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terça-feira, 11 de junho de 2019

Cade decide apurar se Google adotou no Brasil práticas anticompetitivas com Android



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Órgão antitruste deu até 20 de junho para multinacional de tecnologia informar se reproduziu no país procedimentos que levaram a UE a aplicar à empresa multa de 4,3 bilhões de euros.
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 Por Laís Lis, G1 — Brasília  

 Postado em 11 de junho de 2019 às 21h55m  
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Sistema operacional da gigante norte-americana de tecnologia é líder no mercado de smartphones — Foto: G1
Sistema operacional da gigante norte-americana de tecnologia é líder no mercado de smartphones — Foto: G1

A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu uma investigação para apurar a possível adoção de práticas anticompetitivas relacionadas ao Android, o sistema operacional para dispositivos móveis do Google. O Android é o líder de mercado e é usado em cerca de 80% dos smartphones em todo o mundo.

Órgão antitruste brasileiro, o Cade vai apurar se o Google adotou no Brasil as práticas anticompetitivas consideradas ilegais pela Comissão Europeia. O procedimento de investigação foi instaurado na última quarta-feira (5).

Com a abertura do processo, a superintendência-geral do Cade deu prazo até 20 de junho para que o Google responda se foram adotadas as práticas consideradas anticompetitivas e quais as justificativas. Se a multinacional norte-americana se recusar a prestar os esclarecimentos, pode levar uma multa diária de R$ 5 mil.

Multa recorde
Google recebe multa bilionária por violar regras de livre concorrência na Europa
Google recebe multa bilionária por violar regras de livre concorrência na Europa

Em julho de 2018, a Comissão Europeia impôs ao Google uma multa recorde de 4,342 bilhões de euros por abuso de posição dominante. Trata-se da maior multa já imposta pelas autoridades antitruste da União Europeia.

Apesar de elevada, a multa aplicada pelas autoridades europeias representa apenas duas semanas de faturamento do conglomerado Alphabet, controlador do Google.

Guardiã da concorrência no bloco europeu, a comissão acusou o Google de aproveitar o domínio de seu sistema operacional em smartphones para promover o próprio mecanismo de busca e o navegador Google Chrome, em detrimento de seus rivais.