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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Souza Cruz: desafio de manter a lucratividade em um setor controlado


"Fabricante de cigarros aposta em ações de logística em parceria com outras marcas, mas principalmente no desenvolvimento de produtos premium, que passam a ter destaque no portfólio."



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 25/11/2014




As diversas proibições impostas à indústria de cigarros têm feito com que as fabricantes sejam cada vez mais criativas para não perderem receita e espaço para concorrentes. Com a impossibilidade de trabalhar a comunicação visual e a publicidade, a saída foi voltar-se ao investimento em inovação e diferenciação no produto, estratégia adotada pela Souza Cruz.

Embora a parceria com outras marcas na logística de distribuição de artigos também ajude na rentabilidade da operação, a companhia garante que seu foco continua no cigarro.
Além das restrições na comunicação, inclusive no ponto de venda, a empresa também sentiu os efeitos da nova legislação, que aumentou os impostos sobre o tabaco. 

A taxação de preço subiu 116% entre 2006 e 2013, levando alguns consumidores a procurarem opções mais baratas, como os maços contrabandeados do Paraguai. Segundo um estudo de tabagismo coordenado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, neste mesmo período, a venda de cigarro caiu 32% em 20 países, incluindo o Brasil. As versões mentoladas ou com redução de nicotina surgiram, então, como diferenciais.

A embalagem e o investimento em um portfólio premium passaram a ser pontos de atenção entre as táticas da detentora de marcas como Hollywood, Free e Carlton. Mesmo com as dificuldades, a empresa ainda vende consideravelmente. Apenas no primeiro trimestre de 2014, a Souza Cruz registrou lucro líquido de R$ 443 milhões, 7% a mais do que no mesmo período no ano anterior. 

“Nosso negócio é o cigarro e sempre será. Hoje, contamos com uma rede de logística parceira de outras empresas, mas isso não significa que nosso produto acabará”, defende Gustavo Machado, Gerente de Parceria da Souza Cruz, que palestrou no V Fórum de Trade e Varejo da Aba Rio, realizado na ESPM-Rio.

Atuação em logística
Desde 2002, a Souza Cruz atua como empresa de logística para algumas marcas parceiras, levando aos pequenos varejistas com os quais atua produtos como cartões para recarga de celular, isqueiros, barbeadores descartáveis e pilhas.


Atualmente, junto aos maços, a empresa distribui itens em parceria com a Procter & Gamble, além de latas de Redbull. Esta última foi vista como uma grande oportunidade, uma vez que o mercado de bebidas energéticas está em crescimento e há espaço para evoluir. Enquanto, na Áustria, o consumo é de 20 latas por habitante ao ano, no Brasil, o número é de apenas uma lata.

A atuação da empresa de cigarros com esse produto vem desde 2012 e, hoje, abrange 35% do varejo que comercializa Redbull no Brasil. “Antes não havia interesse das grandes empresas em estarem presentes em pequenos pontos de venda. Hoje, já garantimos a disponibilidade dos produtos nesses locais. 

A proposta funciona para todos os lados, incluindo nós mesmos, uma vez que, em nossos carros, há espaço para levarmos quantidades pequenas para esses lojistas. Houve uma desaceleração de pedidos de cigarros e completamos esse “buraco” com as parcerias”, conta Gustavo Machado.

Para os pequenos varejistas, contar com a entrega realizada por uma só equipe é um facilitador, até mesmo no momento de fazer os pedidos. “É bom quando a parceria entre as empresas funciona, porque a entrega é feita de forma mais rápida. As pilhas e lâminas de barbear têm um giro alto e possuem o mesmo custo que os maços. 

É interessante essa forma de trabalhar e bom para nós, lojistas”, conta Roger Vieira, dono de quatro bancas de jornais na Zona Sul do Rio de Janeiro, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A estratégia fez subir o número de consumo de energéticos no país de sete milhões, em 2013, para 10,5 milhões, neste ano. “O caminho adotado pela Souza Cruz foi inteligente. Ela tinha o conhecimento no pequeno varejo, que é onde atua muito bem, e levou essa expertise para outras marcas. 

