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terça-feira, 25 de julho de 2017

Após três anos no segmento, Intel desiste do mercado de wearables


Fabiana Rolfini, 
2017/07/20, 11:00 
Postado em 25 de julho de 2017 às 23h35m


A ingressão da Intel no mercado de dispositivos vestíveis há três anos não vingou. A companhia eliminou, há duas semanas, a divisão que trabalhava em wearables, entre eles pulseiras de monitoramento para saúde.

A informação foi divulgada pela CNBC na quarta-feira (19). A publicação informou ainda que a divisão de novas tecnologias da empresa, que aborda áreas de negócios de ponta, agora está focada em realidade aumentada.

Desde 2014, a Intel não menciona a divisão em suas divulgações de resultados financeiros. Em novembro, o blog de tecnologia TechCrunch relatou que a empresa planejava dar um passo para trás no negócio depois que a aquisição do dispositivo fitness da Basis não atingiu os resultados esperados.

Apesar de ter negado o recuo na época, uma fonte da CNBC afirma que a Intel cortou cerca de 80% da equipe da Basis em novembro passado. Uma parte do time teve a oportunidade de se transferir para outras áreas da empresa.

O site da Intel, no entanto, segue anunciando o chipset Curie, focado em dispositivos conectados de Internet das Coisas, incluindo wearables, juntamente com parcerias como a Tag Heuer, fabricantes de relógios.

O que administrará o administrador na era do SDN?


Felipe Stutz - Diretor de Negócios e Soluções de Conectividade da Orange Business Services para América, 
2017/07/25, 17:25 
Postado em 25 de julho de 2017 às 23h00m


O gerenciamento de redes sempre foi uma tarefa complexa, sobretudo quando feito em escala industrial. Durante muito tempo a comunidade de TI esperou por uma tecnologia para simplificar a administração de redes, e quando ela chegou, os sentimentos se tornaram difusos. Primeiro houve a esperança, depois a negação e, por fim, o medo. Afinal, ao automatizar uma rede, para onde iriam os profissionais que a faziam?

Todo o receio gerado pela evolução das redes definidas por software tem origem no caráter único da profissão de administrador de redes. Até hoje, não são raras as situações em que eles são vistos como super-heróis da TI, acionados quando nenhuma outra solução parece possível. 

Enquanto profissionais de outras divisões da tecnologia – como os administradores de servidor – se viam ameaçados por virtualizações e automações que teoricamente poriam em xeque o valor de seus conhecimentos, os gestores de rede seguiam intocáveis.

Agora chegou a hora de mudar, e esse movimento não tem volta. O IDC prevê uma taxa de crescimento de mais de 89% no mercado de redes definidas por software até o final de 2018. 

Diante disso, é preciso compreender a rede como o ponto de partida para tudo. O SDN chega não para substituir o profissional, mas para impulsionar a rede, orquestrando suas funções com as aplicações e enriquecendo o serviço, o que impactará diretamente na eficiência de um negócio. O especialista de rede segue sendo necessário, pois é ele quem compreende toda a infraestrutura do que é a razão de ser para o funcionamento de todos os outros elementos da TI. Sem rede, não há nuvem, por exemplo.

Um olhar superficial sobre a questão pode levar a crer que, se a rede é gerida por um software, bastaria um programador para mantê-la funcionando. Mas é o administrador de redes quem conhece o sistema legado, que não deixará de existir. Entretanto, esse fato não deve deixar os especialistas de redes muito confortáveis. A palavra de ordem, no momento, é atualização.

Administradores devem assumir um papel de liderança diante de suas redes, sejam elas virtualizadas, definidas por software, ou de qualquer outra forma. A rede existe para habilitar o negócio, portanto, é preciso priorizar a performance das aplicações. O administrador de rede bem-sucedido será aquele que usar todas as ferramentas à sua disposição para garantir que isso aconteça.

O SDN e seus conceitos estão mudando a rede e a TI. Os profissionais da área também precisam mudar. Não são os postos de trabalho que vão desaparecer, e sim uma nova consciência que irá surgir. 

A próxima era da rede exigirá uma compreensão cada vez maior do papel da infraestrutura, o domínio do conjunto de ferramentas profissionais, que vive em constante evolução, e a sua gestão, de natureza cada vez mais colaborativa. O passo mais decisivo para o futuro do administrador de redes, será conseguir administrar a si mesmo.