"Ginny Rometty, CEO da IBM, fala durante a NRF 2014 sobre tecnologia da informação e comportamento de compra. Para ela, usar o Big Data no varejo é uma questão cultural."
*#.||.#* Por Luiz Antonio Sedeh | 17/01/2014
Nos anos recentes, Big Data tem sido o grande tema de discussão nos principais palcos e fóruns sobre marketing, inteligência de mercado, tecnologia da informação e comportamento de compra. Em se tratando de varejo, o assunto ganha ainda mais relevância. Por isso, no Keynote do segundo dia da feira, Ginny Rometty, CEO da IBM subiu ao palco para tentar aprofundar um pouco essa discussão.
"80% dos dados do mundo foram criados nos últimos dois anos. 2,5 bilhões de gigabytes são criados a cada dia", muito mais em formatos não estruturados como fotos, vídeos, tweets, entre outros, a partir de smartphones e redes sociais.
Apresentando esses dados, Rometty iniciou sua apresentação objetivando convencer os varejistas da relevância de outros dois aspectos da tecnologia da informação que devem caminhar juntos com o Big Data a fim de transformá-lo realmente numa ferramenta de inteligência e negócios, e não apenas num sistema de coleta de dados: Cloud e Análise Cognitiva.
E Rometty não enfatizou o aspecto técnico, mas a capacidade desse conjunto de tecnologias gerarem novas formas de agir diante do comportamento dos clientes.
O Big Data trata de uma forma sistêmica de coletar dados de perfil, demográficos, transacionais, de navegação e geolocalização dos shoppers. Assim, é a porta de entrada desse novo processo de geração de inteligência de marketing.
Cloud é outro tema que tem sido muito discutido, especialmente nas arenas de TI. Nesse contexto, trata-se uma plataforma que permite não apenas que os dados sejam armazenados, mas também que possam ser acessados e distribuídos em tempo real a todas as demais interfaces da empresa. Aos shoppers, permite a conveniência e segurança, tornando a coleta e troca de informações quase imperceptível.
Por fim, Rometty falou sobre Análise Cognitiva. Nesse processo de coleta e armazenamento de informações, a Análise Cognitiva é o fim, a saída, que possibilita a interpretação, análise e tomada de decisões com base nos dados.
Rometty provocou os varejistas que acreditam estar usando análise para tomar decisões. O supply chain, por exemplo, foi sistematizado há algum tempo com base em dados estruturados, como números ou tamanho do pedido.
A análise cognitiva proporciona a análise e interpretação do cenário atual e futuro com base em dados não estruturados, como vídeos, tweets, fotos e dados de localização, por exemplo.
Rometty terminou sua palestra respondendo a pergunta do público: "É necessário ser um grande varejista para utilizar grandes dados?" Rometty observou que implementar o Big Data é uma questão de cultura. Em organizações menores, a cultura pode ser mais flexível e mais rápida para se adaptar a mudanças.
Rometty também observou que as novas gerações são mais propensas a compartilhar informações transacionais, localização e outras enquanto eles perceberem e receberem em troca algum benefício por essa ação.
É provável que estejamos presenciando uma nova era da análise de informações de mercado. Usar essa inteligência em nossa forma de compreender os clientes, clusterizar mercados, e montar estratégias adequadas a cada segmento poderá ser um importante diferencial competitivo para nossas empresas.
* Por Luiz Sedeh, VP de Operações do Grupo Toolbox, direto da NRF Retail`s Big Show em NY, exclusivo para o Mundo do Marketing.
"80% dos dados do mundo foram criados nos últimos dois anos. 2,5 bilhões de gigabytes são criados a cada dia", muito mais em formatos não estruturados como fotos, vídeos, tweets, entre outros, a partir de smartphones e redes sociais.
Apresentando esses dados, Rometty iniciou sua apresentação objetivando convencer os varejistas da relevância de outros dois aspectos da tecnologia da informação que devem caminhar juntos com o Big Data a fim de transformá-lo realmente numa ferramenta de inteligência e negócios, e não apenas num sistema de coleta de dados: Cloud e Análise Cognitiva.
E Rometty não enfatizou o aspecto técnico, mas a capacidade desse conjunto de tecnologias gerarem novas formas de agir diante do comportamento dos clientes.
O Big Data trata de uma forma sistêmica de coletar dados de perfil, demográficos, transacionais, de navegação e geolocalização dos shoppers. Assim, é a porta de entrada desse novo processo de geração de inteligência de marketing.
Cloud é outro tema que tem sido muito discutido, especialmente nas arenas de TI. Nesse contexto, trata-se uma plataforma que permite não apenas que os dados sejam armazenados, mas também que possam ser acessados e distribuídos em tempo real a todas as demais interfaces da empresa. Aos shoppers, permite a conveniência e segurança, tornando a coleta e troca de informações quase imperceptível.
Por fim, Rometty falou sobre Análise Cognitiva. Nesse processo de coleta e armazenamento de informações, a Análise Cognitiva é o fim, a saída, que possibilita a interpretação, análise e tomada de decisões com base nos dados.
Rometty provocou os varejistas que acreditam estar usando análise para tomar decisões. O supply chain, por exemplo, foi sistematizado há algum tempo com base em dados estruturados, como números ou tamanho do pedido.
A análise cognitiva proporciona a análise e interpretação do cenário atual e futuro com base em dados não estruturados, como vídeos, tweets, fotos e dados de localização, por exemplo.
Rometty terminou sua palestra respondendo a pergunta do público: "É necessário ser um grande varejista para utilizar grandes dados?" Rometty observou que implementar o Big Data é uma questão de cultura. Em organizações menores, a cultura pode ser mais flexível e mais rápida para se adaptar a mudanças.
Rometty também observou que as novas gerações são mais propensas a compartilhar informações transacionais, localização e outras enquanto eles perceberem e receberem em troca algum benefício por essa ação.
É provável que estejamos presenciando uma nova era da análise de informações de mercado. Usar essa inteligência em nossa forma de compreender os clientes, clusterizar mercados, e montar estratégias adequadas a cada segmento poderá ser um importante diferencial competitivo para nossas empresas.