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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Uber torna pública documentação para abrir capital



Venda de ações da empresa pode arrecadar US$ 10 bilhões e é esperada como uma das maiores da história do setor de tecnologia.


Por G1 

Postado em 12 de abril de 2019 às 19h35m 

GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Abertura de capital do Uber é uma das mais antecipadas no mercado de tecnologia. — Foto: Hannah Mckay/REUTERS 
Abertura de capital do Uber é uma das mais antecipadas no mercado de tecnologia. — Foto: Hannah Mckay/REUTERS

O Uber disponibilizou ao público nesta quinta-feira (11) os documentos para se tornar uma empresa de capital aberto. É esperado que o processo de oferta de ações da empresa (IPO, na sigla em inglês) seja um dos maiores da história do setor de tecnologia. A documentação foi apresentada em privado para a SEC (órgão responsável pelos mercados nos EUA) em dezembro.

A empresa está procurando uma valorização entre US$ 90 e US$ 100 bilhões, com uma oferta de cerca de US$ 10 bilhões em ações ao mercado.
Se a empresa arrecadar mais de US$ 10 bilhões com a venda de ações entraria como um dos maiores IPOs da história dos EUA. No mercado de tecnologia, ficaria aquém apenas da varejista Alibaba e do Facebook.

Os maiores IPOs nos EUA:
  • Alibaba Group Holding US$ 21,767 bilhões
  • Visa US$ 17,864 bilhões
  • ENEL SpA US$ 16,452 bilhões
  • Facebook US$ 16,007 blilhões
  • General Motors US$ 15,774 bilhões
  • AT&T Wireless Group US$ 10,620 bilhões
  • Kraft Foods US$ 8,680 bilhões
Segundo o Uber, a empresa está atualmente em mais de 700 cidades e tinha 91 milhões de usuários no final de 2018, que faziam cerca de 14 milhões de viagens por dia e afirma já ter pago mais de US$ 78 bilhões a motoristas.

A documentação também traz informações específicas sobre o Brasil, que é um dos maiores mercados da empresa. Segundo o balanço apresentado pelo Uber ao órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos, a empresa faturou US$ 959 milhões no Brasil no ano passado, um aumento de 306% em relação aos ganhos locais em 2016, quando a Uber teve faturamento de US$ 236 milhões no país.

Entre os riscos ao desenvolvimento do negócio, o Uber afirma estar em um mercado "altamente competitivo, com alternativas bem estabelecidas e de baixo custo que estão disponíveis há décadas". A companhia também cita baixas barreiras de entradas e concorrentes bem capitalizados para competir no mercado.

A empresa afirma que pode voltar a oferecer vantagens para usuários e motoristas para se manter competitiva e diz que o negócio seria "afetado de maneira adversa se motoristas fossem classificados como empregados e não como terceirizados independentes".

Senadores dos EUA propõem lei contra algoritmos preconceituosos nas empresas de tecnologia



A proposta ressalta o crescente interesse de Washington em regulamentar das grandes companhias do setor.


Por Reuters 

Postado em 12 de abril de 2019 às 17h00m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Novas regras se aplicariam às empresas com faturamento anual superior a US$ 50 milhões, às que comercializam informações de consumidores ou às que detêm dados de mais de 1 milhão de usuários. — Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite 
Novas regras se aplicariam às empresas com faturamento anual superior a US$ 50 milhões, às que comercializam informações de consumidores ou às que detêm dados de mais de 1 milhão de usuários. — Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite

Parlamentares norte-americanos propuseram na quarta-feira (10) uma lei que exigiria que grandes empresas de tecnologia detectassem e eliminassem quaisquer algoritmos e processos de inteligência artificial que gerassem viés e discriminação.

A proposta ressalta o crescente interesse de Washington na regulamentação do Vale do Silício e vem depois de o Departamento de Habitação e Urbanismo americano acusar o Facebook por discriminação em anúncios de moradia.

Intitulado 'Algorithmic Accountability Act', a proposta daria novos poderes à Comissão Federal de Comércio (FTC) e forçaria as empresas a estudarem se preconceitos raciais, de gênero são criados por suas tecnologias. As regras se aplicariam a empresas com faturamento anual acima de US$ 50 milhões, às que compram e vendem informações de consumidores e às que detêm dados de mais de 1 milhão de usuários.

"Os computadores estão cada vez mais envolvidos nas decisões importantes que afetam a vida dos americanos — se alguém pode ou não comprar uma casa, conseguir um emprego ou até mesmo ir para a cadeia", disse o senador democrata Ron Wyden em um comunicado de imprensa anunciando o projeto.

"Mas, em vez de eliminar o preconceito, com frequência esses algoritmos confiam em suposições tendenciosas ou dados que podem reforçar a discriminação contra mulheres e pessoas de cor", afirmou.

O comunicado à imprensa citou como exemplo uma reportagem informando que a Amazon havia descartado um mecanismo de recrutamento automatizado que era preconceituoso contra mulheres, além da acusação do Departamento de Habitação e Urbanismo contra o Facebook.

O senador Cory Booker e a deputada Yvette Clarke, ambos democratas, juntaram-se a Wyden para apresentar o projeto de lei, que pode enfrentar uma batalha difícil no Senado, controlado pelos republicanos.

A Associação da Internet, que tem Amazon, Facebook, Google e outras grandes empresas de tecnologia como membros, não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.