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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Neuromarketing: a ciência começa a ficar mais acessível ao mercado


"Técnicas de avaliação do emocional e do inconsciente dos consumidores barateiam e ganham portabilidade e escalabilidade, atraindo uma gama diversificada de marcas."



*$:$* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 30/09/2014



Muitos já sabem: o consumidor não é puramente racional e, por isso, sua volatilidade é cada vez mais levada em conta pelas marcas de diversos setores. 

Até 95% de toda informação processada no cérebro pertencem ao implícito, ao não-verbal, ou seja, ao inconsciente. Nesse cenário, o desafio de desvendar os desejos dos consumidores ganhou complexidade. 

Algumas grandes empresas passaram, então, a recorrer ao Neuromarketing nessa empreitada, num processo consideravelmente mais caro do que as pesquisas tradicionais e proibitivo para negócios menores. Com o desenvolvimento da tecnologia, entretanto, as médias já podem - e devem - ampliar suas análises para o campo emocional de seu público-alvo.

Levar consumidores para um laboratório e plugar fios em sua cabeça para analisar as respostas cerebrais ou ainda colocá-los em uma máquina capaz de fazer um mapeamento funcional por ressonância magnética (do inglês functional magnetic ressonance imaging – fMRI) ainda é economicamente inviável para a maioria das companhias. 

Outras técnicas e equipamentos, no entanto, estão barateando-se rapidamente e, consequentemente, popularizando-se no mercado, especialmente o norte-americano.
A codificação facial, o Teste de Associação Implícita e o eye tracking são algumas das técnicas que já são aplicadas em consumidores até pela internet, com uso de webcams e, agora, com os óculos inteligentes. 

“A neurociência do consumo é ampla e está se tornando mais acessível e portátil. Os preços estão caindo muito rapidamente se comparado com o que era cobrado cinco ou até três anos atrás. 

As técnicas também estão se tornando escalonáveis à medida que podem ser aplicadas pelo computador”, afirma Franck Sarrazit, Diretor de Américas de Brand e Comunicação da TNS Global, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Técnicas “por streaming”
A tendência, dizem os especialistas, é de que esses experimentos possam ser oferecidos, em breve, do mesmo modo em que se aluga filmes e músicas por streaming na web. “Os detentores da tecnologia estão se capacitando para oferecer as análises sob demanda. 


Você poderá entrar no site da pesquisadora, colocar os dados de seu cartão de crédito, selecionar os objetivos e esperar os resultados. Ao ser feito pelo computador, torna-se mais fácil dar escala aos testes”, analisa Sarrazit, que veio ao Brasil para evento de Inteligência de Mercado da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

Nos Estados Unidos, algumas empresas já estão investindo em seus próprios equipamentos, uma vez que uma webcam ou um Google Glass podem ser suficientes para registrar as reações dos consumidores e seus sinais não-verbais lidos por especialistas na área. 

As emoções das pessoas ficam evidentes, muitas vezes, por suas expressões, que são interpretadas na técnica de codificação facial.
Já o Teste de Associação Implícita inclui uma série de perguntas ao consumidor que são feitas de modo a detectar o que ele pensa, mas nem sempre diz. 

O Instituto de Harvard disponibiliza na web uma série de testes de demonstração do uso da técnica que apontam se o usuário tem uma preferência automática por indivíduos de determinada faixa etária, cor, país, peso, orientação sexual, entre outros.

Movimento de convergência
Há ainda o eye tracking, mais usado no varejo, em que óculos inteligentes ou uma câmera acoplada ao rosto do consumidor registra os movimentos dos olhos dele e para quais produtos ele olha nas gôndolas. 


A técnica é a mais difundida no mercado e também pode servir para avaliar para onde a atenção dele é atraída em um shopping. “Esses métodos já são intensamente explorados nos Estados Unidos e há empresas que investem em seus próprios equipamentos. 

Existem aplicativos para Google Glass que leem as emoções das pessoas. Essa tecnologia está se desenvolvendo muito rapidamente”, acrescenta o Diretor da TNS Global.
Atualmente, há players no mercado que disponibilizam soluções mais completas. 

Se alguns anos atrás havia os fornecedores de análises biométricas e outros de pesquisas tradicionais, a tendência agora é pela convergência, num movimento percorrido, por exemplo, pela Ipsos. 

Este ano, a companhia fechou parceria com a londrina Realeyes para poder aproveitar melhor os sinais da linguagem do corpo e do rosto em suas análises. Com isso, o serviço de codificação facial já é oferecido em 15 países pela empresa, inclusive o Brasil.

As técnicas já são amplamente usadas para testes em anúncios publicitários, sejam impressos, em televisão ou na internet, e para o ambiente de compras. Vem crescendo, mais recentemente, a adoção também na área de Pesquisa & Desenvolvimento, na criação e melhora de produtos. A L’Oréal é uma das marcas que já recorreu ao Neuromarketing para saber como está a aceitação dos consumidores a seus produtos.

Case L`Oréal
A empresa convidou algumas clientes para um teste de um creme para o rosto voltado para peles oleosas. Elas foram fotografadas com o item da marca e depois com o do concorrente, sem verem o resultado no espelho. 


Na sequência puderam olhar as imagens e os impulsos cerebrais em cada um dos casos foi registrado e analisado, para verificar qual das fotos chamava mais atenção. As respostas de atenção e de emoção foram mais intensas nas fotos com o creme da L’Oréal.

