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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Shoppings não estão tão mal assim. Entenda o momento


"Empreendimentos consolidados conseguem passar por período de dificuldade com um pouco mais de tranquilidade. Setor espera recuperar as vendas para não fechar o ano no vermelho."

 


*-.:.-* Por Roberta Moraes | 29/07/2015


Ocupar os empreendimentos inaugurados nos últimos dois anos é o desafio das administradoras de shoppings que investiram na expansão do portfólio quando o Brasil ainda vivia um cenário econômico promissor. 

Ao fim da primeira década dos anos 2000, a alta taxa de crescimento estimulava a abertura de novos negócios e atraía o interesse dos varejistas. Mas o panorama mudou e muitos daqueles que sinalizaram a possibilidade de investir em novos malls, tiveram que reorganizar suas estratégias para não comprometerem as operações em curso.

Se os novatos estão com problemas para preencher sua área bruta locável (ABL), as unidades já consolidadas e administradas por grandes grupos conseguiram, opor enquanto, passar pelo período desafiador com um pouco mais de tranquilidade. A perspectiva mostra que o grau de maturidade dos empreendimentos tem impacto direto no desempenho deles. 

Com um público fiel e bem localizados, os equipamentos mais antigos conseguem conservar elevada a taxa de ocupação e oferecer atrativos para manter o número de pessoas circulando pelos corredores. 

Por outro lado, boa parte dos novos centros de compras foram abertos em praças onde há maior concentração das classes C e D, as mesmas que conseguiram alcançar novo patamar de consumo quando a economia estava aquecida e os que mais sofrem com a desaceleração e inflação alta.

O bom cenário dos últimos 10 anos levou à construção de empreendimentos por todo o país, aumentando o número de shoppings fora das capitais e reorganizando o setor. Esse rearranjo, no entanto, está sofrendo com o novo cenário econômico, uma vez que os centros inaugurados a partir de 2013 têm muito espaço ainda ocioso. 

“Isso não significa que o shopping seja ruim, que esteja acontecendo uma migração de loja de shopping para rua ou que o Brasil tenha empreendimentos demais. O varejo freou a expansão justamente no momento em que muitos shoppings estavam sendo inaugurados pelo país”, explica Luiz Alberto Marinho, Sócio-Diretor da GS&MD, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Márcia SolaSegmento vive período de incertezas
A média de vacância analisada até maio deste ano estava em 3,6%, índice considerado dentro da média histórica, de acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).



Nos Estados Unidos, o patamar ficou em 7,9% no segundo trimestre deste ano. No auge da crise no país, em 2011, a ociosidade chegou a 9,4%. A comparação mostra que, apesar do Brasil estar imerso em uma das piores retrações dos últimos 15 anos, se comparado à experiência norte-americana, o cenário não parece tão ruim. 

Mas o movimento de algumas empresas tem deixado o mercado em alerta, como o fechamento de duas lojas da C&A em shoppings.
A varejista encerrou as atividades no Anália Franco, na Zona Leste de São Paulo, e a loja âncora do BarraShopping Sul (RS). Apesar de surpreender, a decisão não deve ser vista como um problema dos shoppings, mas como reposicionamento da marca. 

“Isso não é uma indicação específica de que a C&A esteja com problemas. Mostra, na verdade, que está fazendo um pente fino e sendo realista com as operações que não geram lucro. Mas no cenário como o atual, com uma taxa alta de vacância nos shoppings, uma rede que nunca fechou loja encerrar algumas unidades e com possibilidade de novos fechamentos acaba assustando todo mudo”, pondera Márcia Sola, Diretora de Geonegócios do Ibope, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A decisão da varejista é, na verdade, uma resposta às dificuldades pelas quais o setor de vestuário vem passando no último ano. E se o fenômeno levou ao reposicionamento da cadeia internacional, os players mais modestos devem ficar atentos às suas estratégias. 

“Este segmento sofreu muito em 2014 e é o que está tendo o pior desempenho neste ano, no varejo em geral e de shopping. As lojas que têm uma estrutura mais frágil, que não têm a possibilidade de investir no médio e longo prazo e que precisa de resultado em um tempo curto vão realmente enfrentar a dificuldade de continuar operando em um cenário econômico como este”, explica Luiz Alberto Marinho.

Mercado em desaceleração
Apesar da queda do poder de compra, os consumidores continuam frequentando os shoppings. O fluxo de pessoas que circularam pelos estabelecimentos no primeiro semestre ficou 1,3% acima em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Ibope.


Essa constância se deve ao fato de os centros comerciais terem ganhado um importante papel como opção de entretenimento para os brasileiros que, mesmo sem previsão de compra, adotam esses espaços como destino de lazer por conta de atributos como conforto e segurança.

As vendas nos três primeiros meses do ano tiveram crescimento de 7,96%, segundo monitoramento nacional realizado pela Ipsos Marketing para Abrasce, que espera que o setor feche o ano com alta de 8,5% em relação ao período anterior. 

Apesar de positivo, o índice pode não ser tão promissor assim, já que poderá ficar abaixo da inflação, cuja previsão do Banco Central é de que ultrapasse os 9% em 2015. A instabilidade econômica está freando os planos e levando à reorganização deles em alguns grupos. Os shoppings mais consolidados optaram por expansões no lugar da abertura de novos espaços e outros suspenderam projetos.

No início do ano, a previsão era de que 41 novos empreendimentos fossem inaugurados em 2015. Esse número, entretanto, não passará de 21, sendo que oito já estão em funcionamento. Ou seja, 20 novas unidades tiveram seus planejamentos recuados. “Isso não é um número baixo, mas, frente ao que estava acontecendo nos últimos anos, representa uma desaceleração. 

Afinal, 21 ainda é um número elevado se pensarmos o momento atual. Ainda assim, os 13 que ainda não foram inaugurados poderão não se confirmar. Sabemos que muitos empreendimentos estão em fase avançada de construção, mas não podemos garantir que serão realmente abertos”, comenta Márcia Sola.

