"Formado por 62% dos idosos de 60 a 75 anos do Rio de Janeiro, perfil traçado por estudo mostra rejeição a termos como “melhor idade”, entre outros estereótipos criados."
*\\* Por Isa Sousa | 06/06/2012
“Se antes essas pessoas se aposentavam, hoje elas aproveitam. A Geração A viveu a infância nos anos dourados e deu sentido à juventude, e agora dá novo sentido à vida, rejeitando rótulos e estereótipos. Eles são tudo o que pensamos que não são”, avalia Tatiana Soter, Diretora de Planejamento e Atendimento da Agência Quê, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A mudança é perceptível até mesmo nas relações pessoais desse novo grupo. Hoje 26% dos novos idosos têm “ficantes”, termo sequer usado na época em que eram jovens, 47% possuem vida sexual ativa e 26% estão conectados em redes sociais como Facebook e Orkut.
“Queremos consumir”
Além de ativos e autênticos, outra característica dominante na Geração A é o potencial para o consumo. Apesar de os próprios idosos se sentirem rejeitados pelo mercado, de acordo com o estudo Riologia, 71% do total de entrevistados ainda são provedores da família, 76% fazem planos para viajar e 14% possuem smartphones, indicando um forte potencial de compra.
“Nosso objetivo inicial era mostrar ao mercado novos perfis de consumo. Agora, o resultado que estamos tendo é quase um trabalho de comportamento social porque quebramos os preconceitos das gerações e, com esses resultados, elas poderão ser vistas de outras formas. A Geração A está fazendo o que já sabia fazer: mudar os padrões”, contou Adriana Hack, Diretora Geral da Casa 7 Núcleo de Pesquisa, durante o evento realizado ontem, dia 5, no Rio de Janeiro, para apresentar os resultados da pesquisa.
Outro ponto revisto é que não há diferenciação na vontade de consumir das classes A, B e C. O que muda entre elas é a possibilidade e a força de compra. “Se a classe A pode ir a Paris, a classe C vai para Búzios e de todas as formas ambas viajarão. O que percebemos é que os idosos de hoje são diferentes dos de 30 anos atrás. Eles são um público com potencial de consumo gigante e certamente quem tiver um olhar atento terá oportunidade de se destacar e estabelecer uma comunicação direta com eles”, explica Tatiana Soter.