"Dupla de fundadores mostra que comprometimento com qualidade e simplicidade é capaz de elevar uma empresa a patamares altíssimos, em bem pouco tempo."
*#.||.#* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 21/02/2014
A aquisição do WhatsApp pelo Facebook por US$ 19 bilhões lançou luz sobre a rápida escalada do aplicativo no gosto dos usuários de internet móvel e na consequente valoração do serviço no mercado.
Os idealizadores alcançaram o resultado surpreendente sem gastar um centavo em publicidade nem ganhar nada com anunciantes. O segredo da dupla de fundadores Jan Koum e Brian Acton foi apostar e investir tudo em qualidade máxima para seu produto e conhecer a fundo as necessidades do usuário. Assim, conquistaram 450 milhões de apaixonados: a cada dia, 70% deles se conectam ao aplicativo.
Lançado em 2009, o WhatsApp não inventou a roda, mas a fez girar mais harmoniosamente. Diante das pouco ágeis mensagens por SMS, pagas às operadoras telefônicas, usou a rede de internet móvel, já aproveitada por outros serviços como o do Skype, para aperfeiçoar a comunicação das pessoas, sem cobrar nada por isso. Consumidores conquistados, passou a cobrar um preço quase simbólico (US$ 0,99 por ano). Seus ganhos são garantidos pelo volume de usuários.
Jan Koum e Brian Acton acertaram ao se empenharem em simplificar e melhorar um hábito já presente entre as pessoas, em vez de tentarem criar uma nova necessidade. “Tornou-se muito intuitivo transferir a comunicação para a nova plataforma. O WhatsApp transformou um hábito já existente em algo mais simples, prático, rápido e seguro. O aplicativo está no ar 99,9% do tempo”, diz Terence Reis, Sócio da Pontomobi, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Resgate do socialA aquisição representa para o Facebook o resgate de seu componente social. Ao longo dos últimos anos, a rede acabou caminhando para se tornar mais uma plataforma de transmissão de informações do que para interação entre amigos.
“Agora, o WhatsApp se torna um braço específico para comunicação, sem que precise ser monetizado por publicidade.
Há outras formas de se rentabilizar o aplicativo com as marcas. As empresas podem passar a usar a plataforma de mensagens como um canal de call center e o Facebook pode gerar relatórios de gestão disso”, prevê Terence Reis.
A companhia criada por Mark Zuckerberg garante que o WhatsApp continuará sendo operado de forma independente e que seus princípios serão mantidos. Jan Koum trabalhava tendo diante de si um bilhete escrito por seu sócio, Brian Acton: “Sem propaganda! Sem jogos! Sem truques!”.
Não se sabe se pelas ideias ousadas, que vão na contramão do que faz a maioria no mercado, Brian Acton chegou a ser recusado em seleções de emprego realizadas pelo próprio Facebook e pelo Twitter.
Fato é que, sem anúncios e distrações, o WhatsApp se manteve simples e claro. “Ele é hoje a plataforma que cresceu mais rapidamente nos quatro primeiros anos após o lançamento justamente em função de tamanha eficiência. Hoje só existem quatro plataformas com mais de 1 bilhão de usuários, entre elas o Facebook.
Ao comprar o WhatsApp, que tem outro 0,5 bilhão e pode chegar a 1 bilhão em breve, ganha ainda mais força. Não é só o serviço que está em jogo, é a quantidade de usuários que vêm com ele”, afirma ao portal Mundo do Marketing Martha Gabriel, consultora na área digital e Coordenadora da HSM Educação.
Concepção inovadora
Em seu site, a Sequoia Capital, fundo que aportou US$ 8 milhões no WhatsApp em 2011, publicou um comunicado em que ressaltou a diferenciação da empresa para os concorrentes no mercado. Jan e Brian evitavam holofotes, recusavam-se até a pendurar uma placa do lado de fora do escritório. Os cofundadores mostraram que o mais importante é estar atento àquilo que vai dar uma solução para um problema real do consumidor final.
Se o foco não for esse, todo investimento poderá esvair sem retorno. “Eles foram contra todas as tendências ao não apostarem em anúncios e divulgação. A grande sacada foi fazer um serviço que fosse o mais eficiente possível para se comunicar de maneira muito simples e com segurança e privacidade”, acrescenta Martha Gabriel. Agora as companhias telefônicas é que precisarão se mexer para não perder de vez os recursos oriundos do SMS.