Luis Augusto Ildefonso da SilvaSopro de esperança
A chegada do segundo semestre representa uma onda de esperança para os varejistas. O período tradicionalmente mais promissor para o comércio – afinal, é quando há maior circulação de capital por conta do décimo terceiro salário e quando as pessoas estão mais dispostas a gastar – pode garantir que os empreendedores encerrem o ano com as despesas empatadas com as receitas. O que pode não ser tão ruim em um período de vendas fracas.


Apesar desta ser a primeira grande crise vivida nos últimos 15 anos, desde que a indústria de shoppings se organizou, o obstáculo não é novidade para o varejo como um todo, que viveu os desafios do período de superinflação nos anos 1990.

Para tentar contornar toda essa dificuldade, o segmento lança mão de promoções, até mesmo adiantando períodos tradicionais de liquidações ou ofertas com cinema, estacionamento ou praça de alimentação, a fim de encorajar o consumidor que está cada vez mais cauteloso. 

“A inflação, a alta do dólar, o aumento do desemprego e todas as notícias sobre a instabilidade econômica criam uma insegurança ainda maior nas pessoas, gerando a desaceleração do consumo. 

Todo esse clima é responsável por retrair as vendas, mas estamos otimistas e esperamos que o ano feche, pelo menos, com o mesmo crescimento registado em 2014”, diz Luis Augusto Ildefonso da Silva, Diretor de Relações Institucionais da Associação de Lojistas de Shopping (Alshop), em entrevista ao Mundo do Marketing.

Não basta apenas torcer para que os consumidores voltem a comprar. É preciso reavaliar o modelo e as práticas. Com o aumento das despesas fixas incidindo na precificação e, naturalmente, no movimento do negócio, os varejistas deverão ajustar ainda mais os custos a fim de evitar possível desperdício de recursos. 

“O lojista precisará se adequar a esse momento, reorganizar a operação para essa nova realidade, enxugando custos e buscando maior produtividade, pois isso será vital para sobrevivência do negócio. 

Já os gestores de shoppings terão que buscar um caminho de apoio a operação do varejista para atuar de mãos dados com o varejo para tentar enfrentar essa turbulência, que deve durar até parte do ano que vem”, sentencia Luiz Alberto Marinho.

Leia também: Análise do mercado shopping centers. Pesquisa no Mundo do Marketing Inteligência. Conteúdo exclusivo para assinantes.
Shopping

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Tendências para o futuro das vendas


"Uso de aplicativos para dispositivos móveis e de Sales Analytics dominarão os negócios nos próximos 18 meses. Informação é do relatório “State of Sales”, da Salesforce."

 


*-.:.-* Por Roberta Moraes | 29/07/2015



O uso da tecnologia guiará as vendas nos próximos 18 meses. É o que aponta o relatório “State of Sales”, da Salesforce, que ouviu 200 líderes brasileiros, além de executivos de outros países. Por aqui, espera-se um grande crescimento do uso de aplicativos para fechar negócios por meio de dispositivos móveis. 

O aumento do uso de Sales Analytics também é aguardado, já que o recurso ajuda as equipes a explorar dados como receitas por trimestre, produtividade dos representantes de vendas ano-a-ano e taxas de conversão de oportunidades.

A análise das informações ajuda a revelar tendências desconhecidas e identificar áreas-alvo, para maximizar o crescimento futuro. Segundo o relatório, as melhores equipes de vendas já estão usando dados para tomar decisões informadas e baseadas em comportamento para impulsionar vendas. 

O estudo constatou ainda que as equipes de vendas que têm maior desempenho são muito mais propensas a maximizar a tecnologia, em especial o uso de analytics e de dispositivos móveis, e a aproveitar toda a organização no ciclo de vendas.

Entre os 200 líderes de equipes ouvidos no Brasil, 33% disseram que utilizam Sales Analytics e esperam um aumento desse uso de 117% nos próximos 12 a 18 meses. Já 29% usam aplicativos de dispositivos móveis e aguardam um aumento de 158% em até um ano e meio. 

Segundo o levantamento, os três principais objetivos desses líderes são: ganhar novos clientes (78%); aumentar o valor dos existentes (60%); e criar relações mais profundas com eles (51%). Já as três principais métricas de sucesso são: o número de clientes novos (68%); o número de prospects (37%); e a quantidade nova de faturamento (37%).

Sobre os três principais desafios para os brasileiros, a maioria (55%) disse que as necessidades dos clientes se tornaram mais sofisticadas. Em seguida, apareceram a busca pelo menor custo possível, com 53%, e a competitividade do mercado (50%). 

A expectativa no aumento de funcionalidade de tecnologia nos próximos 12 a 18 meses é esperado por 80% dos brasileiros. Quase dois terços dos líderes de alto desempenho consideram que as vendas são 100% responsabilidade de toda a organização, 1,6 vez mais do que os líderes de equipes de desempenho moderado.
Tecnologia, APP

quarta-feira, 29 de julho de 2015

5 dicas para reter clientes em tempos de crise


"Ações importantes em qualquer momento tornam-se ainda mais indispensáveis agora que empresas sofrem com baixas em vendas e queda nas negociações. Saiba quais são elas."



*-.:.-* Por Renata Leite | 27/07/2015





Grande parte das empresas está sentindo os efeitos negativos da crise, com baixas em vendas e queda nas negociações. Mesmo nesta época, entretanto, existem ações que ajudam a atrair e reter clientes. Elas são importantes em qualquer momento, mas principalmente agora.

Veja cinco dicas elaboradas pela Templum Consultoria:
1. Compreenda seu público
Procurar compreender seu público-alvo é a primeira maneira de conhecer as necessidades dele e atuar para supri-las. Alguns exemplos neste caso podem ser:

- Redução de gastos desnecessários;


- Criação de nova linha de produtos ou serviços alternativos com preço mais acessíveis;


- Oferecer complementos pelo menor preço. Exemplo: entrega grátis, instalação por conta da empresa, entre outros.


2. Socialize-se
A internet tem sido um dos principais canais de comunicação e negociação entre clientes e empresas. Deste modo, se sua empresa ainda não faz parte deste mundo digital, você está perdendo uma grande fatia de mercado. 


