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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Oi e Nokia fazem parceria para desenvolver Internet das Coisas

"Empresas estão criando um laboratório para estudar soluções e oportunidades inovadoras na área, com investimentos que serão custeados por um fundo para financiar o segmento."

*$.-.$* Por Bianca Ribeiro | 24/11/2015

A Oi e Nokia Networks fecharam parceria para desenvolvimento de projetos em Internet das Coisas (IoT). 

As duas empresas estão criando um Grupo de Trabalho para o estudo de soluções e oportunidades inovadoras na área, com investimentos que serão custeados por um fundo que servirá para financiar projetos ligados ao segmento em setores como Agronegócio, Carros Conectados, Casas e Cidades Inteligentes.

Para desenvolver esse trabalho, as empresas criarão um laboratório, localizado no Rio de Janeiro, que será o primeiro da América Latina a trazer soluções com base na tecnologia LTE-M (Comunicação máquina a máquina), com inauguração prevista para o primeiro trimestre de 2016. 

A Oi investirá este ano cerca de R$ 20 milhões em projetos de alta tecnologia, o que representa um aumento de 20% em relação ao volume investido nessa área ao longo do ano passado.
Oi, Nokia, IoT

Departamentos de Marketing devem passar por reestruturação em 2016

"Com a crise, empresas remodelam cargos e esperam que profissionais acumulem funções. Média de reajustes em 2016 está bem abaixo da inflação, segundo levantamento da Robert Half."


*-.||.-* Por Roberta Moraes | 24/11/2015

Adriana Cambiaghi, Diretora Associada da Robert Half
Os desafios trazidos pela recessão econômica impactaram diretamente os departamentos de Marketing, que começam a reestruturar o escopo dos cargos, eliminando postos e fazendo com que os remanescentes acumulem funções. Apesar disso, as empresas estão dispostas a negociar com profissionais de alta performance, especialmente para cargos executivos, já que em um período desafiador, a demanda por resultados será ainda maior. 

A constatação é da Robert Half, consultoria especializada em contratação, que em seu Guia Salarial 2016, aponta que os reajustes no segmento ficarão abaixo da inflação.
Mesmo mantendo salários acima da média – se comparado a outros setores – não é de hoje que os profissionais de Marketing aguardam maior valorização na remuneração. 

Para o próximo ano, o destaque fica para o cargo de Gerente Geral de Vendas e Marketing, em pequenas e médias empresas, que pode ter uma diferença de 16,7%, índice superior à inflação que deve fechar o ano em 10,33%. 

A remuneração prevista para 2016 é de R$ 25 mil a R$ 80 mil, enquanto em 2015 foi de R$ 20 mil a R$ 70 mil. Logo em seguida aparecem os profissionais em início de carreira que optaram pelo digital. O reajuste nas grandes empresas pode ser de 10% e de 5,6% entre as pequenas e médias.

Apesar dos aumentos baixos e da nova formatação dos cargos, as companhias continuam abrindo processos seletivos, mas, agora, eles estão levando mais tempo do que o habitual. “Como as empresas estão inseguras, elas querem garantir que estão escolhendo o melhor candidato e, por isso, estão envolvendo mais pessoas para a tomada de decisão. 

O que nem sempre é um acerto, pois reunir tantos profissionais pode ser mais desafiador e gerar problemas. Outro fator é que dependendo das posições, o escopo das funções está mudando, como a aglutinação de duas funções em um só cargo. 

E isso, em caso de multinacionais, exige a aprovação de novas faixas salariais e mudança de quadro, o que pode impactar no tempo do processo”, explica Adriana Cambiaghi, Diretora Associada da Robert Half, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Caminhos para negociar o aumento
Apesar dos baixos reajustes - Gerente de Inteligência de Mercado, por exemplo, terá incremento de apenas 1,3% em grandes empresas - os profissionais podem tentar barganhar um aumento maior. 

“A negociação salarial interna é muito complexa e o melhor que o profissional de Marketing pode fazer neste momento é conseguir, em aliança com os superiores e com o departamento de recursos humanos, entender quais são as possibilidades de posições maiores ou de acúmulo de função que pode gerar esse crescimento. Pedir aumento por pedir pode não ser muito eficaz, pois dependerá da empresa e dos resultados”, comenta Adriana Cambiaghi.

Para quem está em um outro cenário e busca recolocação no mercado de trabalho ou mudança de empresa a postura deve ser outra. “É importante que o candidato esteja atento que existem muitos profissionais bons e disponíveis no mercado que aceitariam a vaga por uma remuneração menor. 

O melhor comportamento para quem quer mudar de empresa é estar aberto a negociações e no momento da proposta tentar entender o que será melhor, pensando no que ele tem como base. Para o profissional pedir aumento, é ideal que ele esteja muito consciente da saúde financeira e do apetite de investimento da empresa para o próximo ano”, alerta Adriana.

Apesar do momento econômico delicado, o profissional deve tentar encontrar a melhor posição e a boa notícia é que as dificuldades encontrados no início deste ano serviram como aprendizado para 2016. “Depois de ter passado por um ano muito difícil, as empresas estão mudando e continuam contratando. Muitas não estão focadas em expansão, mas em substituições para melhorar a performance.

Quem quer mudar de empresa tem que ir atrás, mandar currículos, se disponibilizar. O mercado não está parado e nunca estará, pois em momento de crise, mudam os perfis, pois as empresas estão cada vez menos abertas aos erros”, pontua a diretora associada da Robert Half.

Cuidados com a contraproposta
Apesar das companhias estarem dispostas a negociações, elas também estão mais atentas a contrapropostas. Estudo da Robert Half mostra que 85% dos profissionais que iriam se desligar da empresa e após negociação permanecem entre os quadros se desligam da firma após seis meses. Metade desses que aceitam permanecer no emprego recomeça a busca por uma nova posição em 90 dias. 

Se o motivo da negociação for um descontentamento com o ambiente de trabalho e com os colegas, um pequeno reajuste não será suficiente para mantê-lo no cargo por muito mais tempo.

Para tentar barganhar melhores salários e posições, o profissional deve estar seguro de suas expertises e saber se posicionar para convencer seus superiores que ele é importante para a companhia. 

Desenvolver novas habilidades e estar sempre em busca de atualização é fundamental para continuar competitivo, como mostrou a série Carreira no Marketing, publicada em outubro de 2015 pelo Mundo do Marketing. Já para quem quer mudar a rotina, o jeito é seguir em frente sem receio. “Em momentos de crise, muitos profissionais têm medo de mudar de emprego e perder tudo o que já está consolidado na posição atual. 

Afinal, eles terão que se provar para os novos chefes, construir uma nova relação entre os pares. O medo paralisa e inibe o crescimento dos profissionais, mas é preciso superá-lo para seguir em frente e conquistar novas oportunidades”, finaliza Adriana Cambiaghi.

Veja aqui o Guia Salarial 2016.