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domingo, 1 de janeiro de 2017

Internet mais rápida: os possíveis avanços para 2017


André Luiz de Mello Pereira
por
Para o TechTudo

28/12/2016 07h20 - Atualizado em 28/12/2016 07h20
Postado em 01 de janeiro de 2017 às 16h50m
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
A conexão em banda larga da Internet parece ter estacionado devido a limitações de tecnologia viável no momento. Só que 2016 começou a mostrar que o futuro é mais veloz do que esperávamos, com algumas novidades que prometem deixar a conexão mais rápida. 

Desde novos usos para cabos já instalados até mesmo a testes com velocidades que ultrapassam 1 TB/s, é hora de conhecer melhor essas tecnologias que podem começar a funcionar em 2017.

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É válido comentar que essas tecnologias ainda estão em estágios de testes, sem uma aplicação real em grande escala pelo mundo, tampouco no Brasil. O que vale é pensar no que exatamente cientistas têm em mente e como isso pode alterar a maneira como acessamos a Internet no futuro.

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Conexão via cabo sempre será mais estável do que WiFi (Foto: Reprodução/Creative Commons) (Foto: Conexão via cabo sempre será mais estável do que WiFi (Foto: Reprodução/Creative Commons))
Conexão via cabo sempre será mais estável do que WiFi 
(Foto: Reprodução/Creative Commons)

Internet de mais de 1 TB/s de velocidade
No início de 2016, cientistas da University College London publicaram um estudo em que revelavam ter desenvolvido um novo equipamento de fibra ótica que permitia o envio e recebimento de dados em uma velocidade de até 1,125 terabits por segundo.

Essa descoberta foi possível usando cabos de fibra ótica, enviando quinze pulsos de luz em diferentes frequências. Com uma combinação desses pulsos, cientistas conseguiram enviar informações em uma velocidade muito maior do que a normal, desde que a ponta que recebe os dados conte com um aparelho especial para processá-los corretamente.
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Apesar de parecer algo distante de ser alcançado, a técnica já é utilizada para dividir sinais de transmissão de dados sem fio, mas que nunca havia sido testada para conexões fixas de Internet. Para se ter uma noção, cabos de fibra ótica de mais alta qualidade utilizados por empresas de internet alcançam velocidades de até 100 GB/s.

Apesar de a velocidade ter sido alcançada em testes fechados em laboratórios, os cientistas da UCL acreditam que a aplicação da tecnologia pelo mundo pode aumentar a capacidade da velocidade da Internet oferecida em até 10 vezes. 

Os testes continuam, com experiências pela Inglaterra e a malha de cabos de fibra ótica espalhados pelo país, verificando as velocidades que podem ser alcançadas com tecnologia, algo que pode começar a mostrar resultados reais em 2017.

Facebook usando lasers para aumentar velocidade de conexão sem fio
O Facebook conta com um grupo de pesquisadores na sua divisão Connectivity Lab, focados em criar meios de expandir sinais de Internet para áreas ainda desprovidas de conexões cabeadas ou sem fio. Em 2016, os cientistas dessa divisão desenvolveram um novo aparelho que pode introduzir raios laser para comunicações wireless.

Normalmente, lasers são utilizados em redes de cabos de fibra ótica, com feixes de luz viajando em grandes velocidades, enquanto conexões wireless utilizando ondas de rádio. Caso utilizasse esses lasers para conexões sem fio, seria possível enviar dados em uma velocidade superior a atual.
Aparelho utilizado para captar os feixes de luz de conexão wireless (Foto: Reprodução/Facebook Connectivity Lab)
Aparelho utilizado para captar os feixes de luz de conexão 
wireless (Foto: Reprodução/Facebook Connectivity Lab)

Pensando nisso, foi desenvolvida uma tecnologia que permite a captura e transmissão de dados que consegue capturar melhor feixes de luz, que anteriormente tinham dificuldades de serem captados após alguma distância.

Isso possibilitou a transmissão de dados em uma taxa de 2 Gbps, permitindo planejar a chegada de Internet a locais mais afastados, como zonas rurais. Com o desenvolvimento da tecnologia, será possível cidades mais afastadas de capitais possam usufruir de conexões com velocidades superiores.

