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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mercado de entretenimento deve movimentar US$ 69 bilhões até 2019

"Mesmo na crise, marcas continuam apostando no patrocínio a eventos e ações de live Marketing. Áreas mais promissoras estão atividades que envolvem internet, publicidade e TV."


*=][=* Por Bianca Ribeiro | 07/01/2016


O mercado de entretenimento no Brasil deve movimentar US$ 69 bilhões até 2019, segundo projeções da PwC. Em 2014, o setor registrou uma movimentação de US$ 42 bilhões. O crescimento para os próximos anos é projetado para 10,2%. 

Neste mercado, entre as áreas mais promissoras estão atividades que envolvem acesso à internet, publicidade e programas de TV, que são responsáveis por 60% da receita da categoria no Brasil, segundo dados do Sebrae.

Independente da área, as oportunidades estão em alta para qualquer uma delas, visto que ano após ano o número de investimentos e faturamento sobe, como mostra estudo completo publicado no Mundo do Marketing Inteligência.

O consumo de entretenimento e interações com as mídias digitais também é o que mais se desenvolve. De acordo a consultoria Edelman Global Entertainment Study, 97% dos brasileiros já acessaram canais de entretenimento simultaneamente por diferentes dispositivos, como televisão, tablets e smartphones. 

Além do digital, o Brasil mostra-se promissor em diversas categorias de entretenimento, principalmente no setor de games, como mostra estudo disponível para assinantes.
Entretenimento, Inteligência, crescimento

Gillette promove jogos da NFL no Brasil

"Marca seleciona cinco consumidores para ensaiarem uma jogada de futebol americano que será narrada pelo locutor Everaldo Marques. Iniciativa acontece até 20 de janeiro."


*-#-#-* Por Bianca Ribeiro | 08/01/2016


A Gillette coloca no ar uma promoção para ativar a NFL no Brasil. A marca está oferecendo a cinco consumidores a oportunidade de ter uma jogada de futebol americano narrada por Everaldo Marques, locutor da NFL na ESPN.

E ao vencedor, a chance de curtir a transmissão da NFL ao vivo nos estúdios da emissora. Para participar da promoção “Jogada Precisa” os interessados têm que enviar para o hotsite um vídeo de 30 segundos mostrando sua jogada de futebol americano.

Os cinco melhores participantes serão julgados considerando criatividade, originalidade e técnica. A promoção é válida em todo o território nacional até 20 de janeiro, com divulgação dos vencedores até 22 de janeiro.

Os participantes devem ser maiores de 18 anos e precisam apenas fazer um cadastro no site da promoção, que não está atrelada à compra de produtos. 
Gillette, NLF, futebol americano

Índice Big Mac reforça desvalorização do Real

"Brasil sai da 9ª para a 17ª posição entre os sanduiches mais caros do mundo. Suíça segue em primeiro lugar no ranking com uma sobrevalorização de 30,7%."

*.}{.* Por Bianca Ribeiro | 08/01/2016


O Brasil perdeu oito posições no índice Big Mac. Depois de figurar na 9ª colocação, o país agora ocupa a 17ª posição. O levantamento da revista britânica The Economist reforça a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar. 

Em julho de 2015, os números já mostravam uma subvalorização de 10,6%, considerando que o hambúrguer de R$ 13,50 saía por US$ 4,28, na cotação de R$ 3,15. Agora, o real fraco fez o Big Mac brasileiro cair ainda mais na lista com uma cotação de R$ 4,02. É uma subvalorização de 32%, já que um Big Mac custa US$ 4,79 nos Estados Unidos.

Nos últimos anos, o Real se destacava sempre nos primeiros lugares como uma moeda sobrevalorizada, mas o constante enfraquecimento em relação ao dólar reverteu o quadro. O primeiro lugar segue com a Suíça, com 30,7% de sobrevalorização. 

Os outros dois únicos países com moedas mais fortes do que o equilíbrio esperado são Suécia (+6,1%) e Noruega (+5,8%). Nas últimas posições ficam África do Sul (-64,1%), Ucrânia (-68,7%), Rússia (-69%) e Venezuela (-86,5%).

E-commerce em 2016: estratégia cross-device deve se consolidar

"Com os consumidores cada vez mais conectados por diversas plataformas, canais digitais devem se preparar para continuar impactando o público por qualquer dispositivo."


*->=<-* Por Roberta Moraes | 06/01/2016


Fernando Tassinari, Diretor Geral da Criteo no Brasil
Com os consumidores conectados por diferentes plataformas durante a maior parte do dia, os e-commerces devem consolidar em 2016 o uso da estratégia de cross-device para identificar o usuário em qualquer dispositivo e continuar a impactar a audiência com ações assertivas. 

Com o comportamento online do comprador mudando a cada dia graças aos novos hábitos de navegação, manter um diálogo único com o público, onde quer que ele esteja, virou um grande desafio.

Se antes os cliques aconteciam apenas por desktops, agora o consumidor navega a todo instante na palma da mão, sendo impactado por milhares de conteúdos no mundo virtual e também no real, o que pode influenciar na tomada de decisão. 

