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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PCI Express 3.0 provoca melhora significativa no desempenho? Veja análise


Felipe Alencar
por
Para o TechTudo

19/11/2016 06h00 - Atualizado em 19/11/2016 06h00
Postado em 06 de dezembro de 2016 às 23h55m
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
O PCI Express, ou PCIe, é um tipo de slot bastante comum nas placas-mãe e que servem para que o usuário instale os mais diversos tipos de placas de expansão no computador. O conector é muito usado, por exemplo, para a instalação de placas de vídeo dedicadas, devido à taxa de transmissão mais alta. Mas, nada impede que o usuário instale placas de rede, placas de som, placa de captura e outras num slot PCIe.

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Atualmente existem três versões, a 1.0; 2.0 e 3.0. A primeira já está obsoleta e só é encontrada em placas-mãe antigas. A mais comum é a 3.0, porém, algumas placas ainda usam a versão 2.0. Qual a diferença entre elas? Será que o slot PCI Express 3.0 provoca mesmo uma melhora tão significativa no desempenho? Confira a seguir.
Veja se a sua placa-mãe possui um slot PCIe (Foto: Filipe Garrett/TechTudo)
Slot PCIe vale mesmo a pena? (Foto: Filipe Garrett/TechTudo)

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O que é o PCI Express
Antes de mais nada, vamos explicar um pouco sobre o que é PCIe. É importante desfazer o mito de que o PCIe é similar ao PCI. A única coisa parecida é o nome. A tecnologia PCI diz respeito a um barramento, enquanto que a tecnologia PCI Express descreve uma conexão ponto a ponto entre dois dispositivos.

Isso significa que um slot PCI Express interliga apenas dois dispositivos em um canal exclusivo, enquanto que um slot PCI pode ser compartilhado com vários dispositivos ao mesmo tempo, o que reduz a velocidade de transferência de dados.

 A tecnologia PCI Express utiliza um sistema de comunicação em série de alta velocidade, enquanto que o PCI usa uma comunicação paralela. A comunicação em série já provou ser muito mais rápida e eficiente que a paralela, que está sujeita a muitas interferências, atrasos e perdas de bits.

Exemplos de outros padrões que fazem a comunicação em série é o USB e o SATA.
E é graças à sua comunicação em série que os slots PCIe são usados especialmente para a instalação de placas de vídeo, já que elas transmitem uma quantidade muito grande de dados.

Como funciona a tecnologia PCI Express?
O PCI Express trabalha com o conceito de pistas. A comunicação entre dois dispositivos, como uma placa de vídeo e o processador, se dá através destas pistas. Cada pista só pode transmitir um bit por pulso de clock. No PCIe, as pistas são full duplex, ou seja, possuem uma via para transmissão e outra para recepção de dados.

Quando um slot PCIe possui apenas uma pista de comunicação, ele é chamado de x1. Os tipos de slot PCie são x1, x4, x8 e x16. Assim, quanto maior o número de pistas, mais dados serão trocados entre os dispositivos por cada pulso de clock.
Placa-mãe GA-AM1M-S2P (Foto: Divulgação/ Gigabyte) (Foto: Placa-mãe GA-AM1M-S2P (Foto: Divulgação/ Gigabyte))
Slot é muito usado para colocar placa de vídeo dedicada 
(Foto: Divulgação/ Gigabyte)

Diferenças entre as versões do PCI Express
A versão 1.0 do PCI Express possui um clock de 2,5 GHz. Isso significa que ele tem uma taxa de transmissão de 2,5 Gbps, ou seja, 250 MB/s. Já a versão 2.0 dobra essa taxa, já que o clock é de 5 GHz. Portanto, a taxa de transmissão é de 5 Gbps (500 MB/s).

Já a versão 3.0 dobra a taxa de transferência mais uma vez, atingindo 8 Gbps, o que dá uma transmissão de 1 GB/s. Porém, o detalhe é que o clock não dobrou para isso ser possível. O clock utilizado pelo PCIe é de 8 GHz. Isso se deve ao tipo de codificação usado pelos padrões 2.0 e 3.0.