Para a marca, a técnica é interessante principalmente porque a questão da estética e da beleza não é racional. “O que é bonito para um é feio para outro. Também temos a questão de o brasileiro ter mais a tendência de ser bonzinho em pesquisa. 

Somos mais cordiais, menos diretos em críticas do que os europeus, por exemplo”, destaca Paula Costa, CMO da marca francesa no Brasil, que participou do evento realizado pela Amcham sobre “Neurociência Aplicada à Publicidade: Aprendizados da Pesquisa Brain”.

Neuromarketing | Comportamento | Comunicacao | Resultado

Marisa chega a 60 mil consultoras de venda direta

"Nordeste é a região com maior adesão, com mais de 20 mil profissionais cadastradas. Sistema está presente em 20 estados e tem previsão de alcançar todo o país até 2015."



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 30/09/2014



A Marisa alcançou a marca de 60 mil Consultoras de Moda e Estilo cadastradas para atuar no canal de venda direta. A maior parte das profissionais está no Nordeste, com mais de 20 mil colaboradoras. Atualmente, o sistema está presente em 20 estados e no Distrito Federal, com previsão de alcançar todo o país até 2015.

Voltada para pessoas com perfil empreendedor, a consultoria permite a possibilidade de ganhos ilimitados, em um trabalho com horários flexíveis. 

A empresa fornece mensalmente um encontro de capacitação em vendas a fim de que todas estejam aptas a representarem a marca. A varejista atua nesse modelo de negócio desde 2012 e o integra aos outros canais da empresa, como loja física e virtual.
Marisa, Venda Direta, Nordeste, varejista

Faturamento do franchising cresce 5,4% no semestre


"Comparação é com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da ABF. A projeção para 2014 é de crescimento de 5,5% a 7%, considerando-se a economia fraca."



*#:#* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 30/09/2014



O setor de franquias cresceu 5,4% em faturamento no segundo semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2013, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). 

No segundo trimestre, o incremento foi menor, alcançando 1,6%, na comparação com o ano passado. A projeção para 2014 é de crescimento de 5,5% a 7%, considerando-se a economia fraca.

Ainda segundo os resultados da Pesquisa de Desempenho do Franchising, a abertura de pontos de venda aumentou 3,6% no segundo trimestre, ante 1,2% de fechamento no mesmo período entre as marcas respondentes. 

A expectativa é de que o franchising chegue ao final de 2014 com um aumento de 9% a 10% no número de unidades franqueadas.
Franchising, franquia, ABF, desempenho

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Bradesco cria aplicativo que gera crédito na fatura do cartão


"Há ofertas como ganhe R$ 10,00 caso tenha despesa a partir de R$ 50,00 em um restaurante. Postos de combustíveis, redes de varejo e shopping também estão cadastrados"



*$:$* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 29/09/2014


O Bradesco criou um aplicativo que gera crédito na fatura do cartão à medida que ele é usado para pagamento de compras

ofertas como ganhe R$ 10,00 caso tenha despesa a partir de R$ 50,00 em um restaurante, paga com o cartão do banco. Os valores mudam, mas podem ser obtidos também em postos de combustíveis, redes de varejo e shopping centers.

Para descobrir as ofertas disponíveis nas proximidades, é preciso ativar a geolocalização no APP b.checkin. Efetuando o checkin após a compra, os créditos são disponibilizados para resgate via Internet Banking em até sete dias úteis. 

O software está disponível para todos os smartphones com sistema operacional iOS e Android. Ele possibilita ao cliente ainda personalizar sua lista de ofertas e traçar uma rota até o estabelecimento cadastrado.

Bradesco, APP

Após modismo, sustentabilidade ganha maturidade nos planos das marcas


"Conceitos vagos e discursos vazios já são raros no mercado e divulgação das ações ganha cautela. Consumidor mais informado exige iniciativas consistentes das empresas."




*$:$* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 29/09/2014



A palavra sustentabilidade entrou para o vocabulário das corporações brasileiras após a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (também conhecida como Cúpula da Terra ou Eco-92), realizada em 1992. 

A popularização do termo, entretanto, ocorreria ao longo dos anos 2000, década em que as empresas perceberam que se atrelar ao conceito poderia resultar em importantes vantagens competitivas. Foi um período em que o tema esteve presente no discurso, mas nem sempre na prática, o que acabou por gerar uma certa desconfiança dos consumidores. 

Hoje, nota-se mais cautela e timidez na comunicação de feitos responsáveis do ponto de vista socioambiental, demonstrando o alcance de um novo patamar de maturidade do mercado.

Em 2012, 60% dos brasileiros já tinham ouvido falar sobre sustentabilidade, o que representa um crescimento significativo do nível de conhecimento, considerando-se que, em 2010, esse percentual era de 44%, segundo levantamento feito pelo Instituto Akatu em parceria com a GFK Brasil. 

Por estarem mais informados, os consumidores também passaram a duvidar mais do que divulgam as empresas em termos de responsabilidade social e ambiental e apenas 8% acreditam, e 40% afirmam que “depende” nas ações das companhias. A credibilidade está relacionada a qual empresa propagou as informações e em qual meio de comunicação elas foram transmitidas.

