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domingo, 12 de dezembro de 2021

Bicicleta elétrica: compra, assinatura ou compartilhada?

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Veja pontos positivos e negativos Custo, manutenção, seguro e mais pontos para ficar de olho na hora de escolher o modal. 2021 já bateu recorde para as elétricas, mesmo sem contar meses de novembro e dezembro.
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Por Rafael Miotto, g1

Postado em 12 de dezembro de 2021 às 12h25m

Post. N. - 4.223

Comprar, assinar ou usar compartilhadas: quais os prós e contras de cada modal das bikes elétricas — Foto: Caloi/Divulgação
Comprar, assinar ou usar compartilhadas: quais os prós e contras de cada modal das bikes elétricas — Foto: Caloi/Divulgação

A bicicleta elétrica tem ganhado mais usuários no Brasil ano a ano. Mesmo sem contar os meses de novembro e dezembro, 2021 já bateu recorde em vendas para o veículo de mobilidade.

Com modelos de marcas consolidadas não saindo por menos de R$ 6 mil, muita gente tem recorrido também às bikes elétricas compartilhadas ou aos serviços de assinatura para não desembolsar um valor alto logo de cara. Mas qual será a melhor escolha entre os modais?

Depende, mas o g1 listou os pontos positivos e negativos de cada uma para ajudar a descobrir qual combina mais com você.

Como escolher o modal de bicicleta elétrica — Foto: Elcio Horiuchi/Rafael Miotto/g1
Como escolher o modal de bicicleta elétrica — Foto: Elcio Horiuchi/Rafael Miotto/g1

Pontos para ficar de olho na hora de escolher o modal de bike elétrica

Preço inicial: se não tiver uma boa quantia para investir logo de cara, é melhor partir para as compartilhadas ou assinatura.

Mas se o objetivo é ter um veículo a longo prazo, mais de 3 anos, por exemplo, adquirir a bike pode se tornar mais indicado porque o investimento inicial vai se diluindo com o passar dos anos.

Percurso diário: se você possui um percurso diário definido, as bikes compartilhadas podem ser uma boa opção, mas desde que as estações de retirada e estacionamento estejam em sua rota.

É importante ver o tempo que passará em cima da bicicleta, isso porque os serviços costumam cobrar por um prazo determinado, como 45 minutos. Para quem roda bastante e sem um roteiro certo, comprar ou assinar é mais vantajoso.

Manutenção: ter a sua própria bike virá com custos de manutenção. Isso vai depender do quanto você vai rodar e em quais condições, mas sai em média R$ 600 por ano. É importante verificar se o modelo adquirido possui assistência técnica no país e disponibilidade de peças.

Em média, a cada 5 anos, também será preciso trocar a bateria do modelo. O valor pode variar, mas está acima dos R$ 1,3 mil.

Para as compartilhadas, não há gastos do tipo, enquanto nas por assinatura isso pode variar. A manutenção rotineira já está inclusa, mas certos reparos inesperados, como estragos por alguma queda, com cobrança a parte.

Seguro: o roubo de bicicletas elétricas é uma realidade, então ter o seguro delas é algo indicado. O valor vai depender bastante do preço de bem e da região do país. No caso das compartilhadas, não é algo para se preocupar.

Para as de assinatura, é preciso ficar de olho nas condições que cada empresa oferece. Geralmente, existe coparticipação no pagamento do seguro, mas em caso de roubo será preciso pagar a franquia.

Disponibilidade: é muito importante ter em mente como será o uso da bike. As compartilhadas, por exemplo, não estão disponíveis 24 horas por dia; no caso das assinaturas, não é permitido alterações nos modelos, como alguma troca de acessório.

Bicicletas elétricas em alta no Brasil — Foto: Vela Bike/Divulgação
Bicicletas elétricas em alta no Brasil — Foto: Vela Bike/Divulgação

Em alta durante a pandemia

Os serviços de assinatura e compartilhamento de bicicletas como um todo, não apenas com as elétricas, perderam usuários no começo da pandemia, a partir de março de 2020.

"Apesar do compartilhamento ser um meio de transporte particular, porque foge da aglomeração, a queda foi brutal, de 80%", afirma Maurício Villar, sócio e um dos fundadores da Tembici.

Com o passar do tempo, as empresas notaram a volta de interesse ao uso das bikes e o crescimento foi gradual até o final de 2021. "Já estamos em patamares acima de antes da pandemia, o nosso público antigo voltou e novos usuários chegaram", disse Villar.

Tembici fez parceria para entregadores usarem bicicletas elétricas no iFood — Foto: Divulgação/Midori De Lucca/iFood
Tembici fez parceria para entregadores usarem bicicletas elétricas no iFood — Foto: Divulgação/Midori De Lucca/iFood

Para superar a crise, as empresas buscaram novas alternativas. A Tembici promoveu uma parceria com o iFood para disponibilizar as elétricas para entregadores; no modal de assinatura, a E-Moving mudou seu modelo de negócios, passando a fazer assinaturas apenas por meio do intermédio de empresas.

