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quinta-feira, 28 de março de 2019

Startup brasileira que oferece cursos online para surdos fica entre as 6 melhores do mundo em Dubai



Diretora da Signa, que usou língua de sinais durante apresentação, dá suas dicas para um bom “pitch”.


Por Fabrício Vitorino, G1 

Postado em 28 de março de 2019 às 15h0m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013

















Fabíola Rocha, cofundadora e diretora geral da Signa, que abriu seu “pitch” em língua de sinais, surpreendendo os jurados e a plateia — Foto: Fabrício Vitorino/G1 

A startup brasileira Signa, que oferece uma plataforma de educação online para surdos, ficou entre as seis melhores do mundo no prêmio Next Billion, realizado durante o Global Education and Skills Forum, em Dubai, nos Emirados Árabes, na semana passada. A grande vencedora foi a plataforma Ubongo, da Tanzânia, que levou o prêmio de US$ 25 mil, ou quase R$ 100 mil.

A empresa africana oferece entretenimento educacional para crianças de 9 a 14 anos do continente, e o serviço já tem cerca de 5 milhões de usuários na África e opera em quatro línguas. Seu desenho animado “Ubongo Kids” ensina matemática e ciências através de histórias animadas – e as crianças podem interagir na plataforma via SMS ou Facebook. “Nós já estamos atuando junto às crianças e agora pretendemos fazer muito mais. Queremos atingir 20 milhões de jovens até 2022 – mas nosso objetivo final é impactar 440 milhões”, diz Nisha Ligon, CEO do Ubongo.

As outras duas startups do top 3 foram a Dost, do Egito, uma plataforma que cria pequenos áudios para que os pais possam acompanhar a vida escolar de seus filhos; e a PraxiLabs, da Índia, que oferece laboratórios de ciências em 3D para escolas no Oriente Médio, onde os alunos podem fazer simulações em biologia, química e física.
Finalistas e jurados do prêmio Next Billion, em Dubai — Foto: Fabrício Vitorino/G1 
Finalistas e jurados do prêmio Next Billion, em Dubai — Foto: Fabrício Vitorino/G1

Top 30 entre 30 mil startups
A brasileira Signa, que chegou ao top 30 de uma lista com cerca de 30 mil startups de todo o mundo, participou de três “pitches” – pequenas apresentações para um grupo de jurados – ao longo dos três dias de competição. “No primeiro dia fiquei mais nervosa, mas consegui fazer uma apresentação com bastante impacto. Já participei de várias competições nacionais e internacionais, mas foi a primeira vez que fiz uma maratona de pitches”, diz Fabíola Rocha, cofundadora e diretora geral da Signa, que abriu seu “pitch” em língua de sinais, surpreendendo os jurados e a plateia.

A plataforma online de educação e capacitação para pessoas surdas, em Libras (língua brasileira de sinais) e com legendas, não tem concorrentes no Brasil, e mesmo no mundo. E o conteúdo é feito praticamente todo pela comunidade surda – seja produzido pela própria Signa, seja pela comunidade, de uma forma similar ao YouTube, por exemplo.”

Apesar de não ter levado o prêmio, Fabíola acredita que o prêmio tem uma importância enorme por ser um dos poucos exclusivamente voltados para EdTechs – empresas digitais voltadas para a educação: “A gente sempre participa de eventos de impacto social, onde as empresas de EdTech acabam sendo um patinho feio. Mas o Next Billion, aqui em Dubai, foi realmente 100% EdTech. Foi o nosso setor”, diz Fabíola.

A diretora da Signa acabou sendo um dos destaques nos “pitches”- momento crucial para as startups venderem seu trabalho e conseguirem investimentos. Para ela, é preciso muito treino, seguir um roteiro específico e, o mais importante, ouvir feedbacks: “Só praticar sozinho não resolve, a pressão é diferente. Minha dica principal é gravar tudo. Escrevo, leio para bater com o tempo exigido e mando para mentores, amigos e equipe. Ouço os feedbacks, arrumo até chegar no modelo certo. É um processo de produção. Achar que um bom pitch vem de dom e improviso é mentira. 
Improviso é bom, mas é preciso treinar, treinar e treinar.”

Facebook anuncia que vai banir nacionalismo e separatismo branco da rede social



Segundo a empresa, esses temas eram vistos de maneira mais ampla, mas serão retirados por estarem intimamente ligados 'a grupos de ódio organizados', incluindo supremacistas.


Por G1 

Postado em 28 de março de 2019 às 13h35m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Facebook identificou sobreposição de ideias nacionalistas com grupos de ódio, como os supremacistas brancos que carregaram tochas, em 2017, na Universidade da Virgínia, em Charlottesville, nos Estados Unidos — Foto: Alejandro Alvarez/News2Share via Reuters  
Facebook identificou sobreposição de ideias nacionalistas com grupos de ódio, como os supremacistas brancos que carregaram tochas, em 2017, na Universidade da Virgínia, em Charlottesville, nos Estados Unidos — Foto: Alejandro Alvarez/News2Share via Reuters

O Facebook anunciou nesta quarta-feira (27) que irá remover qualquer tipo de suporte, apoio e representação de conteúdo nacionalistas e separatistas brancos da rede social.
"Está claro que esses conceitos estão profundamente ligados a grupos de ódio organizados e não têm espaço nos nossos serviços", disse a empresa em nota.
O Instagram, que é do Facebook, também está sujeito à nova regra e passará pelo mesmo filtro.

Segundo a rede social, há muito tempo as políticas internas proíbem tratamento de ódio com base em características como raça, etnia e religião — e isso incluía supremacistas brancos. Mas, segundo o próprio Facebook, essa lógica não era aplicada para outras questões, como separatismo e nacionalismo.

"Nos últimos 3 meses, nossas conversas com membros da sociedade civil e acadêmicos especializados em relações de raça confirmaram que nacionalismo branco e separatismo não podem significativamente serem separados da supremacia branca e de grupos de ódio organizados", afirmou a companhia, que percebeu uma sobreposição dos grupos de ódio catalogados na política interna de "indivíduos perigosos" com os temas em questão.

O Facebook também afirma que as pessoas ainda poderão demonstrar orgulho de sua herança étnica, mas que o apreço por ideias supremacistas e separatistas não serão mais tolerados.
Facebook atualiza políticas e vai começar a redirecionar quem buscar por conteúdo de ódio para grupos de apoio. — Foto: Divulgação/Facebook 
Facebook atualiza políticas e vai começar a redirecionar quem buscar por conteúdo de ódio para grupos de apoio. — Foto: Divulgação/Facebook
A rede social também afirmou que, a partir de hoje, quem fizer buscas por conteúdo supremacista branco será direcionado para páginas com recursos que ajudam a "deixar o ódio para trás".
Essa atitude envolve uma parceria com a organização Life After Hate (Vida Depois do Ódio, em tradução livre), fundada por antigos extremistas que agora trabalham com educação, intervenção e grupos de apoio.

O Facebook já havia tido problemas com neonazistas em 2017, quando lidou com compartilhamento de sites e notícias por parte desse grupo de ódio durante protestos em Charlottesville, no estado norte-americano da Virgínia.