Nesse processo de evolução, as marcas que mantinham um discurso vazio perceberam que não poderiam continuar com a prática, sob o risco de, em vez de aumentarem a credibilidade, a prejudicarem. “Antes, as empresas se autodenominavam as mais sustentáveis de seus setores nas peças de divulgação, mesmo se estivessem fazendo muito pouco. 

Hoje, se ouve menos falar sobre o tema, não necessariamente porque o assunto foi deixado de lado, mas porque as organizações estão mais cautelosas. Estamos num período de amadurecimento”, afirma Romualdo Ayres, Coordenador de Pós-Graduação em Gestão de Franquias da ESPM e Diretor de Sustentabilidade da ABF Rio, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Regulamentação pressiona por consistência
O próprio Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) criou normas para a publicidade da responsabilidade socioambiental e da sustentabilidade. 


Entre as regras definidas pelo órgão estão as exigências de se evitar “conceitos vagos que ensejem acepções equivocadas ou mais abrangentes do que as condutas apregoadas” e de “dispor de dados comprobatórios e de fontes externas que endossem, senão mesmo se responsabilizem pelas informações socioambientais comunicadas”. 

A entidade ainda ressalta que não “serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício socioambiental o mero cumprimento de dispositivos legais e regulamentares a que o anunciante se encontra obrigado”.

A maior vigilância do Conar reflete a cobrança também da intensificação da pressão por relevância das ações por parte da sociedade em geral. Fazer o básico já não é mais considerado um diferencial. “As empresas se veem hoje com o desafio de fazer melhorias em sua própria estrutura. 

Certos discursos já não geram impacto porque as pessoas estão mais críticas. A divulgação de informações vagas já não cola mais. Quando o tema voltar à tona, vai vir com mais qualidade, porque existe um movimento de preparação no mercado para um novo período da economia verde”, afirma Carolina Piccin, Sócia-Diretora da Matéria Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

As empresas que buscam se alinhar aos preceitos de sustentabilidade devem, primeiramente, estar regularizadas com as exigências legais, tais como documentos que autorizam o funcionamento, emitidos pelos Bombeiros, pelas prefeituras e demais órgãos reguladores, e o pagamento de impostos. 

O passo seguinte é olhar para as despesas com consumo de água, energia e outros recursos. Há ainda a necessidade de se verificar a retidão em relação ao tratamento com os funcionários, que devem ser contratados em regime de CLT, com benefícios como plano de saúde. De nada adianta fazer ações de caridade e não olhar para dentro do próprio negócio.

Preocupação com a cadeia produtiva
A responsabilidade socioambiental não só está ao alcance das pequenas e médias empresas, como também pode ser definitiva para a contratação delas pelas grandes corporações. “As multinacionais querem passar uma imagem coerente, o que as faz investir na construção de uma boa reputação.


Para isso, é fundamental ter insumos que venham de fornecedores que adotem as boas práticas. A preocupação vem dos próprios acionistas, que querem eliminar riscos de atuar com pequenas empresas que não tenham políticas de controle de questões ambientais e sociais”, destaca Marcus Nakagawa, Sócio-Diretor da iSetor, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Os possíveis danos à imagem causados por problemas na cadeia produtiva ficaram evidentes recentemente, nas últimas denúncias feitas à indústria da moda em relação ao uso de mão de obra escrava. As irregularidades são flagradas, em geral, em fornecedores, mas a condenação da sociedade recai sobre o grupo varejista. 

Foram tantas as incidências que a ONG Repórter Brasil lançou, em 2013, um aplicativo que aponta as redes que já foram autuadas por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. O APP Moda Livre busca incentivar que o usuário faça a escolha das marcas que veste de forma consciente.

Para evitar denúncias do tipo, a fabricante de embalagens cartonadas Tetra Pak audita todos os seus fornecedores semestralmente. Os esforços fazem parte de um plano bem maior de construção de uma imagem sustentável para a empresa, que consumiu R$ 17 milhões de investimento em 2013. 

Os recursos aplicados não podem ser desperdiçados por conta de falhas na cadeia produtiva. Todo o trabalho da Tetra Pak é estimulado por conta de a companhia atuar em um setor crítico para a poluição do planeta.

Embalagens são ponto crítico do consumo
As embalagens descartáveis costumam ser acusadas como responsáveis pela morte de muitos animais, em especial os marinhos, por conta da demora na biodegradação delas no meio ambiente. Para minimizar os danos e, consequentemente, os riscos para a perpetuidade da empresa, a Tetra Pak apoia mais de 600 cooperativas com 4,5 mil pontos de coleta. 


Com isso, a taxa de reciclagem das embalagens longa-vida no Brasil atingiu o patamar de 30% da produção em 2013, um crescimento de 9% em relação a 2012, chegando a 71 mil toneladas de produtos da fabricante.

A companhia passou também a fabricar no Brasil, em abril de 2014, todas as suas embalagens cartonadas com plástico verde, derivado da cana-de-açúcar em vez de combustíveis fósseis. A mudança atingiu todos os 13 bilhões de itens produzidos pela empresa anualmente para 150 clientes. 

Combinado ao papel, o polietileno de baixa intensidade aumenta o percentual de materiais renováveis na embalagem para até 82%. O biopolímero sustentável tem as mesmas propriedades físicas e químicas do tradicional.

