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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Brasil apoia proposta dos EUA que limita participação da China no 5G, diz Itamaraty

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Projeto 'Clean Network' quer restringir atuação de empresas chinesas por suposto risco de espionagem; firmas negam. Leilões no Brasil devem ocorrer em 2021; regras cabem à Anatel.  
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Por Gustavo Garcia, G1 — Brasília  
10/11/2020 20h27 Atualizado há 3 horas
Postado em 10 de novembro de 2020 às 23h30m

  *.- Post.N. -\- 3.874 -.*  

O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta terça-feira (10) que o Brasil apoia os princípios de um plano dos Estados Unidos que busca restringir o acesso de empresas chinesas ao mercado mundial da internet móvel de quinta geração (5G).

A iniciativa é chamada de "Clean Network" e, segundo o governo brasileiro, conta com a adesão de países da Europa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar dos EUA. No Brasil, os leilões das frequências para a implementação do 5G só devem acontecer em 2021.

O apoio foi expresso pelo secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas do Itamaraty, embaixador Pedro Costa e Silva, em cerimônia ao lado do Secretário para Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos EUA, Keith Krach.

Saiba como o Brasil e o mundo estão se preparando para a chegada do 5G
Saiba como o Brasil e o mundo estão se preparando para a chegada do 5G

Krach participou de reuniões com autoridades brasileiras nesta semana sobre comércio, investimentos, meio ambiente, cooperação espacial e mineração, segundo o governo.

"O Brasil apoia os princípios contidos na proposta do Clean Network feita pelo EUA, inclusive na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), destinados a promover, no contexto do 5G e outras novas tecnologias, um ambiente seguro, transparente e compatível com os valores democráticos e liberdades fundamentais", afirmou o embaixador.

Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado em uma transmissão em rede social que caberá a ele próprio a decisão sobre a implementação da tecnologia 5G no Brasil. Segundo Bolsonaro, não vai ter "ninguém dando palpite".

A definição dos parâmetros do leilão cabe à Anatel – que, segundo a Lei Geral de Telecomunicações, goza de "independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira".

Há, no entanto, debates sobre a tecnologia 5G em temas como segurança nacional, espionagem e privacidade de dados. Nestes casos, o tema caberia à inteligência do governo e à própria Presidência da República. O governo ainda não informou como pretende interferir no assunto.

O que diz o 'Clean Network'

O site do Departamento de Estado norte-americano (aqui, em inglês) afirma que o "Clean Network" é um programa do governo Donald Trump para proteger ativos norte-americanos – incluindo a privacidade dos cidadãos e os dados sensíveis das empresas – de "invasões agressivas de atores malignos, como o Partido Comunista Chinês".

"O Clean Network aborda a antiga ameaça à privacidade dos dados, à segurança, aos direitos humanos e à colaboração baseada em princípios, apresentada por atores malignos e autoritários. O Clean Network se baseia em padrões de confiança digital aceitos internacionalmente", diz o site do governo dos EUA, em livre tradução.

Estados Unidos fazem pressão para o Brasil não comprar tecnologia 5G da China
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O programa, prossegue o site, "representa a execução de uma estratégia duradoura, plurianual e governamental, construída sobre uma coalizão de parceiros confiáveis e baseada na tecnologia de rápida evolução e na economia dos mercados globais".

A disputa do 5G

O 5G é um sistema muito parecido com o 4G. Precisa de uma antena, de onde saem as ondas eletromagnéticas, como as de rádio, que carregam os dados pelo ar. Mas a nova tecnologia usa frequências de onda muito altas, capazes de carregar mais dados.

Além de questões tecnológicas, o debate do 5G envolve disputas ideológicas, econômicas e de segurança nacional. O tema está, ainda, no centro da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Revolução 5G: conheça a tecnologia que promete conexões ultra-rápidas de internet
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Na cerimônia desta terça, Keith Krach destacou que o Brasil é o primeiro país da América Latina a respaldar os princípios da proposta clean network e que isso proporcionará desenvolvimento ao país.

Nenhuma das autoridades deu qualquer declaração sobre as eleições norte-americanas, realizadas na última semana e ainda em fase de apuração. O atual presidente Donald Trump e o presidente eleito Joe Biden não foram citados.

Os jornalistas que acompanharam o evento não puderam fazer perguntas aos participantes.

Outros temas

Em nota, o Itamaraty afirmou que nesta terça também foi lançado o Diálogo Trilateral Brasil-Estados Unidos-Japão (Jusbe). Segundo o documento, os três países fizeram um compromisso em assegurar um ecossistema que seja seguro, confiável e vibrante.

