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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Fim do Nexus: conheça a história da linha de celulares do Google


Paulo Alves
por
Para o TechTudo

06/10/2016 06h00 - Atualizado em 06/10/2016 18h57
Postado em 06 de outubro de 2016 às 23h15m

Quase sete anos – e oito smartphones – depois, o Google colocou o fim da linha Nexus, que ganhou destaque por oferecer celulares com o chamado "Android puro". Os celulares serviram como referência de funcionamento do sistema, com direito a atualizações mais rápidas, mas nunca decolaram em termos de popularidade.

No Brasil, somente três modelos chegaram a ser vendidos oficialmente. Os preços também sofreram várias mudanças, passando de valores subsidiados no começo para o mesmo patamar do iPhone 6.

Android 7.0 Nougat é revelado em detalhes; conheça as novidades do sistema
Google Pixel Silver (Foto: Divulgação/ Google)
Traseira do Google Pixel XL, com tela de 5,5 polegadas, 
e parte frontal do Google Pixel, com display de 5 polegadas 
(Foto: Divulgação/ Google)

O anúncio do fim dos Nexus aconteceu na terça-feira (4), quando a gigante das buscas lançou os celulares Google Pixel e Google Pixel XL, os primeiros sem selo de fabricantes parceiras – na prática, porém, eles são produzidos pela HTC. Já a agora encerrada linha Nexus também foi composta de quatro tablets e dois reprodutores de mídia, como você verá a seguir.

Nexus One
O primeiro Nexus chegou aos Estados Unidos em janeiro de 2010, fabricado pela HTC e equipado com Android 2.1. O hardware era avançado para a época, com tela maior do que no iPhone 4 – ela tinha 3,7 polegadas e resolução de 800 x 480 pixels. Desde aquela época, a preferência já era por processadores da Qualcomm, na ocasião um Scorpion de 1 GHz.
Nexus One, com Android 2.1 Eclair, lançado em 2010 (Foto: Divulgação) (Foto: Nexus One, com Android 2.1 Eclair, lançado em 2010 (Foto: Divulgação))
Nexus One, com Android 2.1 Eclair, foi lançado em 2010 
(Foto: Divulgação)

Embora a tela fosse touch, o aparelho ainda veio com uma segunda forma de interação: uma espécie de mouse na forma de um ponteiro circular na parte inferior, que servia de cursor para clicar em menus. Completaram as especificações do aparelho um conjunto de 512 MB de RAM e armazenamento, além de câmera traseira de 5 megapixels.

Nexus S
Em dezembro de 2010, o Google anunciou o Nexus S, em parceria com a Samsung. A ideia era mostrar o funcionamento do Android 2.3 Gingerbread, que permaneceu como o mais popular do mundo por muito tempo depois do lançamento. O display aumentou para 4 polegadas, porém com os mesmos 800 x 480 pixels de resolução, e o armazenamento era de 16 GB, um número altíssimo para a época.

Outra novidade foi a presença de NFC, tipo de comunicação que só agora começa a se popularizar com sistemas de pagamentos digitais como Samsung Pay e Apple Pay. O Nexus S foi atualizado até o Android 4.1 Jelly Bean, que permanece presente em 5,6% dos dispositivos atualmente, na sexta posição entre versões do Android ativas.
Nexus S, fabricado pela Samsung, lançado em dezembro de 2010 com Android 2.3 Gingerbread (Foto: Divulgação) (Foto: Nexus S, fabricado pela Samsung, lançado em dezembro de 2010 com Android 2.3 Gingerbread (Foto: Divulgação))
Nexus S, fabricado pela Samsung, foi lançado em dezembro 
de 2010 com Android 2.3 Gingerbread (Foto: Divulgação)

Galaxy Nexus
Segundo aparelho fabricado pela Samsung, o Galaxy Nexus estreou em novembro de 2011 com um design diferenciado e também era conhecido como Galaxy X. O aparelho se destacou pelo display curvo de 4,65 polegadas Super Amoled com resolução HD (1280 x 720 pixels), características que causam inveja até em alguns modelos atuais. O processador saltou para dual-core de 1,2 GHz e a memória RAM, para 1 GB, com direito a armazenamento interno de 16 GB ou 32 GB.