As ações direcionadas à sustentabilidade incluem não só melhorias tecnológicas – a meta é chegar a um cartonado 100% reciclável –, como também na redução de desperdícios nas fábricas (98% já são reutilizados) e no apoio a mais de 600 cooperativas com 4,5 mil pontos de coleta extras. 

Atualmente, 12 profissionais atuam na área ambiental da companhia, fora os 25 consultores que fazem a ponte entre a empresa, as cooperativas e entre os sucateiros. A nova legislação federal, que tem como objetivo pôr fim aos lixões no país, também pressiona e responsabiliza as empresas pelos resíduos que seus produtos geram após o consumo final.

O papel educativo
A educação e a preservação ambiental dita os rumos da Tetra Pak. “O primeiro passo dentro de uma empresa é convencer o próprio colaborador a respeito do tema, o que já começamos a fazer 20 anos atrás. 


É um dever da corporação educar o público interno e o externo também sobre o diferencial dos produtos responsáveis. Na visão do consumidor, sustentabilidade está essencialmente relacionada à poluição e aquecimento global. Ainda não conseguimos detectar até que ponto essas preocupações influenciam a decisão de compra hoje, mas certamente existe uma tendência. 

As empresas que quiserem ter sucesso no futuro precisam começar a pensar sobre o tema hoje”, garante Fernando von Zuben, Diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, em entrevista ao Mundo do Marketing.

De acordo com uma pesquisa da Nielsen, realizada em junho de 2014, 67% das pessoas dizem que preferem trabalhar para empresas socialmente responsáveis e 55% pagam mais por produtos e serviços de empresas comprometidas com impacto social e ambiental positivo. São dados que estimulam ainda mais corporações e direcionarem esforços para a criação de valor compartilhado, já que apontam para uma predisposição.

Em 2012, 50% se disseram inclinados a pagar mais por produtos sustentáveis e, em 2011, 45%. “Nos últimos três anos, a predisposição tem aumentado, o que não quer dizer que as pessoas estejam efetivamente aceitando gastar mais e abrir mão de um bem-estar adquirido em nome da sustentabilidade. 

Ainda existe uma lacuna entre a intenção e a pressão sobre o a administração do orçamento doméstico. A grande motivação ainda é melhorar o padrão de consumo, mas a Geração Millenium já começa a quebrar esses padrões”, diz Ricardo Alvarenga, Gerente de Análises Especiais da Nielsen, em entrevista ao Mundo do Marketing.

De olho na próxima geração e no bem-estar dos funcionários
É de olho nesses consumidores mais conscientes que a Braskem também investe em alternativas responsáveis para suas resinas termoplásticas. O plástico verde da companhia, que substitui o derivado do petróleo pela cana de açúcar, é o utilizado pela Tetra Pak. A companhia conta ainda com ações de responsabilidade socioambiental, como o Ser + Realizador, que nasceu em 2009 para apoiar as cooperativas de catadores.


Há ainda o projeto Fábrica de Florestas, que tem a missão de promover o desenvolvimento sustentável da região em que a empresas atua. “Investimos na preservação ambiental no entorno das nossas plantas. 

Entendemos que precisamos preservar os distanciamentos das áreas residenciais e industriais, por meio desses corredores, além de entendermos que nossos integrantes trabalham de modo mais feliz com o verde no entorno”, resume André Leal, Líder de Responsabilidade Social da Braskem, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Leia também o estudo completo sobre Sustentabilidade: tema inadiável nas organizações. Conteúdo exclusivo do Mundo do Marketing Inteligência.
 

Responsabilidade Socioambiental | Sustentabilidade

Os desafios de ser proativo no Marketing


"Profissionais da área não devem deixar que a rotina sufoque os projetos de longo prazo, dos quais costuma surgir bons resultados e inovações. Sucesso depende também de reatividade."



*#:#* Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 26/09/2014



A proatividade é um atributo almejado por boa parte das companhias e presente no dia a dia da maioria das marcas icônicas. 

Esta característica é imediatamente associada a habilidades de gestão, como a antecipação de tendências e um olhar treinado para se preparar para o futuro. Ao contrário do que pode parecer, esta não é uma característica inata de algumas companhias privilegiadas, mas trata-se de uma prática a ser aprendida.

A implementação de atitudes proativas dependem, antes de mais nada, do Marketing possuir autonomia de planejamento dentro da companhia. A cúpula da empresa e o departamento precisam compartilhar dos mesmos pensamentos para que as ideias não se percam pelo caminho. Além disso, a área deve reservar um espaço para investimentos de longo prazo, pois é deles que deriva a maior parte das inovações.

A rotina não pode impedir que um tempo seja reservado para a observação e análise do mercado, já que dela vêm os insights para criações disruptivas. “As emergências cotidianas do Marketing existem e fazem parte do jogo, mas o departamento não pode se aprisionar a isso. 

As empresas proativas param sua equipe pelo menos uma vez por ano para fazer um planejamento de cenário. Isso significa parar um pouco de olhar para a operação e pensar à frente”, analisa Leonardo Araújo, Professor da Fundação Dom Cabral, escritor e palestrante, em entrevista à TV Mundo do Marketing.
   
Educação do mercado e timming
Um dos resultados mais visíveis obtidos pelas companhias que conseguem adotar uma postura proativa é a inovação. O diferencial se torna eminente nos produtos, nas tecnologias e nos processos operacionais e o caminho para se destacar no mercado. Junto a esta conquista, vem alguns desafios. 