Bem como em desenvolver uma abordagem comum quanto à utilização de redes 5G transparentes, seguras e baseadas na livre e justa concorrência e no primado do direito, em linha com suas legislações nacionais, prioridades na formulação de políticas e obrigações internacionais, diz a nota.

O Itamaraty também informou o lançamento de um "Diálogo Ambiental Brasil-Estados Unidos", com o objetivo de aprofundamento das relações dos dois países nessa área.

Entre as áreas prioritárias identificadas para maior colaboração, estão o bem-estar de comunidades indígenas; a promoção da bioeconomia; o combate à extração ilegal de madeira e o saneamento básico, afirmou Costa e Silva na declaração conjunta.

Segundo o Itamaraty, o Brasil estuda ainda a possibilidade de cooperar com a agência espacial norte-americana Nasa em um programa, batizado de Artemis, que pretende enviar à Lua, até 2024, uma missão tripulada.

O Ministério de Ciência e Tecnologia e a Agência Espacial Brasileira (AEB) analisam, com a Nasa, como poderá ser feita essa colaboração.

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Apple anuncia computadores com processador próprio; veja preços no Brasil

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Empresa anunciou MacBook Air, MacBook Pro e Mac Mini com 'Apple Silicon', chip com arquitetura ARM, que irá substituir componente da Intel.  
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Por Alessandro Feitosa Jr, G1  
10/11/2020 15h09 Atualizado há 26 minutos
Postado em 10 de novembro de 2020 às 15h40m

  *.- Post.N. -\- 3.873 -.*  

Novo MacBook Air, lançado pela Apple em 10 de novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple
Novo MacBook Air, lançado pela Apple em 10 de novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple

A Apple anunciou nesta terça-feira (10) um novo MacBook Air, um novo MacBook Pro e um novo Mac Mini. Os computadores agora contam com um processador fabricado pela própria empresa.

A partir desses lançamentos, a companhia irá utilizar chips com a arquitetura ARM, a mesma dos processadores de iPhones e iPads. Até agora, a companhia comprava o componente da Intel, que utiliza a arquitetura x86 (saiba mais abaixo).

Todos os computadores anunciados possuem o chip M1, que possui oito núcleos. Segundo a companhia, a novidade trouxe ganhos significativos de performance e otimização de energia em relação aos processadores da Intel. Nenhum dos computadores teve o visual repaginado (veja os detalhes de cada um abaixo).

Preços no Brasil

  • MacBook Air (8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento): R$ 12.999;
  • MacBook Air (8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento): R$ 16.099;
  • MacBook Pro (8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento): R$ 17.299;
  • MacBook Pro (8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento): R$ 19.799;
  • Mac Mini (8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento): R$ 8.699;
  • Mac Mini (8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento): R$ 11.199.
Novo MacBook Air

O primeiro computador com o novo processador é o MacBook Air, com tela Retina de 13,3 polegadas. O visual é o mesmo, mas a Apple afirmou que ele está 3 vezes mais rápido se comparado com a sua geração anterior.

A autonomia de bateria também aumentou de 12 para 18 horas de reprodução de vídeo, nos testes controlados realizados pela empresa. Para a navegar na web, o computador seria capaz de ficar 15 horas longe da tomada.

MacBook Air 2020. — Foto: Reprodução/Apple
MacBook Air 2020. — Foto: Reprodução/Apple

O notebook não terá um cooler, componente utilizado para refrigerar o computador – isso porque os novos processadores esquentam muito menos. A promessa é que ele seja capaz de executar tarefas pesadas, sem fazer barulho.

Durante o evento, a companhia afirmou que ele pode ser configurado com até 16 GB de RAM e 2 TB de armazenamento.

As versões que aparecem no site da Apple no Brasil contam com apenas 8 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento. Os preços começam em R$ 12.999, e ainda não foi revelado quando os produtos estarão disponíveis.

Novo MacBook Pro

MacBook Pro de 13 polegadas com TouchBar e processador M1, lançado em novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple
MacBook Pro de 13 polegadas com TouchBar e processador M1, lançado em novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple

A companhia também apresentou um novo MacBook Pro de 13 polegadas com Touch Bar. A promessa da Apple é que o laptop tenha desempenho 2,8 vezes melhor, e gráficos 5 vezes mais rápidos do que a geração anterior.

A autonomia de bateria é "a maior em um Mac" até agora, com 20 horas de reprodução de vídeo ou 17 horas de navegação utilizando Wi-Fi.