Com isso a compra pode começar pelo smartphone, passar pelo tablete e ser concluída no laptop. Ou então, fazer o caminho inverso ou ainda usar apenas um ou dois canais. É o consumidor quem decide.

Apesar de parecer complicado, por incluir diversas plataformas, utilizar a estratégia é simples, segundo especialistas. “Não é preciso grandes investimentos em TI para utilizar o cross-device. Basta implementar uma tag no site para a captação de alguns dados, que serão usados para a identificação do usuário entre os dispositivos. 

Com as informações, o planejamento de comunicação é otimizado, o que gera um melhor retorno nas vendas. A própria plataforma identifica o comportamento da pessoa e o algoritmo entrega a campanha que tem maior chance de conversão”, explica Fernando Tassinari, Diretor Geral da Criteo no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A força do mobile commerce
Esse ponto de envolvimento e busca pelo consumidor pelos diversos devices só foi possível por conta do aumento da importância dos aparelhos celulares para o comércio eletrônico. Os dispositivos cada vez mais modernos e que facilitam a navegação ajudam o varejo online a converter venda. 


Além disso, as campanhas nas redes sociais, um dos principais ambientes de visitação pelo dispositivo, também contribuem para atrair o consumidor, além do uso cada vez mais intenso dos aplicativos.

Apesar de não ser novo e estar em franca expansão, o m-commerce ainda é apontado como tendência de consolidação em 2016. “Há muitos anos todo mundo fala de mobile, mas em 2015 o canal começou a ser utilizado com maior intensidade pelas grandes companhias. 

Muitos desenvolveram aplicativos próprios, melhoraram a experiência de uso dos sites pelo dispositivo. Todos já enxergaram que ter uma estratégia mobile bem definida ajudará a aumentar a receita daqui pra frente. O ano passado serviu para as empresas criarem um alicerce para continuarem investindo neste dispositivo como canal de venda e ainda para captação de clientes”, acrescenta Tassinari.

O uso de ferramentas para pedir táxi ou entrega de comida ajuda a popularizar o uso de aplicativos e ainda a compra no celular. Apesar de cada vez mais crescente, a compra pelos dispositivos móveis ainda é incipiente se comparada ao uso dos desktops. 

Mas a tendência é que, de olho na promessa de conveniência, os consumidores optem cada vez mais por este tipo de compra. O valor gerado com compras via dispositivos móveis crescerá, em média, 46% ao ano no Brasil entre 2013 e 2016, segundo pesquisa realizada pelo PayPal e pela Ipsos.

Maurício Salvador, Presidente da ABCommCrescimento deve se manter nos dois dígitos
Se o m-commerce ascende, o e-commerce não fica atrás. Assim como aconteceu em 2015, o varejo online deve superar a crise e continuar crescendo. Apesar do clima de incertezas, desaceleração na economia, o canal ainda tem muito consumidor para conquistar e com isso a expectativa é de o crescimento continue na faixa dos dois dígitos. 


De acordo com projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), os varejistas online deverão movimentar em 2016 R$ 56,8 bilhões, o que representa crescimento de 18% em relação ao ano passado.

Este crescimento é menor do que o registrado em 2015, mas isso se dá porque o volume financeiro vai aumentando. “Apesar de todos os fatores que geram instabilidade, vejo o 2016 de maneira otimista. O cenário ainda é de recessão, mas dois fatores ajudam a movimentar o e-commerce e contribuem para as projeções otimistas: o primeiro é que o consumidor tem a percepção de que comprar online é mais barato.

O que ajuda o canal em um cenário de crise, pois certas aquisições não deixarão de ser feitas, mas o varejo virtual pode ser o escolhido por conta deste diferencial. Outra questão é o número de novos consumidores que estão comprando pela internet pela primeira vez. 

Só neste ano, quatro milhões de brasileiros que experimentarão este modelo de compra”, comenta Maurício Salvador, Presidente da ABComm, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A performance do varejo online no fim de ano, reforça o otimismo de Salvador. As vendas de Natal no e-commerce brasileiro registraram novamente aumento em 2015. 

O faturamento das lojas virtuais alcançou um crescimento nominal de 26% na comparação com 2014, chegando a R$ 7,4 bilhões, segundo levantamento da E-bit/Buscapé. A quantidade de pedidos chegou a 17,6 milhões, um aumento de 16% em comparação ao mesmo período do ano passado, assim como o tíquete médio, que foi de R$ 420,08, um crescimento de 8,4%. 

No total, 9,3 milhões de consumidores se conectaram para ir às compras pela Internet, 17,2% a mais que em 2014. Se diante de tanta dificuldade o canal bateu recordes de venda, a perspectiva é que o varejo online nacional se supere ainda mais nos próximos anos. 

Crise deixa 2016 ainda mais desafiador para o varejo

"Aumento do custo de vida, impulsionado pelos gastos com itens essenciais como alimentação, transporte e habitação, fazem com que brasileiro reduza ainda mais o consumo."

*-=:=-* Por Roberta Moraes | 08/01/2016

Vitor França, Assessor Econômico da FecomercioSP
O ano de 2016 mal começou e já promete ser de grande desafio para o varejo nacional. Depois de amargar o pior desempenho nos últimos 15 anos em 2015, o setor deve se preparar para mais um período de recessão econômica. 