 As versões 1.0 e 2.0 usam um padrão de codificação chamado de 8b/10b, o mesmo usado pelo Fast Ethernet. Essa codificação indica que para ele enviar 8 bits de dados, ele precisa mandar um pacote com 10 bits. Os 2 bits extras são puro desperdício e consomem 20% da largura de banda do canal PCIe.
O PCIe 3.0, por sua vez, usa uma codificação chamada de 128b/130b; que segue a mesma lógica. Ou seja, para enviar 128 bits, o canal PCIe envia na verdade 130 bits. Isso significa um desperdício muito menor.
Em outras palavras, para enviar 128 bits válidos, o PCIe 3.0 desperdiça apenas 2 bits. Já a versão anterior, para conseguir enviar 128 bits válidos, desperdiça 32 bits (dois a cada oito bits).

Por causa disso, o padrão 3.0 pode enviar o dobro de dados com um clock apenas um pouco maior que a versão 2.0. Isso representa uma economia de energia e de pulsos de clock. O PCIe 2.0 x16 consegue transmitir 8 GB/s. Já a versão 3.0 x16 transmite 16 GB/s. Ou seja, é 1 GB/s em cada pista.

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Tal velocidade é essencial nas placas de vídeo, visto que elas processam e enviam milhões de informações por segundo. A diferença de desempenho de uma placa de vídeo ligada a um slot PCIe 2.0 para uma ligada a um slot PCIe 3.0 é realmente significativa e faz a diferença.

Porém, é importante ter em mente que a largura de banda também é limitada por outros fatores, como o processador utilizado ou da própria placa de vídeo.

Cloud funciona como servidor caseiro para salvar até 8 TB em arquivos


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

15/11/2016 06h00 - Atualizado em 15/11/2016 06h00
Postado em 06 de dezembro de2016 às 23h40m
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O Cloud, da Daplie, é um servidor pessoal para armazenamento de dados na nuvem, que apresenta como grandes vantagens a ausência de mensalidade e o controle total sobre o armazenamento, que fica nas mãos do próprio usuário. Outro aspecto que chama atenção sobre a ideia é que o Cloud tem formato modular, ou seja, é possível aumentar o espaço ao comprar mais de uma unidade, bastando encaixar novos discos.

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Com a personalização, é possível chegar a um armazenamento de até 8 TB. O Cloud se destaca porque permite que você mantenha seus dados no servidor em casa, sujeito às suas condições de acesso à rede, e não armazenado em algum serviço de terceiros, em que os arquivos ficam guardados em máquinas distantes de você.
Cloud tem design moderno e discreto (Foto: Divulgação/Daplie)
Cloud tem design moderno e discreto (Foto: Divulgação/Daplie)

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Essa característica fornece ao Cloud um nível de autonomia e de privacidade que não pode ser igualado por serviços de armazenamento convencionais, como Google Drive, Dropbox e OneDrive.

Fácil de usar, o Cloud apenas precisa ser conectado à internet. Para controlar o servidor e administrar os arquivos retidos nele, o usuário precisa do aplicativo para celular. O usuário também precisa criar um endereço para a nuvem pessoal, como nuvempessoal.com, para poder acessar remotamente o conteúdo do servidor em qualquer lugar do mundo.
Combinando vários Clouds, o usuário pode aumentar o espaço total de armazenamento até atingir o máximo de 8 TB (Foto: Divulgação/Daplie)
Combinando vários Clouds, o usuário pode aumentar 
o espaço total de armazenamento até atingir o máximo 
de 8 TB (Foto: Divulgação/Daplie)

A nuvem pessoal da Daplie foi anunciada no Indiegogo e atingiu a meta de arrecadação em pouco tempo. Se você está interessado na ideia, resta ainda um mês para contribuir. O pacote mais barato tem preço de US$ 200 (R$ 640, em conversão direta), mais frete para o Brasil de US$ 35 (R$ 112) – contudo, é válido lembrar que os valores não incluem taxas, caso essa seja a forma de pagamento escolhida. A entrega é prevista para junho de 2017.