Ao contrário do MacBook Air, esse modelo tem um sistema de resfriamento. Segundo a empresa, a novidade pode ser configurada para ter até 16 GB de RAM e 2 TB de armazenamento.

As versões que aparecem no site da Apple no Brasil contam com apenas 8 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento. Os preços começam em R$ 17.299, e ainda não foi revelado quando os produtos estarão disponíveis no país.

Novo Mac Mini

Além dos notebooks, a Apple anunciou uma nova versão do Mac Mini, um dos seus modelos de computador de mesa. Com o processador M1, a companhia promete processamento 3 vezes mais rápido, e 6 vezes mais desempenho gráfico do que a geração anterior – além de afirmar que ele será mais silencioso.

Durante o evento, a empresa disse que o computador pode ser configurado para ter até 16 GB de RAM e 2 TB de armazenamento.

Mac Mini com processador M1, lançado em novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple
Mac Mini com processador M1, lançado em novembro de 2020. — Foto: Reprodução/Apple

As versões que aparecem no site da Apple no Brasil contam com apenas 8 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento. Os preços começam em R$ 8.699, e ainda não foi revelado quando os produtos estarão disponíveis no país.

Transição

Essa não é a primeira vez que a Apple muda a arquitetura dos chips de seus computadores. Isso aconteceu em 1994, quando a empresa deixou de usar processadores Motorola 68k e adotou o PowerPC. A companhia repetiu o movimento em 2005, quando abandonou o PowerPC e passou a usar o Intel x86.

A terceira grande transição acontece agora, com a adoção dos processadores ARM, que estão sendo chamados de Apple Silicon. A primeira geração desses chips foi batizada de "M1".

O que é ARM?

Processador da Apple para computadores, o M1. — Foto: Reprodução/Apple
Processador da Apple para computadores, o M1. — Foto: Reprodução/Apple

ARM é um tipo de processador que utiliza a arquitetura RISC (uma sigla em inglês para Computador com um Conjunto Reduzido de Instruções).

Os chips RISC possuem menos flexibilidade em termos de instruções – o programador precisa especificar mais os passos. Por outro lado, eles consomem menos energia, e são velozes ao executar essas instruções.

Esses processadores também geram menos calor, dispensando o uso de sistemas de refrigeração muito complexos – o que pode ajudar a baratear e deixar os notebooks mais leves.

É diferente dos chips da Intel, utilizados nos MacBooks lançados até agora, que utilizam a arquitetura CISC (uma sigla em inglês para Computador com um Conjunto Complexo de Instruções).

Os chips CISC possuem conjunto maior de instruções guardadas no próprio componente, o que o torna mais eficaz para lidar com tarefas complexas – por ter essa característica, os processadores demandam mais espaço físico e consomem mais energia.

A vantagem dos processadores CISC em relação ao RISC é a otimização para grandes demandas, como edição de vídeos – é como se ele tivesse atalhos para executar alguns dos comandos. Porém, atualmente, os chips ARM também são capazes de lidar com essas tarefas.

A Apple promete maior performance de processamento e de gráficos, com menos consumo de energia, se comparado com os processadores recentes para notebooks.

Compatibilidade

Essa mudança de arquitetura vai causar um período de transição nos computadores da Apple – isso porque o sistema operacional e os programas precisam ser otimizados para funcionar nos novos chips.

O macOS Big Sur, versão mais recente do sistema operacional da companhia, está otimizado para o M1.

A empresa disponibilizou ferramentas para os programadores e em seu sistema que irá possibilitar que os MacBooks com chips ARM traduzam os códigos da arquitetura antiga para a nova.

Além disso, a própria Apple já otimizou alguns dos seus softwares voltados para profissionais, como o editor de vídeos Final Cut Pro, e tem trabalhado com empresas como Adobe (Photoshop, Premiere) e Microsoft (pacote Office) para que os programas delas também cheguem adaptados.

Como os chips ARM também são usados nos iPhones, muitos dos aplicativos para o celular poderão ser instalados nos computadores. 
E os computadores antigos?

A novidade também impacta os MacBooks antigos, já que há uma preocupação sobre quanto tempo o sistema operacional e os programas continuarão a ser atualizados. A Apple ainda não especificou por quantos anos manterá o suporte, mas a expectativa é que tudo funcione durante anos.

A nova versão do macOS, a Big Sur, será liberada para computadores lançados há sete anos, como o MacBook Air e o MacBook Pro de 2013. A atualização estará disponível a partir do dia 12 de novembro.

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