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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Kaspersky identifica alta de 14% em novos ataques de ransomware

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Solange Calvo, 
2016/05/16, 10:00
Postado em 16 de maio de 2016 às 14h30m


ciberataque
A empresa de segurança da informação Kaspersky anuncia relatório de malware do 1º trimestre de 2016, realizado por seus especialistas. Ele mostra 2,9 mil novos ataques de ransomware durante o período, um acréscimo de 14% em relação ao ano anterior.

Os registros da Kaspersky Lab totalizam atualmente cerca de 15 mil variantes diferentes de ataques de ransomware e este número continua crescendo. No primeiro trimestre do ano, as soluções de segurança da Kaspersky Lab, segundo a companhia, evitaram 372.602 tentativas destes ataques a seus usuários, sendo que 17% deles visavam as empresas. O número de usuários atacados cresceu 30% em relação ao último trimestre de 2015.

O Locky foi um dos ransomware mais ativos e disseminados no período. A Kaspersky Lab detectou ataques dessa praga em 114 países e ele ainda está em atividade.

Já o Petya é uma variação dessa ciberameaça interessante do ponto de vista técnico, pois além de criptografar os dados armazenados no computador, também consegue substituir o Registro Mestre de Inicialização (MBR) do disco rígido, impedindo que os computadores infectados inicializem o sistema operacional.

De acordo com o relatório, as três famílias mais importantes de ransomware detectadas no início do ano foram: Teslacrypt (58,4%), CTB-Locker (23,5%) e Cryptowall (3,4%). As três se propagam principalmente por mensagens de spam com arquivos anexos maliciosos ou links para páginas web infectadas.

“Um dos motivos da popularização do ransomware é a simplicidade do modelo de negócios usado pelos cibercriminosos. Quando o malware infecta o sistema da vítima, é praticamente impossível removê-lo sem perder os dados pessoais”, alerta Fabio Assolini, analista sênior de Segurança da Kaspersky Lab no Brasil.

Ele acrescenta que a exigência do resgate por meio de Bitcoins tornou o pagamento uma operação anônima e quase impossível de ser rastreada, o que conferiu uma grande vantagem aos golpistas.

Outra tendência perigosa apontada pelo analista é o modelo de ransomware como serviço (RaaS), em que os cibercriminosos pagam uma taxa ao dono do serviço, que oferece a infraestrutura necessária para fazer os ataques, ou ainda prometem uma porcentagem dos resgates pagos pelos usuários infectados.

Há uma outra razão para o aumento dos ataques de ransomware: os usuários acreditam ser impossível vencer essa ameaça. As empresas e os usuários comuns não conhece as tecnologias para combater esta ameaça e que pode evitar a infecção e o bloqueio dos arquivos ou sistemas. Por conta da falta de conhecimento em relação aos conceitos básicos de segurança de TI, os cibercriminosos conseguem lucrar.

Empresas brasileiras não têm tecnologia para prevenir ciberameaças, diz estudo.

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Solange Calvo, 
2016/05/16, 14:00
Postado em 16 de maio de 2016 às 14h00

Ciberataques
Mais de metade das empresas brasileiras não está preparada para lidar com ameaças cibernéticas. É o que comprova a nova edição do Global Information Security Survey (GISS), estudo anual da EY (Ernst & Young), empresa global de estudos e auditoria.

A pesquisa, realizada com 1755 executivos C-level das áreas de Segurança da Informação e TI em 67 países, incluindo o Brasil, indicou que 63% das organizações nacionais não possuem programas para prevenir ameaças cibernéticas. E ainda que 43% não têm um programa para identificação de vulnerabilidades e 45% não dispõem de nenhum tipo de programa para detecção de brechas.


Para 36% dos entrevistados, a área de TI de suas empresas demora em média até 1h para iniciar a investigação de um possível ciberincidente, enquanto 15% disseram que essa resposta pode levar mais de um dia.

Restrições no orçamento foram apontadas por 80% dos entrevistados como principal obstáculo para o avanço da área de segurança da informação dentro da organização. Segundo a pesquisa, 65% dos entrevistados brasileiros afirmam que os gastos de suas empresas com segurança da informação somam menos de US$1 milhão.

“Questões ligadas à segurança da informação e vazamento de dados das empresas são uma preocupação constante das companhias. Em especial em um cenário como o atual, de crescimento de uso de internet móvel e de soluções digitais, que deixa as instituições mais expostas a ataques externos e falhas internas, é importante investir em robustez e agilidade dos sistemas para identificar e combater problemas”, diz Sérgio Kogan, sócio de Consultoria em Cibersegurança da EY.

Globalmente, quase 70% dos respondentes disseram que seu orçamento para segurança da informação deveria aumentar até 50% para atender às necessidades de suas empresas. E as principais fontes de ciberataque citadas foram: crime organizado (59%), hackers (54%) e terroristas (35%).

A pesquisa ainda apontou que empresas também se sentem vulneráveis a ataques causados por funcionários (44%), e sistemas desatualizados (34%).Mais da metade dos respondentes afirmou que suas empresas ainda não têm uma área dedicada para a análise de tecnologias emergentes e seus impactos nos negócios.

Phishing foi considerada a principal ameaça aos negócios por 44% dos entrevistados, enquanto 43% consideram os malwares o maior desafio para o setor.