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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Como o Uber sobrevive com prejuízo de US$ 1,2 bilhão e sem nunca ter dado lucro?

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O último informe trimestral da empresa de transporte compartilhado mostrou que sua renda havia subido muito, mas suas perdas e ações caíram até 7%.
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 Por BBC  

 Postado em 12 de novembro de 2019 às 21h30m  

GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
O Uber já está há dez anos no mercado e continua perdendo dinheiro — Foto: Andrew Kelly/Reuters 
O Uber já está há dez anos no mercado e continua perdendo dinheiro — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Os investidores do Uber têm esperado pacientemente um retorno de investimento. A julgar pelo último informe trimestral, contudo, terão de esperar um pouco mais.

O aplicativo de transporte compartilhado que expandiu para o delivery de comida já está há 10 anos em um crescente mercado global e segue perdendo dinheiro.

Embora sua clientela tenha crescido e sua renda melhorado, o balanço segue sendo negativo.

As últimas cifras destacam que a receita da empresa subiu quase 30%, chegando a US$ 3,8 bilhões. Mas o prejuízo líquido ainda está em quase US$ 1,2 bilhão.

O Uber permite que passageiros e motoristas se deem notas. Que nota a empresa receberia hoje? 

Fim dos subsídios?
É preciso levar em conta que a atividade principal do Uber é providenciar um software que elimina intermediários.

Essa tecnologia reduz muito os custos — comparando com os serviços tradicionais de táxis, por exemplo —, mas não é o suficiente.

"À medida que passa o tempo, essa tecnologia ficou à disposição de quase todos, incluindo as empresas de táxi, e isso minimiza a vantagem do Uber", diz à BBC Adam Leshinsky, autor de Wild Ride: Inside Uber's Quest for World Domination (Corrida Selvagem: Por Dentro da Busca do Uber pela Dominação Mundial, em tradução livre).

"O que o Uber tem é um tamanho gigante e facilidade de uso", afirma.
A empresa cresceu se tornando competitiva nos mercados onde opera porque subsidia as viagens. Leshinsky acredita, no entanto, que isso deve acabar.

"A principal maneira que Uber e seus competidores, como o Lyft, poderiam fazer dinheiro é se sua competição brutal de preços acabasse. Atualmente, subsidiam suas viagens em muitos mercados ao redor do mundo, e o fizeram durante muitos anos. Se seus preços subirem, terão melhores perspectivas de lucro", considera o autor.

Ao mesmo tempo, no entanto, se os preços subissem, o Uber não gozaria de uma base de clientes tão grande, porque esse é seu forte. Mas Leshinsky considera que o Uber terá muita dificuldade para conseguir benefícios no futuro.

"Se chegarem a registrar lucro, isso virá em troca de crescimento. Já estão tratando de cortar gastos. Quanto mais cortarem os gastos, mais difícil será desenvolver o negócio."

Problemas laborais e de concorrência
Por outro lado, a empresa já foi criticada por seu pagamento aos motoristas e o seu tratamento aos funcionários — e se são de fato funcionários da empresa ou não.

Isso implicou uma luta constante com reguladores e legisladores. Na Califórnia, um dos principais mercados do Uber, uma lei que exige que a empresa trate motoristas como funcionários foi aprovada.

O Uber está lutando para conseguir uma isenção. "Se não conseguirem e tiverem de pagar seus motoristas como funcionários ou restringir as horas que trabalham, será outra razão pela qual terão dificuldades de fazer dinheiro", observa Leshinsky.
O outro desafio da empresa, naturalmente, é a concorrência.

"Sempre haverá alguém que chegue oferecendo algo mais atraente, tanto aos motoristas como aos consumidores, o que reduzirá sua fatia no mercado", afirma à BBC Peter Morici, professor de economia da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
"Minha opinião é que será um espaço onde por muito tempo será muito difícil de fazer dinheiro."
Nos Estados Unidos, há alternativas como Lyft, e na Europa, Via, que se baseia em vários passageiros compartilhando um mesmo veículo.
"Ao contrário do Uber, não exploraram outras áreas como a de veículos automatizados, nem tentaram entrar na América Latina", assinala Morici.

Uma considerável fonte de problemas para o Uber têm sido suas quatro divisões que também estão perdendo dinheiro.

Por exemplo, o Uber Eats — serviço de delivery de refeições — é a segunda divisão mais importante da empresa, representando 17% da renda. Ela registrou um crescimento de 64%, mas mesmo assim suas perdas foram 67% mais altas que o ano passado.

O modelo Amazon
Para uma empresa de tecnologia que teve tantos problemas, a promessa do diretor executivo do Uber, Dara Khosrowshahi, de que a empresa reportaria ganhos para 2021 pode gerar dúvidas.
O diretor executivo do Uber, Dara Khosrowshahi, prometeu que a empresa geraria lucro em 2021 — Foto: Andrew Kelly/Reuters 
O diretor executivo do Uber, Dara Khosrowshahi, prometeu que a empresa geraria lucro em 2021 — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Mas outras empresas no passado investiram grandes quantidades de dinheiro com o objetivo de conseguir uma competitividade futura.