Por outro lado, para as empresas que já estão na internet, recomenda-se também manterem o foco nas estratégias de Marketing digital por terem ótimo custo benefício.

3. Faça parcerias
Fornecedores: Este tipo de parceria traz a possibilidade de oferecer ao consumidor produtos e serviços com melhores preços. 


A parceria entre empresas cria um vínculo de autoajuda entre os envolvidos de modo que todos recebem e ajudam aos demais.

4. Pós-venda e Feedbacks
O pós-venda é um dos fatores mais relevantes para a fidelização de clientes, além de ser um ótimo diferencial para empresas em quaisquer setores. 


Além disso, um cliente satisfeito tende a dar feedbacks positivos para as empresas de modo que outros supostos clientes possam conferir suas opiniões e virem a negociar com a empresa.

5. Melhore a gestão
Há um ditado que diz que não se pode obter uma gestão do que não se pode mensurar. Esta afirmação reflete no fato de que muitas empresas estão perdidas em seus mercados, e em tempos de crise suas bases não estão sólidas o suficiente para superarem os desafios.

Crise

Mobile é prioridade para o Google hoje, no Brasil


"Com iniciativas voltadas para usuários e empresas, grupo direciona suas atenções para os dispositivos móveis, nos quais audiência cresceu 50% em seis meses."



*-.:.-* Por Priscilla Oliveira | 28/07/2015


Ser uma das maiores empresas de tecnologia do mundo traz algumas vantagens ao Google. Em relação aos desafios da inovação, no entanto, a marca é colocada lado a lado a qualquer outra companhia, já que precisa se atualizar e estar em um constante processo de aprendizado e análise do cliente para alcançar o sucesso.

As ações de Marketing da gigante de buscas podem não parecer tão visíveis ao grande público, mas existem e estão alinhadas à criação de novos produtos e abertura de mercados, incluindo o Brasil.
As características e hábitos dos brasileiros vêm fazendo com que o grupo realize pesquisas cada vez mais profundas para saber o que oferecer e para estar inserido no cotidiano das pessoas. 

Tanto investimento e dedicação o tornaram a marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 158,8 bilhões, segundo o ranking BrandZ 2014, elaborado pela Millward Brown Optimor. O consumidor final, entretanto, não é o único beneficiado pelas ações da americana – existem equipes focadas em ajudar empresas de todos os tamanhos.

Desta forma são desenhadas as iniciativas que envolvem, a todo momento, a satisfação do usuário. “Nosso Marketing é divido em três áreas e a primeira delas é focada em entender o contexto real do brasileiro para levarmos para o time global. A equipe internacional localiza os melhores serviços para esse público. 

Essa etapa é fundamental, pois orienta nossos negócios na região e otimiza os produtos para os meios certos”, conta Esteban Walther, Diretor de Marketing do Google para América Latina, em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Ser relevante
Outra segmentação trabalhada pelo Google é tornar a marca e os serviços localmente relevantes, ou seja, incluí-los na rotina de cada indivíduo. Um exemplo foi a cobertura do carnaval da Bahia, com transmissão ao vivo pelo YouTube, e os projetos de ruas coloridas durante a Copa do Mundo. Mesmo as ações do Google Maps e Street View estão inseridas nessa estratégia, como digitalização de comunidades da Amazônia e de Fernando de Noronha.

Há ainda uma área que é responsável por criar e efetivar parcerias e projetos que ajudem a contribuir econômica e socialmente para o Brasil. “Temos lançado uma série de iniciativas, assim como funções e recursos para educação voltadas às crianças. Em 2014, premiamos quatro grandes projetos de tecnologia, além de ações voltadas à conectividade. Queremos deixar um legado e transmitir o que sabemos”, afirma Esteban.

As pessoas consomem, identificam-se e utilizam a tecnologia, enquanto os clientes corporativos querem absorver dados para continuar oferecendo mais novidades. “Olhamos muito as mudanças comportamentais, que estão ocorrendo muito rapidamente. 

Oferecemos essas pesquisas aos nossos clientes para ajudá-los em campanhas com anúncios e publicidade. Observamos, por exemplo, que o mobile é a grande mudança que está acontecendo no país e estamos de olho nisso. Tem muito usuário fazendo busca no Google pelo celular”, conta Esteban.

Foco no mobile
O aumento do uso de dispositivos móveis no Brasil é algo que vem surpreendendo o mercado. Em um intervalo de apenas seis meses, a audiência móvel cresceu 50% e, em resposta, as marcas aumentaram em 46% a adoção desse canal, de acordo com dados da segunda edição do Mobility Index, da Pontomobi. O acesso à internet por esses aparelhos foi identificado pela companhia de tecnologia e já está sendo foco de estudo sobre como trabalhar as maneiras de uso.

Isso porque a atenção é dividida com outras plataformas ou outros lugares, como lojas físicas. “Os usuários possuem várias necessidades e interrupções e interagem com celulares enquanto realizam outras tarefas. Muitas buscas são feitas nos locais em que eles estão pretendendo gastar. Em uma avaliação, observamos que, em média, os brasileiros olham 86 vezes o celular por dia.

Não há como desprezar esse número, por isso focamos em produtos que sejam relevantes para ele”, conta o Diretor de Marketing do Google.
O lançamento e aprimoramento do Google Now é uma das soluções para esse perfil. O serviço é capaz de criar cartões com informações referentes às atividades realizadas por cada indivíduo na rede. 

Além disso, a ferramenta solicita alguns dados para aprimorar a entrega, como endereço de trabalho, times de futebol, sites que visita, entre outros. O objetivo é que o produto se torne um companheiro e possa oferecer alguma solução em qualquer momento do dia.

Ações para empresas
O objetivo principal do Google em relação às empresas que anunciam no site é justamente o mobile. O sucesso no meio móvel é um dos maiores esforços da companhia aqui no Brasil. “Nosso trabalho é explicar as oportunidades e isso inclui vários aspectos, como a definição da estratégia: será site ou aplicativo? Então, pensamos em como fazer para usar as telas pequenas da melhor forma possível. 

