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sábado, 31 de julho de 2021

O lado sombrio dos aplicativos de relacionamento

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As plataformas de relacionamento online apresentam muitas vantagens — mas têm um lado preocupante que pode deixar alguns usuários, sobretudo mulheres, abalados.
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TOPO
Por BBC

Postado em 31 de julho de 2021 às 17h45m

  *.- Post.N. -\- 4.091 -.* 

Os aplicativos de relacionamento eram populares antes da pandemia de covid-19, mas o isolamento forçado provocou um verdadeiro 'boom' — Foto: Getty Images via BBC
Os aplicativos de relacionamento eram populares antes da pandemia de covid-19, mas o isolamento forçado provocou um verdadeiro 'boom' — Foto: Getty Images via BBC

Os aplicativos de relacionamento eram populares antes da pandemia de covid-19, mas o isolamento forçado provocou um verdadeiro "boom".

O Tinder, aplicativo de relacionamento mais baixado do mundo, alcançou a marca de 3 bilhões de swipes (quando o usuário desliza a foto de um pretendente para a esquerda ou para a direita no intuito de curtir ou não) em um único dia, em março de 2020 — e bateu esse recorde mais de 100 vezes desde então.

Embora esses aplicativos tenham ajudado muitas pessoas a se conectar durante anos, alguns usuários alertam sobre o ambiente que criaram.

Isso vale especialmente para as mulheres, que sofrem uma quantidade desproporcional de assédio e abuso nas plataformas, na maioria das vezes por parte de homens heterossexuais.

"Os aspectos mais difíceis para mim envolviam ser tratada como se estivesse sendo usada para trabalho sexual gratuito", diz a escritora Shani Silver, de Nova York.

"Não é uma sensação boa. Machuca."

Apresentadora do podcast de relacionamento "A Single Serving", Silver usou aplicativos de relacionamento por uma década.

"Muitas vezes, me pediam um favor sexual antes de dizer "oi", antes de me dizerem seu nome verdadeiro. A maior parte do que estava acontecendo naquele mundo para mim era desdém — muito desdém, me faziam sentir que tinha menos valor."

Mensagens deste tipo proliferam entre as plataformas e afetam tanto homens quanto mulheres.

Mas as mulheres parecem ser afetadas de forma desproporcional. Dados de um estudo do Pew Research Center de 2020 confirmam que muitas sofrem algum tipo de assédio em sites e aplicativos de relacionamento.

Das mulheres com idades entre 18 e 34 anos que utilizam essas plataformas, 57% disseram ter recebido mensagens ou imagens sexualmente explícitas que não haviam pedido.

O mesmo acontece com meninas adolescentes de 15 a 17 anos, que também relatam ter recebido esse tipo de mensagem.

Um estudo australiano de 2018 sobre mensagens trocadas em plataformas de relacionamento revelou que o abuso e assédio sexista afetam desproporcionalmente as mulheres, que são alvo de homens heterossexuais.

Alguns usuários também relatam estresse psicológico — e experiências ainda mais extremas. Um estudo de 2017 do Pew Research Center indicou que 36% achavam suas interações "extremamente ou muito perturbadoras".

No estudo do Pew de 2020, mulheres de 18 a 35 também relataram uma grande ocorrência de ameaças de lesões corporais — 19% (em comparação com 9% dos homens).

E, de maneira geral, um estudo mostrou que homens cisgêneros heterossexuais e bissexuais raramente manifestavam preocupação com sua segurança pessoal ao usar aplicativos de relacionamento, enquanto as mulheres se preocupavam muito mais.

A escritora de cultura jovem Nancy Jo Sales ficou tão abalada com sua experiência nessas plataformas que escreveu um livro autobiográfico sobre o tema: Nothing Personal: My Secret Life in the Dating App Inferno ("Nada pessoal: Minha vida secreta no aplicativo de relacionamento Inferno", em tradução livre).

"Essas coisas se normalizaram tão rapidamente — coisas que não são normais e nunca deveriam ser normais, como a quantidade de abuso que acontece, e o risco e o perigo disso, não apenas físico, mas emocional", diz ela, citando as experiências que viveu.

Ela adverte que nem todo mundo em aplicativos de relacionamento está tendo experiências negativas, mas tem bastante gente que está — "precisamos falar sobre os danos".

Já que esse tipo de comportamento desconcertante estraga a experiência das mulheres em aplicativos de relacionamento, por que interações como essas conseguem se perpetuar?

