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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Suprema Corte dos EUA analisa responsabilidade de redes sociais sobre conteúdos criminosos de seus usuários

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Seção 230, que faz da Lei de Decência nas Comunicações, blinda plataformas digitais de serem responsabilizadas por postagens. Contudo, judiciário americano pode limitar ou derrubar proteção.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 22 de fevereiro de 2023 às 19h10m

Post. N. - 4.563

Visão geral da fachada da Suprema Corte dos EUA — Foto: Evelyn Hockstein/REUTERS
Visão geral da fachada da Suprema Corte dos EUA — Foto: Evelyn Hockstein/REUTERS

A Suprema Corte dos Estados Unidos promove nesta quarta-feira (22) o segundo dia de audiências sobre casos em que as empresas de tecnologia são responsabilizadas por conteúdo publicado por usuários de suas plataformas.

As ocorrências analisas nesses dois dias envolvem o Twitter e o Google.

O processo analisado nesta quarta envolve o Twitter e foi aberto por parentes norte-americanos de Nawras Alassaf, um jordaniano morto em um massacre em uma boate em Istambul, em 1º de janeiro de 2017.

Familiares de Alassaf acusaram o Twitter de ajudar e incitar o grupo Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, que matou ele e outras 38 pessoas, ao não policiar o conteúdo publicado na plataforma.

No caso do Twitter, o Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos Estados Unidos, com sede em São Francisco, não considerou se a Seção 230 pode barrar o processo da família.

Essa Seção, que faz parte da Lei de Decência nas Comunicações, protege as empresas de internet de uma ampla gama de ações judiciais.

O Google e o Facebook também são réus, mas não aderiram formalmente ao recurso do Twitter.

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, está apoiando o Twitter no caso, dizendo que a Lei Antiterrorista impõe responsabilidade por auxiliar um ato terrorista e não por "fornecimento de ajuda geral a uma organização terrorista estrangeira" sem nexo causal com o ato em questão.

O Twitter disse em documentos judiciais que encerrou mais de 1,7 milhão de contas por violação de regras contra "ameaças ou promoção de terrorismo".

Caso envolvendo o Google

O outro caso envolve um processo da família de uma norte-americana chamada Nohemi Gonzalez, que foi morta a tiros em um tumulto em 2015 em Paris, um ataque também reivindicado pelo Estado Islâmico.

A ação responsabiliza o Google por recomendar a certos usuários do YouTube o conteúdo do grupo.

Ontem, os juízes ouviram argumentos em um recurso decorrente de um processo separado contra o YouTube aberto pela família de uma norte-americana morta em um ataque de militantes islâmicos em Paris.

Ambos os processos foram movidos sob uma lei que permite aos norte-americanos recuperarem danos relacionados a "um ato de terrorismo internacional".

Os nove juízes do caso pareceram indecisos sobre a possibilidade de restringir uma forma de imunidade legal prevista na Seção 230.

As decisões em ambos os casos devem sair até o final de junho.

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