O primeiro deles é acertar o timming do mercado. Os prazos de lançamentos, a comunicação e a forma de apresentar as ofertas precisam estar ajustados para não ficarem apagadas em meio aos concorrentes.
A empresa não pode perder o compasso da competição, mesmo quando o projeto de inovação parte dela. 

A Kodak foi uma das primeiras marcas a lançar câmeras fotográficas digitais, mas não conseguiu acompanhar comercialmente esta evolução e perdeu seu espaço no mercado. Por medo de se canibalizar, já que liderava o mercado de filmes fotográficos, a companhia demorou a entrar de vez no mundo digital e, quando o fez, já tinha perdido espaço para outras marcas. Não basta ter uma nova tecnologia ou produto, é necessário fazer com que os consumidores associem isto à sua empresa.

A Apple é um bom exemplo, já que transformou a maneira de consumir música, por meio dos iPods, que substituíram as mídias físicas por arquivos digitais. Em seguida a empresa da maçã também propôs novas formas de relacionamento entre os usuários e seus celulares com o iPhone e a interface iOS. 

Para que inovações tão complexas obtenham sucesso na prática, é indispensável que o público assimile estas transformações. “Diante de grandes novidades é preciso educar o mercado. Esta é uma simbiose muito rica com que as empresas precisam trabalhar”, aponta o professor da Fundação Dom Cabral.

Proatividade puxa o mercado
A inovação atual de uma marca em pouco tempo deixa de ser um diferencial e passa a ser uma característica comum do segmento. A proatividade de uma companhia acaba contribuindo também para os negócios dos seus concorrentes. 


É necessário olhar para o mercado, entender o que vai acontecer e se antecipar na solução de necessidades e na realização dos desejos dos consumidores. “É o momento atual do mercado de cápsulas de café. A Nespresso foi proativa e entrou nesse setor de uma forma criativa e inovadora, com um modelo de negócio diferenciado. Mas com a adesão de diversas marcas, qual será o futuro? Um mercado de competição por cápsulas talvez”, aponta Leonardo Araújo.

O mesmo acontece com a P&G que investiu fortemente no desenvolvimento de sabões líquidos para roupas na marca Ariel.  A empresa detém 50% de participação no segmento, segundo a Nielsen, mas precisou rever a sua estratégia para o produto, em 2013, para não correr o risco de perder a liderança para a Unilever. 

A concorrente, por sua vez, recolocou no mercado a linha líquida de Omo, que estava fora das gôndolas desde 2004. A Bombril, para conquistar também sua participação, investiu R$ 5 milhões para lançar uma nova família do lava-roupas Tanto Líquido.

As mais inovadoras também precisam de reatividade Nenhuma empresa consegue ser proativa 100% do tempo, o que seria inclusive prejudicial para a sua manutenção. As criações alheias também devem ser levadas em consideração. “Quando sua empresa começa a perder negócios e os concorrentes tomam seus clientes, você tem que reagir. 

Defender mercado é uma ação importante em Marketing e isso é feito não só ao criar novos itens, proativamene. Temos que ver sempre os dois lados da moeda”, diz Leonardo Araújo.
Em alguns momentos, antes de lançar algo novo é necessário atualizar versões do que já está disponível no mercado. 

Outras vezes, o melhor caminho pode ser se ajustar às novidades trazidas pelas outras companhias para não se tornar obsoleto. A Apple, por exemplo, apesar de não ter sido a pioneira no lançamento de smart whatches e nem de smartphones de tela grande, apresentou novidades nessas categorias em seus últimos lançamentos: o Apple Watch e o iPhone 6 Plus.

Até mesmo a companhia liderada por Tim Cook, que tem o Slogan “Pense diferente”, precisou fazer algumas concessões para não ficar desatualizada em relação ao segmento de eletrônicos. “O fundador, o próprio Steve Jobs, chegou a dizer que não faria um iPad Mini, mas teve que voltar atrás para responder à oferta criada pelo Galaxy. 

Toda empresa deve ser reativa e ora proativa, reatividade não é algo ruim no mundo dos negócios”, complementa o professor da Fundação Dom Cabral.

Belezuca dá pontos para clientes que entram nas lojas


"Aplicativo de fidelização bonifica usuário de forma semelhante a um game. É possível somar pontos também escaneando códigos de barras ou interagindo em catálogos online."



*$:$* Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 26/09/2014



O aplicativo de fidelização Belezuca além de bonificar os consumidores ainda informa sobre promoções disponíveis em um raio de sete quilômetros de onde estiver o usuário. A plataforma pretende estimular o relacionamento do cliente com as lojas, marcas e produtos que já consome no seu dia a dia por meio do acúmulo de pontos, chamados Belezucas.

Além das compras, existem outras três maneiras de pontuar. Uma das formas segue a técnica do “entrou, ganhou”: quando o consumidor vai a um dos estabelecimentos parceiros já soma pontos. Há ainda a ação de “achou, ganhou”, pelo qual as empresas cadastradas podem destacar produtos em promoção com estrelas em seus catálogos eletrônicos. 

Quando o cliente clica sobre o símbolo, soma pontos. Há ainda o “Escaneou, ganhou”. Nas gôndolas, os clientes encontrarão produtos destacados e ao escanear o código de barras da embalagem pelo APP já recebe bônus.