Estamos tentando mostrar as melhores práticas do mercado e, uma vez que isso esteja construído, como eles podem comunicar e maquinar as ações de uma forma melhor”, conta Esteban.
No dia 10 de junho, a gigante de tecnologia realizou um evento transmitido simultaneamente para sete mil pessoas de todo o país com foco em treinamento no campo digital. 

O filme apresentado contou com relatos de experts na área, que explicaram o ponto de vista deles sobre a transformação global. A iniciativa faz parte de uma série de outras que ocorrerão para levar mais conhecimento em mobile – foco da companhia para os próximos anos.

Mesmo as pequenas e médias empresas terão suporte nessa área e ainda um cuidado a mais em relação à realização de ações. “Uma das prioridades que temos com PMEs é fazer com que elas entendam os diversos produtos que oferecemos no Google Negócios. Estamos concentrando esforços para informar que essas ferramentas existem e que é possível ter um crescimento rápido dentro delas. 

Por muitos não possuírem expertise em gestão digital, desenvolvemos uma plataforma que os ajuda a criarem uma network – o Google Partners, que possui agências em sua base cadastral. Pelo Google Finder, o próprio empresário pode buscar um fornecedor. Acreditamos que esse suporte é importante para elas abraçarem as ações digitais”, afirma o Diretor de Marketing.

Conteúdo e usuários
O Google também aparece como o proprietário de uma das redes sociais mais populares no mundo. O YouTube hoje concentra boa parte dos acessos da web, o que faz com que a companhia crie cada vez mais incentivos para fomentar a publicação de conteúdo no canal. Os produtos específicos para a plataforma de vídeos incluem uma ajuda para que os usuários gerem novidades interessantes para engajar outras pessoas.

Além disso, o Google Plus – mesmo não tendo a visibilidade que outros sites possuem, como o Facebook ou Twitter – continua sendo importante para a gigante americana. “Essa ferramenta nos ajuda a entender as mudanças no lado social dos internautas. 

Continuamos investindo no Google+, criamos o Connections, que aproxima o usuário de suas paixões, e lançamos o Google Fotos, que era uma parte complementar, para entregar uma experiência maior aos amantes da fotografia”, conta Esteban.

Cada um desses serviços tendem a estar integrados às outras áreas, oferecendo todas as informações em uma só página, como um assistente. “Hoje já fazemos atualizações de trânsito em tempo real e criamos alertas de voos quando a pessoa vai viajar. Ela compra a passagem e nós avisamos com antecedência se as vias estão engarrafadas até o aeroporto, por exemplo. 

Isso é só uma parte do que já existe. No futuro próximo, faremos muito mais. Faremos algo maior, capaz de conversar como uma pessoa. O machine learning melhorará muito, ainda estamos na infância”, finaliza o Diretor de Marketing.

Assista ao hangout completo:
* Com reportagem de Bruno Mello.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

B.blend abre quiosque para experimentação em shopping de São Paulo


"Ponto funcionará até 24 de agosto, no Iguatemi, com seis máquinas multibebidas para uso dos consumidores. Também será possível comprar o equipamento no local ."




*-.:.-* Por Renata Leite | 24/07/2015


A plataforma multibebidas B.blend abriu seu primeiro canal de relacionamento físico com os clientes no Shopping Iguatemi, em São Paulo.

No quiosque da marca, que faz parte do portfólio da Brastemp, o público pode experimentar as bebidas e entender melhor o funcionamento da máquina. Há seis equipamentos disponíveis no local e cápsulas de 20 sabores, que incluem bebidas quentes e geladas, com ou sem gás.

O quiosque funcionará até o dia 24 de agosto. O consumidor que passar por lá poderá escolher a cápsula, colocar na máquina, apertar o play e pegar a bebida pronta alguns segundos depois. Ele pode também adquirir a máquina no local, com a ajuda das promotoras de venda.


A importância da arquitetura de marca de pequenas a grandes empresas


"Estratégia organiza a oferta de acordo com foco e perfil da companhia. Posicionamento precisa estar alinhado à visão de negócio para dar força às vendas." 



*-.:.-* Por Priscilla Oliveira | 24/07/2015



O ambiente competitivo do mercado gera múltiplos desafios às empresas. Cada vez mais produtos e serviços são criados para suprir novas necessidades de consumo, levando marcas já reconhecidas a precisarem se desdobrar para continuarem inseridas na rotina dos consumidores. 

Ainda assim, ampliar o portfólio tradicional com o lançamento de linhas nem sempre é a melhor saída. O sucesso das novidades levadas às gôndolas depende de uma análise da arquitetura de marca, capaz de evitar que possíveis arranhões atinjam todo o grupo e, sobretudo, contribua para o crescimento do faturamento da companhia.

Esse trabalho estratégico é responsável por organizar a oferta de acordo com o foco e o perfil da companhia. 

Existem três modelos de atuação: o de marca única, que identifica todo o portfólio – como a Yamaha, a Parmalat e a Samsung fazem; o de marcas independentes, quando são elaborados negócios diferentes para cada um dos selos oferecidos, algo que é mais caro e lento, mas gera bons resultados – como faz a Whiskas; e mistas, que combina os benefícios dos dois modelos, trabalhando uma marca corporativa e mantendo as linhas de famílias endossadas nela – como atua a Nestlé.

Independentemente do tamanho da organização ou de quantas linhas ela possui, é fundamental estar atento à estrutura que será usada, já que o cenário muda rapidamente. “À medida que uma corporação cresce e adquire novos negócios, esse desafio se torna maior, já que nenhuma empresa nasce grande. 

Geralmente, elas começam a trajetória focadas e, conforme vão se tornando melhor sucedidas, fazem aquisições. É preciso pensar nas verbas para se comunicar e a capacidade de compreensão para assimilar essas parcelas de ofertas”, afirma Marcos Machado, Sócio-Diretor da TopBrands, em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Visão do negócio
Ainda que a empresa esteja começando no segmento e possua apenas um item a ser oferecido, é preciso entender que tipo de visão ela tem para o futuro. “A marca é um meio para atingir os resultados da corporação. 


