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terça-feira, 16 de abril de 2019

Pagamento a presidente do Facebook mais que dobra e chega a US$ 22,6 mi



Rede social também informou que presidente da Netflix vai deixar de ser conselheiro da empresa de Zuckerberg.


Por Reuters 

Postado em 16 de abril de 2019 às 19h30m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook — Foto: Gerard Julien/France Presse  
Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook — Foto: Gerard Julien/France Presse
O pagamento do presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, em 2018 mais que dobrou, para US$ 22,6 milhões (o equivalente a R$ 87,2 milhões), segundo comunicado da companhia ao mercado na última sexta-feira (12).

Separadamente, a rede social informou que o presidente-executivo da Netflix, Reed Hastings, vai deixar sua cadeira no conselho de administração do Facebook e não será indicado para reeleição.

A saída de Hastings ocorre em um momento em que o Facebook acelera sua oferta de vídeos. O executivo está no conselho da rede social desde 2011.

Portais da Transparência em AL são alvos de hackers mineradores de bitcoins



Invasores instalaram códigos que poderiam transformar computadores em gerenciadores de moedas digitais, o que deixava as máquinas mais lentas. Responsável pelos portais diz que ataque não provocou prejuízos e que já solucionou problema. 


Por Derek Gustavo, G1 AL 

Postado em 16 de abril de 2019 às 1600m 
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Hackers invadiram Portais da Transparência no interior de Alagoas e instalaram código que podia transformar computadores em mineradoras de bitcoin; problema foi resolvido assim que foi percebido, garante responsável — Foto: Jack Guez/AFP 
Hackers invadiram Portais da Transparência no interior de Alagoas e instalaram código que podia transformar computadores em mineradoras de bitcoin; problema foi resolvido assim que foi percebido, garante responsável — Foto: Jack Guez/AFP
Portais da Transparência de pelo menos três prefeituras e uma Câmara de Vereadores do interior de Alagoas foram invadidos por hackers, que instalaram um código com a capacidade de transformar computadores em mineradoras de bitcoin, uma espécie de gerenciadora de moedas digitais.

Os quatro portais que sofreram ataques foram desenvolvidos pela mesma empresa, a JP Consultoria. De acordo com investigação conduzida pelo portal Colaboradados, o código malicioso fazia com que uma propaganda pop-up surgisse na página inicial delas. Se clicada, levava ao site de uma empresa chamada Webchain. A partir desse momento, a máquina do usuário estava aberta para se tornar uma mineradora sem que ele soubesse, deixando o computador mais lento.

O responsável disse que a invasão aconteceu na última semana, em uma versão antiga dos sites, que já estavam em processo de migração para uma nova plataforma, e que não houve danos às instituições ou aos usuários.

O código malicioso foi identificado nos portais da Câmara de Vereadores de São Miguel dos Milagres, e das prefeituras de Cacimbinhas, União dos Palmares e São Miguel dos Campos, e, segundo o desenvolvedor, foi removido das páginas assim que o ataque foi percebido.

O bitcoin é uma espécie de dinheiro eletrônico, que permite transações financeiras sem intermediários e que depende de uma rede de usuários para ser validado, também conhecida como blockchain.

Essa validação impede, por exemplo, que uma mesma moeda seja usada mais de uma vez, e é gerenciada por programas específicos instalados em vários computadores.
A ação realizada por eles é conhecida como mineração.

No caso dos portais do interior de Alagoas, os códigos (ou scripts) foram instalados por hackers no código-fonte das páginas (a lista de comandos que faz com que elas funcionem).

A reportagem do G1 tenta contato com a Webchain desde sexta (12), para saber se ela tinha envolvimento com o caso ou se seu nome estava sendo usado por terceiros, mas não obteve retorno.

O proprietário da JP Consultoria, João Pimentel, explicou que as invasões foram percebidas durante manutenções de rotina nos Portais da Transparência.

Percebemos o problema nas manutenções diárias dos sites. A primeira vez foi há cerca de um mês, e nós limpamos o código invasor. No dia 11 de abril, encontramos e retiramos novamente, afirma Pimentel.

Segundo ele, a suspeita é que o hacker tenha se aproveitado de uma brecha encontrada no sistema, uma plataforma aberta que era utilizada pela empresa.

Acreditamos que a invasão tenha ocorrido após a atualização do sistema. Essa linguagem de programação estava trazendo muitos problemas, como coisas que não funcionavam. Há poucos dias, fomos avaliados pela Escala Brasil Transparente e, na hora da consulta, o site não funcionou. Essa nova falha no sistema surpreendeu a gente, diz.

Por conta dos problemas encontrados no sistema anterior, Pimentel afirma que decidiu-se pela mudança para outro, fechado e mais seguro. Por conta disso, foi preciso fazer a migração do banco de dados para os novos portais e, para facilitar o processo e manter os Portais da Transparência no ar, os sites antigos ainda não foram excluídos, e foram eles que sofreram os ataques.

Dos sites atacados, apenas Cacimbinhas ainda usa o banco de dados antigo, pois estamos aguardando a conclusão da migração das informações para abrir o novo portal. Nos outros sites, o banco de dados invadido foi o antigo, que ainda está no ar para o caso de, na falta de algum documento, podermos pegar direto do portal, sem a necessidade de ir até a prefeitura para digitalizar. Mas em todos eles, o problema foi corrigido tão logo foi percebido, e os Municípios não tiveram nenhum prejuízo, afirma o proprietário da empresa.
Não há relatos de pessoas que tenham sido prejudicadas de alguma forma pelo problema.

Pimentel diz ainda que é difícil saber de onde partiu o ataque. Não temos como rastrear se veio de Alagoas, se veio de fora do país, nem qual empresa fez isso porque, apesar do nome no pop-up, pode ser alguém usando o nome dela.

Cuidados com invasões
Valdick Sales, especialista em tecnologia e colunista do Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta, explica que ataques como esses registrados nos Portais da Transparência são comuns, e podem ocorrer em qualquer computador.

Pessoas mal intencionadas invadem o computador para instalar um plugin de mineração e transformar a máquina em um computador zumbi, trabalhando na autenticação da criptomoeda sem o usuário perceber. Algumas pessoas compram computadores para fazer essa mineração, mas tem gente que quer mais dinheiro e acaba invadindo as máquinas dos outros, afirma Sales.

A orientação para esses casos, segundo ele, é instalar e manter atualizado um programa antivírus, e ficar atento às propagandas que surgem nas páginas.

É preciso ter antivírus e mantê-lo sempre atualizado para impedir essas invasões, porque ele detecta movimentações suspeitas. Da mesma forma que alguém instala um programa de mineração, pode também instalar qualquer outra coisa. É como uma casa. É preciso manter fechada para evitar invasões. E cuidado também com as propagandas, porque só entrar em um site não é indicativo de que seu computador foi invadido, é preciso também não clicar nos pop-ups suspeitos, conclui o especialista.
Infográfico: Como funciona o bitcoin — Foto: Igor Estrella/G1 
Infográfico: Como funciona o bitcoin — Foto: Igor Estrella/G1