Um dos exemplos óbvios é a Amazon, que levou muito tempo para registrar lucros, embora suas perdas se devessem ao que a empresa investia em construção de infraestrutura, como armazéns.
No caso do Uber, os especialistas se perguntam se os subsídios e investimentos estão de fato contribuindo para criar uma crescente clientela leal e um sistema mais forte, necessários para garantir ganhos.
O professor Peter Morici e Adam Leshinsky concordam que mais empresas entrarão nesse mercado de transporte compartilhado.
Leshinsky, no entanto, vaticina que todas se fundirão em um só produto.

"Não sei quando nem como será, mas tenho bastante certeza de que o futuro será assim, e vamos rir desse período intenso e desordenado em que nos encontramos."

Google anuncia caixa de som inteligente Nest Mini no Brasil

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Dispositivo é o segundo hardware do Google lançado no país e acirra mercado de dispositivos conectados. 
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 Por Thiago Lavado, G1  

 Postado em 12 de novembro de 2019 às 16h00m  
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Nest Mini, alto-falante residencial do Google, chega ao Brasil. — Foto: Thiago Lavado/G1 
Nest Mini, alto-falante residencial do Google, chega ao Brasil. — Foto: Thiago Lavado/G1

O Google anunciou nesta segunda-feira (11) a chegada oficial do Nest Mini, dispositivo com assistente de voz que permite automatizar residências. É o segundo hardware que o Google lança no país, depois do Chrome Cast, aparelho que serve para trazer funções inteligentes para TVs.
O Nest Mini começa a ser vendido nesta terça-feira (12) por R$ 349, em varejistas parceiros do Google.
O alto-falante conta com a inteligência do Google Assistente, que permite conectar o aparelho a lâmpadas inteligentes, tomadas, Smart TVs. Também é possível configurar rotinas diárias e interagir com serviços digitais — tocar músicas e podcasts no Spotify, por exemplo.

Nas especificidades técnicas, o Nest Mini chega em duas cores — "carvão" e "giz". O tecido que cobre o dispositivo é feito de garrafas plásticas recicladas, e ele conta com um suporte de parede, não tendo a necessidade de ficar sobre uma superfície. Além disso, é possível controlar o aparelho com ativações manuais, indicadas por LEDs que ficam na parte superior.

Inteligência já é conhecida
O Assistente já está disponível em celulares com sistema operacional Android e também para download, como aplicativo, no iOS. A fabricante JBL já havia anunciado uma caixa de som com o Assistente integrado, e algumas fabricantes de smartphones contam com um botão exclusivo para ativação da inteligência artificial.

Em fevereiro, o Google havia anunciado uma série de expansões do Assistente, com novas funcionalidades em diversos idiomas. O intuito era atingir o que a empresa chama de "próximo 1 bilhão de usuários", inclusive em países como o Brasil. Para isso, foi anunciada integração maior do Assistente com serviços de mensagens e Maps.

Segundo Larissa Rinaldi, especialista em linguística de português no Google, o tempo para o Assistente entender e processar um comando é de 0,47 segundo. Ela é uma das especialistas responsáveis por fazer o assistente "falar português", unindo a língua e o idioma à computação.

"O Assistente está onde o usuário está. Quando é usado no smartphone a operação utiliza o máximo de processamento local possível, para que possa ser utilizado com qualidade, independente da conexão", disse. O Nest Mini lançado hoje conta também com um chip para processamento local de informações. Segundo Rinaldi, o software está sendo adaptado para fazer isso também em português.
Nest Mini é o segundo hardware que o Google traz para o Brasil, depois do Chrome Cast. — Foto: Thiago Lavado/G1
Nest Mini é o segundo hardware que o Google traz para o Brasil, depois do Chrome Cast. — Foto: Thiago Lavado/G1

O Nest Mini havia sido lançado globalmente no evento "Made by Google", realizado em Nova York em outubro. Na ocasião, o Google já havia confirmado que o aparelho viria para o Brasil, mas não havia definição de preço ou data até agora.

Mercado em crescimento
De acordo com o Google, dados da provedora de informações IHS Markit apontam para um crescimento do mercado de caixas de som inteligentes. Atualmente, este mercado vale US$ 7,9 bilhões e deve crescer mais de 4 vezes até 2023, quando será estimado em US$ 31,7 bilhões.

Por aqui, os assistentes de voz estavam presentes principalmente nos smartphones até este ano. Em outubro, a Amazon foi a primeira gigante de tecnologia a trazer seus próprios hardwares para o Brasil, quando anunciou três dispositivos Echo, que contam com a assistente Alexa.

O Google apresentou números que apontam que haverá 327 milhões de domicílios com ao menos um aparelho conectado até 2021. Com o anúncio de hoje, o mercado brasileiro de dispositivos inteligentes se acirra.

Segundo Vinicius Dib, diretor de parcerias de devices do Google, o Nest Mini é um produto que faz mais sentido para o usuário do Brasil e por isso foi o escolhido para vir para cá. "Existe também um crescimento dos parceiros que estão chegando com soluções conectadas", disse.