"Conseguimos fechar grandes contratos, o que melhorou bastante para o nosso negócio", explica Flávia Saraiva, coordenadora de marketing da E-Moving, startup que começou com as assinaturas de bicicletas em 2015.

Para 2022, os planos são de expansão. A E-Moving pretende voltar com assinaturas diretas ao consumidor final.

Para a Tembici, haverá ampliação de sua frota de elétricas em 2022. Atualmente, são mil unidades, e o plano é incrementar a rede com mais 5 mil.

Para Villar, as bicicletas compartilhadas podem servir de entrada para futuros compradores. "Acreditamos também no modelo de assinatura e de ter a bicicleta própria. Grande parte dos usuários que deixam nosso serviço é porque compraram uma bike", disse.

Mas tem acelerador?

Não. O conceito seguido no Brasil e em outros locais, como na Europa, é o das bicicletas elétricas chamadas de assistidas. "Existe uma ideia errada de associar a bicicleta elétrica com o acelerador, mas é diferente, o veículo possui uma assistência de força durante as pedaladas", explica Fabio Nitschke, especialista em cicloturismo do canal Ativitae.

Isso significa que o motor da bike serve como um potencializador das pedaladas, deixando mais "levinhas" do que de uma bicicleta comum.

"Imagine que você pudesse encarar uma subida com o mesmo esforço que tem no [piso] plano", diz Nitschke.

Não ter o acelerado não é apenas uma escolha, tem a ver com a legislação de trânsito. Para ser considerada uma bicicleta elétrica e poder rodar nos mesmos lugares que uma bicicleta convencional, como nas ciclovias e ciclofaixas, o modelo tem que seguir as seguintes regras:

  • Não ter acelerador.
  • Motor só pode funcionar quando o ciclista pedala.
  • Velocidade máxima de 25 km/h.
  • Potência máxima de 350 Watts.

Os veículos que não se encaixem nessas regras são equiparados aos ciclomotores — que são aquelas motos com motor de até 50 cm³.

Nesse caso, por exemplo, se a bicicleta tiver um acelerador manual deverá seguir as mesmas regras que as "cinquentinhas", ou seja, precisa ser emplacada, o condutor tem que ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação) específica e não pode rodar em ciclovias.

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O enigmático sumiço de cubos de urânio do programa nuclear nazista

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A corrida nuclear entre a Alemanha e os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial tem um capítulo misterioso. Para alguns, é apenas uma curiosidade histórica, mas, para outros, foi o início da perigosa era em que a humanidade está imersa hoje.
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TOPO
Por Carlos Serrano, BBC

Postado em 12 de dezembro de 2021 às 09h35m

Post. N. - 4.222

Este é um dos 664 cubos de urânio do reator nuclear que os alemães tentaram construir durante a Segunda Guerra Mundial — Foto: John T. Consoli/University of Maryland
Este é um dos 664 cubos de urânio do reator nuclear que os alemães tentaram construir durante a Segunda Guerra Mundial — Foto: John T. Consoli/University of Maryland

Na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha e os Estados Unidos competiram em uma batalha feroz para ver quem conseguiria ser o primeiro a desenvolver um programa nuclear.

No início dos anos 1940, várias equipes de cientistas alemães começaram a produzir centenas de cubos de urânio que seriam o núcleo dos reatores que estavam sendo desenvolvidos como parte do recém-lançado programa nuclear nazista.

Os alemães estavam distantes de conseguir uma bomba atômica, mas esperavam que esses experimentos lhes dessem uma vantagem sobre os americanos.

A fissão nuclear, inclusive, foi descoberta em 1938 em Berlim: os alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann foram os primeiros a saber como um átomo poderia ser dividido, e como isso liberaria uma grande quantidade de energia.

Anos depois, porém, o Projeto Manhattan e sua bomba atômica mostraram que, na realidade, os americanos estavam muito à frente dos alemães nesse campo da tecnologia.

Os cubos de urânio, no entanto, trazem pistas sobre o sigilo e como eram as suspeitas entre os dois países durante a corrida nuclear.

Hoje, o paradeiro da grande maioria das centenas de cubos é um mistério.

"É difícil saber o que aconteceu com eles", diz Alex Wellerstein, historiador especializado em armas nucleares do Instituto de Tecnologia Stevens, nos Estados Unidos, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

"Os registros que existem não são os melhores."

Nos Estados Unidos, apenas uma dúzia desses objetos foi identificada, o que os torna um tesouro precioso para pesquisadores que tentam reconstruir os primeiros dias da era nuclear.

Experimento fracassado

Uma das equipes que faziam experiências com cubos de urânio era liderada pelo físico Werner Heisenberg, um pioneiro da mecânica quântica e ganhador do Prêmio Nobel de 1932.

O projeto de Heisenberg e seus colegas era amarrar 664 desses cubos de 5 centímetros a cabos suspensos e submergi-los em água pesada.

A água pesada é composta dos elementos químicos oxigênio e deutério, além de um isótopo de hidrogênio que tem o dobro da massa do hidrogênio comum.

