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sábado, 1 de janeiro de 2022

TikTok é processado por funcionária que diz ter sofrido trauma com moderação de conteúdo

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Terceirizada que revisa denúncias de usuários da rede social alega que foi exposta a vídeos perturbadores. Empresa diz que se esforça para promover ambiente de cuidado para colaboradores.
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Por g1

Postado em 01 de janeiro de 2022 às 11h00m

Post. N. - 4.236

Logo do aplicativo TikTok — Foto: Dado Ruvic/Reuters
Logo do aplicativo TikTok — Foto: Dado Ruvic/Reuters

O TikTok e sua controladora, ByteDance, estão sendo processados nos Estados Unidos por uma funcionária terceirizada que trabalha como moderadora de conteúdo. Ela afirma que a análise de vídeos denunciados por usuários lhe causou transtorno de estresse pós-traumático.

O processo foi aberto na última quinta-feira (23) por Candie Frazier, contratada da Telus Internacional, uma empresa que presta serviços para o TikTok. Segundo a "NBC News", o objetivo é que o caso se torne base para uma ação coletiva.

O advogado de Frazier, Steve Williams, disse que o trabalho expôs a funcionária a vídeos que incluem abuso sexual infantil, estupro, suicídio, assassinato, entre outros. Ela também teria se sujeitado a teorias da conspiração, distorção de fatos históricos e desinformação política.

Frazier faz parte de uma equipe de funcionários responsável por avaliar se um conteúdo sinalizado por usuários viola os termos de uso do TikTok e precisa ser excluído.

A ação aponta que o transtorno de estresse pós-traumático foi "resultado da exposição constante e absoluta a imagens altamente tóxicas e extremamente perturbadoras no local de trabalho".

O documento também alega que o TikTok não informou que a tarefa pode ter um impacto na saúde mental dos moderadores de conteúdo.

Uma vaga de trabalho anunciada pela Telus Internacional adianta que a rotina pode incluir conteúdos perturbadores e inclui "gerenciamento de estresse" como um dos requisitos.

A empresa não foi processada, mas afirmou à "NBC News" que tem um programa de "resiliência e saúde mental" para apoiar funcionários e que Frazier nunca usou canais internos para se manifestar.

A funcionária pede que os turnos dos moderadores sejam limitados em até quatro horas – em vez das 12 horas feitas atualmente – e mudanças para tornar vídeos menos perturbadores aos moderadores.

O TikTok afirmou ao g1 que, apesar de não comentar sobre processos em andamento, se esforça para promover "um ambiente de trabalho de cuidado para nossos funcionários e terceirizados".

"Nossa equipe de segurança tem parceria com empresas terceirizadas para importante trabalho de ajudar a proteger a plataforma e a comunidade do TikTok, e continuamos a expandir uma gama de serviços de bem-estar para que os moderadores se sintam apoiados mental e emocionalmente", disse a rede social.

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