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terça-feira, 15 de abril de 2014

E-commerce tem investimento inicial médio de R$ 1 mil


"Empreendedor digital brasileiro é jovem e trabalha sozinho em casa. Os homens são a maioria deste perfil, representando 67% do total, segundo pesquisa."




*.#||#.* Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 15/04/2014



O empreendedor digital brasileiro é jovem e trabalha sozinho, em casa. Isso é o que mostra uma pesquisa da plataforma Loja Integrada. O levantamento ouviu cerca de 1.806 lojistas virtuais brasileiros e identificou que o investimento médio na abertura de um e-commerce é de R$ 1 mil. 

Cerca de 60% dos empreendedores se declaram mais felizes após abrir a sua empresa. A maioria deles (73%) tem até 40 anos e são homens (67%).

Entre aqueles que abrem um negócio próprio pela primeira vez, 74% ingressaram na faculdade, mais de 63% se aventuram pela primeira vez no e-commerce e 42% têm conhecimentos básicos de informática. É alto o índice de pessoas que conciliam a loja com outros negócios ou empregos: 80%.

No quesito faturamento, 70% se sentem otimistas em relação às vendas de 2014. Entro os principais investimentos com foco em conversão, as redes sociais são apontadas como aquelas que dão mais retorno, seguido pelo e-mail marketing.


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Novos hábitos transformam indústria e varejo de Alimentação


"Clientes cada vez mais atribulados com o corre-corre diário não querem apenas sabor. É preciso agregar adaptabilidade, portabilidade e facilidade no manuseio aos produtos."




*#.||.#* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 15/04/2014


Alimentação, conveniência, saúde
Empresas do segmento alimentício não podem mais apostar apenas no sabor para conquistar clientes, já que outro atributo passou a ser tão ou mais valorizado quanto esse: a conveniência. 

As pessoas têm tantos afazeres hoje em dia e estão sempre ocupadas com aparatos tecnológicos que resta pouco tempo para as refeições. Nesse cenário, saem na frente marcas que conseguem oferecer produtos que agreguem adaptabilidade, portabilidade e facilidade no manuseio.

Uma recente parceria entre a Coca-Cola e a Mondelez no exterior demonstra que a indústria já despertou para a necessidade de agilizar o cotidiano das pessoas. As empresas se uniram para poder oferecer no varejo soluções completas aos consumidores. 

Numa mesma gôndola, eles encontram lado a lado itens complementares de ambas as empresas: lanches e bebidas. O programa surge como resposta ao panorama em que 63% dos shoppers, ao comprarem lanches, já têm ocasiões específicas para consumo em mente e 33% concordam que ajudaria se as lojas oferecessem soluções completas para refeições.

Propostas que facilitem o dia a dia são bem vistas pelo público e geram oportunidades até para novos negócios. Em Brasília, cinco jovens criaram o Alecrim e iniciaram, na semana passada, o serviço diferenciado com foco em suas próprias necessidades. 

“Disponibilizamos dois cardápios por mês no Facebook para o cliente escolher. Entregamos na casa dele todos os ingredientes para preparo selecionados, higienizados, cortados e porcionados. Junto vai um passo a passo da receita em linguagem descontraída”, conta Camilla Ceylão, fundadora e nutricionista, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Resgate da refeição com praticidade
O pacote ainda inclui uma playlist com sugestões de músicas que combinam com o prato e uma possibilidade de decoração para a mesa, que pode ser comprada à parte no Alecrim ou usada como inspiração apenas. 


“Nosso objetivo é resgatar o prazer das pessoas pelo momento da refeição num cenário em que elas estão cada vez mais desconectadas desse ritual. A ideia não é só levar as pessoas a cozinharem, mas criar um momento social”, conta Camilla.

Com as separações tradicionais entre as refeições ruindo e o tempo passado à mesa cada vez menor, as marcas precisam repensar produtos e serviços. É preciso considerar, por exemplo, que o consumo de parte dos itens se dará, muitas vezes, em trânsito. 

Tudo que puder ser feito para ajudar as pessoas a não se sujarem e a permiti-las a armazenar sem dificuldade será valorizado – e justificará alguma diferença no preço em relação a similares.

O consumo crescente de alimentos portáteis é uma realidade com a qual as empresas do setor também devem ter atenção. Segundo a base global de novos produtos da Mintel, o número de lançamentos nos segmentos de comida e bebida com esse apelo teve aumento de quase 57% no Brasil, de 2011 para 2012.

Alimentação, conveniência, saúdeSucos em alta
Um dos segmentos impactados é o de sucos prontos. Basta ir a um supermercado para notar como as marcas e os sabores se multiplicaram nas gôndolas nos últimos anos. 