Parte da resposta está na forma como essas plataformas são policiadas, tanto pelas empresas que as desenvolvem quanto pelas estruturas governamentais mais amplas.

Isso implica em efeitos prejudiciais para os usuários-alvo — e mudar a situação pode ser uma batalha árdua.

Quem se responsabiliza?

Há alguns mecanismos para reduzir esses problemas.

O Tinder, por exemplo, introduziu o machine learning (aprendizagem automática) para detectar mensagens e linguagem abusivas e, na sequência, pedir a quem escreveu para reconsiderar o conteúdo antes de enviá-la.

Em 2020, o Bumble adotou inteligência artificial para borrar imagens específicas e exigir o consentimento do usuário para visualizá-las.

De acordo com alguns estudos, as mulheres recebem um volume maior de mensagens de assédio do que os homens — Foto: Getty Images via BBC
De acordo com alguns estudos, as mulheres recebem um volume maior de mensagens de assédio do que os homens — Foto: Getty Images via BBC

Algumas plataformas também introduziram a verificação de usuário, em que combinam as fotos de um perfil com uma selfie fornecida pelo usuário (na qual ele é fotografado realizando uma ação altamente específica, para que a plataforma possa verificar a autenticidade da imagem).

A medida visa ajudar a prevenir golpes e abusos, já que os usuários não podem (em tese) se esconder atrás de identidades falsas.

A iniciativa é boa e "é melhor do que nada — mas acho que temos um longo caminho a percorrer", diz Silver. Muitos usuários concordam.

"A única coisa que temos à nossa disposição é um botão de bloqueio. E embora ele esteja lá e você possa bloquear as pessoas, o que não levamos em consideração é que, para bloquear alguém, você precisa sentir antes a negatividade da ação", diz ela.

Uma das maiores preocupações dos usuários é a violência sexual que pode ocorrer quando há um encontro presencial.

Embora haja um aumento no número de usuárias de aplicativos de relacionamento que tomam precauções como carregar seus telefones ou informar a família e amigos sobre seus planos, elas continuam vulneráveis ​​à violência sexual.

Em 2019, o departamento de jornalismo da Universidade Columbia, em Nova York, e o site de notícias ProPublica descobriram que o Match Group, que possui cerca de 45 aplicativos de relacionamento, só checa se há criminosos sexuais em seus aplicativos pagos, e não em plataformas gratuitas como Tinder, OKCupid e Hinge.

Essas descobertas levaram a uma investigação por parte de parlamentares americanos em maio de 2021, após a qual eles apresentaram um projeto de lei que exigiria que as plataformas de relacionamento aplicassem suas regras destinadas a prevenir fraudes e abusos.

Mas há uma brecha na lei americana de internet, a seção 230 da Lei de Decência das Comunicações, que determina que os sites não podem ser responsabilizados por danos causados ​​a terceiros por meio de suas plataformas.

Isso significa que essa indústria multibilionária em grande parte não é responsabilizada por interações abusivas — e cabe às plataformas introduzir medidas como as que o Tinder e o Bumble implementaram algumas delas.

(A BBC entrou em contato com seis aplicativos de relacionamento online diferentes, mas todos se recusaram a ser entrevistados para este artigo.)

A seção 230 é controversa — e há muitos apelos atualmente para atualizá-la ou eliminá-la por completo.

Muitos argumentam que a regra, que teve origem na década de 1990, está desatualizada porque as plataformas, assim como as pessoas as utilizam, evoluíram substancialmente.

Por enquanto, diz Sales, "é como uma terra sem lei".

As coisas podem melhorar?

Atualmente, a maioria dos usuários não está protegida além das medidas de triagem que cada plataforma escolhe implementar. Muitos, é claro, estão encontrando conexões positivas — e até relacionamentos duradouros.

Mas, em geral, os usuários ainda utilizam as plataformas por sua própria conta e risco, sobretudo em países sem proteções explícitas.

Além dos avanços jurídicos e das medidas corporativas de segurança, também há mudanças culturais que podem fazer a diferença e ajudar a proteger as mulheres e outros usurários dessas plataformas, tanto online quanto offline.

Os homens precisam ser informados sobre como suas ações estão afetando as usuárias com as quais se comunicam: eles subestimam dramaticamente o impacto de seu abuso.

Noções arraigadas sobre papéis de gênero e uma atitude social frequentemente misógina devem ser desconstruídas para que um avanço maior aconteça — o que também significa que as mulheres precisam parar de aceitar esse tipo de interação como algo que "faz parte", por assim dizer.

