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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Startup combate impunidade no meio digital dando rapidez ao registro de provas


Redação B!T, 
2018/10/03, 07:56 
Postado em 03 de outubro de 2018 às 22h30m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013

Como uma alternativa aos prints, a iVeris é uma ferramenta para a captura de provas digitais de ilícitos virtuais de forma válida e rápida.

O Brasil está entre os cinco países que mais sofrem com crimes cibernéticos, de acordo com o Norton Cyber Security Insights Report de 2017. Mais de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de ilícitos virtuais como difamação, desrespeito a direitos autorais, injúrias ou prejuízos com serviços não prestados, descumprimento de acordos, fraudes em comércio online, entre outros.
Além dos danos sofridos, muitas vezes as vítimas ainda precisam lidar com outro problema: a dificuldade em comprovar que o crime ocorreu. Há o risco de desqualificação das provas digitais durante o processo e o valor para obter estas evidências de maneira confiável, por meio da ata notarial, pode ser inviável para muitos – em São Paulo, por exemplo, o gasto facilmente chega a mil reais.
O advogado Luiz Moreli é especialista em Direito Digital e diz que, ao contrário do que as pessoas pensam, a internet não é terra sem lei. Porém, exigir direitos em caso de ilícitos ou irregularidades pode ser complicado. A velocidade e a dinâmica do mundo virtual são muito superiores às da nossa legislação que, apesar do seu esforço – como podemos verificar no Novo Código de Processo Civil (2015) que trouxe diversas novidades sobre a integração e aceitação de algumas tecnologias no mundo jurídico, em comparação com o seu anterior (1973) –, ainda está muito distante do mundo real', afirma.
Uma startup de Maringá (PR) está tentando mudar essa realidade ao colocar a capacidade de um perito técnico nas mãos de uma pessoa leiga. Na plataforma da iVeris, a vítima pode registrar o ilícito em qualquer site disponível na internet, incluindo webmails, redes sociais (Twitter, Facebook, Linkedin, entre outras), e-commerces e até a versão web do WhatsApp. O objetivo é combater crimes virtuais antes que o autor apague as provas.
Moreli ressalta a importância de iniciativas como essa, lembrando que a demora no registro de provas digitais pode resultar em impunidade. Por se tratar de um canal extremamente dinâmico e mutável, conteúdos que poderiam ser utilizados como prova podem ser apagados, excluídos, alterados. Deste modo, a agilidade para o registro da prova é fundamental para que seja resguardado o direito.
O empresário e sócio fundador da iVeris, Alexandre Munhoz, conta que a motivação para criar a startup surgiu quando ele precisou registrar uma prova e se deparou com o alto custo e a demora do processo. Temos um escritório de Branding e Inovação em Tecnologia e um de nossos clientes teve a marca copiada. Procuramos formas de ajudá-lo a registrar provas para um processo judicial e foi difícil conseguir. Ao conversar com diversos profissionais do meio jurídico, descobrimos, em especial, as dificuldades relacionadas ao registro da ata notarial. Depois de muita pesquisa técnica, conseguimos criar a iVeris.
A um custo acessível, o usuário pode obter uma prova completa e válida, com resultados que permitem uma perícia técnica. Utilizamos técnicas para manter e verificar a integridade da gravação após a captura com um ambiente controlado que evita a contaminação da prova ou fraudes no conteúdo. Temos certificação com chaves públicas no laudo e um conjunto de metadados técnicos que permite a validação da veracidade da captura e outros recursos, explica Munhoz. A plataforma da iVeris também tem um ambiente com medidas antifraude, o que é essencial para evitar a falsificação das provas.
Além disso, a startup continua investindo em segurança para garantir a neutralidade do ambiente. Recentemente formamos uma parceria com uma empresa de Cyber Segurança que possui contratos com o governo brasileiro nesta área. Com este trabalho conjunto, reforçaremos a segurança da plataforma e ampliaremos a confiabilidade do serviço, diz Munhoz.