O consumo desse tipo de produto conquistou 1,7 milhão de novos lares brasileiros no último ano, segundo dados de uma pesquisa da Nielsen. 

A compra de bebidas não alcoólicas teve um crescimento de 0,3% entre novembro de 2012 e novembro de 2013, com destaque para os sucos que registraram um aumento de 12,5% no período.

Neste área, outra marca surgiu da necessidade de seu fundador: a do bem. Marcos Leta estava em sua lanchonete preferida no Rio de Janeiro de madrugada quando pensou por que ainda não havia um suco natural da fruta em caixa para se levar para casa. 

Viajou o mundo pesquisando tecnologias que permitissem o envasamento sem necessidade de uso de conservantes e acidulantes até que a primeira linha de sucos do bem chegou às prateleiras do varejo em 2007.
A portabilidade já estava na essência da marca, mas continua evoluindo. 

“Estamos fazendo uma série de mudanças em mobilidade. Há duas semanas começaram a chegar ao varejo as novas embalagens de um litro com tampa de rosca, permitindo que seja fechada e transportada com mais segurança. Desde 2009 temos também as caixinhas de 200 ml com canudo”, conta Marcos Leta, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O público alvo da do bem são pessoas com espírito jovem, que se preocupam com a saúde. Por isso, pagam um pouco mais caro e trocam os produtos concorrentes que adicionam água e conservantes, os chamados néctares, pelo suco natural em caixa da marca. 

A preocupação com a saudabilidade, no entanto, ainda não é maioria entre os brasileiros. Tanto é que a falta de tempo ainda os leva prioritariamente para as redes fast food, destacadas como mais convenientes.

Alimentação, conveniência, saúdeFast food se destacam por serviço rápido
Para 41% dos jovens adultos, essas lanchonetes são priorizadas por oferecerem um serviço rápido, atributo muito relevante em meio ao corre-corre diário de quem estuda e trabalha, segundo a pesquisa da Mintel “Estilo de vida ocupado e hábitos convenientes”.


 Quatro em cada 10 destes adultos jovens, entre 16 e 24 anos, acreditam que comer itens poucos nutritivos como hambúrgueres, salgadinhos e bolachas é algo que pode ser feito todos os dias. Mais de um terço da população (37%) reconhece não se importar com gorduras e calorias.

O resultado é uma frequência de obesos que chega a 17,4% da população, segundo o relatório Vigitel do Ministério da Saúde. Mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso. A frequência é de 51,0%, sendo maior entre homens (54, 5%) do que entre mulheres (48,1%).  Já em países desenvolvidos, os consumidores buscam cada vez mais combinar saudabilidade aos novos hábitos alimentares.

No Brasil, no entanto, esse amadurecimento ainda deve levar um tempo. “Para haver essa evolução é necessário um esforço do mercado em geral e do governo, que hoje não oferece incentivos para produtos naturais e orgânicos.

Não contamos com estudos das empresas de pesquisa específicos para a nossa categoria, no meu caso, o suco natural. É preciso ainda uma mudança na mentalidade do varejista que hoje coloca nosso produto entre os néctares, sem mostrar a diferenciação. Isso tudo seria importante para conscientizar o consumidor brasileiro”, avalia o fundador da do bem.

Snacks nas redes sociais
A inclinação para consumir junk food também fica evidente nas redes sociais. Em muitos posts, os internautas deixam explícito que o consumo não é saudável para reforçar outro atributo: o do prazer. 


Os alimentos que fazem parte dos momentos de snacking são considerados cool e, por isso, são cerca de quatro vezes mais compartilhados nas redes sociais, em média, do que outros tipos de refeições, como almoço, café da manhã, churrasco e jantar, conforme aponta um levantamento realizado pela Ipsos.

As menções nas redes sociais demonstram uma vontade de “fazer inveja” nos amigos. A necessidade de praticidade ou de saciedade aparece pouco nas postagens espontâneas. “O consumo de snacks é muito emocional, porque é aquele momento em que a pessoa está comendo algo que dá prazer, como uma premiação. 

E é esse apelo que incentivam um maior número de publicações no horário do lanche”, analisa Andrea Hiranaka, Qualitative Account Manager da Ipsos.
Essas postagens espontâneas de consumidores nas redes sociais abrem oportunidades para fabricantes explorarem seus clientes como garotos propaganda. 

Marcas já escolhem os momentos mais comuns dos lanches para publicarem imagens em suas fan pages, gerando compartilhamento e convidam o público a opinar sobre novos sabores e linhas que compõe lançamentos. 

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