Velocidades de fibra ótica em cabos comuns de telefone
É de conhecimento geral que, graças a tecnologia disponível hoje em dia, conexões de fibra ótica são superiores em estabilidade e velocidade do que cabeamento comum de telefone. Isso pode mudar em breve, graças a tecnologia G.Fast, um padrão de DSL que chega a velocidades de até 500 MB/s, que foi aprimorada e poderá entregar velocidades maiores, sem a necessidade de cabos de fibra ótica.

Anunciada pela Sckipio, a versão melhorada da conexão G.Fast pode ser ativada e entregar velocidades de até 750 MB/s através do cabo do telefone, mas esse número pode ser duplicado em 2017, entregando uma conexão de 1.5 GB/s. O único porém é que a taxa de upload dessas conexões, ao contrário de fibra ótica, que consegue igualar upload e download, é consideravelmente menor.

Testes dessa nova tecnologia já estão sendo realizados nos Estados Unidos, com a esperança de se popularizar em 2017. A grande vantagem da tecnologia G.Fast é o seu custo, já que seria muito mais barato aplicar essa tecnologia em grandes cidades, em vez de realizar novas instalações de fibra ótica, assim como sua baixa taxa de perda de conexão entre gabinete e modem.

Em conexões comuns de DSL, é possível perder até 90% de velocidade até a Internet chegar ao seu modem, enquanto com G.Fast, essa taxa cai para até 10%.

Novo padrão entregando Internet a cabo com 10 GB/s
Outra versão de conexões por cabo também vem sendo testada e deve apresentar uma evolução que pode afetar diretamente a maneira como acessamos internet por cabo por aqui nos próximos anos.

Docsis, sigla para Data Over Cable Service Interface Specification, é um padrão de comunicação via cabo presente no mercado desde 1997, e que é oferecido no Brasil, por exemplo, pela empresa Net. Aqui, a tecnologia usada já é a Docsis 3.0, proporcionando velocidades de até 152 MB/s de download e 10 MB/s de upload. 

A novidade é que a empresa CableLabs, empresa responsável por esse padrão de conexão, revelou que testes feitos em laboratório com a sua nova versão, Full Duplex Docsis 3.1, permitirá velocidades de até 10 GB/s, tanto de download quanto de upload.
Cabo Ethernet corretamente enrolado (Foto: Raquel Freire/TechTudo)
Cabo Ethernet tradicional (Foto: Raquel Freire/TechTudo)

Os testes vem sendo feitos em 2016, com a esperança de serem aplicados até a segunda metade de 2017 em alguns países da Europa, como Inglaterra. Enquanto isso, a opção de muitas empresas ainda é a da aplicação da tecnologia G.Fast e ,aos poucos, migrar para o Docsis 3.1. 

Para o Brasil, tendo em mente o quão nova é a tecnologia, é possível começar a pensar na aplicação dela em 2018 ou 2019.

Via Nature, Optica, CNNArsTechnica

Processadores, SSDs e teclados: dez tendências tecnológicas para 2017


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

01/01/2017 06h00 - Atualizado em 01/01/2017 09h35
Potado em 01 de janeiro de 2017 às 14h30m
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Já é possível antecipar uma série de tendências para 2017, ano que acaba de começar. Novas tecnologias, fortalecimento de alguns produtos e chegada de outros estão no radar. 

O ano que pode marcar o início da popularização da realidade virtual nos computadores, a chegada de novos tipos de memória RAM e até mesmo de uma nova tentativa de criar notebooks com processadores ARM, capazes de rodar o Windows 10. Leia abaixo e conheça 10 apostas quentes para os próximos 12 meses.

Internet mais rápida: os possíveis avanços para 2017
AMD vs Intel
Desde o lançamento dos processadores Core 2 Duo da Intel, a AMD tem se colocado numa posição bem inferior no mercado no que tange desempenho. A diferença é grande a tal ponto que mesmo o preço mais em conta dos seus produtos não compensa, na grande maioria dos casos, a diferença para a rival.
Ryzen é a grande aposta para recolocar a AMD em posição de competir com a Intel (Foto: Divulgação/AMD)
Ryzen é a grande aposta para recolocar a AMD em posição 
de competir com a Intel (Foto: Divulgação/AMD)

Mas tudo parece mudar e colocar a AMD, se não em pé de igualdade, ao menos num patamar muito mais competitivo com a Intel em 2017. A boa notícia já tem nome: Ryzen, novo processador da marca que se mostra robusto e rápido. A mesma doutrina que é responsável pelo design do Ryzen será encontrada nos demais processadores da marca a serem lançados em 2017, apontando para um renascimento da AMD nesse mercado.

Realidade virtual barata
Um projeto ousado da Microsoft e fabricantes de PC, como Dell, Lenovo e HP, visa promover a chegada de headsets de realidade virtual muito mais acessíveis e fáceis de usar do que os Oculus Rift e HTC Vive, hoje disponíveis no mercado. Com especificações técnicas um pouco mais modestas, esses equipamentos terão preços fixados em US$ 299 no mercado norte-americano (cerca de R$ 980 em conversão direta).
Apoiadas pela Mirosoft, fabricantes de PCs devem lançar novos óculos de realidade virtual, muito mais baratos que os Vive e Rift (Foto: Divulgação/Microsoft)
Apoiadas pela Mirosoft, fabricantes de PCs devem lançar 
novos óculos de realidade virtual, muito mais baratos que 
os Vive e Rift (Foto: Divulgação/Microsoft)

Essa novidade deve acirrar a disputa num mercado bem restrito no momento. Em termos de qualidade, a aposta é que os novos dispositivos para PCs exijam computadores bem mais simples e apresentem qualidade similar àquela que você encontraria nas melhores alternativas para celulares, como Gear VR da Samsung.
E realidade aumentada roubando a cena
Dispositivos de realidade aumentada, como o HoloLens, devem aparecer ao longo de 2017 (Foto: Divulgação/Microsoft)
Dispositivos de realidade aumentada, como o HoloLens, 
devem aparecer ao longo de 2017 (Foto: Divulgação/Microsoft)

Mas há quem acredite que a realidade virtual ainda está longe de deslanchar em virtude de uma série de limitações técnicas relacionadas com processamento gráfico, qualidade de telas e de outros aspectos inerentes à realidade virtual.

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Para esse grupo, que conta com gente relevante como Tim Cook, que acredita que a realidade aumentada é e será mais relevante que a virtual, já há tecnologia para que as experiências oferecidas por headsets desse tipo sejam mais completas e interessantes que as da realidade virtual.
HDR vai chegar aos monitores e laptops
HDR deve deixar de ser uma exclusividade das TVs (Foto: Marlon Camara/TechTudo)
HDR deve deixar de ser uma exclusividade das TVs 
(Foto: Marlon Camara/TechTudo)

HDR é uma tecnologia que, de forma simples, intensifica contraste e dá mais vida às imagens, com cores mais fortes e vibrantes. Embora seja um dos novos padrões tecnológicos mais requisitados do momento, essa sigla só tem sido encontrada em televisores 4K.

Mas 2017 deve trazer o HDR para monitores convencionais e telas de menores dimensões, como as encontradas em alguns laptops com perfil mais para top de linha. Embora a chegada do HDR nesses produtos possa ser vista como inevitável, questões como preço e disponibilidade da tecnologia numa larga base de opções ainda são questões para se ver de perto no novo ano.
Novas tecnologias de RAM e armazenamento
Com algum atraso, 3D XPoint deve finalmente se tornar realidade em 2017 (Foto: Divulgação/Intel)
Com algum atraso, 3D XPoint deve finalmente se tornar 
realidade em 2017 (Foto: Divulgação/Intel)

Entre as apostas e novidades mais aguardadas para 2017 está a chegada de memórias e SSDs 3D Xpoint, tecnologia desenvolvida por Intel e Micron, que visa criar um novo tipo unificado de design, capaz de ser usado na criação de módulos de memória RAM muito mais rápidos e de SSDs com velocidades maiores, maior espaço para dados e vida útil.

Outra novidade aguardada, em especial vinculada com as futuras placas de vídeo Vega da AMD, é o uso comercial das memórias HBM2, tipo de RAM criada para placas gráficas. Esse tipo de memória tende a ser mais rápido, mais barato e eficiente nesse tipo de hardware e, pelo que se sabe, já está disponível para quem desejar usar em seus produtos.
Bluetooth 5 será a norma
Bluetooth 5 deverá ser norma em novos produtos (Foto: Luciana Maline/TechTudo)
Bluetooth 5 deverá ser norma em novos produtos 
(Foto: Luciana Maline/TechTudo)

O novo padrão de comunicação sem fio será norma porque apresenta vantagens muito grandes sobre o modelo atual, o 4.2. Entre as vantagens, o Bluetooth 5 tem alcance máximo de 400 metros (desde que o sinal não sofra nenhuma obstrução), atingindo velocidades de até 2 Mbps (megabits por segundo) de transmissão, dobro do Bluetooth 4.2.