Para Silver, o abuso foi o suficiente. Ela saiu das plataformas, abruptamente, cerca de dois anos atrás. E não olhou para trás.

"Nunca me deram nada de bom. Então, por que eu continuava dando a elas acesso a mim, minha vida, meu tempo, meu dinheiro?", questiona.

"E quando me fiz essa pergunta, realmente coloquei as coisas em perspectiva para mim. Foi a primeira vez que fui capaz de deletar (os aplicativos), e nunca senti sequer uma pequena vontade de baixar novamente."

E conclui: "Parece dramático, mas é como se eu tivesse recuperado minha vida de volta."

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sexta-feira, 30 de julho de 2021

'Perdi todas as minhas economias em um golpe com criptomoedas'

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Aposentado conta à BBC como foi alvo de esquema fraudulento; prejuízo foi de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão).
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de julho de 2021 às 11h00m

  *.- Post.N. -\- 4.090 -.* 

Aposentado conta à BBC como foi alvo de esquema fraudulento; prejuízo foi de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão) — Foto: Getty Images
Aposentado conta à BBC como foi alvo de esquema fraudulento; prejuízo foi de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão) — Foto: Getty Images

O britânico Joseph* (nome fictício) comandou seu próprio negócio por anos e juntou um bom dinheiro para a aposentadoria.

Ele planejava usar suas economias para comprar um bangalô para ele e sua esposa viverem o resto de seus dias.

Em uma tentativa de multiplicar o que havia acumulado durante sua vida, ele foi incentivado a investir online, mais especificamente em transações com criptomoedas.

Mas Joseph foi vítima de um golpe de fraudadores profissionais — e acabou perdendo tudo.

"Minha esposa e eu estamos muito chateados", diz ele. "Perdemos nosso estilo de vida e nossos planos."

Joseph está na casa dos 70 anos. Ele se sente vulnerável e desolado com o que aconteceu.

"Queria investir nisso, já que todos falavam em como era bom, para nos dar um estilo de vida melhor", assinala.

Na busca por maximizar suas economias, Joseph foi iludido com a promessa de dinheiro fácil, pelo qual tinha que investir sempre mais para ganhar mais.

Os golpistas argumentaram que precisavam de 10% do montante aplicado por Joseph para retirar seu dinheiro. Ele disse estar doente e desmaiou enquanto falava ao telefone — quando os paramédicos chegaram, os fraudadores ainda estavam na linha.

Durante sua doença, ele continuou recebendo mensagens de texto pedindo mais fundos. Joseph ficou confuso e concordou em entregar mais dinheiro e acabou perdendo mais de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão) em economias de uma vida.

Bancos vêm emitindo alertas sobre negociações fraudulentas de criptomoedas e costumam não reembolsar o prejuízo dos clientes.

"Achava que sabia investir meu dinheiro. Na verdade, foi quando saí do hospital que o choque do que havia feito me atingiu em cheio", disse. "O dinheiro era para a nossa aposentadoria e para qualquer plano de saúde futuro de que precisássemos. Não tenho como recuperar o dinheiro que perdi quando me aposentei."

Segundo a Citizens Advice, ONG britânica que oferece aconselhamento independente, 36 milhões de adultos no Reino Unido foram vítimas de golpistas até agora neste ano.

Desse total, 12% foram alvo de golpes envolvendo um investimento falso ou um esquema para enriquecimento rápido.

"Os golpes surgem em diferentes roupagens, seja um esquema para enriquecimento rápido ou a promessa de romance. É fácil pensar que isso nunca vai acontecer com você, mas a realidade é que qualquer um pode ser visado e enganado", assinala Matthew Upton, diretor de políticas públicas da Citizens Advice.

Dano potencial

Diverdsas ONGs têm pedido que anúncios fraudulentos sejam incluídos na Lei de Segurança Online do governo britânico, que em breve será examinada pelas duas Casas do Parlamento (Câmara dos Comuns e Câmara dos Lordes).

Segundo uma delas, o Money and Mental Health Policy Institute, milhões de usuários da internet, especialmente aqueles com problemas de saúde mental, corriam o risco de perder dinheiro ou informações pessoais confidenciais para golpistas.

As ONGs afirmam ainda que há riscos de confusão, já que se espera que algumas empresas de tecnologia removam alguns golpes de seus sites, mas outras não.

