Empresa participa de debate com governo para aplicação da nova tecnologia.
Por Valor Online
10/07/2020 21h57 Atualizado há 17 horas
Postado em 11 de julho de 2020 às 13h00m
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Além de conexão mais veloz, empresa promete atuar em diferentes áreas
ao mesmo tempo Ameaçada de ser barrada na implantação da telefonia móvel
de quinta geração (5G) no Brasil, a Huawei segue
participando de debates com integrantes do governo e apresentando as
oportunidades que vão surgir no país com a chegada do padrão
tecnológico.
Em debate realizado nesta sexta-feira com parlamentares e integrantes
dos ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
o diretor de soluções integradas da Huawei, Carlos Roseiro, disse que
parte das aplicações da nova geração do serviço celular 5G será
“tropicalizada”, como forma de atender à demanda da economia local.
“Fazer o 5G para uma empresa não significa instalar o equipamento e
garantir uma cobertura e, então, a eficiência vai vir. É muito mais do
que isso”, disse Roseiro, ao participar promovido pela “Aliança Conecta
Brasil F4” e transmitido pela internet.
O diretor da Huawei explicou que o 5G, além de oferecer um dispositivo
com conexão ainda mais veloz, atuará em diferentes áreas ao mesmo tempo.
Ele deu o exemplo de uma fábrica que, ao passar por este processo de
transformação digital, deverá contar com um servidor local, contratar um
serviço de armazenamento e processamento de dados na nuvem, implementar
processos por meio de inteligência artificial e desenvolver aplicações
específicas que resolvam “problemas locais”, da realidade das empresas
brasileiras.
“Isso só os brasileiros conseguem fazer. Não há mágica que vem e
resolve todos os problemas com uma solução universal. Tem que ser
customizado, localizado, ou tropicalizado, se preferirem”, afirmou o
executivo do fabricante chinês, considerado líder mundial no
fornecimento de equipamentos de telecomunicações.
Para Roseiro, essa característica do padrão 5G será capaz de
proporcionar maior produtividade para segmentos da indústria e de
serviços e gerar empregos para além do setor de telecomunicações.
O leilão de licenças 5G está
programado para o primeiro semestre de 2021. A proibição ao uso da de
equipamentos chineses é defendida pela ala ideológica do governo,
liderada pelo Itamaraty, que busca alinhamento com os Estados Unidos.
Os americanos alertam para o risco de espionagem comandada pelo governo
chinês. Isso, no entanto, é entendido como parte da guerra comercial
entre as duas potências e o Brasil deveria ficar de fora para não sofrer
retaliações.
Infográfico explica o que é o 5G — Foto: Fernanda Garrafiel/G1