Via Indiegogo

História do teclado: veja como este periférico tão importante foi pensado


Raquel Freire
por
Para o TechTudo
04/12/2016 06h00 - Atualizado em 04/12/2016 06h00
Postado em 06 de dezembro de 2016 às 22h30m
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O teclado é o principal periférico de entrada do computador. É quase impossível pensar em trabalhar ou estudar diante do PC sem este componente, que desde meados do século XX permite a interação humana com as máquinas de processamento de dados. 

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Conheça a seguir a história da criação e evolução do teclado - desde a máquina de escrever aos teclados virtuais-, que há muito tempo invadiu smartphones e tablets e marcou presença definitiva no nosso dia a dia.
Switches são os mecanismos responsáveis por transmitir o seu comando para o controlador do teclado (Foto: Divulgação/CMStorm) (Foto: Switches são os mecanismos responsáveis por transmitir o seu comando para o controlador do teclado (Foto: Divulgação/CMStorm))
Descubra como o teclado foi inventando 
(Foto: Divulgação/CMStorm)

Máquina de escrever e o legado do QWERTY
Mesmo quem nunca precisou digitar em uma máquina de escrever sabe que a posição das teclas é idêntica a do teclado do PC. O design, denominado QWERTY por causa das seis primeiras letras da fileira de cima, foi herdado por um motivo óbvio: por volta da década de 40, quando surgiram os primeiros computadores, as máquinas de escrever já eram populares há muito tempo. Transportar o layout de um aparelho para o outro foi um passo natural para facilitar a adaptação ao novo dispositivo.

Mas, não é tão óbvio assim o motivo pelo qual as máquinas de escrever têm esse design. O idealizador do modelo QWERTY, Christopher Latham Sholes, implementou essa formatação em uma máquina fabricada em 1868. A razão? Diminuir a velocidade da digitação. Sim, é isso mesmo. Na época, os tipos – aquela peça de metal com os caracteres na ponta – travavam quando as pessoas datilografavam rápido. Trocar a posição das teclas, tirando-as da ordem alfabética, foi um jeito de conseguir esse feito.
Máquina de escrever com teclado QWERTY (Foto: Divulgação/Royal)
Máquina de escrever com teclado QWERTY 
(Foto: Divulgação/Royal)

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Pode reparar: na segunda fileira do seu teclado há uma boa sequência de letras em ordem alfabética – ou quase. Os caracteres D, F, G, H, J, K e L ficam um do lado do outro.

Nessa série só não estão presentes as letras E e I, colocadas para cima justamente porque são muito usadas na língua inglesa. Pela mesma razão, outra letra muito frequente, A, foi deslocada para o canto esquerdo, tendo que ser pressionada pelo dedo mindinho.

O problema de travamento nunca se aplicou aos computadores, é claro, mas não teve jeito. A tradição fez com que o teclado QWERTY se transformasse no padrão de uso global até os dias atuais, repletos de teclados virtuais em smartphones e tablets.

Entrada de dados por teclas
A máquina de escrever não é o único ancestral do teclado. O periférico também foi influenciado pelo teletipo – também conhecido como teleimpressor -, e pelo perfurador de cartão. A herança aqui diz respeito não apenas à forma, mas também à finalidade, já que ambos desempenharam papel importante na entrada e comunicação de dados eletromecânicos.

Uma espécie de teletipo rudimentar já era usado em 1870 na bolsa de valores dos Estados Unidos para impressão de texto transmitido via cabo. O aparelho, que trazia um teclado igual ao das máquinas de datilografia, foi usado durante quase todo o século XX para envio e recebimento de mensagens mecanografadas, fosse ponto a ponto ou ponto a multipontos. Nas versões mais modernas, um monitor substituía a impressora.
Teletipo da Siemens (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Teletipo da Siemens (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

O perfurador de cartão, por sua vez, era dispositivo que criava os cartões perfurados, principal método de entrada, saída e armazenamento de dados dos computadores antigos. Um dos primeiros perfuradores foi desenvolvido em 1890, por Herman Hollerith, um dos fundadores do que viria mais tarde a se transformar na IBM. Já por volta de 1930 os perfuradores incorporaram teclas de texto e número semelhantes às máquinas de escrever.