A ideia é que, ao mergulhar os cubos desencadearia-se uma reação em cadeia, mas o experimento não funcionou.

De acordo com Timothy Koeth, pesquisador da Universidade de Maryland, nos EUA, que rastreou os cubos, Heisenberg precisaria de 50% mais urânio e mais água pesada para que o projeto funcionasse.

"Apesar de ser o berço da física nuclear e estar quase dois anos à frente dos Estados Unidos, não existia a ameaça de uma Alemanha nuclear no final da guerra", disse Koeth em um artigo do Instituto Americano de Física.

Material confiscado

Em 1945, enquanto os alemães ainda tentavam refinar seus esforços, os Estados Unidos e os Aliados venceram a guerra.

Naquela época, os EUA formaram uma missão para coletar informações e confiscar materiais relacionados aos avanços alemães em questões nucleares.

Foi assim que as tropas americanas chegaram ao laboratório de Heisenberg na pequena cidade de Haigerloch, no sul da Alemanha.

Mais de 600 cubos de urânio foram apreendidos e enviados para os Estados Unidos, de acordo com um relatório do US Pacific Northwest National Laboratory (PNNL).

A ideia era saber o quão avançados os alemães estavam na tecnologia nuclear e também evitar que os cubos caíssem nas mãos dos soviéticos, de acordo com Wellerstein.

No final, a descoberta dos objetos ajudou os cientistas americanos a perceber que os alemães estavam atrasados ​​em questões nucleares.

Maioria se perdeu

Hoje, o paradeiro de grande parte dos cubos de urânio ainda é desconhecido.

Acredita-se que vários deles tenham sido usados ​​no desenvolvimento de armas nucleares pelos Estados Unidos.

De acordo com Wellerstein, algumas pessoas começaram a dar os cubos como presentes, outros cientistas os usaram como material de teste e uma terceira parte caiu no mercado paralelo.

Há alguns que ainda permanecem como itens de colecionador.

Em 2019, a revista "Physics Today" conseguiu rastrear a localização de sete cubos que, segundo quem os possui, pertenceram aos experimentos nucleares dos nazistas.

Embora centenas de cubos tenham sido recuperados, não se sabe hoje onde está a maioria deles — Foto: AIP Emilio Segrè Visual Archives
Embora centenas de cubos tenham sido recuperados, não se sabe hoje onde está a maioria deles — Foto: AIP Emilio Segrè Visual Archives

Três estão na Alemanha: um no Museu Atomkeller em Haigerloch, onde ficava o laboratório de Heisenberg; outro no Museu de Mineralogia da Universidade de Bonn; e o terceiro no Escritório Federal de Proteção contra Radiação, em Berlim.

Dois estão nos Estados Unidos: um no Museu Nacional de História Americana em Washington D.C. e outro na Universidade de Harvard.

A revista indica que, aparentemente, um sexto cubo estava no Instituto de Tecnologia de Rochester, também nos EUA, mas, devido a uma mudança nos regulamentos de armazenamento de material radioativo, o cubo foi descartado.

Um sétimo cubo está nas mãos do PNNL e, embora seja conhecido como "cubo de Heisenberg", os pesquisadores não têm 100% de certeza de onde ele veio.

Outro cubo é propriedade do próprio Koeth, que o recebeu como um curioso presente de aniversário em 2013.

Koeth está trabalhando com o PNNL para descobrir o paradeiro de centenas ou milhares desses objetos que ainda estão perdidos. Ele também pretende saber mais sobre como eles chegaram aos Estados Unidos.

Em busca da origem

Além de seu simbolismo histórico, "os cubos realmente não têm muito valor, você não pode fazer nada com eles", diz Wellerstein.

Eles também não são perigosos, pois geram uma radiação muito fraca. Depois de pegar um deles, "é só lavar as mãos", diz o especialista.

Em agosto de 2021, Jon Schwantes e Brittany Robertson, pesquisadores do PNNL, apresentaram um projeto no qual descrevem como trabalham para identificar o "pedigree" de vários dos cubos que foram encontrados.

Como explica Schwantes, a ideia é comparar cubos diferentes e tentar classificá-los.

Para fazer isso, eles combinam métodos forenses e radiocronometria, a versão nuclear da técnica usada por geólogos para determinar a idade de uma amostra com base no conteúdo de elementos radioativos.

Com medo

Em grande parte, os especialistas concordam que os Estados Unidos desenvolveram rapidamente seu programa nuclear por medo de que os alemães o fizessem antes deles.

E, enquanto alguns encaram esses cubos como uma curiosidade histórica, outros os veem como o gatilho para a perigosa era das armas nucleares em que o mundo continua preso hoje.

"Armas nucleares, energia nuclear, Guerra Fria, o planeta como refém nuclear, tudo isso foi motivado pelo esforço gerado a partir desses 600 e tantos cubos", diz Koeth em artigo para a emissora de rádio americana NPR.

De qualquer forma, as duas grandes questões sobre centenas ou milhares desses cubos permanecem sem resposta: quantos ainda existem e onde eles estão?

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