Martin Lewis, fundador da Money and Mental Health Policy Institute, diz: "O Reino Unido está enfrentando uma epidemia de anúncios fraudulentos. Nossas regras de publicidade foram estabelecidas para fiscalizar fabricantes de sabão fazendo falsas alegações de limpeza, e não para combater o crime organizado digital sofisticado e psicologicamente apto sediado ao redor do mundo".

"Isso faz com que muitos golpistas não sejam rastreados, investigados e punidos. Muitos escapam impunes desses crimes", conclui.

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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Google e Apple obtêm lucros maiores do que o esperado

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As duas empresas publicaram seus resultados nesta terça (27) e os atribuíram ao auge do comércio on-line, a serviços digitais e à crescente demanda por dispositivos.
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Por France Presse

Postado em 28 de julho de 2021 às 10h35m

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Apple e Google tiveram resultados além do esperado no trimestre — Foto: Divulgação/Google
Apple e Google tiveram resultados além do esperado no trimestre — Foto: Divulgação/Google

A Alphabet, empresa matriz da Google, superou com folga as expectativas do mercado, ao quase triplicar seu lucro líquido no segundo trimestre, enquanto a Apple também surpreendeu ao anunciar que seus ganhos quase dobraram no terceiro trimestre fiscal.

As duas empresas publicaram seus resultados nesta terça e os atribuíram ao auge do comércio on-line, a serviços digitais e à crescente demanda por dispositivos.

A Alphabet, líder da publicidade digital, disse que seus lucros atingiram US$ 18,5 bilhões, com receitas que aumentaram consideravelmente até os US$ 61,9 bilhões, graças à publicidade de pequenas e grandes empresas no YouTube e no buscador.

Destaca-se a plataforma de vídeo da gigante californiana, com receitas que aumentaram 83% em um ano, até superar os US$ 7 bilhões, perto dos da Netflix.

Ao final do ano, o YouTube terá mais de dois bilhões de espectadores em todo o mundo, segundo o eMarketer, o que representa quase 64% da audiência de vídeos on-line.

"Houve uma maré crescente de atividade on-line em muitas partes do mundo", disse o diretor-executivo da Alphabet, Sundar Pichai.

A analista Nicole Perrin relativizou, ao argumentar que "o segundo trimestre de 2020 foi o ponto mais baixo do ano para o mercado publicitário on-line, razão pela qual este trimestre representará uma comparação fácil para a Alphabet".

Apple

A Apple disse, por sua vez, que seus lucros quase dobraram a US$ 21,7 bilhões graças ao crescimento das vendas de iPhones e dos serviços digitais.

As receitas aumentaram 36% em relação ao ano anterior, a US$ 81,4 bilhões, o melhor para o terceiro trimestre fiscal para a gigante tecnológica.

"Nossos equipamentos alcançaram um período de inovação incomparável ao compartilhar produtos novos e potentes com nossos usuários, em um momento em que o uso da tecnologia para conectar as pessoas em todas as partes nunca foi tão importante", disse o diretor-executivo Tim Cook.

As ações da Apple apenas variaram após o anúncio dos resultados, que foram mais robustos do que a maioria das previsões.

Segundo a gigante californiana, as receitas com as vendas de iPhones dispararam em 50% e registrou-se um aumento de seus serviços cada vez mais importantes, com pagamentos digitais e música.

Estes resultados surgem em um momento em várias gigantes tecnológicas enfrentam maior pressão das autoridades antitruste em todo o mundo por seu domínio de setores-chave, que aumentou durante a pandemia.

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terça-feira, 27 de julho de 2021

Microsoft supera previsões de analistas com maior demanda por computação em nuvem

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Mudança impulsionada pelas medidas de isolamento social tem ajudado empresas como Microsoft, Amazon e Google
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Por Reuters

Postado em 27 de julho de 2021 às 22h35m

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Fachada da Microsoft em Los Angeles. — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
Fachada da Microsoft em Los Angeles. — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson

A Microsoft superou as expectativas de mercado para receita trimestral nesta terça-feira (27), com aumento da demanda por serviços baseados em computação em nuvem.

A mudança impulsionada pelas medidas de isolamento social tem ajudado empresas como Microsoft, Amazon e Google.

A Microsoft disse que a receita em seu segmento de "Nuvem Inteligente" cresceu 30%, para US$ 17,4 bilhões, com um crescimento de 51% na divisão de computação em nuvem Azure. Os analistas esperavam crescimento de 43,1% na Azure, de acordo com dados de consenso do Visible Alpha.