Os idealizadores alcançaram o resultado surpreendente sem gastar um centavo em publicidade nem ganhar nada com anunciantes. O segredo da dupla de fundadores Jan Koum e Brian Acton foi apostar e investir tudo em qualidade máxima para seu produto e conhecer a fundo as necessidades do usuário. Assim, conquistaram 450 milhões de apaixonados: a cada dia, 70% deles se conectam ao aplicativo.
Lançado em 2009, o WhatsApp não inventou a roda, mas a fez girar mais harmoniosamente. Diante das pouco ágeis mensagens por SMS, pagas às operadoras telefônicas, usou a rede de internet móvel, já aproveitada por outros serviços como o do Skype, para aperfeiçoar a comunicação das pessoas, sem cobrar nada por isso. Consumidores conquistados, passou a cobrar um preço quase simbólico (US$ 0,99 por ano). Seus ganhos são garantidos pelo volume de usuários.
Jan Koum e Brian Acton acertaram ao se empenharem em simplificar e melhorar um hábito já presente entre as pessoas, em vez de tentarem criar uma nova necessidade. “Tornou-se muito intuitivo transferir a comunicação para a nova plataforma. O WhatsApp transformou um hábito já existente em algo mais simples, prático, rápido e seguro. O aplicativo está no ar 99,9% do tempo”, diz Terence Reis, Sócio da Pontomobi, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Resgate do socialA aquisição representa para o Facebook o resgate de seu componente social. Ao longo dos últimos anos, a rede acabou caminhando para se tornar mais uma plataforma de transmissão de informações do que para interação entre amigos.
“Agora, o WhatsApp se torna um braço específico para comunicação, sem que precise ser monetizado por publicidade.
Há outras formas de se rentabilizar o aplicativo com as marcas. As empresas podem passar a usar a plataforma de mensagens como um canal de call center e o Facebook pode gerar relatórios de gestão disso”, prevê Terence Reis.
A companhia criada por Mark Zuckerberg garante que o WhatsApp continuará sendo operado de forma independente e que seus princípios serão mantidos. Jan Koum trabalhava tendo diante de si um bilhete escrito por seu sócio, Brian Acton: “Sem propaganda! Sem jogos! Sem truques!”.
Não se sabe se pelas ideias ousadas, que vão na contramão do que faz a maioria no mercado, Brian Acton chegou a ser recusado em seleções de emprego realizadas pelo próprio Facebook e pelo Twitter.
Fato é que, sem anúncios e distrações, o WhatsApp se manteve simples e claro. “Ele é hoje a plataforma que cresceu mais rapidamente nos quatro primeiros anos após o lançamento justamente em função de tamanha eficiência. Hoje só existem quatro plataformas com mais de 1 bilhão de usuários, entre elas o Facebook.
Ao comprar o WhatsApp, que tem outro 0,5 bilhão e pode chegar a 1 bilhão em breve, ganha ainda mais força. Não é só o serviço que está em jogo, é a quantidade de usuários que vêm com ele”, afirma ao portal Mundo do Marketing Martha Gabriel, consultora na área digital e Coordenadora da HSM Educação.
Concepção inovadora
Em seu site, a Sequoia Capital, fundo que aportou US$ 8 milhões no WhatsApp em 2011, publicou um comunicado em que ressaltou a diferenciação da empresa para os concorrentes no mercado. Jan e Brian evitavam holofotes, recusavam-se até a pendurar uma placa do lado de fora do escritório. Os cofundadores mostraram que o mais importante é estar atento àquilo que vai dar uma solução para um problema real do consumidor final.
Se o foco não for esse, todo investimento poderá esvair sem retorno. “Eles foram contra todas as tendências ao não apostarem em anúncios e divulgação. A grande sacada foi fazer um serviço que fosse o mais eficiente possível para se comunicar de maneira muito simples e com segurança e privacidade”, acrescenta Martha Gabriel. Agora as companhias telefônicas é que precisarão se mexer para não perder de vez os recursos oriundos do SMS.