A alta da inflação fez com que o consumidor freasse os gastos e ficasse ainda mais controlado financeiramente. Puxado pelo aumento dos preços de itens essenciais como alimentação, transporte e habitação, o custo de vida em 2015 subiu 10,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. 

Nas famílias de baixa renda o impacto foi ainda maior, chegando a 11,52%. Com o poder de compra comprometido, a tendência é que o consumo seja ainda mais racional nos próximos meses.

Com menos dinheiro no bolso, o brasileiro modificou seus hábitos e diminuiu a frequência no ponto de venda. O impacto logo foi sentido no mercado. Em 2015, o fluxo de cliente no varejo físico teve redução de 6,8% se comparado a 2014. 

O último trimestre de 2015, que poderia auxiliar na recuperação do ano, foi o que registrou a segunda maior queda, ficando atrás do segundo trimestre com 7,7% a menos em relação ao ano anterior. Os dados são da Virtual Gate, que monitora o tráfego de pessoas em lojas de varejo.

Sem perspectiva de mudança real para os próximos anos, como reforça um estudo do Instituto Ipsos, a tendência é que a frequência ainda fique em baixa. “É muito difícil fazer projeção de longo prazo, pois em 2015 a crise surpreendeu bastante e para 2016 ainda temos um cenário bem negativo. 

Diante de tantas variáveis, não é possível enxergar fundamento capaz de reverter este quadro. Esse embasamento tem que passar pela capacidade do governo de fazer propostas que estabeleça a confiança dos agentes econômicos, como a reforma da previdência, simplificar o sistema tributário, reduzir a burocracia para melhorar o ambiente de negócio, fazer uma abertura comercial para tornar o país mais competitivo. 

Ainda tem muita lição de casa para ser feita para restabelecer a confiança”, pontua Vitor França, Assessor Econômico da FecomercioSP, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Simone Terra, Especialista em Varejo e professora do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM RioConsumo mais racional
Sem conseguir enxergar uma solução e refletindo mais sobre seus hábitos, o brasileiro passa a adotar um novo comportamento. O consumo compartilhado, reaproveitamento de produtos, valorização do comércio local e visitas à brechó começam a fazer parte de sua rotina, por exemplo. 


A dificuldade financeira faz com que ele pense sobre seus gastos e o que este realmente representa no bolso e, também, no meio ambiente.
Com o tempo, as pessoas vão ficando mais racionais e mais sustentáveis, e o mercado brasileiro terá que se adaptar a essa nova realidade. 

“A partir de agora, é importante que o varejo entenda que é preciso mudar o modelo tanto para atender a crise, que é algo mais pontual, como para a mudança de comportamento, que se dará após esse período de recessão, pois as pessoas estão ficando cada vez mais preocupadas com o meio ambientes. 

As empresas terão que brigar mais pelo shopper”, pontua Simone Terra, Especialista em Varejo e professora do MBA de Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM Rio, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O cenário desafiador exige que as marcas inovem, reinventem-se e sejam mais claras. “O varejo terá que se posicionar melhor, ou ele estará ligado a preço, mais voltado a essa necessidade econômica. Ou terá que mostrar sua diferença experiencial, que é o caso das empresas mais premium. 

Em um momento como o atual, até as companhias diferenciadas devem colocar em evidência os produtos mais baratos. É fundamental destacar as oportunidades para mostrar que a empresa está brigando para conquistar o shopper”, acrescenta Simone.

Comunicação mais clara
Algumas companhias já começaram a mostrar que estão do lado do consumidor. No fim do ano passado, por exemplo, o Grupo Pão de Açúcar lançou a campanha #VamoJuntos para engajar a população em uma onda de otimismo. A inciativa vai além de oferecer promoção e facilidade de pagamento. A ideia central é estimular o consumo consciente e humanizar a empresa ao se solidarizar com o consumidor neste momento de grande dificuldade.


Quem também resolveu se comunicar mais claramente foi a Coca-Cola. Depois de anos adquirindo sem alarde marcas de produtos como água, sucos e chás, recentemente a gigante passou a anunciar que está pronta para atender a todas as sedes. 

Em dezembro, a companhia colocou no ar uma campanha que mostra todos os rótulos de seu portfólio, deixando claro que está pronta para atender todos os públicos, inclusive, aquelas pessoas preocupadas com questões de saudabilidade. Termo que entrou em moda e que em nada combina com refrigerante, principal produto da companhia.

Com a campanha, a Coca-Cola Brasil deixa claro para o mercado o que ela é, o que quer e o que fez. “Agora a companhia começa a definir a sua causa e mostra que está preocupada com todas as necessidades do consumidor. Além disso, apesar de ainda não deixar muito claro, a iniciativa mostra ainda que a empresa também atende a todos os bolsos. 

E isso é uma tendência. De modo geral, as marcas terão que desenvolver uma arquitetura de produto e preço para atender todos os públicos e isso terá que ficar claro”, finaliza a Especialista em Varejo.