Sabendo o que quer, fica mais fácil desenhar o caminho de como chegar até eles. Diferentes modelos podem impulsionar e uma clareza de posicionamento ajuda a definir o negócio. A partir de então, é pertinente saber o papel que o nome possui e a hierarquia que ocupa”, aponta Machado.

A P&G iniciou sua atuação fabricando sabonetes e, depois, partiu para linhas de sabões sintéticos para roupas. Com o crescimento da companhia, ela foi adquirindo outras marcas que não necessariamente pertenciam à categoria de limpeza, como foi o caso da Gillette, Pampers e Pantene. Cada uma delas pertencia a uma segmentação que se desdobrou em outras. 

A lâmina de barbear hoje possui diferentes opções dentro do seu portfólio – Fusion, Mach3, Prestobarba e até mesmo uma que não leva o seu nome, mas é utilizada como combate: a Probak.

A experiência de quase dois séculos no mercado tornou a companhia forte em relação aos selos que possui. “As marcas são um modo de contar o que estamos entregando de benefício. É algo como servir o consumidor com diferentes necessidades e níveis de preço. Por isso atuamos com verticalização em determinados produtos. 

A Gillette faz, assim como a OralB também. As novidades surgem dentro da linha, como forma de agradar quem está comprando, que retribui com a aceitação”, afirma Gabriela Onofre, Diretora de Marketing e Comunicação da Procter & Gamble, em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Força nas vendas
Estudar a arquitetura que compõe o portfólio pode melhorar as vendas e ainda trazer fidelização da parte do consumidor. Isso porque a associação com a qualidade que uma marca já tradicional possui transmite confiança. 


Por isso é importante definir o papel de cada selo dentro da organização. Na divisão corporativa, eles podem ser estratégicos, assumindo funções importantes para a empresa na categoria, seja como combate ou proteção em relação aos demais concorrentes.

Há ainda a possibilidade de a marca ter um papel de entrada, cuja finalidade é trazer novos consumidores para aquela categoria, ou ainda a de prestígio, que nem sempre resulta em grandes volumes, mas ajuda a construir a imagem do modelo e compor o portfólio como um todo. 

“Analisando o catálogo da Gillete, percebe-se que ela utiliza todas as opções, por ter múltiplas frentes que estão ligadas a cada função. Isso faz com que não perca espaço para concorrentes e ainda continue a ser icônica”, conta Gabriela.

Tantas divisões e tantos níveis de atuação não ficam mais restritos ao conhecimento dos gestores. Com cada vez mais informação, os clientes já entendem e percebem os nomes que englobam o catálogo de uma grande companhia. A hierarquia dada a cada item, no entanto, ainda é tão perceptível. 

Neste caso, é importante saber como a empresa se portará – se como corporativa (abrange faixa ampla de associações), de família (associações comuns a múltiplos produtos), individuais (atende necessidades especificas dos clientes) ou como modificador (prevê diferenças nos atributos de produtos).

Posicionamento
Agregar diferentes nomes de diversos segmentos pode gerar a individualização de cada um e tornar a companhia distante das ações de Marketing. A P&G esteve nesse quesito, mas passou por um reposicionamento que a colocou em papel dominante das marcas. “Nos últimos 10 anos, crescemos sete vezes, saindo de 5% de conhecimento para 90%. Reduzimos o nome para as iniciais para ficar mais fácil de falar e gerar aproximação dos consumidores conosco”, conta Gabriela.


O motivo da mudança foi simples: a holding adotou a postura de mostrar os benefícios e a tradição do que vendia, reforçando pontos como ética, qualidade, pesquisas e variedade. Com isso, a busca pelo reconhecimento como um todo – e não mais separado por artigos – ocorre de maneira natural e alcança novos produtos. A reputação é absorvida naturalmente, conforme os clientes entendem quem fabrica e gerencia.

Desta forma, inserir novos itens ao portfólio tornou-se uma questão mais simples. “No mundo que está totalmente conectado, as pessoas ficam sabendo que Pantene e Gillete são de uma só empresa e, no fim das contas, elas entendem que podem ser da mesma família, porque a qualidade é a mesma. Isso nos assegura quando queremos lançar algo, porque facilita a experimentação”, conta Gabriela.

Ainda assim, é preciso muito estudo para entender se vale a pena ou não uma empresa abrir uma nova linha, isso porque é preciso ter conexão com o que já era feito antes para não causar estranheza ao mercado. “É preciso haver sentido para verticalizar. Às vezes é melhor abrir uma nova categoria com novo nome.

É válido investir desde que haja benefícios e a companhia possa entregar dentro do mesmo guarda-chuva. Essa é a decisão que a pessoa que gerencia a marca tem que entender. Arquitetura é o Norte e tem muito desdobramento”, conta a Diretora de Marketing e Comunicação da P&G.
Assista ao hangout completo:

domingo, 26 de julho de 2015

Preocupações e intenções de gastos ao redor do Mundo


"Confiança do consumidor diminui na Rússia, China e Brasil, ao contrário do que acontece nas maiores economias do mundo, que apresentaram crescimento do índice."




Este relatório da Nielsen mostra um panorama da confiança do consumidor no primeiro trimestre de 2015. Entre os pontos importantes desse levantamento, está a queda da confiança do brasileiro, que chegou ao ponto mais baixo desde 2009. A situação contrasta apenas com outros dois países da América Latina: o Chile e a Argentina, que apresentaram crescimento no mesmo período.

Já nos Estados Unidos, a alta na confiança do consumidor foi de apenas um ponto percentual (de 106 para 107 pontos). Situação contrária acontece no Canadá, que sofreu uma queda de seis pontos, atingindo o índice mais baixo desde 2012. O panorama na Europa também não é dos mais otimistas. A região é a que se mostra menos otimista em nível global, com uma pontuação de 77.