O aparelho foi a vitrine do Android 4.0 Ice Cream Sandwich, que marcou a primeira grande mudança de design do sistema, herdado da versão 3.0 Honeycomb, presente somente em tablets. O celular foi o primeiro Nexus a ser vendido oficialmente no Brasil, comercializado com o nome de Galaxy X por causa de uma briga no registro de marcas.
Galaxy Nexus, da Samsung, lançado em 2011 com Android 4.0 (Foto: Divulgação) (Foto: Galaxy Nexus, da Samsung, lançado em 2011 com Android 4.0 (Foto: Divulgação))
Galaxy Nexus, da Samsung, foi lançado em 2011 com Android 4.0 
(Foto: Divulgação)

Nexus 4
A quarta geração dos Nexus,  fabricada pela LG e lançada em novembro de 2012, foi marcada por outra grande inovação no design. O Nexus 4 foi elogiado pelo visual elegante principalmente por conta do vidro estilizado na parte traseira. O hardware também não ficou atrás, com chipset quad-core Snapdragon de 1,5 GHz e 2 GB de RAM, além de uma câmera de 8 megapixels com foco automático.

A tela quase não aumentou de tamanho, chegando a 4,7 polegadas, mas a resolução sofreu melhora sensível, para 1280 x 768 pixels. O Nexus 4 veio para o Brasil com Android 4.2 Jelly Bean e foi o primeiro da linha a contar com carregamento sem fio, algo que até hoje não se vê no iPhone.
Nexus 4, o smartphone top de linha do Google (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Nexus 4, o smartphone top de linha do Google em 2014 
(Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

O modelo ainda pode ser encontrado em lojas online por menos de R$ 700.
Nexus 5
Último celular "do Google" a desembarcar oficialmente no mercado nacional, o Nexus 5 foi anunciado em 2013 chamando atenção pela otimização entre hardware e software.

Internamente, trouxe chipset quad-core Qualcomm Snapdragon 800, 2 GB de RAM e 16 ou 32 GB de armazenamento. A tela saltou para 4,95 polegadas e finalmente chegou ao Full HD (1920 x 1080 pixels), com proteção Gorilla Glass. Até hoje ele é considerado por muitos o aparelho com desempenho mais equilibrado da linha.

Fabricado pela LG, assim como o Nexus 4, o smartphone sofreu uma mudança grande no design da parte traseira, que ganhou um acabamento de policarbonato mais resistente, de modo a evitar dores de cabeça com vidro trincado. Já em termos de software, o modelo estreou o Android 4.4 Kitkat, que permanece como a versão única mais popular no planeta.
Nexus 5, de novo da LG, lançado em 2013 com Android 4.4 Kitkat (Foto: Divulgação) (Foto: Nexus 5, de novo da LG, lançado em 2013 com Android 4.4 Kitkat (Foto: Divulgação))
Nexus 5, de novo da LG, lançado em 2013 com Android 4.4 Kitkat 
(Foto: Divulgação)

O celular ainda é vendido online por menos de R$ 800.
Nexus 6
A Google decidiu mudar de estratégia de preços e, em parceria com a Motorola, lançou em outubro de 2014 o Nexus 6 com preço de top de linha. O modelo foi baseado no Moto X e trouxe especificações potentes, incluindo uma tela enorme de 5,96 polegadas com resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels), processador Snapdragon 805 e 3 GB de RAM, além de 32 GB ou 64 GB de armazenamento.
Nexus 6 vinha equipado com processador quad-core e câmera de 13 megapixels (Foto: Divulgação/Google) (Foto: Nexus 6 vinha equipado com processador quad-core e câmera de 13 megapixels (Foto: Divulgação/Google))
Nexus 6 vinha equipado com processador quad-core e câmera 
de 13 megapixels (Foto: Divulgação/Google)

Outra vantagem ficou por conta do carregamento rápido de bateria, um dos primeiros modelos a oferecer o recurso. Além disso, a câmera traseira tinha 13 megapixels, com estabilização óptica de imagem e alto-falante duplo na parte frontal, gerando áudio estéreo. Este foi o celular de referência para anunciar as novidades do Android 5.0 Lollipop, versão do software que estreou o Material Design, padrão visual mais recente do Google.

Nexus 5X
Há um ano, a Google lançou uma dupla de aparelhos. O Nexus 5X era o modelo mais modesto, com sensor de impressão digital na parte traseira e câmera potente, de 12,3 megapixels, com foco a laser.
Nexus 5X conta com tela Full HD de 5,2 polegadas (Foto: Reprodução/Google) (Foto: Nexus 5X conta com tela Full HD de 5,2 polegadas (Foto: Reprodução/Google))
Nexus 5X conta com tela Full HD de 5,2 polegadas 
(Foto: Reprodução/Google)

Outras especificações incluem a tela de 5,2 polegadas com Full HD (1920 x 1080 pixels), processador Qualcomm Snapdragon 808, 2 GB de RAM e bateria de 2.700 mAh. No software, foi um dos aparelhos com Android 6.0 Marshmallow de fábrica, que iniciou o controle de permissões a aplicativos e tornou o sistema mais seguro.

Nexus 6P
Top de linha de 2015 e último Nexus lançado no mercado internacional, o Nexus 6P foi produzido pela Huawei e colecionou elogios pela junção de hardware de ponta e design premium. O celular foi o primeiro aparelho do Google a vir com acabamento todo em alumínio, e não deixou a desejar na performance com um processador Snapdragon 810, 3 GB de RAM e armazenamento de 32 GB, 64 GB e 128 GB.
Nexus 6P com leitor de digitais (Foto: Melissa Cruz / TechTudo)
Nexus 6P com leitor de digitais (Foto: Melissa Cruz / TechTudo)

A bateria também impressionou, com 3.450 mAh para alimentar uma tela de 5,7 polegadas e resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels). A câmera era a mesma do 5X, com um sensor de 12,3 polegadas. Juntamente com os Nexus 6 e 5X, o 6P foi um dos poucos a receber o Android 7.0 Nougat de forma oficial, entrando para a história como o último fruto de parceria da Google com uma fabricante terceirizada.

A partir de agora, com o Pixel, a gigante das buscas passa a controlar o hardware e o software, assim como já faz a Apple há nove anos com o iPhone.

Sistema planeja usar o corpo humano para enviar senhas seguras


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

06/10/2016 07h00 - Atualizado em 06/10/2016 07h00
Postado em 06 de outubro de 2016 às 22h30m

O corpo humano pode ganhar uma função inesperada em breve: rede de envio de dados importantes. Isso é o que pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, investigam em projeto que garante mais segurança na transferência de informações. A ideia é usar o corpo humano para trocar dados sensíveis, como senhas, evitando que sejam interceptadas por criminosos.

‘Internet das coisas’: 70% dos aparelhos estão sujeitos a ataques, diz HP
O projeto desenvolve métodos de autenticação para interfaces físicas e dispositivos conectados com Internet das Coisas, mas ainda não tem previsão de chegar ao mercado. Como o envio de dados via redes sem fio também pode ser invadido, a ideia é usar o corpo humano como meio de propagação da informação e evitar o acesso de estranhos.
Corpo serve como rede para propagar informações de senha de forma segura (Foto: Divulgação/Universidade de Washington)
Corpo serve como "rede" para propagar informações de senha 
de forma segura (Foto: Divulgação/Universidade de Washington)

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Um exemplo típico do funcionamento desse tipo de autenticação seria a abertura de uma porta inteligente, configurada para dar passagem apenas para pessoas autorizadas. 

O usuário poderia tocar um leitor de digitais no aparelho celular, que emitiria um sinal de identificação por meio do corpo, até que ele fosse recebido pela maçaneta: em caso de identificação positiva da identidade do usuário, a porta seria aberta.
O uso do leitor de digitais do celular não é coincidência, já que esse tipo de sensor biométrico é central na pesquisa dos cientistas da universidade. Usar a capacidade desse tipo de sensor de segurança em definir com precisão a identidade de um usuário, além da capacidade do aparelho celular de emitir sinais com transmissão pelo corpo humano, dá ao projeto condições básicas de funcionamento.

Além do leitor de digitais de celulares, foram usados sensores similares e touchpads de notebooks. O que não muda em nenhum caso é que o aparelho dotado de capacidade de leitura biométrica emite um sinal de baixa frequência, que é propagado pelo corpo humano, evitando completamente a transmissão sem fio.

Há, contudo, uma limitação óbvia para essa tecnologia. Como ela depende do corpo para propagar informação, é preciso que o usuário esteja em contato físico com o leitor biométrico e com o dispositivo que tenta desbloquear, ou abrir. Nesse sentido, portanto, você não poderá usar o corpo para abrir o e-mail ou acessar uma conta de rede social, por exemplo.

Apesar disso parecer restringir a aplicação do projeto, vale lembrar que além de abrir portas, a tecnologia poderia permitir acesso seguro a uma série de aparelhos de risco, como equipamentos médicos, maquinário pesado em indústrias e equipamento sensível em laboratórios, além de ter aplicação em diversos dispositivos conectados. 

Por exemplo, sua geladeira poderia ser programada para abrir apenas com a sua permissão. 

Via Universidade de WashingtonTechRadar