Após a proibição de publicidade e patrocínio, soube pensar além, para não perder sua lucratividade. Talvez seja esse o caminho para continuar a lucrar”, analisa Letícia Casotti, Professora do Instituto Coppead da UFRJ e Especialista em Comportamento do Consumidor, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Consumidor mais preocupado
A desaceleração nas vendas sentida por todo o setor de tabaco também foi causada pelas mudanças no perfil do consumidor. A busca por um estilo de vida mais saudável vem se tornando uma tendência e o público cada vez mais cedo se atenta aos males que o cigarro traz. Entre 2006 e 2013, o número total de usuários caiu 28%, totalizando 11,3% da população brasileira que ainda fumam.


As leis e campanhas contra o consumo de tabaco têm influência na mudança do comportamento, mas há ainda outras formas de estimular a compra de maços. “O cinema continua mostrando cenas de personagens com cigarro, geralmente associados à rebeldia ou transgressão. A parcela mais jovem, ainda que mais informada, acaba seduzida mesmo sem querer. Esse ponto de contato com o produto não é publicidade, mas divulga o consumo em si”, conta Letícia Casotti.

Na busca por algo que alimente o vício, as classes sociais se dividem na maneira com que lidam com o item. Enquanto os mais pobres optam por marcas baratas, geralmente oriundas de contrabando, a classe média escolhe o produto que possui melhor custo e benefício.

Para manter esse cliente fiel, a Souza Cruz apostou na redução do preço do maço. “O grande empecilho do setor de cigarros não é a proibição da comunicação e, sim, a entrada de produtos ilegais. Tivemos que reformular os preços e portfólio para não nos tornarmos artigo de luxo. O contrabando representa cerca de 30% do total vendido no Brasil, índice que é muito alto”, conta o Gerente de Parceria da Souza Cruz.

Novos produtos
Para o público de alto poder aquisitivo, o cigarro tem que vir com algum valor agregado, que pode ser um sabor, um aroma ou mesmo a redução de nicotina. Os produtos premium nessa linha vêm se tornando um dos maiores diferenciais contra os ilegais, uma vez que os consumidores buscam algo que amenize os efeitos nocivos no ato de fumar. 


A diferença entre os preços de um para outro não chega a ser alta, o que tem despertado a curiosidade de novos usuários.
Quando lançou uma versão sem aditivos da Lucky Strike no Brasil, a Souza Cruz viu o produto crescer em market share, tornando-se um dos principais itens do portfólio da empresa em vendas. 

“Tivemos uma aceitação muito boa com essa marca e houve quem deixasse a concorrência. Os resultados não enganam e as vendas têm sido muito boas. Apostamos em novidades. O consumidor gosta de variedade”, conta Gustavo Machado.

A tendência por cigarros que desprendam da imagem de causador de doenças vem gerando uma corrida entre as fabricantes por estudos de novos produtos com mais benefícios e menor custo. “O mercado está pulverizado de marcas, vejo pessoas buscando tabaco puro para consumir em casa, porque não tem nicotina e é mais barato. 

Eles querem algo menos prejudicial. Quem fuma não vai deixar de fumar porque o preço aumentou”, analisa o empresário Roger Vieira.

Intenção de compra no varejo para o Natal é a menor nos últimos 8 anos


"Segundo pesquisa do PROVAR/FIA, 40,4% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável no último trimestre de 2014. Em relação ao ano passado, há uma queda de 6.4 p.p.."



*#:#* Por Publicidade, do Mundo do Marketing | 25/11/2014




O índice de consumidores que pretendem efetuar a compra de bens duráveis no último trimestre do ano (outubro a dezembro de 2014), o que inclui o Natal, é de 40,4%, segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração).