Um décimo das infecções por USB é de mineradores de criptomoedas


Henrique Candeias, 
2018/09/26, 08:02 
Postado em 03 de outubro de 2018 às 18h00m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013

De acordo com a análise da Kaspersky Lab, Ásia, África e América do Sul, estão entre as regiões mais afetadas.
Os dispositivos USB, famosos por transmitir malware entre computadores não conectados, estão sendo utilizados por criminosos cibernéticos como um veículo efetivo e persistente de distribuição de malware de mineração de criptomoeda. Embora o alcance e o número de ataques sejam relativamente baixos, a contagem de vítimas aumenta a cada ano, segundo a análise de ameaças em mídias USB e removíveis (2018) realizada pela Kaspersky Lab.
Apesar de estarem presentes há duas décadas e terem uma reputação de insegurança, os dispositivos USB continuam sendo muito usados como ferramentas de negócios e como brindes em feiras. É por este motívo que eles se mantêm nos radares dos criminosos virtuais e são utilizados para disseminar uma série de ameaças que permanecem incrivelmente ativos ao longo dos últimos anos. A lista das dez principais ameaças que utilizam mídias removíveis detectadas pelo Kaspersky Security Network (KSN) é liderada pelo malware Windows LNK desde 2015, pelo menos. Ela também inclui o antigo exploit para a vulnerabilidade Stuxnet, de 2010, a CVE-2010-2568 e, cada vez mais, mineradores de criptomoedas.
Ainda segundo os dados da KSN, um minerador de criptomoedas popular detectado na raiz de unidades removíveis é o Trojan.Win32.Miner.ays/Trojan.Win64.Miner.all, conhecido desde 2014. O trojan coloca o aplicativo de mineração no computador; em seguida, faz a auto instalação, executa o software de mineração silenciosamente e baixa os requisitos que permitem o envio de resultados para um servidor externo controlado pelo invasor. Os dados da Kaspersky Lab mostram que algumas das infecções detectadas em 2018 datam de anos atrás, indicando infecções duradouras, que provavelmente tiveram um impacto negativo significativo sobre o poder de processamento do dispositivo-vítima.
As detecções da versão de 64 bits do minerador estão aumentando cerca de um sexto de um ano para outro, o que corresponde a 18,42% entre 2016 e 2017, e espera-se um crescimento de 16,42% entre 2017 e 2018.  Estes resultados sugerem que a propagação via mídias removíveis funciona bem para esta ameaça.
Mercados emergentes, onde os dispositivos USB são mais usados para fins comerciais, são os mais vulneráveis a infecções maliciosas disseminadas por mídias removíveis. Ásia, África e América do Sul estão entre as regiões mais afetadas. Porém, também foram detectados golpes isolados em países da Europa e América do Norte.
Os dispositivos USB também foram usados em 2018 para propagar o Dark Tequila, um malware complexo direcionado a bancos divulgado em 21 de agosto de 2018 que reivindica vítimas no mercado de consumo e corporativo mexicano pelo menos desde 2013. Além disso, de acordo com os dados daKSN, 8% das ameaças voltadas a sistemas de controle industrial no primeiro semestre de 2018 foram espalhados via mídias removíveis.

criptomoedas
A eficiência dos dispositivos USB em disseminar infecções pode ser menor do que no passado, especialmente por conta do maior conhecimento dos pontos fracos de segurança e seu uso reduzido como ferramenta de negócios. Porém, nossa pesquisa mostra que eles continuam representando um risco significativo e os os usuários não podem subestimá-lo. Obviamente, a mídia funciona para os crimonosos, pois eles continuam a utilizá-la, e algumas infecções não são detectadas por anos. Felizmente, há algumas medidas muito simples que os usuários e as empresas podem tomar para estar sempre segurosafirma Denis Parinov, pesquisador de segurança da Kaspersky Lab.