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domingo, 7 de dezembro de 2014

Vale Presente aposta em vending machine para oferecer gift cards


"Empresa disponibiliza equipamento de autosserviço para estimular a compra de cartões pré-pagos como presentes de Natal. Ação piloto acontece no shopping Tamboré, em Barueri."



*$:$* Por Roberta Moraes, do Mundo do Marketing | 05/12/2014



De olho nas compras de fim de ano, a Vale Presente faz ação com vending machine no Shopping Tamboré, em Barueri, oferecendo ao consumidor a opção de dar gifts cards no Natal. 

No autosserviço, com interação em touch screen, é possível personalizar os cartões pré-pagos escolhendo uma estampa ou foto feita na hora e gravar uma vídeo-mensagem que pode ser acessada por QR Code.

No momento da compra, é definido o valor que será carregado no plástico, que poderá variar entre R$ 50,00 a R$ 1.500,00. O pagamento é feito por cartão de crédito e o presente sai pronto para uso em qualquer loja credenciada à rede Mastercard.

O equipamento ficará ativado até o dia 12 de janeiro e a empresa estuda a operação da máquina em larga escala. A ação é um piloto para testar o novo modelo de entrega do produto ao cliente.


O uso de vending machine está em expansão no mercado nacional e aparece como tendência para a reinvenção do varejo tradicional. Marcas como Coquetel e Beauty Bazar estão oferecendo seus produtos apostando na compra por impulso e ficando mais perto do consumidor durante o deslocamento.
Vale Presente, Vending Machine, Natal

Vale Presente, Vending Machine, Natal

O que será da comunicação e das marcas daqui a 20 anos?


"Editorial Bruno Mello, Editor Executivo do Mundo do Marketing."



*$:$* Postado por Bruno Mello - 05/12/2014


Meu filho mais novo tem dois anos e nove meses. Apesar de a irmã, de seis, utilizar o tablet para entretenimento durante uma parte da noite regularmente, ele só se interessou pelo gadget há pouco tempo, porque nunca o estimulamos. 

Quando está com o aparelho nas mãos, o que mais prefere fazer é assistir a vídeos de carros no YouTube. Reconhece o ícone e o acessa normalmente. Se você tem filhos pequenos, sobrinhos ou conhecidos, reconhece a cena imediatamente. Eles apresentam uma desenvoltura nata.

Acontece que, assim como a irmã, o menorzinho já fica irritado e pula os anúncios que são apresentados antes dos vídeos. Arrisco-me a dizer que mais de 90% das campanhas passam direto. Ele simplesmente as ignora. Já aperta o ícone para pular e segue em frente. Uma razão para ele ignorar os comerciais: a maioria não é produzida para o target dele.

Alguns poucos são e, raramente, conseguem fisgá-lo. A questão é que, mesmo em uma nova plataforma e diante de um modo diferente de fazer comercial em vídeo, com entrega segmentada, os publicitários e profissionais de Marketing ainda não chegaram ao modelo de efetividade.

Ao mesmo tempo, pipocam tutorais e demonstrativos de produtos. Incrível como ele pula o comercial aos cinco segundos e pode ficar até uma hora inteira assistindo à demonstração de carrinhos, pistas de Hot Wheels e bonecos dos maios variados tipos. 

Fica claro aqui o que já vem sendo debatido no Marketing há alguns anos. Conteúdo para a marca é muito mais efetivo do que comerciais tradicionais. Ainda que em novas plataformas.
A verdade é que estamos ficando ultrapassados numa velocidade cada vez mais rápida e, o mais crítico: estamos deixando de entender as novas gerações. 

Sempre li relatos de pais que se surpreendem com a evolução dos filhos diante das novas tecnologias. Eles aprendem e se desenvolvem naturalmente. Pais na casa dos 30 e 40 anos, portanto, jovens, com filhos entre cinco e 12, se reconhecem nestas situações.

Enquanto você fica uma hora tentando entender como funciona um joguinho, em cinco minutos eles já passaram de fase. E aqui está um caminho. Precisamos aprender com os games e com o cinema. Devemos nos aproximar destas indústrias para que nossa comunicação, e principalmente, nossos negócios não se tornem obsoletos diante da nova geração. 

Depois das redes sociais, dos serviços e do entretenimento, os jogos estão entre os mais usados na internet. São neles que os pequenos passam horas a fio. Os games prendem a atenção e ganham o tempo do novo consumidor, enquanto muitas marcas perdem espaço.

No cinema, o sucesso estrondoso de Frozen também mostra como o entendimento dessa geração mudou, e nenhum outro filme recente conseguiu arrebatar tanto quanto a história das duas princesas. Exatos 20 anos atrás, O Rei Leão era o longa-metragem de animação infantil de maior sucesso. 

Você se lembra de como era o mundo há duas décadas? Não tínhamos a internet como temos hoje, não tínhamos celulares e smartphones, não tínhamos multiplicidades de canais de venda e mídia. Só em buscas no Google, O Rei Leão apresenta 356 mil resultados, enquanto Frozen tem nada menos do que 444 milhões.

A lista é extensa do que mudou, e os volumes abissais. Em 20 anos, o mundo se transformou rapidamente. Agora imagine como será a comunicação e os nossos negócios daqui a cinco anos. O que estamos vivendo hoje certamente sofrerá mutações. 

Temos muito pouco indício do que está num futuro distante de, pasmem, cinco anos. Melhor mesmo é se agarrar na base do sucesso de Frozen, que, no fundo, tem uma história de amor e um final feliz. O que não muda é o melhor caminho para enfrentar as mudanças.
Comunicação, nova geração, conteúdo, tendência