A receita da divisão de computação pessoal, que inclui o sistema operacional Windows e o console de videogames Xbox, aumentou 9%, para US$ 14,1 bilhões.

A receita da empresa aumentou 21%, para US$ 46,2 bilhões no trimestre encerrado em 30 de junho, superando a estimativa de consenso dos analistas de US$ 44,24 bilhões, de acordo com dados IBES da Refinitiv.

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Gigantes da tecnologia miram grupos supremacistas brancos e milícias em banco de dados antiterrorismo

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Empresas esperam utilizar as informações para reprimir divulgação de conteúdos extremistas.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 26 de julho de 2021 às 15h05m

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Ícones de WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube — Foto: Alessandro Feitosa Jr/G1
Ícones de WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube — Foto: Alessandro Feitosa Jr/G1

Uma organização de contraterrorismo formada por algumas das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, incluindo Facebook e Microsoft, está expandindo significativamente os tipos de conteúdo extremista que serão armazenados em um banco de dados em comum.

Com isso, elas esperam utilizar as informações para reprimir divulgação de grupos supremacistas brancos e milícias de extrema direita, disse o grupo à Reuters.

Até agora, o banco de dados do Fórum Global da Internet para o Contraterrorismo (GIFCT, na sigla em inglês) se concentrava em vídeos e imagens de grupos terroristas em uma lista das Nações Unidas e, portanto, consistia principalmente em conteúdo de organizações extremistas islâmicas, como o Estado Islâmico, a Al Qaeda e o Talibã.

Nos próximos meses, o grupo adicionará manifestos de agressores – muitas vezes compartilhados por simpatizantes da violência da supremacia branca – e outras publicações e links sinalizados pela iniciativa da ONU, "Tecnologia Contra o Terrorismo".

Ele usará listas do grupo de compartilhamento de inteligência Five Eyes (Cinco Olhos, em português), que envolve Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, adicionando URLs e PDFs de mais grupos, incluindo os Proud Boys, os Three Percenters e neonazistas.

As empresas, que incluem Twitter e YouTube, compartilham "hashes", representações numéricas únicas de conteúdos originais que foram removidas de seus serviços. Outras plataformas usam isso para identificar o mesmo conteúdo em seus próprios sites, a fim de revisá-lo ou removê-lo.

Embora o projeto ajude a combater o conteúdo extremista em plataformas convencionais, os grupos ainda podem publicar imagens violentas e retórica em muitos outros sites e espaços na internet.

O grupo de tecnologia quer combater uma gama mais ampla de ameaças, disse o diretor executivo do GIFCT, Nicholas Rasmussen, em entrevista à Reuters.

"Qualquer pessoa que olhe para o cenário do terrorismo ou do extremismo tem que entender que há outras partes [...] que estão exigindo atenção agora", disse Rasmussen, citando as ameaças de extremismo violento de extrema direita ou motivado por questões raciais.

As plataformas de tecnologia há muito são criticadas por não policiarem conteúdo extremista violento, embora também enfrentam preocupações com censura.

A questão do extremismo, incluindo supremacia branca e grupos de milícia, assumiu urgência renovada o ataque de 6 de janeiro contra o Capitólio, nos EUA.

O banco de dados do GIFCT pode ser acessado por 14 empresas, incluindo Reddit, Snap, Instagram, Verizon Media, LinkedIn e Dropbox.

O GIFCT, que agora é uma organização independente, foi criado em 2017 sob pressão dos governos dos EUA e da Europa após uma série de ataques em Paris e Bruxelas.

O banco de dados contém principalmente impressões digitais de vídeos e imagens relacionadas a grupos na lista consolidada de sanções do Conselho de Segurança da ONU e alguns ataques específicos transmitidos ao vivo, como o tiroteio em 2019 em uma mesquita em Christchurch, Nova Zelândia.

O GIFCT tem enfrentado críticas e preocupações de alguns grupos de direitos humanos e digitais em relação à censura.

"O excesso de realizações leva você na direção de violar os direitos de alguém na internet de se engajar na liberdade de expressão", disse Rasmussen.

O grupo deseja continuar a ampliar seu banco de dados para incluir hashes de arquivos de áudio ou certos símbolos e aumentar seu número de membros. Recentemente, adicionou a o Airbnb e a Mailchimp como membros.

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