eletrônico. Nos cinco dias em que envolveram o período de promoções, foram movimentados R$ 3,02 bilhões em vendas, segundo levantamento da E-bit/Buscapé. O valor representa elevação de 44% em relação a 2014. 


Neste ano, foram realizados 5,8 milhões de pedidos no total, um volume 24% maior que o ano passado, com ticket médio de R$ 521, uma alta de 16%. O nível de satisfação dos e-consumidores em relação ao “preço do produto” também aumentou, se comparado a outubro. Os 73% de “satisfeitos e muito satisfeitos” subiram para 77%, nesses dias de ofertas especiais (período de quinta a segunda-feira).

Dentre essas compras, 30% seriam o adiantamento de aquisições do Natal, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que pelo primeiro ano fez este tipo de levantamento. “A Black Friday já se consolidou no Brasil e com essa análise percebemos que o brasileiro fica esperando essa data para antecipar as compras de fim de ano. Queremos repetir essa pesquisa nos próximos anos para sabermos o quanto a data pode impactar nas vendas de Natal”, comenta Maurício Salvador.

O bom desempenho do período promocional reforçou o que o mercado já estava percebendo: o consumidor está mais sensível a preço por conta da crise econômica. Para estimulá-los a gastar, os empreendedores tiveram que desenvolver uma estratégia diferenciada. “Alguns lojistas passaram a oferecer descontos no pagamento parcelado em até três vezes no cartão. 

Em algumas situações o mesmo abatimento oferecido no pagamento à vista, passou a ser incorporado nas compras fracionadas, pois apesar do boleto ter maior liquidez, já que o valor entra rapidamente no caixa do lojista, por outro lado ele tem uma taxa de abandono muito alta, o que não acontece nas compras pagas com cartão de crédito”, comenta Maurício Salvador, da ABComm. 

Andre Ricardo Dias, Diretor Executivo da E-bitInflação no comércio eletrônico
A estratégia de levar descontos até mesmo para as compras parceladas foi um dos caminhos para atrair os consumidores da Classe C, o mais impactado pela crise econômica. Com o poder de compra afetado, este público, que já representou a metade dos compradores do varejo online, acabou reduzindo a expectativa de crescimento do setor. 


Por conta desta retração, o e-Bit revisou para baixo a taxa de crescimento do e-commerce neste ano, que ficou em 15% (sete pontos percentuais abaixo do previsto pela Associação Brasileira de e-commerce e cinco da própria previsão divulgada no início do ano).

O dado oficial constará na próxima edição do WebShoppers, que será divulgado em janeiro e mostrará ainda a oscilação de preço nas lojas virtuais neste ano. “Os preços sempre tiveram uma tendência de ser muito mais baixos, ainda continuam se comparado ao varejo tradicional, mas percebemos que teve um aumento ao longo deste ano em comparação aos anos anteriores. 

O aumento de preço nunca foi tão alto na internet como o registrado nos últimos meses”, comenta Andre Ricardo Dias, Diretor Executivo da E-bit, em entrevista ao Mundo do Marketing.
As altas ajudaram a elevar o tíquete médio das compras neste ano. Segundo o levantamento da E-bit, os e-shoppers das classes A e B foram os principais responsáveis por movimentar as compras na internet em 2015. 

O brasileiro, neste momento de dificuldade econômica, tende a ir mais para o comércio eletrônico. “A participação do e-commerce no varejo como um todo no Brasil tem crescido bastante. No ano passado foi de cerca de 2,7% de representatividade e neste ano deve fechar no patamar de 3,2%. Isso quer dizer que o e-commerce tem levado um pouco das compras”, finaliza Dias.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Easy Taxi se une à colombiana Tappsi

"Com a fusão, as empresas esperam acelerar o crescimento do mercado de transporte na América Latina. Atualmente, apenas 15% das corridas são solicitadas por APP."


*.#=#.* Por Bianca Ribeiro | 15/12/2015


A Easy Taxi e a Tappsi divulgaram nesta terça-feira a fusão das duas startups na América Latina. 

Com a união, as empresas esperam acelerar o crescimento do mercado em uma região que ainda tem muito potencial para ser explorado. Atualmente, apenas 15% de todas as corridas de táxi são solicitadas por meio dos aplicativos de táxi.

Juntas, as empresas agora completam mais de oito milhões de corridas por mês e visam trabalhar juntas para continuar reformulando o setor, melhorando a experiência de transporte para taxistas e passageiros. 

No entanto, as empresas continuarão a operar independentemente com equipes e negócios separados. Com a base de usuários compartilhada, agora a fusão contará com mais de 25 milhões de downloads e meio milhão de taxistas.
Easy Taxi, Tappsi, APP