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quinta-feira, 21 de março de 2019

Provedores de internet de Austrália e Nova Zelândia bloqueiam acesso a sites com imagens de ataque a mesquitas



Bloqueio é apenas temporário e apenas para sites que continuavam disseminando imagens de ataque terrorista que aconteceu na semana passada e deixou 50 mortos.


Por Thiago Lavado, G1 

Postado em 21 de março de 2019 às 14h00m 
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Flores são deixadas perto da mesquita de Linwood, em Christchurch, em homenagem às vítimas dos ataques de sexta-feira (15) — Foto: Edgar Su/ReutersFlores são deixadas perto da mesquita de Linwood, em Christchurch, em homenagem às vítimas dos ataques de sexta-feira (15) — Foto: Edgar Su/Reuters

Empresas que fornecem serviço de internet na Austrália e na Nova Zelândia bloquearam acesso a endereços da web que estavam compartilhando imagens do massacre em Christchurch, que deixou 50 mortos na semana passada.

O terrorista autor do atentado transmitiu as imagens do ataque ao vivo no Facebook. Enquanto as redes sociais, como YouTube e Facebook, estavam lutando para conter a disseminação do conteúdo, sites de vídeo, como LiveLeak, e fóruns, como 4chan e 8chan, continuavam a permitir os vídeos — segundo usuários da internet na Austrália postaram em redes sociais, estes estavam entre os endereços bloqueados.

Na Austrália, a operadora Telstra confirmou o bloqueio nas redes sociais. Já na Nova Zelândia, o diretor da provedora Spark, Simon Moutter, afirmou que seu time trabalhou em procurar o conteúdo online, bloquear os sites e enviar uma notificação solicitando a remoção do conteúdo.

De acordo com a provedora Vodafone Austrália, a ideia é dificultar o acesso às imagens, como forma de respeito às famílias e vítimas do ataque terrorista. "Tomamos esta ação porque acreditamos ser a coisa certa a fazer, uma forma de respeitar as vítimas desta atrocidade e seus entes queridos", disse a empresa em um posicionamento enviado ao G1.

A empresa enfatizou que o bloqueio é temporário e irá acontecer enquanto esses sites não tomarem uma ação efetiva para retirar as imagens do ar. A Vodafone Austrália não informou a lista de sites que estão sob o bloqueio.

Outra empresa de telecomunicações da Austrália, a Optus, também tomou medidas quanto a sites que disponibilizavam os vídeos.

"Devido à natureza horrível do ataque e das fortes preocupações da comunidade sobre a proliferação de material inapropriado online, a Optus optou por colocar um bloqueio temporário em um número limitado de sites", disse a empresa em comunicado.

A Optus afirmou que está monitorando a situação e reconhece que alguns sites estão tomando medidas para lidar com a disseminação desse conteúdo.

União Europeia multa Google em 1,49 bilhão de euros por impedir anúncios de concorrentes



Prática é classificada como abuso do domínio de mercado e viola as leis antitruste europeias.


Por G1 

Postado em 21 de março de 2019 às 12h00m 
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Margrethe Vestager, da Comissão Europeia de Concorrência — Foto: Yves Herman/ReutersMargrethe Vestager, da Comissão Europeia de Concorrência — Foto: Yves Herman/Reuters

A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (20) uma multa ao Google de 1,49 bilhão de euros (R$ 6,41 bilhões) por concorrência desleal em publicidades e violação das leis antitruste.

As diversas empresas do grupo (incluindo o próprio Google) pertencentes à holding Alphabet, teriam vantagens no serviço de publicidade AdSense, que também pertence à empresa.

De acordo com comunicado oficial, "o Google abusou de seu domínio de mercado ao impor uma série de cláusulas restritivas em contratos com sites de terceiros que impediam que os rivais do Google colocassem seus anúncios de busca nesses sites."

O Google afirma que está trabalhando para atender às demandas europeias e para dar mais mais espaço a concorrentes.

Sempre concordamos que mercados saudáveis e prósperos são do interesse de todos. Já realizamos diversas mudanças em nossos produtos para atender às preocupações da Comissão. Nos próximos meses, faremos outras atualizações para dar mais visibilidade a concorrentes na Europa. Kent Walker, vice-presidente sênior de Assuntos Globais.

A prática, classificada como "abuso de posição dominante", viola as leis antitruste da União Europeia. É possível que uma empresa tenha o domínio do mercado, desde que não abuse de sua posição para restringir a concorrência.

"Não é possível para os concorrentes em anúncios de busca on-line, como Microsoft e Yahoo, venderem espaço publicitário nas próprias páginas de resultados de mecanismos de busca do Google", completou o comunicado.

Para Margrethe Vestager, comissária de concorrência, "o Google cimentou seu domínio em anúncios de busca on-line e protegeu-se da pressão competitiva ao impor restrições contratuais anticompetitivas."

Outras multas
Em 2012, o Google foi multado nos EUA em US$ 22,5 milhões, também por invasão de privacidade. Em 2017, 2,4 bilhões de euros foram impostos ao Google por favorecer seu comparador de preços, o Google Shopping, em detrimento da concorrência.

Em outubro passado, pelo mesmo motivo, o Facebook recebeu uma multa simbólica de 500 mil libras (US$ 644 mil) no Reino Unido, pelo caso da Cambridge Analytica.

Dois meses depois, a rede social também foi multada na Itália, em 10 milhões de euros, por venda de dados de usuários. Em janeiro de 2019, a França impôs uma multa ao Google de 50 milhões de euros por violação das leis de privacidade na União Europeia.

Em 2018, a empresa foi notificada a pagar cerca de R$ 20 bilhões por violação das regras da livre concorrência, acusada de abusar da posição de liderança do seu sistema operacional para smartphones e tablets, o Android, com o objetivo de garantir a hegemonia de seu serviço de busca on-line.