Este índice é o menor nos últimos 8 anos, comparando o mesmo período (out-dez). Em relação ao ano passado (2013), representa uma queda de 6.4 p.p. (ver tabela abaixo)
A amostra, composta por 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”).

Qual é o ânimo? – Intenção de compras no Varejo
Entre os itens que serão mais adquiridos pelos paulistanos neste período estão: “Vestuário e calçados”, com 22%, “Viagens e Turismo”, com 17,2%, e “Telefonia e celulares”, com 8%. (ver tabela abaixo)

Intenção de gastos no Varejo
Em termos das variações positivas esperadas de gastos relativamente ao 3º trimestre de 2014 registram-se: “Imóveis” (38,2%) e “Automóveis e Motos” (16,5%). As maiores variações negativas ficaram por conta de: “Eletroportáteis” (-53,2%), “Cama, Mesa e Banho” (-47,6%) e “Linha Branca” (-31,8%).

Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR/FIA, os resultados do levantamento reforçam a ideia da forte desaceleração do consumo em 2014. 

“Este cenário se apresenta desta forma devido a uma série de conjuntos: maior preocupação das famílias com a inadimplência, juros altos e inflação, mesmo com o recebimento do 13º salário”, afirma o especialista.

Intenção de compras na Internet
As intenções de compra na internet apresentam um leve avanço no período de outubro à dezembro de 2014, com aumento de 0.8 p.p., em comparação com o trimestre anterior, que era de 84,7%. 


Para o 4º trimestre, 85,5% dos entrevistados têm intenção de comprar produtos por esse canal. Entre os itens com maior intenção de compras no e-commerce estão: “Telefonia e celulares” (28,6%), “Informática” (26,6%) e, “Eletroeletrônicos” (25,3%). (ver tabela abaixo)
Conhecimento sobre o Varejo
A atualização constante nas questões relativas à gestão e à evolução do comércio varejista é essencial para o profissional que almeja definir soluções eficazes e queira administrar com eficiência processos e estratégias para uma empresa vinculada ao varejo. 


E a melhor forma de atualizar esse conhecimento, é realizando cursos de MBA ou pós-graduação, que te permitem discutir conceitos e métodos adotados por várias empresas do setor, além de realizar trocas de experiências profissionais.

O PROVAR/FIA, além de ser um instituto referência em pesquisas, consultorias e treinamentos para o setor varejista, oferece também cursos de MBA e Pós-Graduação para os que almejam se aprofundar no estudo sobre a administração do varejo e suas relações com todos os componentes da cadeia de produção e distribuição, e também, dos aspectos estratégicos da gestão de empresas desse setor. Saiba mais, clicando aqui. As inscrições para as turmas de 2015 estão abertas.

Airbnb desenvolve vídeo feito com miniaturas


"Campanha global da marca levou cinco semanas para ser gravada e não passou por edição. Cenário feito à mão contou com clientes reais, que foram transformados em pequenos bonecos."



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 25/11/2014


O Airbnb desenvolveu um vídeo feito com miniaturas para sua nova campanha global. O objetivo é retratar a experiência das pessoas quando viajam, levando ao espectador à sensação de percorrer em um trem que passa por diversos lugares. 

Para a criação do curta “Welcome to Airbnb”, a empresa utilizou um armazém e 30 pessoas para confeccionar todo o cenário. Foram cinco semanas construindo os detalhes do trem, das cidades e das pessoas – totalizando 85 metros quadrados de maquete. Os artesãos trabalharam manualmente durante mais de 2,4 mil horas, utilizando materiais como madeira compensada, folhas, tintas e cola.

Das 96 personagens que aparecem, incluindo dois cães, seis foram inspiradas em clientes reais do Airbnb. Não houve nenhum processo de edição, uma vez que a gravação foi feita em um único take, após 85 tentativas. 

Os movimentos, coordenados pelos próprios desenvolvedores, incluiu sete ambientes de iluminação e 18 mesas. A ação busca levar a um público mais amplo o conhecimento de como a companhia atua.

Assista abaixo ao resultado:

Veja também o making of: