"Pesquisa realizada pela Opinion Box e o Mundo do Marketing mostra que não é preciso partir do zero para que uma novidade seja percebida como inovadora pelo brasileiro."
O que é inovar? No dicionário a definição é introduzir novidades, renovar, inventar, criar. Parece simples, mas para as empresas representa um grande desafio, que demanda investimentos e empenho, principalmente quando elas buscam lançar um produto ou serviço completamente inédito.
O que as marcas geralmente não percebem é que nem sempre é preciso criar algo do zero para que o consumidor perceba na oferta uma inovação, como mostra a pesquisa Inovação sob a Ótica do Consumidor, realizada pela Opinion Box em parceria com o Mundo do Marketing.
O resultado do levantamento vem sendo apresentado, com exclusividade, durante o Circuito Mundo do Marketing de Tendências e Oportunidades para Inovar, que teve início no último dia 13, em Belo Horizonte, e ainda percorrerá outras nove cidades.
Nesta sexta-feira, será a vez de Curitiba receber as palestras. A pesquisa, cujo objetivo foi entender como os internautas brasileiros percebem e se comportam diante de novos produtos e serviços, ouviu 1.827 pessoas, entre 27 de fevereiro e cinco de março deste ano.
Uma das conclusões é que mudanças não tão significativas em uma oferta podem ser consideradas inovadoras pelo consumidor final, desde que represente uma melhoria no dia a dia dele. “Criar algo do zero é muito difícil, e as pessoas já perceberam isso.
Caso a marca altere alguma coisa no que já oferece, pode ser considerado inovação. E essas mudanças podem ser realizadas pelas empresas no cotidiano delas, porque são mais simples”, ressalta Felipe Schepers, COO e Cofundador da Opinion Box, durante apresentação no Circuito Mundo do Marketing.
Novos sabores e venda na internet
Entre os entrevistados, 79% concordaram com a frase “inovação não precisa ser algo totalmente inesperado, mas que me ajude ou melhore o meu dia a dia”. Ao mesmo tempo, 71% deles consideram que todo lançamento de produto ou serviço precisa trazer alguma inovação. “Esse é o desejo do consumidor. Ele quer a novidade para motivá-lo a comprar e experimentar a oferta que chega ao mercado”, analisa Schepers.
É considerado inovador por 76% dos internautas o tão corriqueiro lançamento de novos sabores ou fragrâncias de produtos que já existem no mercado - iniciativa amplamente explorada pela indústria de alimentos e de bebidas. A criação de um e-commerce por uma marca também é apontada como uma inovação pelos consumidores, mesmo com o grande número de lojas virtuais já existentes na rede.
A percepção se deve ao fato de essas mudanças estarem inseridas e serem plenamente percebidas na rotina dos consumidores. “As pessoas ainda sentem falta de muitas marcas no e-commerce, que tem um longo caminho a percorrer no Brasil. As empresas devem se perguntar quais produtos podem colocar na internet e iniciar a operação na web, mesmo que seja por etapas”, pontua o COO e Cofundador da Opinion Box.
Essa estratégia pode servir mesmo para a indústria, como mostrou a Lacta que, este ano, irá vender ovos de Páscoa pela internet. Quem visitar o site da fabricante encontrará um botão de comprar ao lado de cada produto.
A iniciativa, viabilizada por meio de uma parceria com o Grupo Pão de Açúcar, mira nos consumidores que deixam a aquisição do presente para cima da hora, mas, ao mesmo tempo, não querem enfrentar as filas que se formam no varejo nem a falta de variedade comum na reta final da data comemorativa. O serviço estará disponível para apenas três praças: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Novos canais de comunicação
A abertura de um novo canal de comunicação com os consumidores tende a ser encarado como inovação. Uma empresa que crie um aplicativo para serviços do dia a dia, como chamar um táxi ou reservar uma mesa em um restaurante, é classificada como inovadora por 81% dos internautas brasileiros. A pesquisa mostra também que outras mudanças em ofertas muito realizadas pelas empresas não são vistas da mesma forma.
Apenas 18% dos consumidores consideram uma inovação uma marca lançar um produto que já exista no portfólio de concorrentes. Nesse caso, muitos encaram a novidade como cópia. Metade dos internautas não classificam como inovadora a mudança na embalagem de linhas disponíveis no varejo, outro investimento realizado com recorrência por fabricantes. Para que essa alteração seja encarada de outra forma, é preciso que haja alguma sofisticação neste processo.
Caso a mudança seja acompanhada de outro benefício para o usuário ou mesmo para o planeta, ela pode ser percebida sim como inovadora. Ou seja, dependerá do argumento usado pela empresa. “Mudar de um pacote de 90 gramas para 150 gramas não gera a percepção de inovação. Há uma valorização, por outro lado, de questões com apelo à sustentabilidade. Oferecer um argumento verde para a mudança da embalagem dará a ideia de inovação”, destaca Schepers.
Expectativas e comportamentos diante da inovação
A pesquisa, que ouviu pessoas de diversas faixas etárias e todas as regiões do país, aponta ainda quais conceitos e empresas vêm à mente dos internautas quando o tema é inovação. Mostra também quais as expectativas e os comportamentos da pessoas quando se veem diante de um novo produto ou serviço.
Será que os consumidores estão dispostos a pagar mais por itens inovadores? Ou eles consideram que o desenvolvimento de novos produtos e processos deve resultar na redução de custos? Estas são mais algumas questões respondidas pelo levantamento.
O Circuito Mundo do Marketing de Tendências e Oportunidades para Inovar estará, nesta sexta-feira, em Curitiba e passará ainda por outras cidades, tais como Porto Alegre (23 de março), Florianópolis (27 de março), Salvador (30 de março), Brasília (seis de abril), Fortaleza (10 de abril), Recife (14 de abril), Rio de Janeiro (oito de maio) e São Paulo (14 de maio).
Leia também: Design Thinking: catalisador de possíveis inovações. Estudo do Mundo do Marketing Inteligência.
O que as marcas geralmente não percebem é que nem sempre é preciso criar algo do zero para que o consumidor perceba na oferta uma inovação, como mostra a pesquisa Inovação sob a Ótica do Consumidor, realizada pela Opinion Box em parceria com o Mundo do Marketing.
O resultado do levantamento vem sendo apresentado, com exclusividade, durante o Circuito Mundo do Marketing de Tendências e Oportunidades para Inovar, que teve início no último dia 13, em Belo Horizonte, e ainda percorrerá outras nove cidades.
Nesta sexta-feira, será a vez de Curitiba receber as palestras. A pesquisa, cujo objetivo foi entender como os internautas brasileiros percebem e se comportam diante de novos produtos e serviços, ouviu 1.827 pessoas, entre 27 de fevereiro e cinco de março deste ano.
Uma das conclusões é que mudanças não tão significativas em uma oferta podem ser consideradas inovadoras pelo consumidor final, desde que represente uma melhoria no dia a dia dele. “Criar algo do zero é muito difícil, e as pessoas já perceberam isso.
Caso a marca altere alguma coisa no que já oferece, pode ser considerado inovação. E essas mudanças podem ser realizadas pelas empresas no cotidiano delas, porque são mais simples”, ressalta Felipe Schepers, COO e Cofundador da Opinion Box, durante apresentação no Circuito Mundo do Marketing.
Novos sabores e venda na internet
Entre os entrevistados, 79% concordaram com a frase “inovação não precisa ser algo totalmente inesperado, mas que me ajude ou melhore o meu dia a dia”. Ao mesmo tempo, 71% deles consideram que todo lançamento de produto ou serviço precisa trazer alguma inovação. “Esse é o desejo do consumidor. Ele quer a novidade para motivá-lo a comprar e experimentar a oferta que chega ao mercado”, analisa Schepers.
