"Para pesquisador, a complexidade do mundo torna necessária a aplicação de estratégias mais sofisticadas e pensamentos disruptivos para fazer com que negócios prosperem."
*#.||.#* Por Bruno Garcia || 23/01/2014
O Marketing precisa reamprender o seu real significado para gerar estratégias relevantes em tempos cada vez mais competitivos e imprevisíveis.
Em um cenário onde inovação e atitudes empreendedoras são necessárias para a geração de vantagem competitiva, entender o Marketing apenas pela sua capacidade de gerar comunicação e percepções sobre uma marca, produtos ou serviços não será suficiente para atender as demandas que surgirão daqui por diante.
O termo Marketing sempre foi mais conhecido no Brasil pelo vértice da publicidade. Não por acaso, o termo “marketeiro” é comumente usado para definir pessoas que são boas em fazer “propaganda de si mesmas”. Mas com as ondas de inovação impactando o mercado numa velocidade cada vez maior, o Marketing precisa ser utilizado e compreendido em toda a extensão do seu significado.
No livro “Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil”, Silvio Meira, Cientista-chefe do C.E.S.A.R e Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital aborda os novos desafios que se apresentam em um contexto onde as mudanças são cada vez mais velozes. “Marketing é um casamento entre proposições de valor e mercado, entre produto, preço, posicionamento, serviço associado a isso e proposta de valor.
Se o Marketing não se reentender e não for um ponto de articulação absolutamente essencial entre provedores e consumidores de produtos e serviços, ele estará perdido. O mundo em rede exige do Marketing um entendimento bem mais sofisticado para atingir resultados verdadeiros”, afirma em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Empresas ainda não estudam o mercado
A pesquisa desenvolvida por Silvio, contudo, mostra que será cada vez mais difícil para as companhias prosperarem se não existir um esforço genuíno para inovar e pensar em novos modelos. “Se fosse possível sobreviver sem inovação e sem empreendedorismo, o Pony Express, aquele serviço de levar cartas da costa lesta a oeste dos Estados Unidos, estava lá até hoje.
Na época, eles revolucionaram os mecanismos de levar cartas de um ponto a outro do país. Antes as correspondências seguiam em diligências e levavam um tempo bem maior para serem entregues. Até que surgiu este grupo de indivíduos empreendedores e inovadores, que tiveram capacidade de implantar a mudança.
Usando o sistema de cavalos e troca de cavaleiros, aumentaram substancialmente a velocidade. Como comparamos isso com as cartas aéreas? E com a internet?”, questiona o pesquisador.
Um ponto crucial para que a inovação e o empreendedorismo gerem resultados reais é uma análise prévia e racional do mercado onde se pretende atuar. Boa parte das marcas ou de novos empreendimentos que tenta inovar falha por não entender exatamente o que o mercado deseja ou procura. Mesmo produtos considerados disruptivos, como o iPad, passaram por análises e estudos complexos antes de chegarem às prateleiras.
Com a busca cada vez maior por modelos inovadores, muitas empresas acabam aplicando tempo e recursos em projetos que não têm razão de ser. “Acredito que 90% das startups que vêm conversar comigo não estão resolvendo nada.
Eles têm respostas para perguntas, e isso é muito válido no universo abstrato dos conceitos, mas não necessariamente se aplica quando transportamos para o mundo concreto das soluções para problemas.
Para romper esta barreira, uma ideia precisa ter realizações, mercado, demandas, clientes e usuários. Do contrário, eles não estão resolvendo problema nenhum”, alerta Silvio Meira.
Outro desafio é compreender exatamente o que é um plano de negócios. Muitos empreendedores acreditam que basta preencher um formulário com perguntas de múltipla escolha e o planejamento está feito.
Para se adequar ao mundo real, a empresa precisa responder a questões mais profundas e refletir sobre as dificuldades que enfrentará ao iniciar um empreendimento. Quem não consegue responder a algumas questões elementares, não tem um modelo de negócios de verdade, muito menos uma startup.
O modismo das startups
Outro questionamento da obra de Silvio Meira é sobre o modismo do termo startup. O nome não necessariamente precisa estar ligado a novos negócios. Uma definição mais apropriada é um time ou uma rede de pessoas que se engaja para resolver um determinado problema ou desafio.
“Essa é a essência de uma startup e não significa necessariamente uma empresa nova. Ela pode ser criada dentro de uma companhia de 100, 200 anos. O que importa é o conceito: entender que este grupo vai trabalhar para tentar antecipar o futuro e por definição, vai errar”, lembra Silvio Meira.
Mais importante que batizar um novo negócio como startup é ter a real disposição para mudança, o que normalmente as pessoas abominam. “Mudar é praticamente contra a natureza humana. Do ponto de vista das empresas, olhando para quem começou lá atrás e investiu uma quantidade imensa de tempo, energia e recursos para chegar a um suposto ponto de equilíbrio no mercado, mudar parece uma alternativa improvável.