O extrato do usuário na plataforma pode ser trocado por ingressos de cinema, vale-presentes de diversas lojas e recargas de celular. O Aplicativo completa um ano de funcionamento em 2014 e está disponível para download gratuito na APP Store e no Google Play. 
Belezuca, usuários, game, pontuação, programa, fidelidade

domingo, 28 de setembro de 2014

Relatório Shutterstock mostra cores mais procuradas em 2014


"Um dos principais tons foi o verde, que registrou crescimento de 81% por causa da Copa do Mundo. Roxo também foi utilizados mais vezes, influenciado pela cor do ano da Pantone."



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 26/09/2014


A cor verde foi uma das mais procuradas em 2014, registrando um crescimento de 81%. Alguns países da Europa a utilizaram com maior recorrência, assim como a América do Norte que também teve no azul uma forte tendência. 

Os dados do infográfico de cores e tendências da Shutterstock apontam que a Copa do Mundo influenciou na escolha do tom.

Mesmo assim, na África, o vermelho e laranja obtiveram uma maior procura, enquanto o rosa se destacou na Rússia, China e Argentina. O cinza, azul e roxo foram utilizados mais vezes. 

Este último, associado à cor do ano da Pantone, Radiante Orchid - que no Brasil foi a tonalidade que mais se sobressaiu. Nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, os tons de azuis vem passando a serem mais procurados.
Cor, Shutterstock, Pantone

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Coca-Cola desafia jovens a não ficarem parados


"Marca identificou blogueiros em diferentes países da América Latina que mostrarão atividades lúdicas e divertidas que os tiram da frente do computador."



*#:#* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 26/09/2014




A Coca-Cola desafia jovens a levantarem do sofá em sua nova ação. A marca identificou blogueiros em diferentes países da América Latina que mostrarão atividades lúdicas e divertidas que os tiram da frente do computador. 

No Brasil, protagoniza as peças idealizadas pela WMcCann Bruna Vieira, que assina o blog “Depois dos Quinze”. Nas redes sociais, a companhia contará a história dos participantes. Eles foram desafiados pela marca a descobrirem suas paradas.

Num hotsite, a marca mostra algumas atividades possíveis, como bike, skate e slackline, e locais onde podem ser praticadas. Também é possível fazer um quiz na página para descobrir com qual delas os usuários mais se identificam e baixar a música tema da campanha. 

Os consumidores ainda encontrarão sugestões de paradas nas latas de Coca-Cola de 350ml e nas garrafas PET 500ml e 600ml. São sete imagens coloridas estampadas: bike, circo, skate, slackline, street dance, surfe e vôlei.

Quem quiser uma trilha sonora para se inspirar pode acessar 30 playlists no Spotify, criadas para a prática dessas atividades. Aqueles que postarem fotos e vídeos nas redes sociais com as hashtags #qualesuaparada e #minhaparada podem aparecer no hotsite da campanha.
Coca-Cola, jovem, atividade

Conteúdo | Posicionamento | Marca | Branding | Valor

Bacardí relança ação Big Esquenta


"Concurso cultural escolherá uma pessoa para levar 100 amigos a uma pré-balada em uma mansão e ganhar uma caixa de som. Interessados devem escrever melhor ideia de “esquenta.”"



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 25/09/2014



A Bacardí criou uma nova edição da ação Big Esquenta, que realiza festas em mansões. Sob o tema “A Casa é sua, pode esquentar”, a empresa realizará uma pré-balada para quem tiver a melhor ideia de “esquenta”. O vencedor poderá levar mais 100 amigos para se divertirem e ainda ganhará uma caixa de som. 

Jovens a partir de 18 anos podem se inscrever até o dia 28 de outubro no site da promoção para concorrerem à festa em uma residência luxuosa. Uma votação elegerá as 10 melhores sugestões e uma banca escolherá a mais criativa. 
Bacardi, Big Esquenta

Bebidas | Mercado | Potencial de consumo

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Restaurante fatura R$ 20 mi em 2014 servindo apenas um prato


"L’Entrecôte de Paris serve exclusivamente salada, bife, molho e batatas fritas por R$ 49,00. Primeira unidade do Rio de Janeiro, aberta em março, já rende R$ 720 mil por mês."



*$:$* Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 24/09/2014



A rede de restaurantes L’Entrecôte de Paris investe em expansão no Brasil com cardápio de apenas um prato: uma refeição composta por salada, bife com molho e batatas fritas que custa, em média, R$ 49,00.

O modelo já resulta em um faturamento de R$ 720 mil ao mês na primeira franquia do Rio de Janeiro, inaugurada em março deste ano e localizada na Barra da Tijuca, no Casa Shopping. Os valores arrecadados na unidade carioca já representam mais do que o dobro do valor estimado pela empresa. 

A rede tem cinco anos de operação e conta com mais nove unidades no Brasil e uma em Miami, nos Estados Unidos. Os bons resultados estimulam a franqueadora que planeja a abertura de mais quatro unidades, ainda em 2014, em Curitiba, Porto Alegre, Recife e João Pessoa. 

A empresa registrou um crescimento de 180% no ano passado com um faturamento de R$ 12 milhões. Neste ano, o faturamento deve ultrapassar os R$ 20 milhões.

Potencial de mercado | Mercado | Franquias | Expansão

Inbound Marketing ainda é pouco explorado no Brasil


"Estratégia busca atrair clientes e consumidores finais com conteúdo pertinente e adaptado ao momento de compra deles. Conhecer perfil do público é fundamental."