É considerado inovador por 76% dos internautas o tão corriqueiro lançamento de novos sabores ou fragrâncias de produtos que já existem no mercado - iniciativa amplamente explorada pela indústria de alimentos e de bebidas. A criação de um e-commerce por uma marca também é apontada como uma inovação pelos consumidores, mesmo com o grande número de lojas virtuais já existentes na rede.
A percepção se deve ao fato de essas mudanças estarem inseridas e serem plenamente percebidas na rotina dos consumidores. “As pessoas ainda sentem falta de muitas marcas no e-commerce, que tem um longo caminho a percorrer no Brasil. As empresas devem se perguntar quais produtos podem colocar na internet e iniciar a operação na web, mesmo que seja por etapas”, pontua o COO e Cofundador da Opinion Box.
Essa estratégia pode servir mesmo para a indústria, como mostrou a Lacta que, este ano, irá vender ovos de Páscoa pela internet. Quem visitar o site da fabricante encontrará um botão de comprar ao lado de cada produto.
A iniciativa, viabilizada por meio de uma parceria com o Grupo Pão de Açúcar, mira nos consumidores que deixam a aquisição do presente para cima da hora, mas, ao mesmo tempo, não querem enfrentar as filas que se formam no varejo nem a falta de variedade comum na reta final da data comemorativa. O serviço estará disponível para apenas três praças: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Novos canais de comunicação
A abertura de um novo canal de comunicação com os consumidores tende a ser encarado como inovação. Uma empresa que crie um aplicativo para serviços do dia a dia, como chamar um táxi ou reservar uma mesa em um restaurante, é classificada como inovadora por 81% dos internautas brasileiros. A pesquisa mostra também que outras mudanças em ofertas muito realizadas pelas empresas não são vistas da mesma forma.
Apenas 18% dos consumidores consideram uma inovação uma marca lançar um produto que já exista no portfólio de concorrentes. Nesse caso, muitos encaram a novidade como cópia. Metade dos internautas não classificam como inovadora a mudança na embalagem de linhas disponíveis no varejo, outro investimento realizado com recorrência por fabricantes. Para que essa alteração seja encarada de outra forma, é preciso que haja alguma sofisticação neste processo.
Caso a mudança seja acompanhada de outro benefício para o usuário ou mesmo para o planeta, ela pode ser percebida sim como inovadora. Ou seja, dependerá do argumento usado pela empresa. “Mudar de um pacote de 90 gramas para 150 gramas não gera a percepção de inovação. Há uma valorização, por outro lado, de questões com apelo à sustentabilidade. Oferecer um argumento verde para a mudança da embalagem dará a ideia de inovação”, destaca Schepers.
Expectativas e comportamentos diante da inovação
A pesquisa, que ouviu pessoas de diversas faixas etárias e todas as regiões do país, aponta ainda quais conceitos e empresas vêm à mente dos internautas quando o tema é inovação. Mostra também quais as expectativas e os comportamentos da pessoas quando se veem diante de um novo produto ou serviço.
Será que os consumidores estão dispostos a pagar mais por itens inovadores? Ou eles consideram que o desenvolvimento de novos produtos e processos deve resultar na redução de custos? Estas são mais algumas questões respondidas pelo levantamento.
O Circuito Mundo do Marketing de Tendências e Oportunidades para Inovar estará, nesta sexta-feira, em Curitiba e passará ainda por outras cidades, tais como Porto Alegre (23 de março), Florianópolis (27 de março), Salvador (30 de março), Brasília (seis de abril), Fortaleza (10 de abril), Recife (14 de abril), Rio de Janeiro (oito de maio) e São Paulo (14 de maio).
Leia também: Design Thinking: catalisador de possíveis inovações. Estudo do Mundo do Marketing Inteligência.