De uma hora para outra chega uma pessoa ligada à inovação e diz que tem que mudar tudo? Então há uma reação natural e muito grande contra o processo de inovação e empreendedorismo”, complementa o pesquisador.
Em um cenário onde inovação e atitudes empreendedoras são necessárias para a geração de vantagem competitiva, entender o Marketing apenas pela sua capacidade de gerar comunicação e percepções sobre uma marca, produtos ou serviços não será suficiente para atender as demandas que surgirão daqui por diante.
O termo Marketing sempre foi mais conhecido no Brasil pelo vértice da publicidade. Não por acaso, o termo “marketeiro” é comumente usado para definir pessoas que são boas em fazer “propaganda de si mesmas”. Mas com as ondas de inovação impactando o mercado numa velocidade cada vez maior, o Marketing precisa ser utilizado e compreendido em toda a extensão do seu significado.
No livro “Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil”, Silvio Meira, Cientista-chefe do C.E.S.A.R e Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital aborda os novos desafios que se apresentam em um contexto onde as mudanças são cada vez mais velozes. “Marketing é um casamento entre proposições de valor e mercado, entre produto, preço, posicionamento, serviço associado a isso e proposta de valor.
Se o Marketing não se reentender e não for um ponto de articulação absolutamente essencial entre provedores e consumidores de produtos e serviços, ele estará perdido. O mundo em rede exige do Marketing um entendimento bem mais sofisticado para atingir resultados verdadeiros”, afirma em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Empresas ainda não estudam o mercado
A pesquisa desenvolvida por Silvio, contudo, mostra que será cada vez mais difícil para as companhias prosperarem se não existir um esforço genuíno para inovar e pensar em novos modelos. “Se fosse possível sobreviver sem inovação e sem empreendedorismo, o Pony Express, aquele serviço de levar cartas da costa lesta a oeste dos Estados Unidos, estava lá até hoje.
Na época, eles revolucionaram os mecanismos de levar cartas de um ponto a outro do país. Antes as correspondências seguiam em diligências e levavam um tempo bem maior para serem entregues. Até que surgiu este grupo de indivíduos empreendedores e inovadores, que tiveram capacidade de implantar a mudança.
Usando o sistema de cavalos e troca de cavaleiros, aumentaram substancialmente a velocidade. Como comparamos isso com as cartas aéreas? E com a internet?”, questiona o pesquisador.
Um ponto crucial para que a inovação e o empreendedorismo gerem resultados reais é uma análise prévia e racional do mercado onde se pretende atuar. Boa parte das marcas ou de novos empreendimentos que tenta inovar falha por não entender exatamente o que o mercado deseja ou procura. Mesmo produtos considerados disruptivos, como o iPad, passaram por análises e estudos complexos antes de chegarem às prateleiras.
Com a busca cada vez maior por modelos inovadores, muitas empresas acabam aplicando tempo e recursos em projetos que não têm razão de ser. “Acredito que 90% das startups que vêm conversar comigo não estão resolvendo nada.
Eles têm respostas para perguntas, e isso é muito válido no universo abstrato dos conceitos, mas não necessariamente se aplica quando transportamos para o mundo concreto das soluções para problemas.
Para romper esta barreira, uma ideia precisa ter realizações, mercado, demandas, clientes e usuários. Do contrário, eles não estão resolvendo problema nenhum”, alerta Silvio Meira.
Outro desafio é compreender exatamente o que é um plano de negócios. Muitos empreendedores acreditam que basta preencher um formulário com perguntas de múltipla escolha e o planejamento está feito.
Para se adequar ao mundo real, a empresa precisa responder a questões mais profundas e refletir sobre as dificuldades que enfrentará ao iniciar um empreendimento. Quem não consegue responder a algumas questões elementares, não tem um modelo de negócios de verdade, muito menos uma startup.
O modismo das startups
Outro questionamento da obra de Silvio Meira é sobre o modismo do termo startup. O nome não necessariamente precisa estar ligado a novos negócios. Uma definição mais apropriada é um time ou uma rede de pessoas que se engaja para resolver um determinado problema ou desafio.
“Essa é a essência de uma startup e não significa necessariamente uma empresa nova. Ela pode ser criada dentro de uma companhia de 100, 200 anos. O que importa é o conceito: entender que este grupo vai trabalhar para tentar antecipar o futuro e por definição, vai errar”, lembra Silvio Meira.
Mais importante que batizar um novo negócio como startup é ter a real disposição para mudança, o que normalmente as pessoas abominam. “Mudar é praticamente contra a natureza humana. Do ponto de vista das empresas, olhando para quem começou lá atrás e investiu uma quantidade imensa de tempo, energia e recursos para chegar a um suposto ponto de equilíbrio no mercado, mudar parece uma alternativa improvável.
De uma hora para outra chega uma pessoa ligada à inovação e diz que tem que mudar tudo? Então há uma reação natural e muito grande contra o processo de inovação e empreendedorismo”, complementa o pesquisador.