No setor Ásia- Pacífico, nove dos 14 mercados analisados tiveram alta na confiança do consumidor, sendo a Índia o país com o maior nível no primeiro. Este mercado é um dos mais otimistas, demonstrando crescimento por seis trimestres consecutivos. Na África e região do Oriente Médio, o relatório mostra um progresso lento, porém estável do índice. 

Baixe a pesquisa para conferir a íntegra dos números e gráficos.

Satisfação do consumidor com o tempo dedicado ao lazer


"Estudo global da GfK traz informações de diversos países classificados em critérios de gênero e faixa etária. Mulheres brasileiras se mostram mais insatisfeitas do que os homens."





Este estudo produzido pela GfK mostra o quanto satisfeitos estão os consumidores com a quantidade de tempo exclusivo para o lazer. Para 16%, a quantidade de tempo para a distração é suficiente para deixá-los felizes.

Já 4% dizem o contrário, não estando satisfeitos com a duração do lazer. Em comparação com a média global de plena satisfação com o lazer, o Brasil supera o índice com três pontos percentuais positivos (19%).

Um grupo de 32% da população brasileira acima dos 60 anos é mais feliz com o tempo gasto com distrações. Esta situação contrasta com 10% de jovens entre 15 e 19 anos que dizem não estarem nada satisfeitos com tempo livre. 

As mulheres do país são as que se mostram mais insatisfeitas com as horas livres, diferentemente dos homens. Baixe a pesquisa para ver mais informações e gráficos sobre o tema.

sábado, 25 de julho de 2015

Mudanças no comportamento dos consumidores diante da crise econômica


"Pesquisa da TNS e Acrefi traça perspectiva de confiança em relação à estabilidade do emprego e hábitos de consumo da população, além de mostrar os cortes no orçamento."


Por Percy Freitas Redação | 24-07-2015

percy@mundodomarketing.com.br


Esta pesquisa produzida pela TNS e a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) traça um panorama sobre o sentimento dos brasileiros em relação ao momento econômico vivido. 

O resultado é pouco animador: 84% da população devem mudar o seu padrão de consumo para sentir um impacto menor dos efeitos da crise no país.

Os cortes nos gastos devem afetar o lazer com mais força (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%). A busca pelo crédito também cairá, devido ao fato de 84% dos brasileiros não estão propensos a solicitar um financiamento. 

Em relação à estabilidade de emprego, 86% dos respondentes acreditam que o desemprego vai crescer nos próximos meses. Baixe essa pesquisa para conferir dados completos sobre a perspectiva para 2015.

Ticket médio de compra de brinquedos na web é de quase R$ 300,00


"Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com a Confederação de Lojista mostra que 20% dos consumidores virtuais fizeram ao menos uma aquisição em 2014."



Os brasileiros que compraram brinquedos pela internet no ano passado gastaram em média R$ 286,00 na última compra, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). 

O valor é considerado alto pelas entidades. As aquisições foram realizadas, principalmente, por pessoas entre 35 e 49 anos e pertencentes às classes A e B.

O índice de satisfação nesse segmento é alto, de 93%, e apenas 10% tiveram algum tipo de problema com a compra - os mais mencionados foram as entregas fora do prazo marcado. 

A maioria (76%) dos consumidores virtuais afirma comprar em sites nacionais. Os principais motivos para a compra virtual de brinquedos foram necessidade, para 34%, e ofertas imperdíveis, para 29%. 

Já o índice de rejeição é baixo: 5% entre os que não realizaram esta compra no último ano jamais a fariam pela internet - principalmente pessoas com idade acima de 50 anos e com menor frequência de compra online.

A compra online de artigos para bebês também foi analisada na pesquisa, que mostrou que 11% dos consumidores virtuais fizeram ao menos uma compra em 2014. A maior parte dos compradores é formada por pessoas com até 49 anos e das classes A e B. 

O valor médio gasto foi de R$ 189,00, abaixo da média geral, mas sobe para R$ 333,00 entre pessoas com baixa frequência de compra pela internet. Nesse segmento, os sites internacionais tem uma participação expressiva, com 23% do total, ainda que os sites nacionais predominem, com 74%.

O índice de satisfação de 88% está abaixo do indicado para brinquedos, mas o percentual de problemas relatados é menor, de 7%. Nesse segmento, foi expressivo o índice de rejeição: 9% dos consumidores virtuais não comprariam artigos para bebês e crianças pela internet, principalmente homens e pessoas mais velhas (acima de 50 anos). 

Para 42% dos que não comprariam estes produtos pela web, essa rejeição é motivada pela necessidade de experimentar, ver ou tocar o produto antes da compra.

O levantamento foi realizado em janeiro deste ano, quando foram ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, de todas as classes sociais e que já fizeram alguma compra virtual. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.

Brinquedo, SPC, CNDL, E-commerce

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Instagram é a rede social que mais cresceu no último ano no Brasil


"Levantamento da FAAP e Socialbakers mostra ainda que média de novos fãs nas fanpages brasileiras voltaram a crescer. Pesquisa avaliou as quatro principais redes sociais no país."



*-.:.-* Por Roberta Moraes, do Mundo do Marketing | 22/07/2015



O Instagram é a plataforma que mais cresceu entre 2014 e 2015 no Brasil. A rede social baseada em fotos e vídeos está consolidando a sua participação por aqui como canal de relacionamento entre marcas e consumidores. 

No segundo trimestre do ano passado, as empresas possuíam 24.953 seguidores em média. Nesse mesmo período em 2015, foi identificada uma média de 84.573 seguidores. 

Os dados são do relatório Mídias Sociais 360º, realizado pela FAAP e Socialbakers, que estuda o desempenho dos 100 maiores perfis nas quatro principais plataformas de redes sociais utilizadas por aqui: Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.

O levantamento mostra ainda que a média de novos fãs no Facebook voltou a subir no segundo trimestre deste ano. No ano passado, foram percebidas sucessivas quedas devido, principalmente, à limpeza de perfis promovida pela própria rede social. 

A interatividade dos seguidores com as páginas também registrou crescimento em todos os segmentos analisados. Com a população mais engajada com as questões sociais, no entanto, as fanpages voltadas para “Mídia/Notícias” tiveram destaque. 

No início o ano, havia média aproximada de 1,5 milhão de interações, no segundo trimestre subiu para mais de 12 milhões, atingindo a média de quatro milhões de interações por mês.
Embora as pessoas estejam interagindo mais na rede, alguns segmentos ainda não estão dando a devida atenção ao tempo de resposta dada aos consumidores. 

A pesquisa apontou que, na categoria “E-commerce”, as empresas estão levando mais tempo para atender o público. Enquanto, no segundo trimestre do ano passado, as páginas respondiam os usuários, em média, em sete horas e cinquenta e seis minutos, neste ano, o tempo de resposta cresceu para 22 horas e quatro minutos, entre os meses de abril, maio e junho.

No Twitter, o tempo médio de resposta caiu na comparação entre o segundo trimestre de 2014 e 2015. No ano passado, as marcas respondiam em média em 18 horas e 51 minutos. Já neste ano, as respostas foram dadas em média em oito horas e 31 minutos. No YouTube, o interesse pelas marcas cresceu 38%. 

Ainda que os vídeos online pareçam estar ganhando cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas, os números revelam que, comparando os segundos trimestres de 2014 e 2015, houve pouco crescimento do número de assinantes médio dos canais das Top 100 marcas brasileiras no YouTube. 

No ano passado, havia 12.209 assinantes em média nos canais. Na análise mais recente, este número cresceu para 16.876.
Rede social, Socialbakers, Instagram, Facebook, Twitter, YouTube

Crise: 84% dos brasileiros pretendem mudar padrão de consumo


"Inflação leva a alterações nas compras referentes a lazer (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%). Decisão por tomada de novos financiamentos também é impactada."



*-.:.-* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 22/07/2015



Os brasileiros, tanto consumidores quanto empresários, estão cada vez mais pessimistas em relação ao cenário econômico brasileiro hoje e no futuro. As expectativas negativas os levam a reverem e mudarem seus padrões de consumo. 

Segundo pesquisa realizada pela TNS Brasil em parceria com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), 84% dos brasileiros pretendem alterar gastos, principalmente em lazer (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%). 

O levantamento, que ouviu 1.000 pessoas em todas as regiões do país entre dois e 13 de julho, mostra também que as pessoas estão menos inclinadas a tomar novos financiamentos.
Apenas 16% dos entrevistados disseram estar dispostos a tomar crédito. 

Deles, 35% o fariam para comprar um carro e 28%, uma casa. Já os 84% que não desejam contrair empréstimos se valem, principalmente, das expectativas negativas em relação ao futuro: grande parte espera aumento da inflação e do desemprego para os próximos meses. 

“Notamos um maior pessimismo da população em relação ao cenário brasileiro, se compararmos com as duas ondas anteriores da pesquisa (realizadas em outubro de 2014 e março de 2015)”, afirma Rafael Munhoz, Diretor de Atendimento da TNS Brasil.

Enquanto, em 2014, apenas 24% dos ouvidos afirmaram acreditar que a oferta de crédito à população iria piorar e 31% mostraram-se pessimistas em relação ao crescimento do país, agora, esses índices subiram para 66% e 62%, respectivamente. 

O mesmo movimento acontece em relação ao consumo das famílias. No ano passado, a expectativa de piora tomava 35% dos entrevistados e, em julho, alcançava 72% deles. 

O termo escolhido pela maioria (65%) para representar o sentimento, neste momento, foi “preocupação”, e 84% afirmaram que pretendem economizar mais, enquanto apenas 3% têm planos de gastar mais.

A situação do Brasil hoje é avaliada como ruim ou péssima por 71% dos entrevistados, índice que, em abril, era de 66% e, em 2014, 37%. O governo federal (72%), o congresso (61%) e o setor privado (25%) são apontados como culpados pelo cenário econômico. 

“A situação está pior do que em abril, com os índices de confiança declinantes e o ambiente econômico e político se deteriorando. O mercado vem demonstrando muita incerteza em relação ao futuro e sobre quando haverá melhora. 

Isso é muito ruim para uma retomada. Já deveríamos estar em uma fase de reversão”, diz Nicola Tingas, Economista-Chefe da Acrefi.

TNS, Acrefi, consumo, crise

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Seis em 10 lojas virtuais baseiam seus preços em custos operacionais


"Pequena parcela do e-commerce adota metodologias de precificação inteligente e altera os valores cobrados mais de uma vez ao dia, segundo mostra pesquisa da Precifica."



*-.:.-* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 20/07/2015



Seis em cada 10 lojas virtuais baseiam seus preços de acordo com os custos operacionais de cada produto e 43% acreditam que, para combater a concorrência pautada na briga pelo menor valor, é preciso vender produtos exclusivos. 

Apenas 12% desses sites adotam metodologias de precificação inteligente, segundo mostra levantamento da Precifica, que entrevistou cerca de 200 lojistas virtuais. Ainda assim, a preocupação dos lojistas com esta tecnologia vem crescendo e 65% pretendem implementá-la em até 12 meses.

Além disso, 72% dos respondentes acreditam que trabalhar com software de pricing intelligence é relevante para o seu negócio, e 50% têm por entendimento que é solução importante criar estratégias de preço, tanto para baixar quanto para aumentar, baseadas nas ações da concorrência. 

Os planos parecem, entretanto, estarem concentrados no futuro, já que hoje apenas 10% das lojas virtuais possuem um departamento específico para o trabalho de precificação. Essa função acaba absorvida pelos departamentos de Compras (39%), seguido do Marketing (22%).

Em relação à periodicidade com que os valores são alterados, 47% disseram atualizá-los apenas uma vez ao mês. Já 18% modificam o preço uma vez por semana e apenas 4% o alteram duas ou mais vezes ao dia. A pesquisa “Como você lida com seu preço?” está disponível online.
Precificação, Precifica, pesquisa

Crise também leva cautela para segmentos de luxo e premium


"Marcas devem rever expansões, o que não significa saída do país. Momento é de investir em diferenciais capazes de despertar o interesse do consumidor, diz Carlos Ferreirinha."



*-.:.-* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 20/07/2015



A desaceleração econômica reduziu o apetite de consumo do brasileiro, levando mesmo os segmentos de luxo e de produtos premium a sentirem os efeitos da crise.

Certamente, a venda de itens de massa é mais impactada pela retração, já que que a classe média apresenta maior dificuldade em absorver os aumentos nos preços impostos pela inflação, mas o topo da pirâmide também está mais cauteloso em relação aos gastos. 

A saída para as marcas neste momento, independente de seu público-alvo, é investir em diferenciação e em atributos que sejam realmente capazes de surpreender o consumidor.

Alguns exemplos ao longo dos últimos meses foram capazes de comprovar que essa estratégia é a mais acertada. Um deles foi a ação de cobranding da Kopenhagen com a marca de joias Pandora, que resultou no lançamento de Páscoa no valor de R$ 420,00. 

O ovo com um bracelete de prata e um pingente de coelho como brinde sumiu das prateleiras das lojas da marca de chocolate antes mesmo do dia da comemoração, enquanto outros produtos criados para a data acabaram encalhados no varejo.

A marca dinamarquesa Pandora é considerada inatingível por grande parte da população, mas a parceria com a brasileira Kopenhagen abriu um canal de acesso e resultou em um efeito interessante na cabeça do consumidor. 

“Em qualquer momento, mas especialmente nos mais recessivos, há espaço para o diferente, o extraordinário. Em uma situação de cautela, o consumidor tende a tomar a smart choice, a decisão inteligente. 

Ele pensa: já que vou investir, que seja naquilo que é mais especial”, analisa Carlos Ferreirinha, CEO da MCF Consultoria, Sócio da Bento Store e especialista no mercado de luxo, em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Inovação focada na diferenciação
O desafio é saber combinar os investimentos em aspectos que garantam um diferencial ao produto com a cautela necessária ao período de retração econômica. 


“É fundamental manter o ritmo da inovação em cima da diferenciação. Claro que você deve pensar como fará isso, já que precisa ser mais assertivo. Não dá para brincar muito em cenários como o atual. 

Existe um folclore de que o luxo e o premium não são afetados, mas e é justamente o contrário. É um momento de cautela. Faz com que todas as marcas pensem novamente quais passos darão”, garante Ferreirinha.

Os reflexos já estão claros na empresa fundada pelo consultor, a Bento Store. Especializada na venda de marmitas que esbanjam design e sofisticação, a marca tinha a pretensão de abrir duas lojas no primeiro ano de operação, 2014. 

Ao fim do período, entretanto, já havia cinco pontos de venda espalhados por Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. A expectativa era de que esse número dobrasse em 2015, mas agora os planos incluem a inauguração de apenas duas lojas. Mesmo elas ainda dependem da avaliação do panorama no segundo semestre.

Os sócios mantêm a expectativa de iniciar a expansão por franquias em 2016, indo ao encontro de mais de 200 empreendedores que os procuraram interessados em fazerem parte do projeto. 

No ano passado, foram 30 mil lunch boxes, lunch bags, garrafas e acessórios vendidos para 15 mil pessoas. Há produtos que custam mais de R$ 400,00, como uma bolsa térmica e com revestimento à prova d’água, de R$ 460,00, e uma lunch bag para pique-nique, de R$ 1.200,00.

Mercado do bem-estar
Além de vender produtos que se diferenciam do que é oferecido por concorrentes, a marca também tem a seu favor o fato de atuar em um mercado que está em alta, o do bem-estar, que já foi tema de estudo do Mundo do Marketing: “Bem-estar: tendências do mercado de alimentação saudável”. A Bento Store dialoga com as demandas crescentes da população por mobilidade, praticidade nas refeições e redução de custos.


A marca dá uma resposta a esses desejos sem abrir mão do design, da estética e do life style. “O aumento da consciência alimentar é um fato Não quer dizer que as pessoas passarão a comer bem de uma hora para outra, mas existe uma pré-disposição à conexão com o tema. 

Por sermos vistos da forma como nos vestimos, a moda se tornou um catalisador gigante neste último século. A partir de agora, a tendência é de que sejamos vistos da forma como nos alimentamos. Mesmo aqueles que não são regrados nem tão atentos passaram a olhar para a alimentação de uma outra forma, seja por uma necessidade mais imperativa de estética ou por uma qualidade de vida mais apurada”, ressalta Ferreirinha.

Nos últimos anos, algumas dezenas de marcas internacionais de luxo e premium investiram no Brasil e descobriram, inclusive, os mercados que vão além do eixo Rio-São Paulo, como as regiões Nordeste e Centro-Oeste. Essas áreas cresceram com maior vigor no período de alto consumo e devem manter taxas de incremento superiores a de áreas mais maduras. 

Esse grupo de companhias costuma adotar um planejamento estratégico extenso, para 10 a 20 anos, o que reduz os riscos de que elas simplesmente optem por deixar o país neste momento de maior fragilidade econômica. As expansões sim, provavelmente, serão repensadas.

A experiência prévia em outros mercados também as ajuda a contornar a crise. “As marcas de luxo estão cautelosas com seu investimento, mas, como elas têm um aspecto muito global, já passaram pela crise do Japão, dos Estados Unidos, da Europa. 

O Brasil é só mais um desses países. Essas companhias têm uma visão construtiva de longo prazo. Elas são muito pautadas pela persistência, pela perseverança, pela longa duração. Não são marcas de tiro curto. São absolutamente comprometidas com a construção de um legado” enfatiza Ferreirinha.

Assista ao hangout completo com Carlos Ferreirinha, CEO da MCF Consultoria, Sócio da Bento Store e especialista no mercado de luxo, em entrevista à TV Mundo do Marketing. 

Leia também: Perspectivas e desafios para 2015. Pesquisa no Mundo do Marketing Inteligência. Conteúdo exclusivo para assinantes.

Previsão de Mercado | Economia | 2015