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ARM em laptops com Windows
Novos processadores Snapdragon 835 da Qualcomm poderão rodar Windows 10, abrindo espaço para PCs equipados com essa CPU (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Novos processadores Snapdragon 835 da Qualcomm poderão 
rodar Windows 10, abrindo espaço para PCs equipados com 
essa CPU (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)

A Microsoft anunciou que, a partir de 2017, o Windows 10 vai suportar dispositivos equipados com processadores Snapdragon 835 da Qualcomm, que usam o design ARM, normalmente encontrado em tablets e celulares. Mais do que uma tentativa de fazer o Windows sobreviver nos smartphones, a iniciativa abre espaço para que fabricantes criem notebooks equipados com esse tipo de chip.

Mas há vantagens no uso do ARM em notebooks? Em geral, isso depende do pacote técnico como um todo, mas o uso desses processadores pode representar ganhos em autonomia de bateria bastante relevantes.
Nvidia e AMD
AMD vai de Vega em 2017 para se equiparar à Nvidia no mercado para entusiastas (Foto: Divulgação/AMD)
AMD vai de Vega em 2017 para se equiparar à Nvidia 
no mercado para entusiastas (Foto: Divulgação/AMD)

Em relação ao mercado de placas de vídeo, 2017 tem tudo para ser um ano mais quente do que 2016. Enquanto a NVIDIA e AMD trilharam caminhos diferentes, com a primeira mantendo o embalo e lançando suas placas Geforce top de linha normalmente, a AMD trouxe um redesenho radical de seus produtos, promovendo custo-benefício com bons níveis de performance nas placas Polaris.

Em 2017 a coisa deve ser diferente porque a AMD vai tentar perturbar o equilíbrio da Nvidia com novas placas de vídeo de alto desempenho, sob a arquitetura Vega. Essas novas GPUs serão as alternativas de performance da marca e, na mesma medida que os processadores Ryzen, são aguardadas com bastante expectativa pelos consumidores. As atuais Polaris ficaram com o mercado intermediário e de entrada.
Na onda da Apple, teclados podem mudar
Touch Bar no MacBook Pro pode encorajar fabricantes de notebooks a mexer no design de seus teclados (Foto: Divulgação/Apple)
Touch Bar no MacBook Pro pode encorajar fabricantes 
de notebooks a mexer no design de seus teclados 
(Foto: Divulgação/Apple)

A Apple causou impacto quando lançou o MacBook Pro sem as tradicionais teclas de funções no teclado, substituídas por uma faixa OLED sensível ao toque. Embora as críticas existam em torno da inovação, que para muitos não tem lá muita utilidade no momento, acredita-se que a intervenção vá ser seguida pelos fabricantes de notebooks.

Isso pode significar que essas teclas estejam com os dias contados e até que outros elementos dos nossos teclados sejam revistos em lançamentos de 2017. Vale lembrar que, além do MacBook Pro, o Lenovo Yoga Book conta com um teclado completamente touch, sem teclas físicas, e que a companhia chinesa pretende expandir para outros produtos.
Fim da linha para o conector de fone de ouvido?
iPhone 7 e 7S chegaram sem entrada para fones de ouvido; rivais podem copiar a Apple em novos produtos (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
iPhone 7 e 7S chegaram sem entrada para fones de ouvido; 
rivais podem copiar a Apple em novos produtos (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)

Falando em Apple, outra novidade polêmica da marca em 2017 foi a ausência da conector para fones de ouvido nos iPhone 7 e 7S. A decisão provocou muito mais impacto que a aposentadoria das teclas de função nos MacBooks Pro e está longe de ser uma unanimidade: para muitos, a ideia de fones de ouvido sem fio é bem questionável em virtude dos riscos de perdas e das irritações relacionadas com baterias (além disso, para uso com cabo, o iPhone não pode ser conectado à energia ou computador ao mesmo tempo, a não ser que o consumidor use um adaptador).

Entretanto, não será surpresa se outras marcas decidirem seguir o exemplo. Um dos rumores mais recentes sobre o Galaxy S8, por exemplo, garante que o celular da Samsung também aposentará a entrada de fone de ouvido