*$:$* Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 25/09/2014



O inbound Marketing está ganhando fama, mas ainda passa por um processo de amadurecimento no mercado brasileiro. A estratégia utiliza conteúdos explicativos e várias vezes didáticos para qualificar futuros clientes e identificar a melhor maneira de atingir cada público relacionado à empresa. Essa personalização da informação começa a substituir a abordagem conhecida como outbound Marketing, que foca em comunicação massiva.

Enquanto este modelo tradicional interrompe as programações midiáticas que interessam ao seu público com mensagens imperativas, facilmente ignoradas, o inbound busca tirar o conteúdo corporativo de um papel secundário para ser o centro da atenção. 

A intenção é atrair o consumidor voluntariamente até informações que eles consideram relevantes e que estão diretamente relacionadas às aplicações dos produtos e serviços da companhia. Antes mesmo de utilizar o produto ou serviço propriamente dito, o futuro cliente já começa a interagir com o universo da companhia.
A estratégia rende pontos na satisfação do futuro cliente e ajuda na construção de defensores da marca. Já existem algumas agências especializadas em inbound em atuação, que reúnem clientes dos mais diferentes segmentos, tanto de produtos quanto de serviços. 

Apesar da profissionalização, a técnica ainda é confundida com o content Marketing em vários momentos. “O inbound está dentro do content Marketing, sendo que a produção de conteúdo sozinha pode até gerar tráfego, mas o processo fica solto. 

O inbound é o pilar que orienta como nutrir, distribuir e trabalhar o conteúdo de acordo especificamente com o momento de compra do cliente para gerar, no futuro, conversão em vendas”, pontua Erick Iucksh Santos, CMO da Next Idea, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Identificar personas e mensurar
O trabalho de inbound começa com a identificação dos públicos para os quais o conteúdo será direcionado. Quanto mais a empresa conhecer seus potenciais consumidores e as particularidades deles, mais o discurso parecerá próximo e pessoal. 


O processo conta com o desenvolvimento de personagens que se pareçam nos detalhes com os mais diferentes perfis do target, para servirem de base na hora de se projetar como as ações acontecerão na prática. Para garantir a assertividade, as agências utilizam plataformas como o estrangeiro Hubspot e o brasileiro RD Station, que ajudam a definir perfis, construir fluxos de conteúdo relacionados à jornada de compra e mensurar leads.

Não basta, contudo, saber quem são as pessoas. A técnica exige também o conhecimento detalhado do momento de compra de cada indivíduo. Isto é relevante porque uma mesma pessoa pode apresentar demandas diferentes por conteúdo de acordo com a evolução da sua jornada. 

Um comprador de imóveis, por exemplo, pode desejar saber sobre financiamento na fase inicial da sua busca e, após o fechamento do negócio, precisar de dados sobre a entrega das chaves ou dicas de decoração.

A Econ Engenharia, especializada na construção e no desenvolvimento de layouts para indústrias, usa esta lógica para se relacionar com seus clientes. A companhia desenvolveu uma série de gráficos e textos explicativos que podem ser acessados de forma inteligente. 

Cada vez que um material é baixado, o sistema dialoga com o internauta sugerindo outros conteúdos relacionados à primeira busca, que também poderão interessar.

Do lado do consumidor, o reconhecimento do momento de compra contribui para a lembrança positiva da marca e ao mesmo tempo auxilia o departamento comercial da empresa a intervir no momento mais propício para o fechamento de um negócio.

“A empresa precisa perceber quem está baixando seus conteúdos e reagir de acordo com o momento do consumidor. Ao se identificar com as informações que recebeu, o cliente se lembra da empresa na hora de comprar, o que torna o trabalho de vendas mais assertivo”, comenta Alexandre Monteiro, Sócio da Ingage, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Técnica alcança relações B2B
Enquanto o storytelling foca suas produções nos B2C, encantando as pessoas e as engajando com o universo da marca, no inbound, a técnica vale também para o B2B. Em alguns casos, demanda abordagens distintas de uma mesma empresa para tratar de um produto ou serviço com o consumidor final ou um cliente. 


“No B2C, temos que trabalhar a lembrança de marca, sempre relacionando as informações ao momento de uso do produto. Já para o B2B temos uma venda mais complexa porque o cliente tem que saber dos benefícios e vantagens do produto para tomar decisão de compra”, diz Carlos Tesore, Sócio da Hook Digital, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A Condor Pincéis assumiu este desafio em maio de 2014, quando começou a investir no inbound Marketing. A empresa sempre se preocupou com a produção de conteúdo, mas até então não a correlacionava com as vendas. Recentemente, a empresa investiu na criação de três e-books e na identificação dos perfis que compõem a audiência do seu blog.

Os usuários, anteriormente, forneciam apenas nome e e-mail, dados que foram ampliados. A partir deste trabalho, a fabricante ampliou o foco da sua comunicação. No sexto mês do projeto, a base inicial já foi multiplicada por seis, atingindo 3.600 leads, sendo 1.600 provenientes dos 20 primeiros dias. A empresa conquistou uma margem de conversão de 8% sobre as visitas.

