"Pesquisa do PROVAR/ FIA mostra que 49,6% dos paulistanos podem adquirir um bem durável nos próximos meses de 2015. No fim de 2014, o total era de 40,4% com a mesma opinião."
O índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis no período de janeiro a março de 2015 é de 49,6%, segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados.
Este indicador é 9,2p.p maior do que o registrado no quarto trimestre de 2014, em que se verificou 40,4%.
Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mais adequada às atividades sazonais do varejo, o índice se repete.
A amostra, composta por 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.
O valor médio da expectativa de gasto com bens duráveis destes consumidores também aumentou em relação ao último trimestre de 2014, passando de R$ 1.968,00 no período de outubro a dezembro, para R$ 2.507,00 nos três primeiros meses deste ano. Já em relação ao primeiro trimestre de 2014, o valor é praticamente o mesmo, pois no início do ano passado a intenção de gasto era de R$ 2.584,00.
Entre os itens que serão mais adquiridos pelos paulistanos neste início de ano, “Vestiário e calçados” desponta como o principal, com 16,2%, seguido de “Viagens e Turismo”, que soma 12,4%, e “Material de construção”, com 8,8%.
Apesar destes serem os itens mais planejados para aquisição neste começo de ano, verificou-se uma queda de intenção de compras em quase toda a lista de bens duráveis em relação ao mesmo período de 2014, sendo que apenas “Material de Construção” e “Eletroportáteis” apresentaram leve alta.
Na checagem de intenção de gastos das famílias com estes itens, os consumidores informaram que acreditam pagar mais pelos itens de “Cine e foto” e “Imóveis”, se comparado com o mesmo período de 2014.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR/FIA, apesar da leve melhora na intenção de compra o cenário é alarmante. “Podemos dizer que este resultado que repete o mesmo patamar do início de 2014 sinaliza a cautela que o consumidor ainda terá durante todo ano de 2015. Tivemos um final de ano muito ruim e esta alta se deve mais as promoções de início de ano, do que realmente a um movimento de retomada das vendas”, argumenta o especialista.
Outros assuntos avaliados no estudo
O comprometimento de renda das famílias ainda é alto, sobrando somente 9,2% para novos gastos. O Crediário passou a ocupar mais espaço na renda das famílias que os gastos com Educação e Alimentação. Atualmente, os consumidores apresentaram um comprometimento de 24,1% de sua renda com despesas de crediário, ante 20,1% com Educação e 18,6% com Alimentação.
“Com este elevado comprometimento da renda associado a inflação deve gerar nos próximos meses uma inadimplência ainda muito elevada, sendo 1% maior em março de 2015 em relação ao dado registrado em novembro de 2014”, comenta Felisoni.
Com base na série histórica, também consta no estudo que, apesar da intenção de compras ser maior que a do trimestre passado, o crescimento das vendas dos primeiros três meses de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014 deve recuar em 2,4%.
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Este indicador é 9,2p.p maior do que o registrado no quarto trimestre de 2014, em que se verificou 40,4%.
Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mais adequada às atividades sazonais do varejo, o índice se repete.
A amostra, composta por 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (“Eletroeletrônicos”, “Informática”, “Cama, mesa e banho”, “Cine e Foto, Móveis”, “Telefonia e Celulares”, “Material de Construção”, “Linha branca”, “Vestuário e Calçados”, “Automóveis e Motos”, “Imóveis”, “Eletroportáteis” e “Viagens e Turismo”), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.
Intenção de Compra
Entre os itens que serão mais adquiridos pelos paulistanos neste início de ano, “Vestiário e calçados” desponta como o principal, com 16,2%, seguido de “Viagens e Turismo”, que soma 12,4%, e “Material de construção”, com 8,8%.
Apesar destes serem os itens mais planejados para aquisição neste começo de ano, verificou-se uma queda de intenção de compras em quase toda a lista de bens duráveis em relação ao mesmo período de 2014, sendo que apenas “Material de Construção” e “Eletroportáteis” apresentaram leve alta.
Intenção de compra (%) e variação (%) no varejo
Intenção de gasto (%) e variação (%) no varejo
Outros assuntos avaliados no estudo
O comprometimento de renda das famílias ainda é alto, sobrando somente 9,2% para novos gastos. O Crediário passou a ocupar mais espaço na renda das famílias que os gastos com Educação e Alimentação. Atualmente, os consumidores apresentaram um comprometimento de 24,1% de sua renda com despesas de crediário, ante 20,1% com Educação e 18,6% com Alimentação.
“Com este elevado comprometimento da renda associado a inflação deve gerar nos próximos meses uma inadimplência ainda muito elevada, sendo 1% maior em março de 2015 em relação ao dado registrado em novembro de 2014”, comenta Felisoni.
Com base na série histórica, também consta no estudo que, apesar da intenção de compras ser maior que a do trimestre passado, o crescimento das vendas dos primeiros três meses de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014 deve recuar em 2,4%.