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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Google vai acabar com Chrome Apps no Windows, macOS e Linux


Paulo Alves
por
Para o TechTudo

22/08/2016 19h24 - Atualizado em 22/08/2016 19h30
Postado às 17h35m
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
O Google anunciou o fim dos Chrome Apps, programas que rodam no navegador Chrome para desktop. Com a mudança, os aplicativos disponibilizados na Chrome Web Store passam a ser exclusividade do Chrome OS, o sistema da gigante das buscas, baseado na nuvem e equipado nos Chromebooks. A novidade não afeta extensões, que continuam podendo ser atualizadas e baixadas no browser para Windows, macOS e Linux.

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A morte dos aplicativos do Chrome, segundo o Google, se deve pelo amadurecimento da própria web ao longo dos anos. Em 2013, esses apps chegaram como uma nova forma de oferecer funcionalidade para usuários do Google Chrome, já que poderiam acessar recursos do hardware do computador, enviar notificações no desktop e até funcionar offline.
Google vai acabar com apps do Chrome (Foto: Reprodução/Paulo Alves)
Google vai acabar com apps do Chrome 
(Foto: Reprodução/Paulo Alves)

De lá para cá, websites e extensões ficaram mais inteligentes e já realizam ao menos duas dessas tarefas: hoje, é possível receber alertas de sites e ter desempenho acelerado pelo hardware do PC. De acordo com o Google, quase todos os apps já funcionam na web, seja por sites próprios ou extensões comuns.
Esse é o caso de alguns produtos da companhia, como o Inbox, o Drive, o Maps e o Keep. Todos com apps para download no Chrome, mas com exatamente as mesmas funções nos endereços da web. Além disso, poucos usuários de fato usavam os aplicativos para desktop: apenas, aproximadamente, 1% dos usuários de Windows, Mac e Linux.

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A partir do final de 2016 (ainda sem data específica divulgada), os usuários do navegador no desktop não terão mais acesso a novos apps – que passarão a ser exclusivos do Chrome OS –, porém atualizações ainda poderão chegar. No segundo semestre de 2017, a seção dos Chrome Apps na Chrome Web Store não será mais exibida nos sistemas operacionais já citados.

No começo de 2018, os aplicativos não poderão mais ser usados no desktop, a não ser em Chromebooks. Até lá, o Google irá encorajar desenvolvedores a transformar seus apps – desenvolvidos para Chrome Apps (desktop) – em extensões (plugins) ou sites com as mesmas funções.

Em março, o Google já havia descontinuado o Chrome App Launcher para Windows, Linux e Mac, que servia justamente como um local único para todos os apps do Chrome instalados no computador.

Via Google

Tecnologia de microchips promete deixar PCs e smartphones mais rápidos


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

23/08/2016 06h00 - Atualizado em 23/08/2016 06h00
Postado em 23 de agosto de 2016 às 17h15m
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, estão apostando no uso de nanotubos de carbono como alternativa ao silício para a confecção de microchips. 

De acordo com os pesquisadores, a estrutura pode ter espessura 50 mil vezes menor que a de um fio de cabelo, ideal para o desenvolvimento de PCs extremamente rápidos e eficientes, que dariam a um smartphone do futuro o poder de processamento encontrado em um supercomputador. Além disso, a promessa é de que um dispositivo com a tecnologia funcione apenas com uma carga de bateria ao mês.

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A ideia principal, desenvolvida em um estudo desde 2011 e que pode chegar ao mercado a partir de 2031, é utilizar minúsculos tubos feitos de carbono para construir microchips, como processadores, controladores de rede, placas gráficas e módulos de memória RAM. O carbono usado na forma de nanotubos teria a função de substituir o silício como material semicondutor.
Pesquisador segura nas mãos uma placa contendo uma série de processadores feitos de nanotubos de carbono (Foto: Divulgação/Stanford)
Placa contém uma série de processadores feitos de 
nanotubos de carbono (Foto: Divulgação/Stanford)

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Semicondutor é um material que pode conduzir ou não eletricidade. Essa característica é fundamental para a construção de qualquer dispositivo eletrônico.

O silício é o material usado nos microchips desde a sua invenção, no século passado. Mas o avanço tecnológico da indústria tem encontrado algumas limitações no uso em novas gerações de produtos (de uma forma bem simplificada, o silício deixa de funcionar como semicondutor a escalas menores do que 7 ou 5 nanômetros).

Muito mais eficiência
Além de poder substituir o silício de forma a garantir que a indústria tenha margens para continuar criando processadores cada vez mais rápidos, o uso dos nanotubos de carbono oferecem outras vantagens, como alta eficiência energética.

Segundo Subhasish Mitra, um dos líderes da pesquisa em Stanford que conta com apoio da IBM, os nanotubos oferecem eficiência 1000 vezes maior. Em outras palavras, quando comparados dois chips, um de silício e o outro de nanotubos, a unidade feita de carbono terá consumo 1000 vezes menor para entregar o mesmo desempenho do rival.
Na prática
Mas o que significa ter um supercomputador que pode caber em um celular? Um exemplo citado pelos pesquisadores é o de um aparelho de telefone ligado a milhares de sensores embutidos (hoje, um smartphone típico tem giroscópio, acelerômetro e GPS). As leituras desses milhares de sensores poderiam ser processadas a um custo ínfimo de energia e dar ao usuário acesso a aplicações e tecnologias muito mais avançadas.

Em outras palavas, segundo Mitra, esses celulares do futuro poderiam ser 30 vezes mais rápidos e funcionar com uma carga de bateria ao mês.
Nanotubos de carbono levaria a processadores para computadores e celulares com muito mais eficiência energética e poder de processamento (Foto: Divulgação/Staford)
Nanotubos levariam processadores para PCs e celulares 
com muito mais eficiência energética (Foto: Divulgação/Staford)

Quando?
Existem alguns entraves para que os nanotubos de carbono sejam usados massivamente pela indústria no curto prazo. Para começar, a fabricação desse tipo de material é absurdamente difícil e tecnologias e processos de manufatura adequados ainda precisam ser inventados.

Além das dificuldades técnicas, há uma resistência natural na indústria, hoje confortavelmente sedimentada em silício. É necessário que uma tecnologia alternativa, seja ela nanotubos de carbono ou não, se prove extremamente viável do ponto de vista econômico para que nomes como Intel, AMD, ARM, Qualcomm e IBM invistam pesado em um processo de migração que pode ser traumático.

Levando-se em conta essas questões, os cientistas acreditam que é realista imaginar que computadores e smartphones equipados com processadores e outros chips feitos de nanotubos de carbono sejam uma realidade no mercado dentro de 15 anos.

Via Stanford, Tech Crunch