Equipamento, desenvolvido pela Embrapa com o setor privado, é capaz de fazer a leitura das necessidades da terra em poucos minutos. Veja como funciona.
Por Globo Rural
Postado em 26 de abril de 2020 às 12h40m
Postado em 26 de abril de 2020 às 12h40m
Tecnologia promete agilizar e baratear a análise do solo
Uma tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com o setor privado promete agilizar e baratear a análise do solo, uma das etapas mais importantes no início de uma safra.
Para qualquer lavoura ter alta produção, o agricultor precisa conhecer muito bem o solo que tem, somente assim é possível saber que tipo de adubo usar, a quantidade certa dela e quando aplicar.
Saber a necessidade do solo é economizar dinheiro e trabalhar de maneira precisa, e se o resultado é rápido, melhor ainda. Uma análise tradicional costuma demorar uma semana.
Segundo pesquisadores da Embrapa, a nova tecnologia pode reduzir o custo da análise em até 20%.
O equipamento desenvolvido analisa o solo de maneira rápida e eficiente, em menos de um minuto, com a ajuda de um laser.
“Essa máquina é uma inovação tecnológica, a única no mundo voltada para a agricultura”, explica o engenheiro agrônomo Fábio Luiz de Angelis, diretor da empresa responsável pelo desenvolvimento do equipamento.
A empresa disse que os resultados do aparelho são confiáveis, compatíveis ao da análise tradicional.
A tecnologia funciona da seguinte forma: a terra é prensada em cápsulas, entram na máquina de um lado, passam pelo laser, o computador recebe os dados da leitura segundos depois.
Nesse sistema, as amostras vêm com a localização de campo e o resultado sai em um mapa da lavoura, e cada cor representa um teor de elemento do solo, como potássio, magnésio, etc.
Parceria com a Embrapa
Parceria com a Embrapa
A tecnologia nasceu de uma parceria entre a pesquisa pública e o setor privado. Tudo começou em São Carlos, no interior de São Paulo, na Embrapa Instrumentação, onde as descobertas podem ser compartilhadas com empresas que buscam inovação.
A Embrapa segue como autora dos estudos e recebe royalties, um pagamento pelas descobertas alcançadas.