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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Reféns de nós mesmos. Temos muitas iniciativas, mas poucas acabativas


"Quantas ideias já foram colocadas no papel e de lá nunca saíram? Um dos grandes desafios é a rotina e seus incêndios diários. Como sair dessa roda viva? "



*-.:.-* Por Bruno Mello | 10/08/2015



Entre os muitos ensinamentos do mestre, Professor do Insper e da ESPM e Diretor de Marketing da Tecnisa, Romeo Busarello, um deles está descrito no título deste editorial. Temos muitas iniciativas, mas poucas acabativas. 

Olhe para você e para o seu lado. Quantas ideias já foram até colocadas no papel e de lá nunca saíram? Bom, se você chegou à segunda fase, parabéns, pois já representa uma pequena parcela de profissionais que conseguem avançar um passo à frente.
Para concluir uma maratona, no entanto, é preciso dar muitos passos. 

É necessário um longo caminho para que as ideias se transformem em produtos, serviços e/ou experiências de sucesso, que saiam do limiar de commodities para realmente fazer a diferença na vida das pessoas. Este percurso, entretanto, é tortuoso, movediço, não linear e tem muitos obstáculos. O que não quer dizer que seja impossível.

Não estou falando somente de ideias desruptivas, mas principalmente de melhorias contínuas em nossos negócios que, somadas, entregarão maior valor para o cliente e, por tabela, para a companhia. 

Não é raro termos ideias de como melhorar o que já fazemos. Inclusive, sempre há quem tenha soluções para os problemas das empresas, mas continuamos na roda vida do dia a dia e não planejamos nem implementamos pequenas ações que podem gerar um grande resultado. Este, aliás, representa um dos principais obstáculos para a falta de acabativa: o dia a dia.

Corremos quase que diariamente como bombeiros para... apagar incêndios ou estamos como cegos em tiroteio, atirando para todos os lados, fazendo mil coisas sem nenhum foco. Fora quando não trabalhamos como um relógio suíço, desenvolvendo as mesmas tarefas sempre. Simplesmente, não sobra tempo para o novo.

Você chegou ao trabalho às 9:00, quando olha para o relógio, já são 11:30. Almoça e quando confere de novo, 17:30. Não fazemos nada diferente, nada fora do script. Ok. Está bom. Há casos em que a empresa, o cliente ou a sua liderança "não deixam". Bom, está aqui mais um dos obstáculos que você tem que superar.

Para ter acabativa é necessário foco, determinação e muita, muita resiliência. Os incêndios vão continuar surgindo e o dia a dia não vai mudar a menos que você altere a sua rotina. É necessário olhar com atenção para o que você está fazendo e analisar se está realmente sendo importante e relevante. 

É tão simples como termos a consciência de que, para começar algo novo, precisamos acabar o que estávamos fazendo. Se você interrompe algo no meio do caminho, não era realmente importante. E, se tinha relevância, você perderá uma oportunidade.

Outro aprendizado do Romeo: a realização de grandes projetos é o somatório de muitas pequenas coisas juntas, encadeadas, com um direcionamento claro. Às vezes, vemos pessoas surpresas com o sucesso de alguma iniciativa.

Para elas, parece que o êxito aconteceu da noite para o dia, mas, quando você analisa, o projeto tem dois, três, cinco anos de desenvolvimento e pode ter passado por muitos ajustes no meio do caminho. 

As melhores acabativas levam tempo. Demandam mais sola de sapato do que reuniões de brainstorms sentado em um escritório no ar-condicionado. 
Iniciativa, ação, resiliência

Pior Dia dos Pais em seis anos para o comércio


"Compras caíram 11,21% na semana da comemoração, entre os dias dois e oito de agosto, se comparado ao ano passado, repetindo resultado negativo de outras datas comemorativas."

 


*-.:.-* Por Renata Leite | 10/08/2015

 

Se o comércio apostava no Dia dos Pais para recuperar parcela das vendas perdidas este ano, a decepção foi grande. Assim como aconteceu com outras datas comemorativas, o resultado não foi nada bom. 

Os varejistas tiveram o pior Dia dos Pais dos últimos seis anos, segundo cálculos da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As compras caíram 11,21% na semana da comemoração, entre os dias dois e oito de agosto, se comparado ao ano passado.

Em 2014, as vendas já haviam registrado uma queda de 5,09%, mas em anos anteriores, os resultados foram positivos: crescimentos de 3,78% (2013), 4,75% (2012), 6,86% (2011) e 10% (2010). Segundo levantamento do SPC Brasil, a queda nas intenções de vendas parceladas também se repetiu no resultado do Dia dos Namorados (-7,82%), Páscoa (-4,93%) e Dia das Mães (-0,59%).

Os consumidores optaram pelas compras à vista e, consequentemente, por presentes de menor valor. Comemorado sempre no segundo domingo do mês de agosto, o Dia dos Pais é a quarta data comemorativa que mais movimenta o varejo em volume de vendas e faturamento, atrás do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Segundo levantamento do SPC Brasil, neste ano, os presentes mais procurados seriam roupas, calçados e acessórios, como cintos, óculos, relógios, meias e gravatas. 
Dia dos Pais, CNDL, SPC, varejo