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sábado, 22 de agosto de 2015

No Brasil, 16% têm dinheiro apenas para o essencial

"Pesquisa da Nielsen mostra que as despesas básicas estão consumindo a renda da população, que está reduzindo gastos com lazer e roupas. Intenção de quitar dívidas também caiu."


*.\0/.* Por Roberta Moraes | 21/08/2015

 

O aumento das contas fixas, como as de energia e água, está derrubando o poder de compra do brasileiro, que está cada vez mais endividado e sem ver o dinheiro sobrar no fim do mês.

Diante do orçamento apertado e do salário acabando nas despesas essenciais, caem as intenções de gastos com entretenimento, roupas, tecnologia e até para a poupança.

Entre o primeiro e segundo trimestres deste ano, aumentou em seis pontos percentuais o número de brasileiros que afirmaram que não sobram recursos no fim do mês após as despesas básicas - chegando a 16% do total. 

Sem dinheiro, fica mais difícil investir na caderneta de poupança. Nos primeiros meses do ano, 17% disseram que economizariam. Esse percentual caiu para 11% entre abril e junho.

Os dados são da Nielsen, que ouviu 500 brasileiros para saber como eles utilizam os recursos excedentes após cobrir as despesas essenciais. Entre os que gastavam com entretenimento fora do lar, a queda foi de seis pontos percentuais, passando de 43% para 37%. 

As viagens também estão sendo adiadas, passando de 26% para 21%. A intenção de gastos com produtos com novas tecnologias também perdeu espaço, variando de 27% para 23%. Chama atenção o número de pessoas que pretendem quitar as dívidas, que também sofreu queda, passando de 42% para 38%. 

A pesquisa foi realizada entre 11 e 29 de maio e cada entrevistado poderia escolher várias opções.
Os dados contribuíram para que a empresa de consultoria avaliasse o índice de confiança dos consumidores, e, por aqui, o resultado não é animador. 

O Brasil registrou 81 pontos. O aumento do desemprego, a recessão econômica e o aumento da inflação estão derrubando o otimismo do brasileiro. No levantamento global, a média entre os 60 países pesquisados ficou em 96 pontos, quatro abaixo do limite que avalia o otimismo e o pessimismo. Acima de 100 estão os otimistas. 

O pessimismo dos brasileiros contribuiu para derrubar o índice na América Latina, que conta ainda com o país com o menor patamar, a Venezuela, que tem 62 pontos. Por aqui, o sentimento em relação aos indicadores econômicos atinge novas baixas. 

As perspectivas futuras de trabalho diminuíram quatro pontos percentuais, chegando a 23%; o sentimento em relação às finanças pessoais diminuiu quatro pontos percentuais, indo a 56%; e as intenções de gastos imediatos caíram nove pontos percentuais, chegando a 32%. 

A percepção de que o país passa por uma recessão aumentou 5% e alcançou nove em cada 10 entrevistados. A economia ocupa o primeiro lugar das maiores preocupações no Brasil e na média da América Latina ao longo dos próximos seis meses. 

A confiança dos consumidores diminuiu em seis dos sete mercados latino-americanos medidos no segundo trimestre, com o Brasil (81) relatando a mais alta queda de sete pontos no índice em comparação com o primeiro trimestre. 

O índice do Peru (95) diminui quatro pontos, seguido por quedas de três pontos cada no Chile (84) e na Venezuela (62). A confiança do consumidor no México (84) e na Colômbia (93) diminuiu dois e um ponto, respectivamente, a partir do primeiro trimestre. 

A Argentina foi o único país medido na região com um aumento impulsionado na confiança, subindo seis pontos e atingindo o índice de 81 no segundo trimestre.
Economia, Nielsen, Crise

Leia também: Mudanças no comportamento dos consumidores diante da crise econômica. Pesquisa no Mundo do Marketing Inteligência.

crise

Como trabalhar estratégias disruptivas nas mídias sociais

"Material traz dicas para se destacar nos canais online e estimular o relacionamento com os consumidores transformando-os em advogados das marcas por meio de conteúdo."

 

*.-x-.* Por Redação | 21/08/2015


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Entre eles, estão aspectos como a criação de brand personas e a gestão de “funil” de relacionamento, em que os internautas vão evoluindo em níveis como “público geral” até “advogados da marca”. 

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