Teclado em computadores
Ainda na década de 40 os computadores incorporaram o teclado como periférico de entrada. Desenvolvido em 1946 e considerado um dos primeiros computadores do mundo, o Eniac ainda contava somente com leitor de cartão perfurado, mas ele foi usado apenas pelo Laboratório de Pesquisas Balísticas do Exército dos Estados Unidos. 
O primeiro computador eletrônico vendido na história, o Binac, surgia já em 1949 com uma máquina de escrever controlada eletro-mecanicamente. O dispositivo conseguia realizar entrada de dados diretamente na fita magnética, assim como imprimir os resultados processados pela CPU.

Em 1965, o MIT, a Bell Laboratories e a General Electric criaram o Multics, um sistema multiusuário e de tempo compartilhado. O sistema operacional incentivou o desenvolvimento de uma nova interface de usuário, o terminal de exibição de vídeo, que combinou a tecnologia usada nas TVs de tubo da época com as máquinas de escrever elétricas. Como nunca antes, os usuários passaram a conseguir ver os caracteres que estavam digitando.
DataPoint 3300, um dos primeiros terminais com suporte a vídeo (Foto: Divulgação/CTC)
DataPoint 3300, um dos primeiros terminais com 
suporte a vídeo (Foto: Divulgação/CTC)

O teclado ficou como praticamente único periférico de entrada até a chegada do mouse nos PCs, na década de 1980. A tela do usuário, até então preenchida quase que exclusivamente com texto, passou a dividir espaço com ícones e gráficos comparativamente ricos. Ainda assim, o teclado permaneceu central na interação humana com o computador.

O teclado hoje
A grande variedade de dispositivos atualmente faz com que existam diversos tipos de teclado. Os mais comuns nos PCs e notebooks ainda são os de membrana, que podem ser encontrados por preços a partir de R$ 20. Eles se caracterizam por ter uma peça única de silicone no interior (a membrana), através da qual o acionamento é feito ao pressionar uma tecla.

Uma variação mais sofisticada dos modelos convencionais é o teclado mecânico. Por fora o design é o mesmo, mas internamente há uma diferença crucial: cada tecla possui um conjunto de interruptor e mola individuais, fazendo com que o tempo de resposta seja bem mais curto. O usuário também tende a se cansar menos com essa versão, pois o mecanismo requer pouca força nos dedos.
Razer Ornata Chroma, teclado mecânico para gamers (Foto: Divulgação/Razer)
Razer Ornata Chroma, teclado mecânico para gamers 
(Foto: Divulgação/Razer)

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Usado principalmente por gamers, os teclados mecânicos são mais caros. Modelos intitulados semi-mecânicos custam em torno de R$ 170, enquanto os mecânicos de verdade têm preços variando de R$ 200 até impressionantes R$ 3.500. O Razer Ornata, por exemplo, custa R$ 699 em sua versão mais barata e R$ 799 na mais cara, o Chroma, que tem luz de fundo em diversas cores.

Há ainda os teclados flexíveis, que saem por aproximadamente R$ 100. Eles duram menos, mas têm a facilidade de transporte como apelo. Na mesma linha e faixa de preço estão os projetores de teclado virtual, ideais para conexão com celulares e tablets, garantindo digitação mais confortável do que os teclados nativos desses aparelhos. Naturalmente, vários fatores influenciam no preço de um teclado, como conectividade, presença de teclado numérico à parte, compatibilidade com dispositivos móveis etc.
Projetor de teclado virtual a laser para celulares e tablets (Foto: Divulgação/IMM)
Projetor de teclado virtual a laser para celulares e tablets 
(Foto: Divulgação/IMM)

A lista de modelos de teclado disponíveis hoje é enorme. Afinal, o periférico é tão importante no dia a dia que é quase certo que você use pelo menos dois tipos diferentes.

Mesmo com tantas tecnologias novas para entrada de dados – reconhecimento de voz e gestos, impressão digital – o teclado ainda é o que comanda seu PC, notebook, smartphone e tablet. E assim deve seguir por um bom tempo.