Os resultados cooperaram diretamente com a obtenção de informações dos consumidores e a organização de uma nova plataforma de dados. “Falar para o B2B e para o B2C é uma grande questão para a Condor. Em um primeiro momento o foco era B2C, devido aos clientes de que se tinha conhecimento. Agora, precisamos olhar também para o B2B, que é quem vai ajudar a expandir a marca”, conta Santos, da Next Idea, agência que está à frente do trabalho.

Inbound para construir referência
Além de engajar, aproximar e orientar o processo de compra, a educação do consumidor por meio de conteúdos produzidos pelas empresas pode contribuir também para a consolidação de novos serviços. Neste caso, a companhia que desempenhar bem a função de informar terá grandes chances de se tornar referência para o seu público. 


Este foi um dos fatores que levaram a Geofusion, especializada em serviços de Geomarketing, a aderir ao inbound. “Trabalhamos com uma tecnologia em formação e temos dificuldade de gerar leads e contar para o mercado que existimos. 

Escolhemos o inbound por ele ser capaz de informar as pessoas, levando referências sobre o que é a companhia e quais problemas nos propomos a resolver”, comenta João Pedro do Val, Sócio-Diretor da Geofusion, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A empresa desenvolveu 16 materiais, entre textos, e-mails e e-books. Desde maio, já foram contabilizados 800 downloads, o que representa uma taxa de conversão animadora de aproximadamente 20%. 

A intenção da Geofusion no uso da técnica é mapear os seus prospects e conquistar um lugar na mente deles. A princípio, o foco imediato não é na conversão de vendas, mas na identificação de futuros clientes.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A boa e velha placa ainda dá muito resultado

"Bruno Mello,Editor Executivo do Mundo do Marketing."


*#:#* Postado por Bruno Mello - 24/09/2014



Outro dia, a bateria do carro cumpriu o seu tempo de vida útil e tive que trocá-la por outra logo no começo do dia. Já estava pronto para ir ao trabalho, com meus dois filhos a bordo e suas respectivas mochilas, além da minha. Imagina a animação.

Desce todo mundo do veículo, porque não está pegando. A sorte que o da mamãe estava logo ao lado. Mas, assim que percebi que precisaria de uma nova bateria, já sabia onde comprar. Estranho, não? Afinal, ninguém acorda com aquela vontade inexplicável de trocar a bateria do carro.

Vamos combinar que não há muito prazer neste consumo e o máximo que podemos lembrar é que o Emerson Fittipaldi faz a propaganda da marca Moura. Na verdade, o que me deu certeza na hora de comprar o equipamento foi uma placa.

Sim, uma simples placa de rua. Todos os dias, passo e, às vezes, paro – porque tem um sinal (ou semáforo, ou farol) no local – em frente a uma oficina especializada em baterias. A sinalização deve ter uns dois metros de altura por um e meio de largura, daquelas que se apoia no poste, e, por estar na passagem de milhares de motoristas todos os dias, é difícil não perceber que ali você pode comprar o item.

Carro estacionado dentro da oficina, sou muito bem-recebido. A dona do estabelecimento e seu único funcionário parecem ter muito prazer no que fazem e se interessam pelo assunto “bateria”. 

Perguntaram-me como poderiam me ajudar, quanto tempo tinha o equipamento e conversaram como aqueles médicos de antigamente, que sabiam sobre qual doença você foi acometido sem precisar sequer te tocar.

Logo depois de diagnosticar o problema, a dona da loja perguntou como cheguei até lá e fez meu cadastro. Quando disse que já conhecia pela placa, ela adicionou: "Essa placa é nossa melhor vendedora". Logo pensei: debruçamo-nos em estratégias e ações mirabolantes e, às vezes, não temos uma boa sinalização na porta de nosso ponto de venda.

As micro e pequenas empresas têm um grande potencial: realizar mais com menos; o básico bem-feito e, com isso, ganhar espaço e se diferenciar. A oficina tinha apenas a dona, muito atenciosa por sinal, e um mecânico, já acima dos cinquenta anos, que prestou um serviço exemplar. E rápido. 

Tive um atendimento, numa oficina de bateria, muito melhor do que em lugares em que há uma marca e um Marketing muito mais "estruturados".
Afinal, do que depende um bom atendimento? Pode ser em pequenas e grandes empresas: depende de querer. De criar uma cultura orientada ao cliente. 

De que você está ali para servir ao consumidor, para resolver os problemas dele e superar suas expectativas. Nada mais bê-á-bá do que isso. Existe, já há algum tempo, um emaranhado de sistemas e regras nas corporações que parece ser criado justamente para anteder mal. Simplificar deve estar na ordem do dia, assim como nas estratégicas de captação de clientes.

Por estarmos na era do Marketing digital, muitas companhias mergulharam de cabeça nas centenas de ferramentas acessíveis ao bolso e ao gerenciamento das pequenas e médias empresas em geral. Elas acreditaram que teriam suas vendas garantidas. O que não sabiam é que, sem um trabalho estruturado, nunca foi tão fácil queimar dinheiro.

E aí, pensando nos complexos sistemas (sim, necessários), no Marketing digital, na campanha memorável, na grande ideia que nunca vem, perdemos oportunidades. Imagino que poderia ter trocado a bateria em um concorrente. 

Na avenida em que fica a loja, deve ter, num raio de um quilômetro, pelo menos mais 10 opções. O que fez a diferença? Uma placa e, depois, lá dentro, o serviço, o atendimento com paixão.
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